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Questões de toxicologia

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Oi gente! Coloque a resposta logo abaixo da questão ;) obrigada por contribuir! 
 
1. O QUE A TOXICOLOGIA ESTUDA? QUAL SEU OBJETIVO? 
É o estudo dos efeitos nocivos causados por substâncias químicas sobre organismos vivos. É a ciência que define os 
limites de segurança (probabilidade de uma substância não causar danos biológicos em condições específicas) dos agentes 
químicos e físicos. 
 
2. DESCREVA AS 5 GRANDES ÁREAS DA TOXICOLOGIA E O QUE CADA UMA DELAS ESTUDA, 
CITANDO EXEMPLOS. 
Toxicologia de alimentos​: estuda as condições em que os alimentos podem ser ingeridos sem causar danos aos 
organismos. Ex: FDA (Food and Drug Administration) e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 
Toxicologia ocupacional: estudo dos efeitos nocivos produzidos pela interação dos agentes químicos contaminantes do 
ambiente de trabalho com o indivíduo exposto. Ex. OELs (Occupational exposure limits) limites de exposição expressos 
em níveis aceitáveis de concentração ambiental. 
Toxicologia de medicamentos e cosméticos: estudam os efeitos nocivos produzidos pela interação de medicamentos ou 
cosméticos com o organismo, decorrentes de uso inadequado ou da suscetibilidade individual. Ex: PETA e PEA 
Toxicologia social: ​estuda os efeitos nocivos decorrentes do uso não médico de drogas ou fármacos causando prejuízo ao 
indivíduo e a sociedade. 
Toxicologia Ambiental ​(efeito sobre os seres humanos) ​e Ecotoxicologia ​(efeito sobre os ecossistemas e seus 
componentes não humanos​)​: área em que se estudam os efeitos nocivos causados pela interação de agentes químicos 
contaminantes no ambiente (água, ar, solo) com os organismos vivos. Ex: Chemical Abstract Service (CAS) 
 
3. O QUE É UM AGENTE TÓXICO? 
R: Entidade química capaz de causar dano a um sistema biológico, alterando função ou levando a morte. 
 
4. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE DROGA E FÁRMACO? 
R: Ambos são compostos químicos capazes de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado 
patológico, no entanto o uso de drogas nem sempre leva em conta a necessidade de benefício. Já os fármacos 
sempre tem intenção de benefício e estrutura química definida. 
 
5. A EXPOSIÇÃO DE UM ORGANISMO A UM AGENTE TÓXICO PODE CAUSAR INTOXICAÇÃO. 
DEFINA INTOXICAÇÃO. QUAIS FATORES DE EXPOSIÇÃO PRECISAM SER AVALIADOS NO CASO DE 
INTOXICAÇÃO? 
R: Intoxicação é processo patologico causado por subs quimica endogenas ou exogenas, caracterizado por 
desequilibrio fisiologico. Os fatores de exposição são:dose (quantidade absorvida/concentração), tempo e 
frequência de exposição e via de exposição (enteral, parenteral, cutânea ou pulmonar). 
 
6. CITE 3 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DOS AGENTES TÓXICOS E COMO CADA UMA DELAS 
PODE AUMENTAR OU DIMINUIR A TOXICIDADE. 
R: Polaridade e hidrossolubilidade: propriedade que confere ao agente tóxico a capacidade de interagir com 
moléculas de água por ligações de hidrogênio. A hidrossolubilidade de uma molécula pode facilitar seu 
transporte pelo sangue, o qual é majoritariamente composto por água. ​Logo, um agente tóxico polar teria 
facilidade para se distribuir pelo organismo, mas teria dificuldades em atravessar a membrana plasmática. 
Sendo assim, existe a necessidade deste conseguir passar para o interior das células através de proteínas. Uma 
vez interiorizado, o composto estaria livre para interagir com outras moléculas dispersas no citosol. 
 
Pressão de vapor: reflete a tendência do líquido ou sólido em volatilizar-se e elevar-se com o aumento da 
temperatura. ​Agentes tóxicos que atingem rapidamente elevadas pressões de vapor tendem a se dissipar 
facilmente, entretanto a rápida formação de gases pode trazer sérios riscos aos organismos, facilitando a 
inalação no momento em que o agente volatiliza. 
 
Grau de ionização: refere-se a carga residual de um composto em determinadas condições. O grau de ionização 
pode aumentar ou diminuir a taxa de difusão de um agente tóxico pela membrana celular. Esta propriedade 
depende do pKa da molécula e também do pH do meio. 
 
7. COMO O GRAU DE IONIZAÇÃO PODE AFETAR A ABSORÇÃO DO AGENTE TÓXICO? 
R: O grau de ionização pode aumentar ou diminuir a taxa de difusão de um agente tóxico pela membrana 
celular. 
 
8. UM AGENTE TÓXICO COM CARACTERÍSTICAS ÁCIDAS SERÁ ABSORVIDO 
PREFERENCIALMENTE NO ESTÔMAGO E UM AGENTE TÓXICO COM CARACTERÍSTICAS BÁSICAS 
SERÁ PREFERENCIALMENTE ABSORVIDO NO INTESTINO. EXPLIQUE ESTA AFIRMAÇÃO. 
R: A afirmação está embasada no fato de que moléculas não ionizadas geralmente são lipossolúveis e aquelas 
que predominam na forma ionizada são geralmente hidrofílicas. Para substâncias ácidas temos: 
 ​ ​ HA]/[A ][ 
−
= 10 
 pKa−pH
 
 
 
Logo, para uma substância que apresenta baixo pKa, ou seja, um ácido forte, submetê-la a um solvente que 
possui pH menor que seu pKa (pH 1,4 do estômago, por exemplo) resultaria em uma razão entre a forma 
não-ionizada e a ionizada com valor maior que 0, de acordo com a equação 1. Se o valor é maior que 0, logo a 
concentração de HA (forma não ionizada) é maior que a concentração de A​- (forma ionizada). Portanto, neste 
pH predominaria a forma não ionizada da molécula, a qual é lipossolúvel e atravessaria mais facilmente a 
membrana plasmática. 
Este tipo de relação também serve para substâncias básicas, porém, neste caso temos: 
 ​ ​ BH ]/[B] [ 
+
= 10 
 pKa−pH
 
 
 
onde BH​+ é a forma ionizada e B a forma não ionizada. Sendo assim, para um agente tóxico com pKa 6,4 que 
está dissolvido em uma solução alcalina (pH 7,4) como as secreções intestinais ocorre predominância da forma 
não ionizada. Então, tal agente seria absorvido preferencialmente no intestino, onde o mesmo torna-se 
lipossolúvel. 
 
 
9. EXPLIQUE AS DIFERENÇAS ENTRE EFEITO ADITIVO, EFEITO SINÉRGICO, POTENCIALIZAÇÃO 
E EFEITO ANTAGÔNICO. 
R: O efeito aditivo ocorre quando duas substâncias tóxicas, ao atuarem em conjunto, produzem um efeito que é 
resultado da soma de suas atividades (1+1= 2). No caso do efeito sinérgico, duas substâncias tóxicas distintas e 
separadas causam efeitos específicos nos organismos, entretanto, quando ambas se associam dentro de um 
mesmo indivíduo, o efeito não é a soma dos mesmos e sim uma acentuação desses (1+1= 10). Já para o efeito 
de potencialização, quando uma substância tóxica se associa com uma molécula/substância não tóxica, ambas 
passam a atuar de maneira sinérgica produzindo danos maiores que a atividade da substância tóxica isolada 
(1+0= 10). Por fim, o efeito antagônico nada mais é que uma atividade de inibição ou contra-efeito de uma 
substância tóxica, causando diminuição ou até mesmo inativação do efeito nocivo (1+(-1)= 0). 
 
