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Resumo Ética médica – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Ética médica e bioética 
Conceito de medicina  Profissão de caráter humanitário que se baseia em extensos e profundos conhecimentos 
científicos. Requer vocação, habilidade e conduta moral e se utiliza da arte clínica da anamnese e do exame físico –a 
iátrica- para o seu desempenho, devendo ser exercida com disciplina, humanismo, com paixão e ética. Arte e ciência 
de evitar e curar uma doença. 
Profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade. 
Hipócrates de cós  pai da medicina 
Fases da medicina 
 Primitiva  Medicina dos Vedas (povo hindu) – mãe da medicina. As doenças seriam causadas pelo 
desequilíbrio entre os cinco elementos (ar, água, terra, fogo e éter). 
 Antiguidade  Doença como castigo dos deuses 
 Moderna/Cientifica  Fase hipocrática ou dos doentes 
 Preditiva  medicina genética 
Conceito de bioética  Ponto entre as ciências e o humanismo e a ética médica. 
Corpus hipocratum 
O método clínico é o pilar da profissão médica. Ele organiza sinais e sintomas e se utiliza da anamnese e do exame 
físico. O juramento hipocrático é à base de todos os códigos de ética. 
Apolo  deus da medicina, da cura e do sol. 
Asclépio/Esculápio 
Higéia  Deusa da limpeza 
Panacéia  Deusa dos medicamentos 
Serpente  símbolo da medicina 
O estudante de medicina 
1808  Primeiras escolas de medicina no Brasil (RJ/BA), construídas pela vinda da família real portuguesa. 
2012  197 escolas de medicina no país. A UFSC foi a 28ª a ser criada, em 1960. 
Em SC temos 10 escolas de medicina localizadas em palhoça, Florianópolis, tubarão, Itajaí, criciúma, Joinville, Lages, 
Joaçaba, Chapecó e Blumenau. 
O curso de medicina de medicina é o curso superior mais longo, durando seis anos,e tem o vestibular mais 
concorrido. 
Resumo Ética médica – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Como médico, o estudante quer deseja ser respeitado na sociedade pelos conhecimentos científicos e elogiados 
pelas suas condutas éticas. 
O estudante de medicina deve: 
 Valorizar os aspectos éticos 
 Valorizar a vida humana 
 Ter bom relacionamento com docentes, funcionários, pacientes, e colegas. 
 Zelar pela instituição 
 Identificar falhas 
O estudante passa por uma graduação progressiva, passando por ciclos básicos, clínico e internato. 
Código de ética do estudante de medicina 
Criado pelo DENEM (diretoria executiva nacional dos estudantes de medicina) e pelo CREMESC (conselho regional de 
medicina de SP). 
ART 1º  A escolha da medicina como profissão pressupõe a aceitação de preceitos éticos, de compromissos com a 
saúde do ser humano, com o bem-estar da coletividade, com o combate as desigualdades, as injustiças, preconceitos 
e discriminações de qualquer natureza. 
Cenário de atuação  hospital, clínicas, ambulatórios, postos e centros de saúde, ambulância e policlínicas. 
O hospital 
Conceito de hospital por Odair Pedroso  Instituição composta de pessoal, material e equipamentos em condições 
de receber, para diagnóstico e tratamento, pessoas que necessitam de assistência médica diária e cuidados de 
enfermagem, em regime de internação. Assim o hospital tem função restauradora, de recuperação, diagnóstico, 
tratamento, reabilitação, emergência, prevenção, ensino e pesquisa. 
O hospital deve estar registrado no conselho regional de medicina. 
Tipos de hospital 
Público Ensino Privado 
 
 
Organização do hospital 
Direção geral  Secretaria, conselhos, voluntariado, centro de estudos e comissão sobre infecção hospitalar. 
Direção clínica  Médico escolhido pelo corpo clínico, responsável pelos serviços médicos seja clínico, cirúrgico ou 
complementar (radiológico, anestesiologia, etc). 
Direção técnica  Médico indicado responsável por integrar os serviços de saúde. 
Municipal Estadual Federal Lucrativo Filantrópico beneficente 
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Direção administrativa  Serviços gerais de administração. 
Direção de enfermagem  Responsável pelos recursos humanos específicos e equipamentos. 
O doente 
“A saúde é a primeira de todas as liberdades.” Henri Amiel, escritor suíço. 
 Requer uma atenção especial para sua saúde. 
 Emocionalmente fragilizado devido a sua doença. 
 Abandono de hábitos para tratamento e recuperação. 
As doenças podem ser orgânicas ou mentais. 
O doente pode ser classificado como: ambulatorial, hospitalizado, clínico, cirúrgico, eletivo ou emergencial. 
Existem diversas entidades/associações/clubes/grupos que oferecem o suporte e a representação social dos doentes 
afligidos por determinada doença, oferecendo também suporte para a família do paciente. 
Atitude na relação médico paciente 
 Comunicação 
 Paciência 
 Informação 
 Discrição 
 Consciência 
 Conhecimento 
 Ética 
 Responsabilidade 
Problemas/dificuldades de relacionamento com o doente 
Medicamentos  não usam ou uso discriminado 
Operações  não seguimento das instruções para a operação 
Absenteísmo  ausência nas consultas 
Exame físico  “vergonha” 
Agendamento de consultas  
Exames complementares  não pega exames 
*O doente tem direito de decidir sobre as questões relacionadas ao seu corpo e à sua vida, mostrando que as 
condutas médicas devem ser autorizadas pelo paciente. 
