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1ª aula POLITICA NACIONAL DE URGENCIA

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ANDREA BORGES
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 Portaria GM 2.048 – Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência.
05/11/02
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REGULAMENTO TÉCNICO DAS URGÊNCIAS 
Capítulo I:
Estruturação dos sistemas loco-regionais de Atenção às Urgências, dentro dos preceitos da NOAS-SUS.
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	Capítulo II
 Elemento ordenador e orientador do Sistema de Atenção Integral às Urgências, que estrutura a relação entre os vários serviços, qualificando o fluxo dos pacientes no sistema e gerando uma porta de comunicação aberta ao público em geral, através da qual os pedidos de socorro são recebidos.
REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS 
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 	Deve acolher a clientela, prestando-lhe atendimento e redirecionando-a para os locais adequados à continuidade do tratamento, através do trabalho integrado da Central de Regulação Médica de Urgências com outras Centrais de Regulação. Tais centrais, obrigatoriamente interligadas entre si, constituem um verdadeiro complexo regulador da assistência. 
REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS
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Regulação Médica das Urgências:
	Ao médico regulador devem ser oferecidos todos os meios necessários para o bom exercício de sua função, devendo possuir também delegação direta dos gestores municipais e estaduais para seu acionamento.
REGULAMENTO TÉCNICO DAS URGÊNCIAS 
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Competência Técnica:
 discernir o grau presumido de urgência e prioridade de cada caso.
Competência Gestora:
 ter autoridade delegada pelos gestores para decidir sobre os meios disponíveis, acionando-os, de acordo com seu julgamento.
REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS
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Regulação do Setor Privado de Atendimento (incluídas as concessionárias de rodovias)
Profissionais da área de segurança - Corpos de Bombeiros militares, Policiais Rodoviários e outros reconhecidos pelo gestor publico da saúde – devem atuar orientados pela Regulação Médica, trabalhando de forma integrada.
REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS
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Atendimento Pré-hospitalar Fixo:
Unidades Básicas de Saúde e Unidades do Programa de Saúde da Família.
Unidades Não Hospitalares de Atendimento às Urgências.
Capítulo III:
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	Atendimento Pré-hospitalar Móvel:
	Atendimento precoce à vítima, após agravo de natureza clínica, cirúrgica, traumática ou psiquiátrica que possa levar a sofrimento, seqüelas ou mesmo à morte, prestando-lhe atendimento e/ou transporte adequado, a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde.
REGULAMENTO TÉCNICO DAS URGÊNCIAS
Capítulo IV:
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Portaria GM/MS nº 1863, de 29 de setembro de 2003
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS
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Em setembro de 2003, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção às Urgências, uma das prioridades do Governo do Presidente Lula.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS
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Núcleos de Educação em Urgências:
Aspectos Gerais
Definição, princípios norteadores, objetivos estratégicos, objetivos operacionais.
Grades de temas, conteúdos, habilidades, cargas horárias
REGULAMENTO TÉCNICO DAS URGÊNCIAS
Capítulo VII:
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PRINCÍPIOS NORTEADORES
1º Garantir universalidade, eqüidade e integralidade 
 no atendimento às urgências.
2º Consubstanciar as diretrizes de regionalização da assistência às urgências.
3º Adotar estratégias promocionais.
4º Fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas, urgentes e transitórias.
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 5º Contribuir no desenvolvimento de processos e métodos de coleta, análise e organização dos resultados das ações e serviços de urgência.
6º Integrar o complexo regulador do Sistema Único de Saúde.
 7º Qualificar a assistência e promover a educação permanente das equipes de saúde na Atenção às Urgências.