10. QUANDO OS PRODUTOS A E B SÃO ADMINISTRADOS SIMULTANEAMENTE, SEUS EFEITOS 
COMBINADOS SÃO MUITO MAIORES DO QUE A SOMA DE SEUS EFEITOS QUANDO ADMINISTRADOS 
SOZINHOS. A INTERAÇÃO QUÍMICA ENTRE OS PRODUTOS A E B PODE SER DESCRITA POR QUAL 
EFEITO? ADITIVO? POTENCIALIZAÇÃO? SINÉRGICO? ANTAGÔNICA? 
R: Sinérgico. Efeito sinérgico, duas substâncias tóxicas distintas e separadas causam efeitos específicos nos 
organismos, entretanto, quando ambas se associam dentro deum mesmo indivíduo, o efeito não é a soma dos 
mesmos e sim uma acentuação desses (1+1= 10). 
 
11. A INTOXICAÇÃO PODE SER CLASSIFICADA QUANTO A DURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO EM 3 TIPOS: 
AGUDA, SUBAGUDA E CRÔNICA. DEFINA CADA UMA DELAS E CITE 2 SINTOMAS 
CARACTERÍSTICOS DE CADA TIPO DE INTOXICAÇÃO. 
R: Aguda: exposição de curta duração e rápida absorção do agente tóxico. A dose/exposição pode ser única ou 
múltipla, desde que não exceda um período de 24 horas. Sintomas: cefaléia, tontura, náusea. 
Subaguda: exposições frequentes ou repetidas num período de vários dias ou semanas antes que os sintomas 
apareçam. Sintomas: sonolência, dor de cabeça, fraqueza. 
Crônica: exposições repetidas durante um longo período de tempo, de meses a anos. Sintomas: distúrbios 
neuropsicológicos, paralisias, cefaléia. 
Os sintomas dependem do grau de toxicidade do toxicante, o qual pode causar efeitos por exposição prolongada 
e acumulação exacerbada no organismo (exposição crônica), nem sempre necessitando de elevada toxicidade 
para agir. 
 
12. DIFERENCIE EFEITOS DE ACUMULAÇÃO E ADIÇÃO NA INTOXICAÇÃO CRÔNICA. 
R: O efeito de acumulação de um composto tóxico se dá quando a taxa de eliminação do mesmo é inferior à 
taxa de absorção. Assim, a concentração do composto tóxico no organismo vai aumentando progressivamente 
até causar manifestações no organismo. 
O efeito de adição ocorre quando há repetidas exposições ao toxicante, mas, neste caso, o problema não está 
relacionado com a eliminação do composto, mas sim com a recuperação do indivíduo que a cada repetição tem 
uma piora de quadro. 
 
13. CITE 4 EFEITOS TÓXICOS E DEFINA CADA UM. 
Reações alérgicas ou idiossincráticas: é uma reação imunológica a uma substância química que resulta da sensibilização 
prévia a esse produto ou a outra molécula de estrutura semelhante. Hipersensibilidade, reação alérgica e reações de 
sensibilização. Ex: Frutos do Mar. A idiossincrasia química refere-se a determinada reação geneticamente anormal a uma 
substância química. A resposta é qualitativamente semelhante em todos os indivíduos, embora com sensibilidade diferente 
a doses baixas ou extrema insensibilidade a altas doses do produto. 
 
Efeito imediato ou retardado​: efeitos imediatos ocorrem ou desenvolvem-se rapidamente após uma única, ou repetida, 
administração de uma substância. Ex.: gás irritante. Efeitos retardos ocorrem após o decurso de algum tempo. Ex: efeitos 
carcinogênicos normalmente têm longos períodos de latência, 10 a 30 anos após exposição inicial. 
 
Efeito local ou sistêmico: ​Efeito locais ocorrem no sitio do primeiro contato entre o agente tóxico e 
o sistema biológico. Ex.: substâncias corrosivas ou irritantes. O efeito sistêmico necessita de absorção e distribuição de 
uma substância tóxica a partir do seu ponto de entrada para um local distante, em que o efeito deletério é produzido. Ex:: 
DDT é concentrado no tecido adiposo (órgão de armazenamento) e tem efeito no sistema nervoso central (órgão-alvo). 
 
Efeito reversível ou irreversível: ​Efeito reversível é aquele que ocorre em tecidos e desaparece após cessada a 
exposição. Ex: tecido hepático, alta capacidade de regeneração, lesões reversíveis. Efeitos irreversíveis persistirão mesmo 
após o término da exposição. Ex: lesões no sistema nervoso central, efeitos carcinogênicos e teratogênicos. 
 
Efeito somático ou germinal: ​Efeito somático é aquele que afeta uma ou mais funções da célula.Ex: queimaduras. Efeito 
germinal diz respeito às perturbações das funções de reprodução, integridades dos descendentes e desenvolvimento de 
tumores. 
 
Efeitos morfológicos, funcionais e bioquímicos: ​Efeito morfológicos referem-se às mudanças macro e microscópicas na 
morfologia do tecido. Ex: Necrose e neoplasia. Efeitos funcionais representam mudanças reversíveis nas funções 
órgão-alvo. As mudanças funcionais são detectadas antes ou em exposições a doses baixas. Efeitos bioquímicos se 
dirigem a efeitos sem aparentes modificações morfológicas. 
 
 
14. A EXPOSIÇÃO A UM AGENTE TÓXICO PODE OCORRER POR DIFERENTES VIAS DE EXPOSIÇÃO. 
CITE AS PRINCIPAIS VIAS DE EXPOSIÇÃO E DIFERENCIE O RISCO ASSOCIADO A CADA UMA 
DELAS. 
Enteral ​(oral, digestiva, gastrointestinal). Ex: medicamentos, alimentos, circulação e fígado. 
Cutânea​ (tópica, percutânea, cutânea). Ação local ou absorvido e resposta sistêmica. 
Pulmonar​ (inalação). Contato rápido, grande superfície mucosas. 
Parenteral​ (intramuscular, intravenosa e endovenosa). 
 
 
15. UMA EXPOSIÇÃO AGUDA CAUSA NECESSARIAMENTE EFEITO AGUDO. ESTA AFIRMAÇÃO ESTÁ 
CORRETA OU INCORRETA. JUSTIFIQUE. 
Uma intoxicação de exposição aguda é aquela que ocorre a curto prazo; quando a exposição é de curta duração e a 
absorção do agente tóxico é rápida e a dose pode ser única ou múltipla, num período que não ultrapasse 24 horas. O efeito 
agudo depende da DE (dose efetiva) DL (dose letal), CL (concentração letal) e CE (concentração do efeito). Portanto, 
uma exposição aguda não causa, necessariamente, efeito agudo, pode ter efeito retardado também. 
 
 
16. O QUE É A CURVA DOSE-RESPOSTA? 
É uma curva que representa a relação entre o grau de resposta do sistema biológico e a quantidade de agente administrado. 
 
17. O QUE É ENDPOINT? 
Efeito biológico usado como índice de efeito de um toxicante em um organismo ou sistema. 
 
 
18. DEFINA DL50, CL50, DE50. PORQUE É ADOTADO 50% DE INDIVÍDUOS AFETADOS OU MORTOS? 
DL50 é a dose necessária de uma dada substância ou tipo de radiação para matar 50% de uma população em teste 
(normalmente medida em miligramas de substância por quilograma de massa corporal dos indivíduos testados). A sua 
determinação é feita expondo cobaias a diferentes doses da substância a ser testada por um determinado período de tempo até se 
determinar aquela que mata apenas metade da população testada. O DL​50 é frequentemente usado como um indicador da 
toxicidade aguda de uma substância; quanto maior a dose que será letal, menos tóxica é considerada. 
CL (concentração letal) quando a substância entra no organismo por inalação, exposição pulmonar e DE (dose efetiva) 
quantidade da substância que afeta 50% da pop exposta. 
 