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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Código de ética médica Art. 34  É vedado ao médico deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, 
os riscos e os objetivos, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo nesse caso, fazer a 
comunicação a seu representante legal. 
Em quaisquer circunstâncias, o médico é o responsável pelo seu paciente, devendo durante o relacionamento, 
dar-lhe assistência integral. 
Linguagem médica 
Epônimos  Designação de doença, operação, pelo 
nome da pessoa que descobriu/descreveu. 
Patos  doença, sofrimento. 
Logus  estudo, ciência. 
Rino/naso  nariz 
Oto  ouvido 
Pneumo  pulmão 
Freno  diafragma 
Cardio  coração 
Angio  artéria 
Flebo  veia 
Pile  veia porta 
Estomato  boca 
Glosso  boca 
Entero  intestino delgado 
Colon/procto  Intestino grosso 
Hepato  fígado 
Colecisto  vesícula 
Nefro  rim 
Pielo  Pelve, bacinete. 
Ciso  bexiga 
Histero  útero 
Colpo  vagina 
Orofor  ovário 
Salpingo  tuba uterina 
Orquio  testículo 
Espleno  Baço 
Adrenal  Suprarrenal 
Punção  introdução de agulha 
Centese  esvaziamento (toracocentese, 
pleurocentese). 
Plastia  reconstrução (mamoplastia, rinoplastia). 
Pexia  fixação de órgão ou tecido (histeropexia, 
orquiopexia). 
Dese  fusão, imobilização (artrodese). 
Scopia  olhar, visualização (endoscopia). 
Grafia  obtenção de imagem 
Tomia  incisão, abertura. 
Rafia  sutura, costura, síntese, união 
Ectomia  ressecação, retirada de órgão 
(enterectomia, apendicectomia). 
Stomia  comunicação (externa: colostomia, 
traqueostomia ou interna entre órgãos e tecidos – 
anastomose: esofagogastroanastomose). 
Ite  inflamação, infecção (otite, gastrite). 
Oma  tumor (linfoma, carcinoma). 
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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
 
Bioética 
Ética X Moral 
 
 
Ética médica  Comportamento do médico, seus deveres morais. 
Bioética  Campo deestudos da filosofia e da ética que leva em conta os valores morais para com a vida. 
Deontologia  Deveres dos médicos. 
Disceologia  Direitos dos médicos 
“A ética na sociedade espalha a importância da ética nas universidades.” 
Evolução no conceito da bioética 
1927 – F. Jahr “Ética das relações do homem com os animais e plantas.” 
Respeitar cada ser vivo em princípio como uma finalidade em si e tratá-lo como tal na medida do possível. Bioética 
como a emergência de obrigações éticas não apenas com o homem, mas com todos os seres vivos. 
1930 – David Ross “the right and the good”. 
Base do trabalho de Beachamp and Childress. 
1946 – Declaração de Nuremberg 
“O consentimento voluntário do paciente é absolutamente necessário.” Resposta a experiências com humanos em 
campos de concentração. 
1949 – Aldo leopold “County Almanach and Sketches here and there.” 
Ética da terra e consciência ecológica. 
1964 – Declaração de Helsinque 
Ponto de partida para a bioética 
[...] the declaration of Geneva of the world medical association binds the physician with the words “the health of my 
pacient will be my first consideration” and the International code of medical ethics declares that, “A physician shall 
act only in the patients interest when providing medical care which might have effect of working the physician and 
mental condition of the patient”. 
Valores que orientam os 
comportamentos do ser 
humano na sua vida em 
sociedade. 
Costumes e regras 
estabelecidas pela 
sociedade. 
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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
1970 – Potter “Bioethics, the science of survival” 
1971 – Potter “Bioethics, bridge to the future” 
1977 – Beachamp and Childeress “Bioética principialista: Princípios da ética 
biomédica” 
Aplicam o sistema dos príncipios: 
 Princípio da justiça distribuitiva dos bens 
 Princípio da autonomia / Respeito às pessoas 
 Princípio da beneficência 
 Princípio da não maleficência 
1979 – W. Reich Bioética 
“O estudo sistemático das dimensões morais das ciências da vida e do cuidado à saúde, utilizando uma variedade de 
metodologias éticas num contexto multidisciplinar.” 
1988 – Potter “Bulding on the leopold legacy” 
1997 – André Comte Sponville 
“A bioética não é uma parte da biologia, é uma parte da ética, é uma parte, nova responsabilidade simplesmente 
humana, deveres do homem para com outro homem e de todos para com a humanidade.” 
Bioética aplicada à medicina 
Exercício de ética médica, levando em conta os valores e aspectos sociais, humanos, ambientais, antropológicos, 
linguísticos, étnicos e a pluralidade num contexto multi e interdisciplinar. 
Bioética por Volnei Garrafa  A bioética principialista anglo americana é um imperialismo moral e ética. Bioética é 
pluralizada, secularizada, sem absolutos morais, socialmente comprometida, politizada, solidária, dignidade, justiça e 
autonomia. 
