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Questionário de sociologia jurídica

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Faculdade Serra do Carmo
Curso: Direito
Disciplina: Sociologia Jurídica
Alunos: Adriano Berger Ferreira 
Galthiery Lopes
Questionário para revisão
QUAL A CONTRIBUIÇÃO DAS MULHERES NA ADVOCACIA BRASILEIRA?
A feminilização da advocacia no Brasil promoveu uma estratificação nas sociedades, bem no momento em que a mesma apresentava grande expansão. Essa estratificação direcionou as mulheres para a operacionalização das áreas mais tradicionais do direito, promovendo assim o crescimento das operações jurídicas mais rotineiras de âmbito civil e familiar, enquanto que os homens concentraram-se nas áreas mais especializadas e inovadoras, com ênfase na área de direito empresarial. Com a participação das mulheres em maior número nas sociedades advocatícias, somada ao crescimento dos cursos superiores de graduação, a presença do gênero feminino nesse ramo profissional tornou-se uma realidade crescente no Brasil.
ATÉ QUE PONTO O ESTADO CONTRIBUI PARA VIOLÊNCIA NO BRASIL?
Considerando-se a privação de liberdade uma forma de violência, o Brasil, com uma média de 2,7 prisioneiros para cada mil habitantes, tem em seu sistema carcerário um cenário de grande violência contra a integridade do indivíduo. É claro que a pena aplica-se contra o cidadão que comete o crime como forma de punição ao seu delito, mas a falta de uma estrutura capaz de promover a ressocialização do criminoso concorre com a manutenção da criminalidade, uma vez que aquele que já pagou pelo seu ato delituoso, não volta à vida social em condições de lutar por um emprego e buscar uma vida digna capaz de afastá-lo do mundo do crime. Logo, devido as injustiças sociais, por falta de condições de vida digna e com os recursos elementares ao cidadão livre, o Estado brasileiro promove indiretamente o ingresso de muitos ao mundo do crime e à violência, ao mesmo tempo que não promove sua transformação no âmbito social durante o período de reclusão no sistema carcerário.
QUAIS AS DIFERNÇAS ENTRE AS SOCIEDADES DE ADVOGADOS NO BRASIL E NOS ESTADOS UNIDOS?
A primeira e mais evidente diferença entre as sociedades de advogados do Brasil e dos EUA é o número de empresas atuantes na área de direito empresarial, onde no Brasil, em 2012, foram identificadas 100 delas contra 32.441 nos EUA. Outro aspecto é o porte das sociedades, onde no Brasil identificam-se como “grandes”, as sociedades com mais de 50 advogados, enquanto que as norte-americanas são compostas por mais de 100 profissionais. No que refere-se à participação de mulheres nessas sociedades, nota-se que no Brasil é mais marcante a presença feminina do que nos EUA, onde elas atuam em número quase insignificante nas grandes organizações. No Brasil, visando o atendimento aos ramos de menor nível de especialização, as mulheres tiveram participação muito ativa e crescente, enquanto os homens focavam ação nos ramos empresariais e internacionais, constituindo assim grande produtividade no atendimento geral do direito.
O QUE SE ENTENDE POR VIOLÊNCIA ENQUANTO OBJETO DE ESTUDO DA SOCIOLOGIA?
A violência segundo a sociologia não está exclusivamente relacionada a lesão corporal, mas também à agressão moral, desrespeito aos valores pessoais, subtração de bens, insegurança e sensação de impunidade ao que se refere à falta de punição adequada a operadores do poder público. A sociologia reconhece que há formas de violência que não configuram crime, como aquelas proporcionadas pela prática de artes marciais e outras formas de agressão, até verbal, na qual aquele que parece ser vítima para alguns, não se reconhece como tal devido a sua opção pessoal em participar de determinado processo constrangedor ou doloroso fisicamente.
A PENA PREVINE A VIOLÊNCIA OU GERA MIAS VIOLÊNCIA?
Estudos realizados por Doob e Webster demonstram que a pena ou a sua severidade não têm relação direta com a redução dos níveis de criminalidade. A criminalidade é um resultado social provocado pela falta de condições básicas para a vida de muitos, que ingressam no mundo do delito em busca de melhores condições de vida.