PRINCÍPIOS NORTEADORES
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Eixos estruturantes
Central de Regulação Médica de Urgência / Complexo de Regulação
Estratégias promocionais
Organização de Redes Assistenciais (pactuação)
Qualificação e Educação Permanente
Humanização e Qualificação
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS
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	1. Pré-hospitalar Fixo:
 Unidades Básicas de Saúde
 Unidades de Saúde da Família e Agentes Comunitários
 Ambulatórios Especializados
 Serviço de Diagnóstico e Terapia
 Serviços de Atendimento às Urgências não hospitalares 
 (PS, Pronto Atendimento) 
2. Pré-hospitalar Móvel
 SAMU - 192
Sistema de Atenção Integral às Urgências
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	3. Hospitalar:
 Prontos Socorros das unidades hospitalares
 Leitos de internação:
 gerais
 terapia intensiva 
 especializados
 longa permanência
 4. Pós-hospitalar:
 Atenção domiciliar (assistência e internação domiciliar)
 Reabilitação
Sistema de Atenção Integral às Urgências
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Atribuição da área da saúde
ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR MÓVEL
192 
Número nacional de urgência médica
VAGA ZERO
Na urgência, o atendimento deve ser prestado independente da existência ou não de leitos vagos.
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UMA PRIORIDADE DE GOVERNO
 Importante observatório do sistema de saúde;
 Permite a leitura das necessidades de saúde da população, fornecendo informações epidemiológicas como ferramenta de planejamento e gestão;
 Induz à organização da rede assistencial e à estruturação dos serviços (processo de pactuação regional)
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UMA PRIORIDADE DE GOVERNO
 Garante o primeiro acolhimento no local do evento e o acesso facilitado nas unidades fixas, melhorando a sobrevida;
 Permite o enlace com outros atores não oriundos da saúde.
 Estrutura o Plano de Atenção a Desastres e Acidentes com Múltiplas Vítimas
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Orientar e implementar a estruturação dos componentes do APH Móvel no âmbito do SUS:
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU
Central de Regulação Médica de Urgência
Implantar os Núcleos de Educação em Urgência
Estabelecer cooperação técnica com Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária, Militares e Civil, Guarda Municipal, Defesa Civil Estadual e Municipal na área de resgate, salvamento, atenção a desastres e acidentes com múltiplas vítimas
Estimular a organização de sistemas regionais de atenção às urgências, coerentes com o PDR e a PPI
Objetivos
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Implantar as centrais de regulação médica de urgência;
Garantir a implementação do Plano Diretor de Atenção às Urgências (grades de referência e contra-referência, por especialidades); 
Garantir a escuta médica 24 horas por dia (5 vertentes):
Aconselhamento e orientação
Definição dos recursos móveis adequados a cada solicitação
Definição do destino de cada paciente, de acordo com a disponibilidade de recursos, monitorando o atendimento e o acolhimento nos serviços
Orientação para os profissionais dos serviços de saúde que se deparam com situações de urgência
Coordenação da atenção médica e dos fluxos de assistência em casos de desastres e calamidades.
Objetivos 
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Atendimento às Urgências:
Clínicas
Traumáticas
Gineco-obstétricas
Pediátricas
Cirúrgicas
Psiquiátricas
Desastres e acidentes com
múltiplas vítimas
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Atendimento às Urgências:
reduzir o número de óbitos
o tempo de internação em hospitais
as seqüelas decorrentes da falta de socorro precoce 
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	Elemento ordenador e orientador do Sistema de Atenção Integral às Urgências, que estrutura a relação entre os vários serviços, qualificando o fluxo dos pacientes no sistema e gerando uma porta de comunicação aberta ao público em geral, através da qual os pedidos de socorro são recebidos.
REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS 
SAMU - 192
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Protocolos de Intervenção SBV e SAV
Protocolos de Regulação Médica
Protocolos de Recebimento de Chamadas
Normas e Rotinas Operacionais do Serviço
OPERACIONALIZAÇÃO DO SAMU
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TIPOS DE TRANSPORTE
- UNIDADES DE SUPORTE BÁSICO
- UNIDADES DE SUPORTE AVANÇADO
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Parâmetros para dimensionamento de ambulâncias
1 Equipe de Suporte Básico de Vida
(motorista, auxiliar ou técnico de enfermagem) para cada 100 mil a 150 mil habitantes.