Bioética por Diego Gracia  “A decisão deve levar em conta os fatos, os deveres e os valores.” “As melhores 
decisões não são as mais corretas, são as mais prudentes.” “Doente em seu meio físico e social e com seus valores.”. 
Deliberação 
Processo racional de análise das razões que se colocam a favor ou contra em problemas e assuntos que são objetos 
de opinião e escolha. Devem ser baseados em argumentos, deve ser sempre prudente, mas nem sempre está certa. 
Problema  Elege ações possíveis numa situação. 
Dilema  Decisão entre duas possibilidades que se excluem entre si. 
Conflito  Choque de dois elementos que convergem entre si (incompatíveis). 
Tragédia  Conflito sem solução. 
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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Deve-se aprender a elaborar a angustia da decisão, valorizar a liberdade e respeitar valores morais. 
Decisão  Deliberação  Opção 
Existem duas formas de deliberação, a problemática que possui duas possibilidades, e a dilemática onde uma opção 
anula outra. 
A tomada de decisões inclui a análise dos fatos, dos valores e dos deveres. Em caso de erro pode ocorrer 
imprudência (afoiteza), negligência (falta de zelo) e imperícia (desobediência às normas técnicas). A tomada de 
decisão é feita da seguinte maneira: apresentação do caso, análise dos fatos éticos, deliberação e identificação de 
saídas sejam elas extremas, intermediarias e ótimas. Depois da decisão tomada, deve ser provada sua consistência 
pela prova da legalidade, da publicidade e do tempo. 
“O médico deve tomar as decisões com o paciente e no interesse deste mesmo paciente.” 
Ser médico 
É ter as mais sublimes das vocações e exercer a mais completa das profissões. É demonstrar aptidão e habilidade e 
pratica-las com ética e humildade. É gostar de pessoas e com eles se identificar compreendendo seus anseios para 
poder ajudar. É atualizar-se de forma consciente para dar o melhor ao paciente. É com a dor compartilhar chorando 
sem lágrimas revelar. É dedicar-se a todos com prioridade relacionando-se com qualidade. É exercê-lo de maneira 
responsável dedicando-se ao próximo de forma incansável. É sorrir e transmitir confiança e dizer a verdade com 
esperança. É comportar-se com responsabilidade e no trato com os colegas ter dignidade. É nunca esquecer o dever 
para com os seus. É, enfim, a melhor maneira de se aproximar de Deus. 
A formação do médico 
 Vocação 
 Formação cientifica 
 Conhecimento bio-psico-sociais sobre o ser humano 
 Arte na aplicação dos conhecimentos científicos 
 Código de ética 
O curso de medicina é um curso progressivo com aprendizado por etapas, com ciclos básicos, clinico e estágio 
obrigatório. 
Após a formatura o agora médico deve se inscrever no CRM, e se decidir se vai começar a trabalhar ou vai se 
especializar. A especialização é feita através da residência médica, criada em 1889 no Johns Hopkins Hospital para a 
especialidade de cirurgia. A residência é um curso de graduação “sensu latu” caracterizado por treinamento em 
serviço, que visa aperfeiçoar o médico em uma área do conhecimento, dando-lhe condições para o exercício de uma 
especialidade. 
A medicina é uma profissão que tem por objetivo cuidar da saúde do ser humano, sem preocupações de ordem 
religiosa, racial, política ou social e colaborar para a prevenção da doença e aperfeiçoamento da espécie a melhora 
dos padrões de saúde e de vida da coletividade. Colocar os interesses do ser humano, quando doente e integrante 
da sociedade num plano superior aos do profissional, de sua família, de sua ideologia política e de sua fé religiosa. 
Resumo Ética médica – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Pesquisas em seres humanos 
“Experimentação deve ser realizada em corpos humanos, porque testar um medicamento em um leão ou em um 
cavalo pode nada provar sobre seus efeitos no homem”. 
Avicena- príncipe dos médicos 
Abusos no II guerra mundial (1939-1945) 
 Congelamento 
 Grandes altitudes 
 Inoculação de malária e febre tifoide 
 Envenenamento 
 Injeção de corantes nos olhos 
 Transfusão de sangue entre pares de gêmeos 
 Sutura entre gêmeos para criar siameses 
 Cirurgias para troca de sexo 
 Cirurgias na coluna vertebral 
Código de Nuremberg 
 ART 1º - Consentimento voluntário. 
 ART 2º - Garantia de benefícios á sociedade 
 ART 3º - O experimento deve basear-se em resultados prévios 
 ART 4º - Evitar sofrimento e danos desnecessários. 
 ART 5º - Risco de morte ou invalidez justificável apenas quando o pesquisador é paciente. 
 ART 6º - Relação risco benefício 
 ART 7º - Medidas de proteção para os sujeitosde pesquisa. 
 ART 8º - Qualifica os pesquisadores. 
 ART 9º - Liberdade de retirar consentimento. 
 ART 10º - Suspensão do experimento pelo pesquisador. 