O QUE É CRIME E O QUE É SANÇÃO PARA O DIREITO PENAL?
Crime é aquilo que configura um ato litigioso contra outrem provocando prejuízos físicos, morais, psicológicos ou patrimoniais, sendo executado por alguém qualificado juridicamente, cujo ato já tenha sido previsto em lei publicada. Sansão é a ferramenta utilizada primeiramente para prevenir o crime, ou seja, inibir alguém de cometer ato litigioso contra outra pessoa descrevendo as penas que possam pesar contra o autor. Em segundo lugar, visa estabelecer o castigo ao imputado, impondo a retribuição em forma de sofrimento por intermédio de privação do patrimônio, privação da liberdade e até privação da vida em algumas legislações.
O DIREITO PENAL GERA VIOLÊNCIA? ELE É CAPAZ DE CONTE-LÁ?
Do latim, o termo violência vem de vis. Vis absolutas significa violência física. Violência moral vem das expressões vis compulsivas e vis impulsivas. No dicionário Aurélio violência significa qualidade de violento, ato violento e ato de violentar. Segundo Luiz Eduardo Soares (2005, p.245), a palavra violência possui múltiplos sentidos: Pode designar uma agressão física, um insulto, um gesto que humilha, um olhar que desrespeita, um assassinato cometido com as próprias mãos, uma forma hostil de contar uma história despretensiosa, a indiferença ante o sofrimento alheio, a negligência com os idosos, a decisão política que produz consequências sociais nefastas (...) e a própria natureza, quando transborda seus limites normais e provoca catástrofes. Violência produzida pelo próprio direito penal, refere-se às implicações sociais da centralidade da prisão no sistema de justiça. Cada vez mais contundente a superpopulação prisional. O Brasil é o quarto país que mais encarcera no mundo, perdendo apenas para EUA, China, e Rússia. O Direito Penal gera a violência, porém, não é esse o intuito do Direito, mas nem tudo é como deveria ser. Quem pratica um crime o mesmo deve ser apenado, o problema não são as sanções aplicadas e sim a forma que elas estão sendo executadas, as condições do preso, a ressocialização, a formação profissional, a qualidade de vida digna, para que futuramente o preso não volte a cometer crimes, podendo contribuir com a sociedade de forma digna.
O QUE SE ENTENDE POR DIFERENÇAS DE GÊNERO, GERAÇÃO, CLASSE E RAÇA:
Abusos cometidos em nome das diferenças de classe, raça, gênero e etc., são vistos como desrespeito aos Direitos Humanos e assim o Estado jurídico brasileiro cria legislações e políticas que buscam diminuir essas desigualdades. Tratar de Direitos Humanos, no Brasil, tem sido discorrer sobre problemas envolvidos em uma sociedade altamente hierarquizada, em que os pobres, os negros, as mulheres e as outras minorias discriminadas são vistos como cidadãos de segunda classe. Entender cada contexto específico, na forma em que são produzidas. O aspecto racial já foi um dos mais importantes eixos norteadores dos debates sobre as características biológicas e socioculturais da espécie humana. O tema do direito e da ração tem sido mais debatido no Brasil nas políticas de ações afirmativas, como a políticas de cotas, do que propriamente no sistema de justiça. Reserva de vagas para mulheres e portadores de necessidades especiais, por exemplo, só tiveram o aparato do sistema jurídico após a implementação do sistema de cotas para os alunos egressos de escolas públicas, negros e indígenas nas universidades públicas estaduais e federais. Separar, dividir, a sociedade em gênero (homem, mulher), geração (idade), classe (renda da sociedade) ou Raça (cor), leva a preconceitos, hierarquia, descriminalização e estaríamos usando a diferença de gênero e subjugando uns aos outros.
RELATE ALGUNS MARCOS LEGAIS ACERCA DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO.