1 Equipe de Suporte Avançado de Vida (motorista, médico e enfermeiro) para cada 400 mil a 450 mil habitantes.
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Os repasses para investimento e custeio serão destinados exclusivamente ao financiamento de serviços públicos da área da saúde, vedado, portanto, a prestadores da rede complementar privada contratada, incluindo-se os serviços vinculados à concessionárias de rodovias e de outras vias de transporte e/ou acesso. 
Parâmetros de Inclusão
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Comitê Nacional de Urgências
Discutir, avaliar e pactuar as diretrizes e prioridades do Plano de Atenção às Urgências
Analisar os indicadores e os resultados
Composição ampla, com os diferentes atores envolvidos
Propor ações intersetoriais (promoção e prevenção )
Ações estratégicas em saúde para casos de grandes catástrofes com múltiplas vítimas (enchentes, deslizamentos de terra, acidentes com materiais químicos etc)
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Ministério da Saúde: 50%
Secretaria Estadual de Saúde: 25%
Secretaria Municipal de Saúde: 25 %
	De acordo com o pacto estabelecido em cada estado
CUSTEIO
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Suporte Básico: 
				R$ 12.500,00 / mês / equipe 
Suporte Avançado: 
				R$ 27.500,00 /mês / equipe 
Central de Regulação: 
				R$ 19.000,00 /mês / equipe 
(coordenador, médico regulador, enfermeiro, operador de frota,
telefonista auxiliar de regulação, apoio administrativo, auxiliar
de serviços gerais)
CUSTEIO / MS 
 R$ 180 MILHÕES POR ANO
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 CABE AO GESTOR MUNICIPAL
1- Execução da atenção pré-hospitalar 
 móvel, SAMU-192 ;
2- Execução da regulação médica da atenção 
 às urgências e dos demais elementos do 
 complexo regulador da assistência;
3- Constituir e coordenar os Comitês Gestores Municipais de Atenção às Urgências;
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Atuar em caráter complementar aos municípios, como nos SAMU’s Regionais, conforme pactuação e aprovação da CIB, com as seguintes funções:
Promover a interlocução inter e intra-regional
Monitorar, em tempo real, o sistema de atenção integral às urgências quanto a sua acessibilidade e resolubilidade
Avaliar sistematicamente os fluxos pactuados, propondo correções quando necessário, com base no PDR, PPI e necessidades não atendidas
Compilar, consolidar dados e realizar análise epidemiológica das demandas direcionadas às Centrais de Regulação, identificando lacunas assistenciais e subsidiando ações de planejamento ou investimento e de controle do SUS
Gerenciar o processo de avaliação das ações e serviços de saúde
Constituir e coordenar os Comitês Gestores Estaduais e os Comitês Gestores Regionais, garantindo a adequada articulação entre os gestores e os executores das ações
Cabe ao gestor estadual
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Coordenar a organização dos instrumentos e mecanismos de regulação, a operacionalização de ações, de acordo com os pactos estabelecidos;
Assessorar e supervisionar o processo de implementação dos planos municipais e regionais de regulação da assistência;
Monitorar o cumprimento das pactuações estabelecidas, de forma ordenada, oportuna, qualificada e equânime;	
Cabe ao gestor estadual
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Perfil dos atendimentos do SAMU
 55,2% clínicos (insuficiência respiratória, tontura, desmaio, infarto, angina, hipertensão, derrame cerebral).
 21,4% traumas (acidente automobilístico, queimadura, traumatismo craniano, choque elétrico, ferimento por armas)
 5,9% psiquiátricos (surto psicótico, tentativa de suicídio, depressão)
 4,2% gineco-obstétricas (trabalho de parto, hipertensão na gestante, hemorragia, aborto, cesárea pós-mortem, etc).
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Parcerias:
Polícia Rodoviária Federal
Corpo de Bombeiros
Ministério da Defesa (Marinha, Exército e Aeronáutica)
Concessionárias de Rodovias
Defesa Civil
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Como anda
o cenário nacional da
Atenção às Urgências?
