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MOMENTO ANGULAR (QUANTIDADE DE MOVIMENTO ANGULAR) Aula 18 e 19 PFM – Prof. José Henrique Fernandez Telescópio Espacial Hubble: Como apontá-lo para uma estrela ou galáxia? A Natureza Vetorial da Rotação Anteriormente apresentamos os conceitos de velocidade angular (ω), aceleração angular (α) e torque (τ) sem nos preocuparmos com seu caráter vetorial e, ainda, sempre havíamos considerado situações nas quais o eixo de rotação era constante no tempo (fixo). Para especificarmos o sentido da velocidade angular havíamos convencionado um sentido de giro como positivo (+) e outro como negativo (-), no entanto, quando os eixos não são fixos apenas os sinais de mais e menos não bastam para especificar a orientação da velocidade angular. O VETOR velocidade angular A velocidade angular é um vetor cuja direção é ao longo do eixo de rotação e cujo sentido é dada pela regra da mão direita (a) Faça seus dedos (da mão direita) girarem no sentido da rotação; o polegar irá apontar ao longo do eixo de rotação no sentido de (b) Em parafusos de rosca direita o sentido de também pode ser visto como o do avanço do parafuso O VETOR torque: Fr Módulo: sin..Fr Direção: Perpendicular tanto a quanto a r F Sentido: Regra da Mão Direita: Dedos juntos ao primeiro vetor e fecham indo em direção ao segundo (polegar aponta o sentido). r Torque em relação a O da força F sobre a partícula O VETOR torque: Fr Exemplo: Módulo: F.r.sen()=F.r Direção e Sentido: indicados na figura r O Produto Vetorial BAC Seja o vetor o produto vetorial entre o vetores e C A B Define-se o vetor como: C nˆ sin ABBAC nˆ (sentido dado pela regra da mão direita) O módulo é área do paralelogramo formado pelos vetores A e B Segue da definição que: O Produto Vetorial 0ˆˆˆˆˆˆ0 kkjjiiAA e ABBA NÃO é comutativo. A ordem do vetores é importante!!! .ˆˆˆ ,ˆˆˆ ,ˆˆˆ jik ikj kji .ˆˆˆ ,ˆˆˆ ,ˆˆˆ jki ijk kij O produto vetorial é distributivo: O Produto Vetorial CABACBA )( Derivada (respeita a regra do produto): B dt Ad dt Bd ABA dt d Produtos Escalares e Produtos Vetoriais Se , e Determine jA ˆ3 iBA ˆ9 12BA B (expresse B em termos de suas componentes Bx, By e Bz) A solução está no livro. Divirtam-se! Torque ( ) e Momento Angular ( ) Uma partícula de massa m se movendo com velocidade v na posição r em relação à origem O. O momento linear da partícula é p=mv. O momento angular L da partícula em relação à origem O é definido como o produto vetorial de r por p: L prL Assim como o torque, o momento angular é definido em relação a um ponto do espaço, neste caso em relação à origem O. kmvrL ˆsin Momento Angular ( ) A figura mostra uma partícula de massa m, presa a um disco circular de massa desprezível, movendo-se em um círculo no plano xy que tem o centro na origem. O círculo gira em torno do eixo z, com velocidade angular ω. A velocidade v da partícula e sua velocidade angular ω relacionam-se em módulo por v=rω. O momento angular da partícula em relação ao centro do disco é: L ω 2 2 ˆˆ ˆ90sin mrL kmrkrmvL krmvL vmrprL ω IL Momento Angular O momento angular da partícula não é sempre paralelo a para qualquer ponto. Na figura ao lado temos o exemplo do momento angular tomado em relação a um outro ponto do eixo z mas que não está no centro do círculo. Perceba que agora não é mais paralelo a L Momento Angular e Eixo de Simetria Prendemos agora uma outra partícula, de mesma massa, ao disco em rotação, em um ponto diametralmente oposto à primeira. Os vetores momento angular e das partículas em relação ao mesmo ponto anterior O´ são mostrados. O momento angular total de duas partículas é novamente paralelo ao vetor velocidade angular . Neste caso o eixo de rotação passa pelo centro de massa do sistema de duas partículas, e a distribuição de massa é simétrica em relação a esse eixo. 21 LLL 1L 2L Um eixo como esse é chamado de eixo de simetria. Para qualquer sistema de partículas que gira em torno de um eixo de simetria ω IL ω IL A segunda Lei de Newton Rotacional: Tínhamos que: dt pd rFr resres E agora vimos que: prL Se derivarmos essa equação m.a.m. obtemos: dt pd rp dt rd pr dt d dt Ld 0 mas vmvp dt rd E, portanto: A segunda Lei de Newton Rotacional: dt pd r dt Ld Substituindo dt pd rres Obtemos finalmente: dt Ld dt Ld sis resextres , 2ª. Lei de Newton Para a ROTAÇÃO A segunda Lei de Newton Rotacional: dt Ld sis resext , O Torque externo resultante sobre um sistema em relação a um ponto fixo é igual à taxa de variação do