Três grandes marcos: A Delegacia de Defesa da Mulher, os Juizados Especiais Criminais e a Lei Maria da Penha. Na década de 1980, criou-se a Delegacia de Defesa da Mulher, em São Paulo. Essa iniciativa teveum caráter criminalizante, no sentido de mostrar que bater em mulher é crime e dever ser punido pelo Estado, sendo um problema de toda a sociedade e não apenas do casal ou de famílias carentes e desajustadas. A não continuidade das denúncias feitas nas delegacias no fluxo do sistema de justiça perdeu em parte o sentido com a Lei 9.099/95, que criou os Juizados Especiais Criminais. Essa lei simplificou os procedimentos das delegacias para os crimes tipificados como de “menor potencial ofensivo”, como são os casos de “ameaça” e “lesão corporal leve” que compreendem a maioria dos casos registrados na delegacia. Dispensando o inquérito policial e simplificando os procedimentos da etapa policial, essas ocorrências registradas nas Delegacias da Mulher passaram, com a nova lei, a serem enviadas mais rapidamente ao Judiciário. A Lei Maria da Penha alterou o tratamento dos crimes de violência doméstica contra a mulher no sistema de justiça. Entre as alterações, destacam-se o aumento da pena máxima, que passa a ser de três anos de detenção, o que retira essa violência do rol dos crimes de “menor potencial ofensivo”, não sendo mais enviada aos Juizados Especiais Criminais, a admissão da prisão em flagrante para alguns casos; impedimento da aplicação de pena de cesta básica.
O QUE SE ENTENDE POR JUSTIÇA DO DIÁLOGO E QUAL SEU OBJETIVO?
É a mediação de conflitos, os Juizados Especiais Criminais que implementaram pela primeira vez a “conciliação” na justiça penal. Essas justiças do diálogo são chamadas de novas justiças ou justiças alternativas. Estas justiças trazem uma dinâmica comunicacional, do diálogo, ou da negociação entre as partes, como formas alternativas de administração de conflitos, pautadas em um estilo não adversarial.
COMO DECIDEM OS JUÍZES? FAÇA UM ENFOQUE ENTRE O DIREITO E A REALIDADE.
Saber “como” os juízes decidem é uma questão fundamental em um Estado Democrático de Direito que propugna pela proteção dos Direitos Fundamentais. Sabemos que, diferentemente do Estado Liberal e do Estado de Bem-Estar, no Estado Democrático de Direito (Democratic Rule of Law) há uma grande preocupação não apenas com a declaração de direitos, mas também com garantir formas de protegê-los. Entre as “garantias constitucionais”, os meios judiciais assumem singular importância. Daí por que sabermos a “forma” em que a decisão se dá (ou como deveria) é fundamental na promoção dos Direitos Fundamentais. A Constituição enumera uma série de garantias processuais às partes em litígio (devido processo legal, contraditório e ampla defesa, soberania do júri, presunção de inocência, etc.). Traça, por vezes de forma detalhada, da estrutura do Judiciário, de cada um dos Tribunais e de suas competências; dispõe também sobre a autonomia financeira e administrativa do Judiciário e das garantias dos magistrados. Fortalece a posição de autonomia do Ministério Público, desvinculado institucionalmente do Judiciário. O fato de a Constituição de 1988 proclamar, como requisito de validade de qualquer decisão judicial, a necessidade de fundamentação (art. 93, IX). Ora, como já teve oportunidade de decidir o STF, “fundamentar” uma decisão é uma tarefa que não se restringe à mera menção à lei (ou súmula) ou mera subsunção da lei ao caso.
O QUE AS PESQUISAS EMPÍRICAS FEITAS ACERCA DAS DECISÕES PROFERIDAS POR JUÍZES DESCOBRIRAM?
A função da pesquisa é vigiar o poder dos juízes para denunciar eventuais decisões, que não são justificadas adequadamente, a justificação é uma dimensão relevante do processo decisório e portanto, deve ser acessada e descrita para que possamos compreender e refletir sobre a atuação dos juízes e para que possamos avaliar a qualidade da jurisdição. Foram descobertas nas pesquisas empíricas realizadas as dificuldades em desenhar uma trajetória de pesquisa e a representatividade dos dados quantitativos construídos justamente da razão da falta de confiabilidade do conteúdo disponível.

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