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Tubulações Industriais Rafael Rosa rafael.rosa@unis.edu.br Varginha 2018 Tubulações Industriais Tubulação é um conjunto de tubos e acessórios voltados ao processo industrial, principalmente para distribuição de gases, óleos, vapores, lubrificantes e demais líquidos industriais e, chegam a representar 70% do custo dos equipamentos, ou 25% do custo total da instalação. Objetivo Ter a noção de aspectos gerais básicos de dimensionamento de tubulações, seleção de materiais para tubulações, validação qualitativa e quantitativa de sistemas de tubulações, conceitos básicos de engenharia aplicáveis à projeto de tubulações. Bibliografia • TELLES, P. C. S. Tubulações industriais; materiais, projeto, montagem. 10. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 2001. • TELLES, P. C. S. Tubulações industriais; Cálculo. 10. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 2001. • HOLMES, E. Handbook of Industrial Pipework Engineering. McGraw-Hill, 1973. Introdução Tubos são condutos fechados, destinado principalmente ao transporte de fluidos. Todos os tubos são de seção circular, apresentando-se como cilindros ocos. A maioria dos tubos funciona como condutos forçados, isto é, sem superfície livre, com o fluido tomando a área da seção transversal. Fazem exceções apenas as tubulações de esgoto, e às vezes as de água. A necessidade da existência das tubulações decorre principalmente do fato de o ponto de geração ou de armazenagem dos fluidos estar, em geral, distante do seu ponto de sua utilização. Introdução Na nomenclatura americana os tubos são chamados de “pipe” ou de “tube”. Entre esses dois termos não há uma distinção muito rígida. De um modo geral o termo “pipe” é usado para tubos cuja a função é conduzir o fluido, enquanto o termo “tube” é empregado para tubos destinados a outras funções como por exemplo na troca de calor, transmitir pressão, conduzir sinais ou como elementos estruturais. Classificação dos tubos: Metálicos – Ferrosos: aço-carbono, aço-liga, aço-inoxidável, ferro fundido, ferro forjado. – Não-ferrosos: cobre, alumínio, chumbo, níquel, outros metais, ligas. Não-metálicos: - Cimento-amianto, plástico, vidro, cerâmica, barro virado, borracha, concreto e PVC. Escolha dos materiais • Disponibilidade do material, seu custo e seu tempo de vida; • Condições de serviço; • Fluido conduzido; • Natureza dos esforços mecânicos; • Segurança; • Experiência Prévia com o material. Emprego das tubulações Processos de fabricação Processos de fabricação - Laminação Processos de fabricação - Laminação Escolha dos materiais • Nível de tensões do material – O material deve ter resistência mecânica compatível com a ordem de grandeza dos esforços presentes. ( pressão do fluido, pesos, ação do vento, reações de dilatações térmicas, sobrecargas, esforços de montagem etc.) • Natureza dos esforços mecânicos – Tração; Compressão; Flexão; Esforços estáticos ou dinâmicos; Choques; Vibrações; Esforços cíclicos e etc. Escolha dos materiais • Fluido conduzido – Natureza e concentração do fluido Impurezas ou contaminantes; PH; Velocidade; Toxidez; Resistência à corrosão; Possibilidade de contaminação. • Condições de serviço – Temperatura e pressão de trabalho. • Sistema de ligações – Adequado ao tipo de material e ao tipo de montagem. Escolha dos materiais • Custo dos materiais – Fator frequentemente decisivo. • Segurança – Do maior ou menor grau de segurança exigido dependerão a resistência mecânica e o tempo de vida. • Facilidade de fabricação e montagem. • Tempo de vida previsto – O tempo de vida depende da natureza e importância da tubulação e do tempo de amortização do investimento. Observações Para a solução do problema da escolha dos materiais, a experiência é indispensável e insubstituível ou seja, material para ser bom já deve ter sido usado por alguém anteriormente. Seguir a experiência é a solução mais segura, embora nem sempre conduza à solução mais econômica. Resumindo, pode-se indicar a seguinte rotina para seleção de materiais: 1 – Conhecer os materiais disponíveis na prática e suas limitações físicas e de fabricação. 