19. NA TABELA ABAIXO ESTÃO APRESENTADOS OS VALORES DE DL50 DE 5 SUBSTÂNCIAS. OS 
ANIMAIS TRATADOS COM QUAL AGENTE TÓXICO TERÃO MAIOR PROBABILIDADE DE MORRER? 
CLASSIFIQUE AS SUBSTÂNCIAS USANDO A CLASSIFICAÇÃO EUROPEIA. 
 
ÁLCOOL ETÍLICO DL50= 10.000MG/KG 
TOXINA BOTULÍNICA DL50= 0,00001 MG/KG 
NICOTINA DL50= 1 MG/KG 
SULFATO FERROSO DL50= 1.500MG/KG 
PICROTOXIN DL50= 5 MG/KG 
 
R. ​A maior probabilidade de morrer corresponde aos animais tratados com toxina botulínica, que, 
juntamente com picrotoxina e nicotina, é classificada como muito tóxica quanto a classificação europeia 
(<25mg/Kg). ​Já o sulfato ferroso é classificado como nocivo apenas (200 a 2000mg/Kg). Nenhuma substância 
foi classificada neste exemplo como toxica (25 a 200mg/Kg). Por fim o álcool etílico é classificado apenas se 
levar em consideração a classificação de Hodger e Haggar, onde ele é classificado como ligeiramente tóxico (5 
a 15g/Kg). 
 
20. DEFINA NOAEL E LOEL. 
R: ​NOAEL é o intervalo de concentração de uma substância química administrada no qual não se observanenhum efeito. Por outro lado, LOAEL é o intervalo de concentração da substância no qual se observa efeito 
adverso considerável, mas não significante/grave. 
 
/// 
21. O QUE É UMA CURVA HORMESIS? 
Hormesis (ὁρμάω grega "estimular") é uma resposta à dose caracterizado por estimulação de doses baixas e inibição para 
doses elevadas, resultando numa nova curva dose resposta como com formato de U. Uma toxina que produz o efeito 
hormesis têm, em baixas doses, o efeito contrário que se têm em doses mais elevadas. Ex: O álcool, em doses baixas com 
efeito benéficos, mas em doses altas, efeitos adversos. 
 
22. O QUE É AVALIAÇÃO A TOXICIDADE? E QUAL O OBJETIVO DELA? 
A avaliação de toxicidade compreende a análise de dados toxicológicos de uma substância ou um composto químico com 
o objetivo de classificá-lo toxicologicamente e, ao mesmo tempo, fornecer informações a respeito da forma concreta de 
seu emprego, bem como medidas preventivas e curativas quanto ao seu uso inadequado. 
 
23. O USO DE ANIMAIS EM TESTES TOXICOLÓGICOS É COMUM. PORÉM O QUE DEVE SER LEVADO 
EM CONSIDERAÇÃO QUANTO AO USO DE ANIMAIS NESTES TESTES? 
Os estudos devem ser planejados de maneira a obter o máximo de informações utilizando o menor número de animais, 
todos os animais utilizados devem ser criados em biotérios que assegurem boa qualidade, os estudos pré-clínicos devem 
ser realizados em três espécies de mamíferos, sendo pelo menos uma, um não-roedor; os animais devem pertencer a 
linhagens bem definidas, evitando-se cepas com características genéticas especiais; devem-se usar o mesmo número de 
machos e fêmeas; os efeitos produzidos pelo agente tóxico no animal devem ocorrer também no homem; a exposição de 
animais ao agente tóxico é válida e necessária para a descoberta de efeitos danosos no homem. 
 
24. O QUE É O TESTE DE DOSE FIXA? 
É um teste em que a substância a ser testada é administrada a ratos e a outras espécies animais numa dose específica: essa 
dose é relacionada a partir das doses previamente fixadas, as quais de acordo com classificações de instituições 
regulamentadoras. 
 
25. CITE 3 DIFERENÇAS PRINCIPAIS ENTRE OS TESTES DE TOXICIDADE AGUDA E TOXICIDADE 
CRÔNICA. 
No teste de toxicidade aguda os efeitos adversos são observados dentro de um curto intervalo de tempo após 
administração de uma única dose ou doses múltiplas dentro de 24 horas, tem como objetivo caracterizar a DL50 ou a 
CL50, os estudos normalmente são por via oral. No teste de toxicidade crônica o objetivo é determinar o efeito tóxico 
após exposição prolongada a doses cumulativas da substância em teste, este estudo permite observar o potencial 
carcinogênico da substância, o tempo de duração deve ser superior a 90 dias. 
 
26. QUAL A DIFERENÇAS ENTRE TESTES IN VIVO E IN VITRO? 
Os testes ​in vivo se refere a experiência que utilizam seres vivos, como cobaias, para aproximar mais os resultados das 
condições em que acontecem naturalmente. Os testes ​in vitro visam reproduzir em laboratório as condições de 
determinada reação ou fenômeno relacionado a organismos vivos só que sem utilizá-los. 
 
27. OS TESTES DE REPRODUÇÃO TÊM QUAIS PRINCIPAIS OBJETIVOS? O MÉTODO OECD 421 É UM 
TESTE PARA AVALIAR A REPRODUÇÃO. QUE ANIMAL É UTILIZADO NESTE TESTE? SOB QUE 
CONDIÇÕES OS ANIMAIS DEVEM SER MANTIDOS? COMO A DOSE DEVE SER ADMINISTRADA? 
QUAL É A DURAÇÃO DO TESTE? QUAIS AS AVALIAÇÕES FEITAS NO TESTE? 
Este teste é feito para ser utilizado em ratos, esses animais devem ser mantidos a temperatura de cerca de 23ºC, umidade 
relativa entre 20 e 70%, com fotoperíodos de 12h, com água e alimento a vontade. A dose, geralmente, é administrada via 
oral, deve ser administrada ao menos, duas semanas antes do acasalamento. 
Os testes de reprodução têm como objetivo avaliar a fertilidade, desempenho para reprodução, potencial teratogênico, 
toxicidade peri e pós-natal e efeitos sobre o sistema reprodutivo. 
 
28. OS TESTES OECD 405 E 427 SÃO UTILIZADOS PARA AVALIAR A IRRITAÇÃO AGUDA EM OLHOS E 
A ABSORÇÃO PELA PELE DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS, RESPECTIVAMENTE. AMBOS OS TESTES SÃO 
FEITOS IN VIVO. DESCREVE BREVEMENTE COMO CADA UM DELES É FEITO. 
No teste 405, após anestesia sistêmica, a substância é pingada em um olho do animal, enquanto o outro olho servirá de 
controle. E serão analisados os níveis de irritação e corrosão. A duração do teste deve ser suficiente para determinar se os 
efeitos são reversíveis ou não. 
No teste 427, é avaliado o efeito da substância na pele, para isso ela é aplicada em 10cm² da pele do animal e são 
observados seus efeitos, o animal também é mantido em uma caixa, na qual suas excretas serão coletadas e analisadas. 
 
29. OBSERVE A FIGURA ABAIXO E RESPONDA QUAL É A SUBSTÂNCIA MAIS POTENTE? 
 
R. ​A substância mais potente é o fármaco A, pois o mesmo apresenta uma resposta maior do organismo tendo 
um efeito médio alcançado com uma menor concentração do fármaco se comparado ao B. 
 
30. COMENTE SOBRE A TOXICIDADE DA SUBSTÂNCIA A E B NA FIGURA A SEGUIR. 
 
A substância A não apresenta um limiar de segurança (threshold), enquanto a substância B apresenta, ou seja, 
até determinada dose, ela não apresenta efeito tóxico. 
 