Códigos / Diretrizes 
Código de Nuremberg 1947 
1ª Declareação de Helsinque – 18ª AMM 1964 
“O desenho e o desenvolvimento de cada procedimento experimental envolvendo o ser humano devem ser 
claramente formulados em um protocolo de pesquisa, o qual deverá se submetido à consideração, discussão e 
orientação de um comitê especialmente designado, independente do investigador e do patrocinador” 
“O bem estar do sujeito deve ter procedência sobre os interesses da ciência e da sociedade” 
Consentimento por escrito 
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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Princípios éticos e diretrizes para a proteção dos sujeitos humanos nas pesquisas – 
Relatório Belmont 1978 
Código de regulamento federais – Regulamento geral do Instituto nacional de saúde 
EUA 
Conselho das organizações internacionais das ciências médicas CIOMS e OMS 1993 
Diretrizes para boas práticas clínicas 1996 – Conferência internacional de 
harmonização 
Casos de pesquisas antiéticas 
O estudo Tuskegee  Alabama 1932 a 1972. 408 negros sifilíticos que não foram tratados para observação da 
progressão da doença, esse processo foi interrompido por pressão social. Essa mesma situação ocorreu com uma 
pesquisa entre 1955 e 1970 sobre hepatite em um hospital de Nova York. 
Pesquisas com câncer em 1963  Três médicos de um hospital em NY injetaram células cancerosas vivas em 22 
pacientes debilitados, sem avisa-los ou a avisar a seus familiares. 
Pesquisas com crianças de orfanato com infecção estreptocócica foram divididas em dois grupos, um recebeu 
antibiótico e o outro não recebeu. 
Pesquisas com AZT em 1977  transmissão vertical na África do Sul, metade recebeu o medicamento e a outra 
metade não recebeu. Resposta de um dos médicos “qual é o problema? É gente pobre, que não ia receber o 
remédio, pelo menos metade recebeu parte da dose.”. 
Darkness in Eldorado 1967  James Neel, geneticista, causou grande epidemia nos Yanomami da Venezuela ao 
aplicar uma vacina obsoleta contra o sarampo. 12 mil amostras de sangue foram coletados sem permissão. 
Legislação BR 
 CFM adotou a declaração de Helsinque (Resolução 671/75 e resolução 1098/83) 
 Sociedade brasileira medicina tropical 1986 
Código de diretor da saúde das comunidades (consultas às comunidades, resultados deverão ser traduzidos 
em ações úteis às comunidades, previamente informadas e aceitas). 
 Código de ética médica CFM: Resolução 1246/88 com nove artigos 
 Resolução CNS 01/88  Normatiza as pesquisas com seres humanos na área da saúde. 
 Resolução CNS 196/96  Diretrizes, normas e comitês sobre ética em pesquisa em seres humanos. 
Complementares a esses: 251/97, 292/99, 303/00, 304/00, 340/04, 346/05, 347/05 e 370/2007. 
O Brasil é 17º em pesquisa, começando seu avanço a partir de 1980. Em 2008, 140 milhões foram investidos. 
 
A eticidade da pesquisa implica em: 
 Consentimento livre e esclarecido 
 Ponderação entre riscos e benefícios 
 Garantia de que danos previsíveis serão evitados 
 Relevância social da pesquisa 
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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
 
Biossegurança 
Conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou 
minimizar riscos inerentes às atividades de pesquisas, ensino, prestação de serviços, produção e desenvolvimento 
tecnológico que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, das plantas e do meio ambiente ou a 
qualidade dos trabalhos desenvolvidos. 
Lei de biossegurança 11105 de 24/03/2005 
Risco sanitário  É a propriedade que tem uma atividade, serviço ou substância de produzir efeitos nocivos ou 
prejudiciais à saúde humana. 
Risco ergonômico  Qualquer fato que interfira nas características psicofisiológicos do trabalhador, causando 
desconforto ou afetando a sua saúde. 
Risco físico  Diversas formas de energias. 
Risco químico  Substâncias, compostos que penetrem por via cutânea, respiratória ou digestiva. 
Risco biológico  Combatido com lavagem das mãos uso de máscaras e luvas, etc. 
Barreiras primárias – Equipamentos de proteção individual EPI  óculos, luvas, capacetes e aventais. 
Barreiras secundárias – Equipamentos de proteção coletiva EPC  Chuveiro, lavatórios e extintores. 
Regulamentação da profissão médica 
Corpus Hippocraticum 
“A observação individual dos pacientes derivando dela a experiência do conhecimento da natureza da doença, seu 
curso e seu tratamento.” 
Código de Hamurabi 
Produzido no século XVIII a.C., possui 282 artigos. Sendo sobre o exercício da medicina: 
Art. 215 – Recompensa ao tratamento bem sucedido. 
Art. 218 – Punição com o corte das mãos à falha no tratamento. 
Art. 219 – Escravo morre, médico paga. 
Evolução históricas dos códigos de ética médica no Brasil 
 1829 – Estatutos da Academia Nacional 
A ética da classe, sua moral, seu comportamento, a dignidade do exercício da profissão. 
 1867 – Gazetta médica da Bahia traduz o “Código de éthica médica adaptada pela associação americana.” 
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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
 1931 – Código de Deontologia 
Criação do conselho de disciplina profissional. “Para conhecer, julgar e sentenciar sobre qualquer infração às 
disposições do presente código”. 
 1945 – Código de Deontologia médica 
 1959 – Código de ética médica sem nº com 90 artigos 
 1965 – Código de ética médica sem nº 95 artigos 
 1984 – Código Brasileiro de Deontologia médica: Resolução CFM 1154/84 com 79 artigos. 