2 – Selecionar o grupo mais adequado para o caso tendo em vista as condições de trabalho, corrosão, nível de tensão etc. 3 – Comparar economicamente os diversos materiais selecionados, levando em conta todos os fatores de custo. Custo relativo A comparação de custos deve ser feita comparando a relação custo/resistência mecânica ou seja, a comparação deve ser feita entre preços corrigidos que serão os preços por kg multiplicado pelo peso específico e dividido pela tensão admissível de cada material. Na comparação de custos dos materiais devem ainda ser levados em consideração os seguintes pontos: - Resistência à corrosão ( sobreespessura de sacrifício ). - Maior ou menor dificuldade de solda. - Maior ou menor facilidade de conformação e de trabalho. - Necessidade ou não de alívio de tensões. Meios de ligação Meios de ligação Conexões Conexões Normas American National Standards Institute - ANSI; www.ansi.org American Society of Mechanical Engineers – ASME; https://www.asme.org American Petroleum Institute – API; www.api.org American Society for Testing and Materials ASTM International – ASTM; www.astm.org Normas Norma Petrobras http://sites.petrobras.com.br/CanalFornecedor/portugues/requisitocontratacao /requisito_normastecnicas.asp Normas Diâmetros comerciais dos tubos Os diâmetros comerciais dos tubos para condução (steel pipes) de aço-carbono e de aço-liga estão definidos pela norma ANSI. B.36.10 e para aços inoxidáveis é aplicado a norma ANSI. B.36.19. Esta norma abrange os tubos fabricados por qualquer um dos processos usuais de fabricação. Todos esses tubos são designados por um número chamado "Diâmetro Nominal IPS" (Iron Pipe Size), ou "bitola nominal". Sendo que o diâmetro nominal só corresponde ao diâmetro externo dos tubos a partir das tubulações de 14". Para cada diâmetro de tubulação existe várias espessuras de paredes, denominadas "séries" (schedule); Norma ABNT A ABNT adotou a ANSI B.36 desprezando a polegada do diâmetro nominal usando o número como designação. Para cada Diâmetro Nominal fabricam-se tubos com várias espessuras de parede, denominadas “séries” ou “schedule”. Fluxo de um projeto Elaborados pela equipe de processo, na fase inicial do projeto, e devem conter: • Todos os vasos, torres, reatores, tanques etc., com a indicação de suas características básicas. • Todos os equipamentos importantes (bombas, compressores, permutadores de calor) com seus dados principais: tipo, vazão, temperatura, pressão etc. • As principais tubulações com a indicação do fluido conduzido e do sentido do fluxo; • Os principais instrumentos. Leis Básicas dos fluídos - Lei de Stevin; - Viscosidade dinâmica e cinemática; Leis Básicas dos fluídos - Reynolds; - Bernoulli. Escoamento dos fluidos O escoamento de qualquer fluido em uma tubulação resulta sempre em uma certa perda de energia do fluido, que é gasta em vencer as resistências que se opõem no escoamento e que finalmente é dissipada sob forma de calor. As resistências que se opõem ao escoamento são de 2 natureza: 1- Resistências internas resultantes do atrito das próprias moléculas do fluido umas com as outras é o que chamamos de viscosidade. As resistências internas serão tanto maiores quanto maiores forem a velocidade e a viscosidade do fluido. 2- Resistências externas, resultantes do atrito do fluido contra as paredes dostubos, das acelerações e mudanças de direção da veia fluida e dos turbilhonamentos consequentes. As resistências externas serão tanto maiores quanto maiores forem a velocidade do fluido e da rugosidade das paredes, e quanto menor for o diâmetro da tubulação. Essas resistências dependerão também da quantidade e da natureza dos acidentes na tuvbulação. Escoamento dos fluidos
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