31. O QUE ESTUDA A TOXICOCINÉTICA? QUAIS OS 4 PRINCIPAIS PROCESSOS DA 
TOXICOCINÉTICA? 
R. ​A toxicocinética estuda a relação da quantidade de um agente tóxico que atua sobre o organismo e a 
concentração dele no plasma, relacionando a isso seus principais processos: a absorção, ​transporte, a 
distribuição e a eliminação em função do tempo e da concentração. ​e Biotransformação 
 
32. DESCREVE BREVEMENTE SOBRE OS 4 MECANISMOS DE COMO UM AGENTE TÓXICO É 
TRANSPORTADO PARA DENTRO DA CÉLULA. 
R. ​O primeiro e mais comum é o transporte passivo, onde a substância é transportada para dentro da célula por 
diferença de concentração e sem gasto de energia. O transporte ativo por sua vez pode ir contra o gradiente de 
concentração, necessita de proteínas carreadoras e gasta energia. A difusão facilitada é outro tipo pelo qual 
moléculas podem adentrar a célula, nesse caso é necessário também proteínas carreadoras porém não ocorre 
gasto de energia, além disso os componentes não são movidos contra o gradiente de concentração. Por fim a 
pinocitose, é o transporte do meio extra para o intracelular juntamente com líquido do meio extracelular, é 
semelhante à fagocitose. 
 
33. A ABSORÇÃO DE UM AGENTE TÓXICO PELO TRATO GASTROINTESTINAL É FAVORECIDA NO 
ESTÔMAGO OU NO INTESTINO POR QUAL PRINCIPAL FATOR? 
R. ​Assim como explicado no exercício 8, o que favorece a absorção pelo estômago ou pelo intestino são as 
características ácidas e básicas destes compostos. Uma substância mais ácida será mais facilmente absorvida no 
estômago assim como uma substância mais básica será mais facilmente absorvida no intestino. 
 
34. A ABSORÇÃO DÉRMICA OCORRE POR QUAL MECANISMO DE TRANSPORTE? O QUE PODE 
FAVORECER A ABSORÇÃO DE UM AGENTE TÓXICO PELA PELE? 
R: ​A absorção ocorre por difusão passiva quase que exclusivamente. Alguns fatores podem aumentar a 
absorção do agente pela pele, como por exemplo a hidratação da pele, dimetilsulfóxido também aumentaem 
muito a permeabilidade da pele ao alterar a conformação da queratina. A idade do indivíduo e a composição da 
pele também pode influenciar na absorção. 
 
35. QUAIS PRINCIPAIS FATORES DETERMINANTES DOS AGENTES TÓXICOS PARA ELES SEREM 
ABSORVIDOS NO TRATO RESPIRATÓRIO? QUAIS AGENTES TÓXICOS SÃO PREFERENCIALMENTE 
ABSORVIDOS NOS ALVÉOLOS PULMONARES? 
Para que um agente seja absorvido ele deve ser uma partícula líquida ou sólida em suspensão no ar, gases. Para chegar até 
o pulmão o agente tóxico deve passar pelas vias aéreas superiores, contendo mucosas, que podem reter muitos dos 
compostos antes que cheguem aos pulmões. Os principais agentes tóxicos absorvidos são gases (monóxido de carbono, 
dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre), vapores, líquidos voláteis (benzeno, tetracloreto de carbono, e aerossóis). 
 
36. A DISTRIBUIÇÃO DO AGENTE TÓXICO É FEITA POR QUAIS SISTEMAS? QUAIS FATORES SÃO 
CONSIDERADOS NA DISTRIBUIÇÃO? 
A distribuição do agente toxico é feita pelos sistemas sanguíneo e linfático. Fatores como o fluxo dos fluidos, pH , 
quantidade de proteínas plasmática e celulas sanguineas, e também a solubilidade do agente tóxico devem ser 
considerados. 
 
37. COMO A PRESENÇA DE PROTEÍNAS PLASMÁTICAS PODEM AFETAR A DISTRIBUIÇÃO DO 
AGENTE TÓXICO? 
A ligação de um fármaco às proteínas plasmáticas limita sua concentração nos tecidos e locais de ação, visto que apenas o 
fármaco livre está em equilíbrio estável através das membranas. 
 
38. QUAL É O PRINCIPAL ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA BIOTRANSFORMAÇÃO DOS AGENTES 
TÓXICOS? QUAIS AS REAÇÕES QUE PODEM OCORRER NA BIOTRANSFORMAÇÃO? 
O principal órgão responsável pela biotransformação é o fígado. As principais reações que podem ocorrer na 
biotransformação são: oxidação, hidrólise, redução e conjugação. 
 
39. A ELIMINAÇÃO DO AGENTE TÓXICO PODE OCORRER POR QUE VIAS? 
A eliminação do agente tóxico se dá por via urinária, via pulmonar, via hepática e de menor importância pela saliva, suor 
e leite. 
 
40. O QUE ESTUDA A TOXICODINÂMICA? 
A. Estuda os mecanismos de ação tóxica exercida por uma substância química em nível bioquímico e molecular; 
B. Ações dos agentes químicos no órgão alvo 
C. “É caracterizada pela presença, em sítios específicos, do agente tóxico ou do seu produto de biotransformação” 
D. “Compreende a interação entre as moléculas do agente tóxico e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos 
e, consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático“ 
Importância da toxicodinâmica- Estimar a probabilidade de um agente tóxico causar efeito nocivo a uma população 
definida; Estabelecer procedimentos para prevenir e antagonizar os efeitos tóxicos; Estabelecer estratégias de tratamento; 
Auxiliar no desenvolvimento de medicamentos ou outros agentes químicos com menor chance de causar danos. 
 
41. QUAIS AS PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS NO PROCESSO BIOLÓGICO QUE UM AGENTE TÓXICO 
PODE ATUAR? DE EXEMPLOS DE CADA UM. 
● Inibição irreversível de enzimas: Os inseticidas organofosforados inibem irreversivelmente a 
acetilcolinesterase (AChE). Impedem que a acetilcolina (Ach), o neurotransmissor mais importante dos 
organismos, seja degradada em colina e acetil CoA, após transmitir o impulso nervoso da sinapse. Acúmulo de 
Ach e efeitos tóxicos. 
● Inibição reversível de enzimas: ​Agentes tóxicos anti-metabólicos (semelhantes ao substrato de uma enzima). O 
agente tóxico é captado pela enzima, mas não consegue ser transformado por ela, interrompendo reações 
metabólicas. Inseticidas carbamatos, inibem a AChE, porém reversivelmente. 
● Síntese letal: ​O agente tóxico é também um antimetabólito. Ele é incorporado a enzima e sofre transformações 
metabólicas entrando em um processo bioquímico. Resultando em um produto anormal, não funcional e tóxico. O 
Ácido fluoracético (pesticida) toma o lugar do ácido acético no ciclo do ácido cítrico. Forma-se então o ácido 
fluorocítrico que inibe enzimas que dão continuidade ao ciclo. 
● Sequestro de metais essenciais: ​Metais atuam como cofatores de enzimas. Destacam-se o Fe, Cu, Zn, Mn e Co. 
Alguns agentes tóxicos podem atuar como quelantes, sequestrando os metais e impedindo que eles atuem como 
co-fatores enzimáticos. Ditiocarbamatos (fungicida). 
 