 1988 – Código de ética médica: Resolução CFM 1246/88 com 145 artigos (19 princípios fundamentais, nove 
direitos e 117 vedações). Essa resolução revoga os códigos de 65 e de 84. 
PLS 025/2002  O médico atua na promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças e 
reabilitação de enfermos. São atos privativos do médico o diagnóstico e prescrição, bem como as funções de 
coordenação, chefia direção técnica, perícia, auditoria, supervisão e ensino vinculados a procedimentos 
médicos. 
Condições para o exercício da medicina  Iátrica (anamnese+exame físico), bom relacionamento médico-
paciente-familia, sigilo profissional e conduta ética e moral. 
Ensino médico 
 Técnico científico  SABER 
 Humanístico  SABER SER 
 Habilidades  SABER FAZER 
 Compreensão dos princípios éticos e morais  SABER EXERCER 
Relacionamento médico paciente 
O relacionamento médico paciente inclui civilidade, afeição pela condição humana, o respeito e o carinho para o 
semelhante, fazendo o bem e evitando dano. O alvo de toda atenção do médico é o ser humano em beneficio da 
qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. 
ALTERIDADE  Qualidade do que é distinto, aceitar o outro. 
SOLIDARIEDADE  Sentimento moral que vincula pessoas com interesse comum. 
SIGILO E RESPEITO AO PUDOR 
FAMILIARIDADE 
INTIMIDADE 
RESOLUTIVIDADE 
EMPENHO E CERIMONIAL 
CONSENTIMENTO 
BUSCA DA VERDADE 
BENEFICIÊNCIA 
NÃO MALEFICIÊNCIA 
AUTONOMIA 
ATENÇÃO 
JUSTIÇA 
RESPONSABILIDADE 
PACIÊNCIA 
DEDICAÇÃO 
COMPAIXÃO 
PRUDÊNCIA 
DISCRIÇÃO 
AUTORIDADE 
COMUNICAÇÃO DIRETA 
Resumo Ética médica – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Doente é todo e qualquer indivíduo que pede atenção para sua saúde. 
Consequências do mau relacionamento Insatisfações, reclamações, queixas, sindicâncias, processos, etc. 
Sigilo médico 
Tudo aquilo que o médico viu, ouviu ou compreendeu no exercício e que se constitui um dos mais nobres títulos da 
sua atividade profissional. 
“Penetrando no interior das famílias, meus olhos serão cegos e minha língua calará os segredos que me foram 
confiados” Hipócrates. 
“Aquilo que, no exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso 
divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.” Hipócrates. 
O sigilo pode ser quebrado por: 
 Dever legal: 
- Atestado de óbito 
- Notificação compulsória, em casos de AIDS, rubéola, hepatite, entre outras doenças. 
- Perícia médica: Doença ou sequela de acidente e a incapacidade ou invalidez física ou mental. 
- Exame admissional: Exame médico simples e obrigatório, solicitado pelas empresas antes de firmar a 
contratação de um funcionário com carteira assinada. Realizada por médico com especialização em medicina 
do trabalho, geralmente com a solicitação de hemograma, raios-X de tórax e ECG. 
 Justa causa: Todo motivo que possa ser utilizado com justificativa para a prática de um ato excepcional 
baseado em razões legítimas e de interesse coletivo. Ex: motorista de ônibus com epilepsia. 
 Autorização do paciente 
“O sigilo é o principal suporte da ética médica. Vamos mante-lo o mais e melhor que nos seja permitido” –Professor 
Flamínio Fávero 
O sigilo é de proteção e benefício do paciente. 
Documentos médicos 
Diploma 
Certificado que o Estado fornece ao indivíduo, habilitando-o técnico e formalmente para o exercício da profissão 
médica. Padrão MEC com seis anos de curso e inscrição no CRM (lei federal 3268 de 30/09/1957 art. 17). Caso tenha 
título de especialista, além do diploma e da inscrição no CRM deve possui o registro de qualificação de especialista. 
Atestado médico 
Documento oficioso que provém do médico reconhecido oficialmente e podem ser contestadas. Podem ser de 
sanidade, de doença, de saúde, de vacinas, de óbito, de revelação de sigilo, entre outros. 
Pena de detenção de um mês a um ano mais multa por atestado falso. 
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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Boletim médico 
Documentos destinados a esclarecer a sociedade sobre a saúde de uma personalidade devendo revelar a situação é 
estável ou preocupante, sobre recuperação e possibilidade de alta, sem que revele diagnóstico, desde que 
autorizado. 
Declarações 
Documentos esclarecedores que dão a conhecer e explicar do comparecimento, da liberação do sigilo, da entrega de 
ficha médica ou de prontuário médico. 
Ficha médica 
Prontuário médico 
Conjunto de documentos padronizados e ordenados, onde devem obrigatoriamente ser registrados todos os 
cuidados prestados ao paciente por uma instituição de assistência médica. O preenchimento é obrigação do médico, 
mas pertence ao paciente e ele pode solicita-lo. 
FAZER BEM FEITO NÃO BASTA, É PRECISO REGISTRAR. 
O prontuário possui importância estatística, sigilosa, legal, epidemiológica, científica e para contabilização de custos. 