momento angular do sistema em relação ao mesmo ponto. Teorema do Impulso Angular-Momento Angular Integrando os dois lados da equação anterior em relação ao tempo, obtemos: dtL t t resextsis 2 1 , Essa equação é a análoga rotacional para o Teorema do Impulso-Quantidade de Movimento Linear: dtFP t t resextsis 2 1 , CONSERVAÇÃO DO MOMENTO ANGULAR Quando o torque externo resultante sobre um sistema é zero em relação a determinado ponto, temos: 0, dt Ld sis resext constante sisL Lei da Conservação do Momento Angular: Se o torque externo resultante sobre um sistema em relação a um ponto é zero, então o momento angular total do sistema em relação ao mesmo ponto PERMANECE CONSTANTE CONSERVAÇÃO DO MOMENTO ANGULAR ( ) Você já viu uma apresentação de patinação no gelo? Quando é que a patinadora gira mais rápido? Se você reparou bem, é quando ela recolhe os braços e “encolhe” o corpo. Como praticamente não há atrito com o gelo (torque externo nulo) o MOMENTO ANGULAR se conserva, assim se R diminui (e, portanto, I diminui), aumenta para L se manter constante E aqui? IL Dois Discos Girando O disco 1 gira livremente com uma velocidade angular i, em torno de um eixo vertical que coincide com seu eixo de simetria, como mostrado na figura. Seu momento de inércia em relação a este eixo é I1. Ele cai sobre o disco 2, de momento de inércia I2, que está inicialmente em repouso. O disco 2 está centrado no mesmo eixo que o disco 1 e é livre para girar em torno desse eixo. Devido ao atrito cinético, os dois discos acabam por ter a mesma velocidade angular f. Determine f. Dois Discos Girando: Conservação do Momento Angular Determina-se a velocidade angular final a partir da conservação do Momento Angular total do sistema pois não há torques externos agindo sobre nosso sistema(o atrito entre os discos proporciona apenas pares de forças internas). A velocidade angular do disco de cima é reduzida, enquanto que a do disco de baixo é aumentada pelas forças de atrito cinético. Como a direção do eixo de rotação é fixa, o sentido do movimento de rotação pode ser especificado por um sinal de + ou -. O atrito cinético dissipa energia mecânica, logo devemos esperar que a energia mecânica total do sistema diminua. Dois Discos Girando: Solução fi fi III LL )( 211 i I I f if II I 1 2 21 1 1 1 Checagem: Se I2<<I1, a colisão deve ter efeito pequeno sobre o movimento do disco 1. Nossa resposta está de acordo, pois quando (I2/ I1) 0, f i . No caso oposto, quando I2>>I1, então o disco 1 deve frear até quase o repouso, sem causar um movimento de rotação apreciável no disco 2. Nossa resposta também prevê isso pois quando (I2/ I1) ∞ , f 0. Dois Discos Girando As engrenagens girando, na transmissão de um caminhão, colidem inelasticamente quando engatam Dois Discos Girando Nessa colisão entre os 2 discos a energia mecânica foi dissipada. Podemos ver facilmente isso escrevendo a energia em termos da quantidade de movimento angular (como fizemos também com a quantidade de movimento linear, lembram?): I L I I IK 22 )( 2 1 222 Expressão análoga a: m p K 2 2 1 2 2I L K ii e )(2 21 2 II L K f f mas fi LL 1 21 1 II I K K i f Essa colisão é análoga a uma colisão 1D PERFEITAMENTE INELÁSTICA Uma partícula girando na horizontal Uma partícula de massa m, sobre uma mesa horizontal sem atrito, está ligada a um fio que passa através de um pequeno furo na mesa. A partícula é colocada em movimento circular de raio R, e, nesse instante, sua velocidade escalar linear (em módulo) é vi. (a) Se o fio for puxado para baixo de forma que o raio da trajetória circular seja diminuído para r, qual será a velocidade escalar final vf da partícula? isso???enxergar consegue Você nulo é resutante torqueo assim ainda mas partícula a sobre agem forças 3 r Rv v rmvRmvL L i f fi constante é NÃO! conseva? se cinética, energia a E 1 1 22 22 2 1 2 2 1 r R r Rv vmv mv K K i ii f i f K aumenta, como ??? De veio essa energia? Para o Lar: Fazer o problema 10-5: Lama nos olhos, do Tipler Pense e Responda: Por que o Helicóptero possui dois rotores? O que acontece se o rotor traseiro parar de funcionar em pleno voo? Para Casa: Vamos pensar um pouquinho? Responda as perguntas: Por que nas armas de fogo os projéteis saem do cano com rotação? Por que um lançador do futebol americano lança a bola (em formato de olho) com rotação em relação ao eixo maior da bola? Por que você sente mais equilíbrio na moto quando está a velocidades maiores?
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