 
42. O QUE É CARCINOGÊNESE? O QUE É CARCINOGÊNESE GENOTÓXICA E NÃO GENOTÓXICA? 
O processo de carcinogênese, ou seja, de formação de câncer, em geral se dá lentamente, podendo levar vários anos para 
que uma célula cancerosa prolifere e dê origem a um tumor visível. Esse processo passa por vários estágios antes de 
chegar ao tumor. São eles: estágio de iniciação, de promoção e de progressão. 
Genotóxicos:​interagem fisicamente com o DNA ocasionando danos ou alterando a estrutura. Podem ser classificados em 
diretos ou indiretos: 
Diretos​: moléculas eletrofílicas altamente reativas que podem ligar e interagir com moléculas nucleofílicas 
(DNA). Podem atuar em múltiplos locais. 
Indiretos:​ precisam ser metabolizadas. Produzem efeitos neoplásicos nos tecidos específicos onde são 
metabolizados e não no local da exposição. 
Não genotóxicos​: alteram a maneira como o DNA irá expressar a informação sem modificar ou danificar sua estrutura. 
 
43. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE PERIGO E RISCO? 
Perigo: capacidade de uma substância em causar um efeito adverso. Ex: gasolina 
Risco: probabilidade de ocorrência de perigo sob condições específicas de exposição. Ex: gasolina + cigarro aceso = 
EXPLOSÃO. 
 
44. O QUE É AVALIAÇÃO DE RISCO E QUAL SEU OBJETIVO? 
A avaliação de risco não é uma fórmula ou um número, mas sim um delineamento analítico, que define o tipo de dados e 
a metodologia que são empregados para se avaliar o risco, onde também devem ser detalhadas as incertezas e os 
problemas associados com determinadas avaliações. O objetivo da avaliação de risco é gerar dados informativos que 
subsidiem a tomada de decisões tanto por órgãos regulamentadores competentes ( do meio ambiente e / ou da saúde) 
como por gerentes industriais no que determina a sustentabilidade nos processos produtivos. 
● Balancear riscos e benefícios; 
● Definir níveis do risco; 
● Definir propriedades para atuação; 
● Estimar os riscos e a extensão da redução do risco. 
 
 
45. QUAIS AS PRINCIPAIS ETAPAS DA AVALIAÇÃO DE RISCO E O QUE CADA UMA AVALIA? 
Identificação do perigo: caracterização dos efeitos adversos inerentes a determinado agente químico. São feitos ensaios 
toxicológicos e avaliação do NOAEL, LOAEL, DL50 e threshold. 
Avaliação dose-resposta: caracterização da relação entre a dose e a incidência de efeitos adversos em populações 
expostas. Envolve o cálculo de Doses de Referência (RfD). 
Avaliação da exposição: medição ou estimativa da intensidade, da frequência e da duração da exposição humana ao 
agente químico. Caracterização da fonte de exposição, identificação dos meios e das vias de exposição e quantificação da 
exposição. 
Caracterização do risco: estimativa da incidência de efeitos adversos para a saúde sob várias condições de exposição 
humana. Estipula o Coeficiente de Risco (QR). 
 
1. NA TOXICOLOGIA AMBIENTAL O CONHECIMENTO DE ALGUNS FATORES SÃO ESSENCIAIS PARA 
AVALIAR OS EFEITOS ADVERSOS DE CONTAMINANTES. QUAIS SÃO ESTES FATORES, O QUE 
CADA UM AVALIA E QUAL É A IMPORTÂNCIA DE CADA UM? 
Na Toxicologiaambiental é necessário conhecer as fontes de poluição, a interação dos poluentes com os 
componentes da biosfera, os mecanismos naturais de remoção dos mesmos e fatores geográficos e climáticos que 
aumentam ou diminuem o risco, com o objetivo de se estudar os efeitos nocivos decorrentes a exposição a esses 
xenobióticos. 
 
2. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE TOXICOLOGIA AMBIENTAL E ECOTOXICOLOGIA? 
A Toxicologia Ambiental estuda os efeitos nocivos causados em organismos vivos por substâncias químicas 
presentes no ambiente, com um maior foco na espécie humana. A Ecotoxicologia estuda os efeitos tóxicos provocados por 
substâncias químicas naturais ou sintéticas sobre os constituintes dos ecossistemas, animais, vegetais e microrganismos, 
em um contexto integrado. 
 
3. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE OS TERMOS CONTAMINAÇÃO E POLUIÇÃO AMBIENTAL? 
A o termo “contaminação” é empregado em relação direta aos efeitos sobre a saúde do homem, também é 
utilizado para situações onde a substância esta presente no ambiente, mas não causa dano óbvio e aparente. Resultado do 
aumento dos níveis naturais de certas substâncias, provenientes de fenômenos, ou através de atividades antropogênicas. A 
contaminação nem sempre resulta em efeitos prejudiciais ao bem estar dos organismos. 
O termo “poluição” é empregado em relação direta aos efeitos sobre o ambiente, sendo também 
utilizado para casos onde a substância causa danos evidentes. Resultado dos aumentos dos níveis naturais, implicando em 
danos evidentes nos organismos vivos, e em riscos a saúde humana. A poluição sempre causa efeitos prejudiciais ao 
funcionamento dos organismos. 
 
4. DEFINA E DÊ EXEMPLOS DE FONTES DE POLUIÇÃO NATURAL E ANTRÓPICA. 
Fontes de poluição natural são aquelas provenientes de fenômenos da natureza, como atividade vulcânica, 
incêndio florestal, maré vermelha, etc. 
Fontes de poluição antrópica são aquelas provenientes de atividades humanas, como esgoto e lixo (urbano e 
industrial), queima de combustível, atividades pecuárias (queimadas, praguicidas, fertilizantes), etc. 
 
5. DEFINA E DÊ EXEMPLOS DE FONTES DE POLUIÇÃO PONTUAL E DIFUSA. 
Fontes pontuais são aquelas identificáveis no espaço e no tempo, por exemplo: Os efluentes domésticos. 
Fontes difusas são aquelas onde não é possível a identificação dos pontos de lançamentos dos contaminantes, por 
exemplo: Lixiviação de fertilizantes e pesticidas. 
 
6. O QUE É UM AGENTE CONTAMINANTE BIOLÓGICO? DÊ EXEMPLOS. 
É um microrganismo que se encontra em um substrato ao qual não pertence ou que até pertence, mas em 
concentrações que excedem as naturais. Causa altas taxas de mortalidade e morbidade, mas são relativamente controláveis 
por meio de higiene, educação e saúde, obras de saneamento, etc. Exemplos de agentes contaminantes biológicos: 
Bactérias, vírus e protozoários. 
 
7. O QUE É UM AGENTE CONTAMINANTE QUÍMICA? DÊ EXEMPLOS. 
É uma substância química que se acumula em um substrato em concentrações que excedem os níveis naturais, 
esta substância pode ser sintética ou natural, associadas a circunstâncias bioclimáticas especiais. Exemplos de agentes 
contaminantes químicos: agrotóxicos, metais, hormônios, etc. 
 
8. O QUE É UM AGENTE CONTAMINANTE FÍSICO? DÊ EXEMPLOS. 
É uma forma de energia exercida sobre um substrato, de forma que excede os níveis naturais, possui efeitos de 
longo prazo, efeitos sutis e associação de causa-efeito difícil. Exemplo de agentes contaminantes físicos: Energia térmica, 
ruído e radioativa. 
 
9. CITE PELO MENOS 3 PROCESSOS DE DISPERSÃO DE POLUENTES QUE OCORREM EM CADA 
COMPARTIMENTO AMBIENTAL. 
Na atmosfera o transporte pode acontecer por movimentos turbulentos do ar que dependem das características dos 
ventos, a dispersão em direção ao vento predominante e é denominada pluma. 
Na hidrosfera a dispersão do contaminante é mais complexa. O contaminante introduzido sofrerá dispersão, 
interação com o material particulado em suspensão, deposição (sedimentação) e absorção biológica. 
Na litosfera a dispersão depende da natureza da substância, das características do solo e de outros fatores, como 
umidade, pH, teor de matéria orgânica, temperatura, etc. A adsorção, percolação, difusão e a advecção influenciam na 
dispersão dos poluentes no solo. 
 