Elementos do prontuário  identificação do paciente, anamnese, exame físico, hipótese diagnóstico, plano 
terapêutico, entre outros. 
Direito dos médicos 
 Exercer sua profissão com autonomia, sem sofrer qualquer tipo de discriminação, e ter liberdade e 
independência para indicar e praticar os atos médicos necessários e os mais adequados e benefícios para os seus 
pacientes, para a comunidade ou para atender à justiça. 
 Recusar-se a trabalhar em instituições que não ofereçam segurança para os pacientes e recursos mínimos para o 
desempenho ético e técnico da medicina 
 Recursar-se a atender paciente que por motivos fortes não o queira fazê-lo, ressalvadas as situações de urgência 
e emergência e estando ele de plantão ou sendo ele o único médico presente na ocasião no lugar. 
 Recusar-se a praticar ato médico que, mesmo permitido por lei, seja contrário aos ditames da sua consciência. 
 Assistir e tratar todos os doentes que o procurem em seu consultório, sem levar em conta seu médico habitual e 
as circunstâncias que tenham precedido à consulta. 
 Intervir em ato médico que esteja sendo realizado ou conduta médica que esteja sendo planejada, ao verificar 
possibilidade evidente de erro médico e/ou prejuízo e dano ao paciente, sobretudo se mais experiente ou 
capacitado. 
 Recusar-se a atestar falsamente, seja ele médico civil ou militar. 
 Manter segredo de paciente seu, somente revelando-o por justa causa, dever legal ou autorização expressa do 
paciente. 
 Orientar outro médico cuja conduta não esteja de acordo com a ética médica e se necessário, denuncia-lo à 
comissão de ética do hospital ou ao CRM. 
Resumo Ética médica – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
 Ser tratado dignamente e com apreço e consideração pela sociedade 
 Solidarizar-se com os movimentos de classe evitando, no entanto, prejudicar a assistência médica aos pacientes. 
 Assumir a direção técnica e a direção clínica dos estabelecimentos de assistência médica, governamentais ou 
particulares, civis ou militares. Este é um direito exclusivo dos médicos. 
 Receber remuneração digna e justa pelo seu trabalho seja na forma de salário ou de honorários 
 Ensinar medicina nas suas disciplinas básica, pré-clínicas e clínicas. 
Deveres dos médicos 
 Lutar pelo perfeito desempenho ético da medicina, pelo prestígio e bom conceito da profissão, aprimorando 
continuamente seus conhecimentos científicos em benefício dos pacientes, da prática e do ensino médico. 
 Manter absoluto respeito pela vida humana, atuando sempre em benefício do paciente, nunca se utilizando dos 
seus conhecimentos para gerar constrangimentos ou sofrimentos físicos ou morais ao ser humano. 
 Exercer a medicina com ampla autonomia, evitando que quaisquer restrições ou imposições possam prejudicar a 
eficácia e correção do seu trabalho. 
 Evitar que a medicina seja exercida como comércio e que o seu trabalho seja explorado por terceiros, como 
objetivo de lucro ou finalidade política ou religiosa, prestando especial atenção ao seu trabalho em instituições 
intermediarias do trabalho médico, sobretudo naquelas, condenáveis, que estão a serviço de lucro na medicina 
de grupo. 
 Manter o sigilo profissional, ressalvadas as situações previstas na lei ou no código de ética médica. 
 Lutar por melhor adequação das condições de trabalho do ser humano, eliminado ou controlando os riscos de 
poluição ou determinação do meio ambiente. 
 Empenhar-se para melhorar as condições de saúde da população e os padrões dos serviços médicos, assumindo 
sua parcela de responsabilidade em relação à saúde pública, à legislação e educação sanitária. 
 Solidarizar-se com os movimentos da defesa profissional sem descuidar de assistir seus pacientes, nunca 
esquecendo a natureza essencial do seu trabalho. 
 Assegurar as condições mínimas para o exercício ético profissional da medicina, se investido na função de 
direção. 
 Manter para com seus colegas e demais membros da equipe de saúde o respeito, a solidariedade e a 
consideração, sem, no entanto eximir-se de denunciar atos que contrariem os postulados médicos. 
 Respeitar as crenças de seus pacientes, tolerando-lhes seus caprichos e fraquezas, evitando alarmá-los por 
gestos, atos ou palavras. 
 Não abandonar os pacientes crônicos ou incuráveis, os tratamentos difíceis ou prolongados e, se necessário 
pedir ajuda a um colega. 
 Deixar pacientes encaminhados a outro colega, quando se ausentar. 
 Pautar sempre sua conduta às regras da circunspecção,da propriedade e da honra. 
 Evitar a propaganda imoderada ou enganosa, combater o charlatanismo e evitar associar-se com quem pratique 
mercantilização da medicina. 
 Denunciar quem pratique ilegalmente medicina 
 Cobrar honorários profissionais de quem possa pagá-los, salvo em situações muito especiais ou particulares, não 
devendo praticar a concorrência desleal. 
 Não ser perito de paciente seu. 
RESUMINDO 
Resumo Ética médica – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
1. Guardar respeito pela vida (principal fundamental bioético) 
2. Zelar pela saúde dos pacientes com o melhor dos seus conhecimentos e habilidades 
3. Tratar os pacientes com equidade e justiça, respeitando seus princípios religiosos e suas convicções, seu 
pudor e idade (autonomia). 