10. CITE 3 MECANISMOS DE REMOÇÃO DE CONTAMINANTE DE CADA COMPARTIMENTO 
AMBIENTAL. 
Na atmosfera os mecanismos de remoção são absorção ou reação com objetos terrestres, transferências para 
outros compartimentos ambientais e as reações químicas que acontecem na atmosfera. 
Na hidrosfera os mecanismos de remoção são físicos (sorção e sedimentação), químicos/geoquímicos (reações 
dependentes do pH e do potencial redox), ou biológicos. 
Na litosfera a remoção do contaminante se dar por ação microbiana, degradação química, evaporação, 
volatização, percolação e absorção pela biota. 
 
11. DEFINA BIOCONCENTRAÇÃO, BIOACUMULAÇÃO E BIOMAGNIFICAÇÃO EXPLICANDO AS 
DIFERENÇAS. 
Bioconcentração é o mecanismo no qual uma substância alcança, em um organismo, uma concentração mais 
elevada que aquela observada no ambiente ao qual esses organismos estão expostos. 
Bioacumulação é o aumento progressivo na quantidade de uma substância química em um organismo ou parte 
dele, e se deve ao fato de a taxa de absorção exceder a capacidade de eliminação orgânica. 
Biomagnificação é quando há um aumento das concentrações de uma dada substância ao longo da cadeia 
alimentar. Concentrações elevadas são observadas nos organismos pertencentes aos níveis tróficos mais altos. 
 
12. OS METAIS PODEM SER CLASSIFICADOS COMO ESSENCIAIS E NÃO ESSENCIAIS. EXPLIQUE A 
DIFERENÇA ENTRE ESSA CLASSIFICAÇÃO E DÊ EXEMPLOS DE METAIS PERTENCENTES A CADA 
CLASSE. 
Os metais essenciais são aqueles que participam de processos fisiológicos em pequenas quantidades, como o 
Sódio, Potássio, Ferro, Zinco, etc. 
Os metais não essenciais são aqueles que não têm função biológica conhecida e seus efeitos são normalmente 
deletérios, como o Chumbo, Mercúrio, Alumino, etc. 
 
13. PORQUE OS METAIS APRESENTAM UMA TENDÊNCIA MAIOR EM SEREM BIO CONCENTRADOS 
QUANDO COMPARADOS COM OUTRAS SUBSTÂNCIAS? 
Os metais possuem uma alta afinidade por moléculas contendo ​hidrogênio e ​enxofre, ligando-se com relativa 
facilidade a proteínas e macromoléculas celulares. Alterando assim as reações enzimáticas (bloqueando, deslocando o íon 
essencial ou enzimas modificando a conformação ativa de proteínas e enzimas). 
 
14. O QUE É ESPECIAÇÃO QUÍMICA? 
A especiação química é o processo de identificação e quantificação das diferentes espécies (ou formas) de um 
elemento químico presentes em uma amostra. Determina, por exemplo, quais os íons presentes, seus estados de oxidação 
e os compostos orgânicos e inorgânicos formados pelas moléculas existentes no material. 
 
15. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ESPÉCIES QUÍMICA DO MERCÚRIO? QUAL É A MAIS TÓXICA? 
PORQUE ESTÁ ESPÉCIE É A MAIS TÓXICA E QUAL ÓRGÃO PRINCIPAL ATINGIDO? 
As principais espécies químicas do mercúrio inorgânico são: Hg​0 ​(mercúrio elementar, encontrado principalmente 
na forma de gás), Hg​2​
+2 (íon mercuroso, pouco estável em sistemas naturais), Hg​+2 (íon mercúrio). As principais do 
mercúrioorgânico são o Metilmercúrio (CH​3​Hg​
+​) e o Dimetilmercúrio ((CH​3​)​2​Hg). A espécie mais tóxica é o 
Metilmercúrio, que passou pelo processo natural de metilação dos metais por meio de reações mediadas por 
microrganismos (bactérias sulfatorredutoras). Com a metilação, os compostos tendem a ser lipossolúveis, ou seja, 
atravessam as biomembranas facilmente e podem se distribuir nos sistemas, sendo esse processo o primeiro passo nos 
processos de bioacumulação e posterior biomagnificação (devido a lenta eliminação). O principal sistema atingido por 
essa espécie é o Sistema Nervoso Central de acordo com sua alta neurotoxicidade (parestesias – sensações cutâneas 
vivenciadas sem estimulação - e ataxias – falta de coordenação de movimentos musculares), neurastemia (fraqueza), 
perda de visão e audição. 
 
16. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ESPÉCIES QUÍMICA DO CÁDMIO? QUAL É A MAIS TÓXICA? PORQUE 
ESTÁ ESPÉCIE É A MAIS TÓXICA E QUAL ÓRGÃO PRINCIPAL ATINGIDO? 
As principais espécies químicas do cádmio são: Cd​+1 (muito instável), Cd​2+ (espécie que mais é encontrada no 
ambiente), CdSO​4​
0​, CdCl​+​, CdHCO​3+​, na natureza pode ser encontrado CdS (sulfeto de cádmio) extraído como 
subproduto dos minérios de Zinco e Cobre, ou como CdO (óxido de cádmio) na atmosfera (SILVEIRA, 2002; 
MARINHA, 2011​). 
O cádmio presente em fumaças é facilmente absorvido pela respiração de acordo com seu pequeno tamanho, 
sendo sua absorção respiratória relativamente rápida, enquanto a dérmica é lenta e a gastrointestinal depende das dietas e 
condições nutricionais. 
O cádmio tem como principais indicadores biológicos o sangue e a urina (após sua absorção, cerca de 90% é 
encontrado no sangue), além disso a bioacumulação é irreversível de acordo com sua meia vida longa (20-40 anos). 
A espécie mais tóxica de cádmio é Cd​+2 devido ao seu altíssimo acúmulo no organismo: o cádmio que entra no 
organismo encontra-se primeiramente nos eritrócitos e por meio deles distribui-se pelo corpo, atingindo principalmente os 
órgãos rins e fígado. O fígado é o primeiro a apresentar elevados níveis de Cd por causa da grande quantidade de sangue 
que passa por ele; posteriormente os níveis começam a abaixar devido à ligação de Cd às metalotioneínas (proteínas 
sintetizadas principalmente no fígado; uma metalotioneína pode ligar-se a até 7 átomos de Cd, sendo que os ligados a ela 
ficam indisponíveis para exercer sua toxicidade e os complexos são transportados para os rins). Em seguida, os níveis de 
cádmio nos rins aumentam: o complexo cádmio-metalotioineína é filtrado pelos glomérulos e reabsorvido pelos tubos 
renais proximais. Dessa forma, a quantidade de cádmio presente no organismo é a soma do metal já acumulado, 
distribuído e ligado a metalotioneína e da concentração do metal resultante de exposições recentes (​MARINHA, 2011)​. 
Exposições crônicas atingem, além dos rins, os pulmões. 
 
17. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ESPÉCIES QUÍMICA DO CHUMBO? QUAL É A MAIS TÓXICA? PORQUE 
ESTÁ ESPÉCIE É A MAIS TÓXICA E QUAL ÓRGÃO PRINCIPAL ATINGIDO? 
As principais espécies químicas inorgânicas são Pb​+2 (mais comum) e Pb​+4​, enquanto as orgânicas são chumbo 
tetraetila ((Pb(C​2​H​5​)​4​) e chumbo tetrametila. Esses compostos orgânicos são as formas mais tóxicas do Chumbo devido a 
sua lipossolubilidade, estabilidade e acúmulo nos organismos. Além disso são ligeiramente voláteis, estão presentes na 
composição dos aditivos para combustível e são absorvidos majoritariamente pela pele, pulmões e trato gastrointestinal. O 
conjunto de órgãos mais atingido pela intoxicação por chumbo é o sistema nervoso e as encefalopatias são o principal 
efeito observado em crianças e adultos. Mas a intoxicação pode apresentar diversos órgãos-alvo, como fígado, sistema 
gastrointestinal, renal, cardiovascular, reprodutivo e endócrino. 
 
18. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ESPÉCIES QUÍMICAS DO ARSÊNIO? QUAL É A MAIS TÓXICA? PORQUE 
ESTÁ ESPÉCIE É A MAIS TÓXICA E QUAL ÓRGÃO PRINCIPAL ATINGIDO? 
As espécies inorgânicas são: As​0 (elementar, fortemente redutora), As​+3 (arsenito, condições redutoras), As​+5 
(arsenato, condições oxidantes), As​-3 ​(arsina, fortemente redutora). As orgânicas são: ácido arsanílico (C​7​H​9​AsNNaO​3​), 
 
ácido metilarsônico (CH​3​.AsO(OH)) e arsenobetaína (C​5​H​11​AsO​2​). O arsenito (As​
+3​) é o mais tóxico por ligar-se aos 
radicais sulfidrilas das proteínas. O arsenato (As​+5​) apresenta toxicidade relativa por competir pelos sítios de ligação com 
fosfato na fosforilação oxidativa. 
Pouco acúmulo e deposição em vísceras, mas altos níveis em tecidos com queratina. Dessa forma, o principal tecido 
atingido é a pele (hiperceratose, verrugas, melanose, lesões eczematóides). O Arsenito também pode apresentar ação 
neurotóxica e causar câncer de pele e pulmão. São diversos órgãos além da pele que podem ser alvo: sistema respiratório, 
cardiovascular, genitourinario, reprodutivo, gastrointestinal e nervoso. 
 
19. CITE OS PRINCIPAIS INSETICIDAS E COMO ELES ATUAM NOS MECANISMOS DOS INSETOS. 
De maneira geral, todos os inseticidas são nefrotóxico e agem no sistema nervoso central dos insetos. Há quatro 
principais tipos de inseticidas: organofosforados, organoclorados, carbamatos e piretróides. 
Os inseticidas organofosforados (OF) fazem inibição irreversível da enzima acetilcolinesterase (AChE) – enzima 
que quebra a acetilcolina (ACh) em colina e acetato na fenda sináptica após transmitir o impulso nervoso (sinapse 
colinérgica). A acetilcolina é um importante neurotransmissor e sua quebra é necessária porque a colina resultante dela 
volta para o terminal axônico para compor novas acetilcolinas; se a acetilcolinesterase é impedida de agir, são acumuladas 
acetilcolinas na fenda sináptica, o que estimula exacerbadamente os receptores colinérgicos, muscarínicos e nicotínicos. 
Esses receptores se encontram em diversos órgãos e os sintomas observados no organismo são: Sudorese e salivação, 
grave secreção bronquial, bronco constrição, miose, motilidade gastrointestinal aumentada, diarreia, tremores, espasmos 
musculares (em outras palavras: transmissão contínua e descontrolada de impulsos nervosos; paralisação muscular, 
aumento na taxa respiratória). 
Os carbamatos (CARB) fazem a inibição reversível da mesma enzima (acetilcolinesterase – AChE). Eles inativam 
a enzima temporariamente, deixando-a instável, sendo sua regeneração relativamente rápida quando comparada à enzima 
fosforilada pelos inseticidas OF. Assim, os praguicidas carbamatos são menos perigosos em relação à exposição humana 
do que os organofosforados. Sinais e sintomas de intoxicação e mecanismo de ação: meiose, diurese, diarreia, salivação, 
espasmos musculares e sistema nervoso central. 
Os inseticidas piretróides têm alta toxicidade e baixa tendência a induzir resistência aos insetos (baixa em 
mamíferos e nenhuma persistência no ambiente por se decomporem rapidamente a luz solar). Modificam a sensibilidade 
dos canais de sódio no SNC dos insetos, causando tremores, hiperexcitabilidade, salivação e paralisia. 
Os organoclorados apresentam outros quatro subtipos (DDT,hexaclorociclohexanos, ciclodienos e mirex). Os 
DDT atuam por quatro possíveis mecanismos simultâneos: I) altera a permeabilidade dos íons de potássio na membrana 
do neurônio, reduzindo seu transporte através dela; II) liga-se aos canais de sódio mantendo-os abertos, prolongando o 
influxo e o potencial de ação (hiperexcitabilidade); III) inibe as ATPases neuronais importantes na repolarização; IV) 
inibe a calmodulina no transporte de cálcio, essencial à libertação intraneuronal dos neurotransmissores. Dessa maneira, o 
DDT gera agitação motora, aumento da frequência de movimentos espontâneos, suscetibilidade anormal a sensação de 
medo e hipersuscetibilidade a estímulos externos como luz e toque, tremores leves e convulsões. Os 
hexaclorociclohexanos e clorodienos têm como órgão-alvo o Sistema Nervoso Central, principal efeito são convulsões. 
 
20. CITE OS PRINCIPAIS HERBICIDAS E COMO ELES ATUAM NOS MECANISMOS DAS PLANTAS. 
Compostos clorofenoxi: são análogos à auxina (hormônio de crescimento de plantas) produzem crescimento 
incontrolável e letal em plantas-alvo. Impede o crescimento de ervas-daninhas sem afetar gramíneas. 
Composto bipiridílico – paraquat: herbicida de contato não seletivo e de rápida ação. É um dos herbicidas com 
mais alta toxicidade aguda. Seu mecanismo é de indução do estresse oxidativo por produzir enormes quantidades de 
radicais livres associados à depleção dos sistemas antioxidantes do organismo. Nos humanos apresenta pequena 
biotransformação (excretado inalterado pela urina); acumula-se principalmente nos pulmões e rins; não é genotóxico, nem 
carcinogênico nem teratogênico. 
Composto bipiridílico – diquat: toxicidade menor que paraquat; é reduzido à forma de radical livre e pode ser 
reoxidado na presença de oxigênio, produzindo o ânion superóxido. Não afeta pulmões como paraquat, afeta sistema 
digestório, rins e olhos (resultando nas cataratas muito provavelmente). 
Cloroacetanilidas: compostos representantes são alaclor, metolaclor e acetoclor. Mecanismo de ação é a inibição 
da produção de proteínas nos meristemas apicais da parte aérea e das raízes em algumas espécies. Prováveis carcinógenos 
humanos. 
Triazinas: compostos representantes são atrazina, simazina e propazina. Esses herbicidas ligam-se ao complexo 
proteico QB da cadeia de transporte de elétrons encontrada na membrana do cloroplasto e atuam inibindo a fotossíntese. 
Seu efeito principal em humanos é a diminuição do peso corpóreo, não apresentando evidências de genotoxicidade, nem 
teratogenicidade, nem influência no desenvolvimento. 
Aminoácido fosfonometil – glifosato: seu mecanismo é de inibir a enzima 5-enolpiruvilchiquimato-3-fosfato 
sinase, que é responsável por sintetizar um intermediário da biossíntese de diversos aminoácidos (via metabólica 
inexistente em mamíferos). É um dos herbicidas mais amplamente utilizados e não há evidências de carcinogênese, 
teratogenicidade, genotoxicidade, nem influência no desenvolvimento. Intoxicações apresentam sintomas gastrintestinais 
passageiros, enquanto que uma mais severa pode levar a sangramento gastrintestinal, hipotensão, disfunção pulmonar e 
dano renal. 
Aminoácido fosfonometil – glifosinato: atua inibindo a glutamina sintetase, o que leva ao aumento dos níveis de 
amônia e a planta morre. Não apresenta efeito genotóxico, nem carcinogênico, nem problemas no desenvolvimento; 
intoxicação apresenta efeitos gastrintestinais, comprometimento do sistema respiratório, distúrbios neurológicos e efeitos 
cardiovasculares. 
 