4. Obter seu livre consentimento para a prática de qualquer ato 
5. Examinar para prescrever 
6. Agir com beneficência se possível, nunca agir com maleficência. 
7. Atender de urgência quando não houver outro colega que o faça, não abandonar o paciente. 
8. Não aplicar tratamento proibido por lei, não prescrever de forma ilegível e secreta. 
Deveres do paciente 
 Dizer sempre a verdade ao seu médico, não o induzindo a erros. 
 Ter compromisso quanto a prescrições evitando resultados inesperados 
 Não fazer, ou evitar fazer, apreciações levianas e comprometedoras sobre seu médico. 
 Mostrar-se grato quando for alvo de atos caridosos ou compassivos 
Direitos do paciente 
 Artigo III da declaração universal dos direitos humanos: Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à 
segurança pessoal. 
 Artigo 196 da constituição federal do Brasil: A saúde é direito de todos e dever do estado. 
 Declaração de Alma-ata: Saúde como estado de completo bem estar físico, mental e social, que requer 
cuidados sociais, econômicos e de saúde. 
 Juramento hipocrático: Aplicareis os regimes para o bem dos doentes, segundo o meu saber e a minha 
razão, e nunca para prejudicar ou fazer mal a quem quer que seja 
 Código de ética médica CFM cap. I item II: O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em 
benefício do qual deverá agir com o máximo zelo e o melhor de sua capacidade profissional. 
 Código de Nuremberg: Devem ser tomados cuidados especiais para proteger o participante de experimento. 
 Declaração de Helsinque: É dever do médico promover e salvaguardar a saúde de seus pacientes 
 Resolução 196/96 CONEP: O paciente tem direito de desistir de participar da pesquisa. 
Deveres da sociedade 
 Identificar problemas 
 Estabelecer prioridades 
 Planejar soluções 
 Prover os recursos técnicos, humanos e financeiros. 
 Desenvolver ações 
 Praticar a justiça 
 Avaliar os resultados 
 Replanejar ações 
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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Responsabilidade 
Cumprimento de uma necessidade moral, da consciência. Implica no respeito a si próprio e a outrem, respeito ao 
direito alheio, portanto na obrigação de responder pelas ações próprias ou respeitando os outros. É a capacidade 
consciente de assumir encargos. 
Responsabilidade se adquire e se perde de forma natural ao longo da vida e também delegado pelas leis do direito. 
Atende aos aspectos legais, civil e penal, e morais, éticos e bioéticos. 
Imperativo bioético  “Bioética são os deveres de cada ser humano entre si e de todos para com a humanidade.” 
André conte sponville. 
Dano  inobservância de norma 
Dolo  Violação intencional de um dever 
Processo ético profissional (PEP)  apuração de indicio de erro médico 
Tripé da culpa  causa/causador, nexo da casualidade e efeito/resultado do danoso. 
Eutanásia 
Utiliza meio ou facilita a supressão da vida o que é ilícito e subversão a doutrina hipocrática, mesmo se for a pedido 
do paciente. Pode ser classificada em: 
 Ativa/Direta: Morte provocada deliberadamente. 
 Passiva/indireta: Morte advém de omissão de medidas indispensáveis à vida 
 
 Voluntária: Por solicitação da paciente/suicídio assistido 
 Involuntária: Decisão de alguém de fora ou da sociedade 
 Não voluntária: Sem que ninguém tenha manifestado opinião. 
 
Ortotanásia 
Uso correto de meios para aliviar a dor e requer critérios de morte encefálica para suspensão dos meios artificiais de 
manutenção da vida. Preserva a dignidade da pessoa humana. 
Distanásia 
Morte lenta e com muito sofrimento e agonia prolongada. Prolongamento da vida com meios artificiais, sem 
perspectivas de cura ou melhora. 
Quanto ao tipo de 
ação do agente 
Quanto ao 
consentimento 
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Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
Mistanásia 
Morte assassina e injusta. 
Cuidados paliativos  Cuidados para tornar menos intenso, abrandar, amenizar, atenuar, remediar o sofrimento 
respeitando a vontade do paciente e/ou sua família. 
Obstinação terapêutica e tratamento fútil  Ação médica cujos benefícios para o paciente são nulos ou quase 
improváveis para superar a doença. Prolonga a vida sem qualidades e com sofrimento, angustia e gestos. 
 
 
Comunicação em medicina 
As diretrizes curriculares nacionais do MEC para cursos de medicina “destaca a necessidade ao aluno aprender a 
comunicar-se adequadamente com os pacientes e seus familiares e com colegas de trabalho, informando-os e 
educando-os por meio de técnicas adequadas”. 
Conferência internacional de ensino de comunicação em medicina Oxford 1996  Ensino de comunicação deverá 
ser consistente com uma estrutura adequada para o ensino de habilidades em comunicação. 
Tanto a comunicação verbal quanto a não verbal são importantes. 
Comunicação é a base da construção do relacionamento médico paciente, pois a habilidade de expressar uma ideia é 
tão importante quanto a ideia em si. 
 Ouvir com atenção 
 Comportamento 
 Linguagem 
 Tempo 
 Tranquilidade 
 Conhecimento 
 Respeito 
 Humildade 
 Confiança 
 Postura 
Uso de meios de comunicação é complementar. 