21. CITE TRES FINALIDADES DOS TESTES ECOTOXICOLÓGICOS E COMENTE A IMPORTÂNCIA DE 
CADA UM. 
Um de seus objetivos é determinar a toxicidade das substâncias presentes nos ambientes em relação aos 
organismos que neles habitam, o que esbarra em outra finalidade dos testes que é determinar a sensibilidade dos 
organismos. Ambos são importantes para estipular limites de exposição aos toxicantes. Uma terceira finalidade é avaliar 
os impactos na biomagnificação e fertilidade dos organismos, importante para definir as possíveis influências dos agentes 
tóxicos nas próximas gerações e para inferir a proporção que pode ser atingida pela transferência para outros níveis 
tróficos das cadeias alimentares, levando a substância a organismos que são de outros habitats e têm hábitos de vida 
totalmente distintos. Um objetivo relacionado a área da ecotoxicologia que estuda ambientes aquáticos (ecotoxicologia 
aquática) é estabelecer critérios para a análise de qualidade das águas, importante para indicar se é necessário ou não fazer 
o tratamento delas. 
 
22. COMO SÃO ESCOLHIDOS OS ORGANISMOS TESTES IDEIAS A SEREM UTILIZADOS NOS ENSAIOS 
ECOTOXICOLÓGICOS? 
Uma das principais características para a escolha do organismo teste é a sensibilidade dele ao determinado 
poluente, ou seja, será escolhido dentre aqueles que respondem de maneira imediata; outro fator é a relevância ecológica, 
então geralmente são eleitos organismos que ocupam menores níveis tróficos e, com base nas respostas deles ao 
contaminante, extrapola para organismos de maiores níveis. Deve ser levada em consideração também sua facilidade de 
reprodução no ambiente natural e nos laboratórios, além da praticidade e rapidez da reprodução. A escolha também deve 
basear-se nas necessidades de meios de cultura, visto que meios sofisticados necessitam de maior investimento. O 
organismo precisa apresentar justificabilidade, por exemplo, não seria justificável testar petróleo em animais terrestres. 
Ainda, usar preferencialmente mais de um nível trófico e os estágios mais sensíveis. 
 
23. COMENTE SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DOS TESTES ECOTOXICOLÓGICOS QUANTO A DURAÇÃO E 
SISTEMA. 
A toxicidade de agentes químicos nos ambientes aquáticos é determinada por ensaios ecotoxicológicos. Esses 
ensaios podem ser classificados de acordo com a renovação da solução-teste em estático, semi-estático e fluxo contínuo – 
sem renovação, com renovação parcial e renovação contínua, respectivamente. Além disso, podem ser categorizados de 
acordo com a duração: agudo, crônico e sub-crônico. 
 Ensaios de toxicidade aguda são aqueles que avaliam as respostas rápidas e rigorosas mostrados pelos organismos 
expostos às substâncias químicas por período curto de tempo – normalmente de um a quatro dias, ou até 96 horas. Os 
efeitos geralmente observados são mortalidade para peixes e imobilidade para invertebrados, sendo na maioria das vezes 
ensaios baratos e fáceis de serem executados (MAZIERO et al., 2016; ZAGATTO; BERTOLETTI, 2008). 
 Os ensaios de toxicidade crônica são feitos em organismos que estão em ambientes com fatores de diluição, ou 
seja, contém agentes tóxicos em concentrações subletais. A exposição dos indivíduos às substâncias químicas em níveis 
subletais pode não ocasionar a morte, mas sim distúrbios a longo prazo, efeitos prejudiciais sutis (resultados não 
detectados nos ensaios de toxicidade aguda, que são de curta duração). Desta maneira, os ensaios de toxicidade crônica 
têm maior duração, maior custo e leva em conta o ciclo de vida completo ser vivo. Aqueles de toxicidade sub-crônica sãomais baratos e mais rápidos que os ensaios de crônica porque analisam um período específico do ciclo do ser vivo, 
geralmente o crescimento ou a reprodução, e também encontram concentrações de substâncias menores, como nos 
crônicos (ZAGATTO; BERTOLETTI, 2008). 
 
24. CITE AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS TESTES ECOTOXICOLÓGICOS REALIZADOS EM 
LABORATÓRIO E IN SITU. 
Testes realizados em laboratórios – vantagens: padronizável, fácil endpoint, mais barato, possível controlar pH, 
temperatura, oxigênio dissolvido, dureza da água, fotoperíodo, duração do teste. 
Testes realizados em laboratórios – desvantagens: apenas uma espécie por experimento, o comportamento dos 
indivíduos pode ser diferente por não estar em seu ambiente natural e por não avaliarem interações naturais diversas (com 
o ambiente, com outras espécies, etc). 
Testes ​in situ – vantagens: retrata a realidade por não colocar os indivíduos sob estresse laboratorial, por avaliar as 
interações com outros organismos. São multiespécies. 
Testes ​in situ – desvantagens: manutenção e controle extremamente complicado de variantes possivelmente 
impactantes. 
 
25. O QUE É UMA SUBSTÂNCIA DE REFERÊNCIA? E O QUE ESTA SUBSTÂNCIA PRECISA 
APRESENTAR PARA SER CONSIDERADA REFERÊNCIA EM UM TESTE ECOTOXICOLÓGICO? 
São materiais de referência utilizados na avaliação da conformidade dos insumos farmacêuticos e dos 
medicamentos, reconhecidos pela Anvisa como referência de controle de qualidade nacional. Os critérios para considerar 
uma substância como referência nos testes são: ser contaminante ambiental; ser fácil de analisar quimicamente; estar 
disponível no mercado com pureza consistente; ser solúvel, estável e ter alta toxicidade em água; ter toxicidade resistente 
dentro de uma faixa de pH; ter toxicidade não variável em função da qualidade de água; ter toxicidade específica para os 
diferentes grupos de organismos; ter dados ecotoxicológicos básicos disponíveis. 
 
26. O QUE SÃO BIOMARCADORES? 
São respostas (alterações) bioquímicas, fisiológicas, histológicas ou comportamentais rápidas resultantes da 
exposição de um indivíduo a uma substância química ou a uma mistura de substâncias em um determinado período de 
tempo. Essas respostas podem ser avaliadas nos tecidos, nos fluidos corporais ou no organismo como um todo. Exemplo: 
crescimento, reprodução, sobrevivência, alterações histológicas, etc. 
 
27. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CLASSES DE BIOMARCADORES E SUAS DIFERENÇAS? 
fI) Biomarcadores de exposição: respostas associadas à exposição aos poluentes. Não apresenta risco fisiológico 
relevante. 
II) Biomarcadores de efeitos: respostas relacionadas à exposição, são fisiologicamente relevantes 
(reversibilidade) apresenta riscos potenciais. 
III) Biomarcadores de susceptibilidade: indicadores de processos que causam variações de respostas ao longo 
do tempo, como a idade, nutrição, sexo, estresse por confinamento. 
IV) Biomarcadores gerais: respostas semelhantes a uma ampla classe de poluentes, importantes na avaliação de 
amostras ambientais. 
V) Biomarcadores específicos: respondem somente na presença de um ou de uma classe restrita de poluentes, 
importante para detectar um poluente específico em amostra complexa (ambientais ou efluentes).

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