Tecnologia e ética 
 Com Hipócrates – uso dos sentidos para exame clínico (Ouvir, inspeção, ausculta e odores característicos). 
 Século XVIII – Auenbrugger corvisart: Percussão 
Resumo Ética médica – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
 Século XIX –Descrição de sintomas de muitas doenças e de manobras e técnicas de exame específicos. 
 Século XIX em diante: instrumentalização 
 1816 – Laennec: Estetoscópio 
 1852 – Taube e Wunderlich: termômetro 
 1880 – Von Basch: esfignomanometro PAS 
 1896 – Korotkoff: esfignomanometro PAD 
Porém, o avanço tecnológico piorou a relação médico-paciente e os aparelhos fornecem uma falsa segurança 
(medicina defensiva) além de aumentar os custos. 
*Na medicina, ainda não nasceu equipamento mais eficaz do que a relação medico paciente. 
Doação e transplante de órgãos 
 Alexis Carrel – 1912  Técnica de cultura de tecidos incubando partes de coração de embriões de galinha. 
 Carrel e Dakin – durante segunda guerra  Método de tratar feridas com suturas 
 Charles Lindbergh  Bomba de perfusão, permitiu irrigar órgãos fora do corpo durante uma cirurgia. 
 Emerich Ulmann – 1902  1º transplante de rim, autotransplante de rim no pescoço de um cão) e 
alotransplantes e xenotransplantes em cães e ovelhas. 
 Mathiieu Jaboulay – 1906  dois xenotransplantes (porco e cabra) para o homem, risco de xenozoonoses. 
 Vorony – 1933  Realizou primeiro transplante entre seres da mesma espécie, mas geneticamente 
diferentes com rimde um cadáver após 6 horas após a parada. O receptor morreu 48 h depois 
 Merril e Murray – 1954  primeiro transplante renal entre gêmeos idênticos, evidenciando a identidade 
genética. 
Artigo 4 da lei 9434/97  Salvo manifestação de vontade ao contrário, nos termos desta lei, pressume-se autorizada 
a doação de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano, para a finalidade de transplantes ou terapêutica post 
mortem. 
Decreto 2268/97 artigo 15  Qualquer pessoa capaz, nos termos da lei civil, pode dispor, de tecidos e partes do seu 
corpo para serem retiradas, em vida, para fins de terapêutica e transplantes desde que não haja comprometimento 
das suas funções vitais do doador. 
Contraindicações para transplantes 
 HIV/AIDS 
 Neoplasia maligna 
 Septicemia 
 Uso ativo de substâncias tóxicas 
 Doença pulmonar ou cardíaca avançada 
Código de ética médica 
Normas para o exercício da profissão. Atual resolução CFM 1.932/2009, em vigor desde 13 de abril de 2010. 
Composto por: 
Resumo Ética médica – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
 Preâmbulo – 6 artigos 
 Princípios fundamentais – 25 artigos 
 Direito dos médicos – 10 artigos 
 Normas deontológicas – 118 artigos 
 Disposições gerais – 4 artigos 
Destaques 
Cap. I – item XXII  evitar tratamento fútil e prestar cuidados paliativos 
Cap. IV – artigo 23  Respeito ao paciente 
 Artigo 24  autonomia ao paciente 
Cap. V – Artigo 41  Proíbe eutanásia, usar cuidados paliativos. 
Cap. III – Artigo 1  não causar dano 
 Artigo 16  Não intervir no genoma humano 
Cap. V – Artigo 36  Não abandonar paciente 
 Artigo 37  Prescrever tratamento apenas com exame direto, salvo em casos de urgência e emergência. 
 Artigo 39  junta médica/segunda opinião permitida 
Cap. VIII – Artigo 52  Não desrespeitar prescrição de outro médico 
 Artigo 53  Deixar de informar e encaminhar paciente 
 Artigo 54  Passas informações a outros médicos desde que autorizado pelo paciente 
 Artigo 55  Informar ao substitutos o quadro clínico 
Cap. VIII – Artigo 58  Vedado exercício mercantilista 
Artigo 59  Não oferecer ou aceitar remuneração ou vantagens 
 Artigo 60  Não incluir profissionais em honorários 
 Artigo 65  não cobrar honorários/complementos em serviço público 
 Artigo 66  Não pratica dupla cobrança 
Cap. IX – Artigo 73  Não quebrar sigilo salvo em dever legal, motivo justo ou autorização. 
 Artigo 78  Orientar alunos a não quebrar sigilo 
Cap. X – Artigo 80  Não exibir documento sem ter ocorrido serviço médico 
 Artigo 81  Não atestar para obter vantagem 
 Artigo 82  Não usar formulários de instituição pública em privada e vice-versa 
Resumo Ética médica – Ingrid C. Santos 
 
Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. 
 
 Artigo 83  Não atestar óbito a qual não tenha presenciado 
 Artigo 84  Não deixar de atestar óbito de paciente exceto quando houver indícios de morte violenta 
 Artigo 86  Não deixar de fornecer laudo encaminhamento/transferência/alta 
 Artigo 89  Não liberar cópias de prontuário exceto para CRM 
Cap. XV – Artigo 18  Desobedecer CFM

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