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DIFICULDADES DO SUS
NA ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS
• Falta de acolhimento dos casos agudos de
 menor complexidade na atenção básica;
• Insuficiência de portas de entrada para os
 casos agudos de média complexidade.
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• Má utilização das portas de entrada da alta complexidade;
• Insuficiência de leitos hospitalares qualificados, especialmente de UTI e retaguarda para as
urgências.
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• Deficiências estruturais da rede assistencial: áreas físicas, equipamentos e pessoal;
• Dificuldades na formação das figuras regionais e fragilidade política nas pactuações.
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NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
• Desqualificação estrutural:
Falta de qualificação (recursos humanos, área física, equipamentos e insumos) para prestar o primeiro atendimento a urgências graves que possam acorrer às unidades básicas de saúde e/ou saúde da família.
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NOS HOSPITAIS GERAIS
E DE URGÊNCIA:
Longas filas:
Portas de urgência pequenas, pronto socorros com áreas físicas, equipamentos e recursos humanos insuficientes para acolher a demanda que a eles acorre, gerando filas, demora e desqualificação no atendimento.
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NOS HOSPITAIS GERAIS
E DE URGÊNCIA:
• Pacientes internados em macas:
Escassa oferta de leitos de observação e/ou retaguarda, perpetuando a presença de grande número de macas nos exíguos espaços dos pronto socorros dos hospitais.
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NOS HOSPITAIS GERAIS
E DE URGÊNCIA:
• Atendimento Desumano:
Ausência de acolhimento e de triagem classificatória de risco, inadequação na oferta e acesso aos meios diagnósticos e terapêuticos, gerando longas esperas nos pronto socorros, privilegiando as urgências sangrantes e ruidosas, em detrimento de quadros clínicos silenciosos, que podem apresentar gravidade maior.
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NOS HOSPITAIS GERAIS
E DE URGÊNCIA:
• Múltiplos adiamentos de cirurgias agendadas/cancelamento de procedimentos:
 
Disputa por leitos hospitalares e de terapia intensiva entre os pacientes acometidos por quadros agudos e crônicos, independentemente da gravidade.
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“Um sistema de saúde, por melhor que seja, é apenas um dos ingredientes que determina se nossa vida será longa ou curta, saudável ou doente, cheia de realizações ou vazia e sem esperança”.		
Roy J. Romanow 
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OBRIGADA !!!
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A escolha das causas externas neste momento se deve ao fato de suas possibilidades de prevenção e combate serem mais facilmente visualizáveis, além da premência de encará-las como problema de saúde pública.
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Embora a proposta de instalação dos núcleos esteja contida no bojo da implementação do componente pré-hospitalar móvel, é importante salientar que os mesmos são responsáveis pela qualificação de toda a rede assistencial às urgências.
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Mais impressionante ainda, é a imagem de pacientes em macas, entubados, em ventilação mecânica, monitorizados, recebendo medicação em bombas de infusão, ocupando a sala de atendimento de urgências, que passa a ficar indisponível para outros pacientes graves que cheguem ao serviço. Nos hospitais maiores, estas UTI’s estão clandestinamente instaladas na ala destinada a observação de pacientes, que deveriam ali permanecer até 24 horas até a definição de seus diagnósticos para que possam receber alta ou serem internados. 
Vale lembrar que os critérios de internação de paciente em leitos de Terapia Intensiva também não estão protocolizados. Assim, por liberalidade da equipe, pacientes com prognósticos reservados, idosos, jovens, pacientes terminais, concorrem igualmente aos poucos leitos disponíveis, insuficientes para todos, ou, o pior, são bloqueados mesmo quando o leito está disponível. 
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Por quê?
A estruturação do APHM apresenta alguns fortes pontos de impacto:
Garante acesso tratamento médico qualificado e precoce, no local da ocorrência, aos pacientes acometidos por graves eventos de urgência, sejam estes de natureza traumática, clínica, ginecológica, obstétrica, pediátrica ou psiquiátrica, conduzindo estes pacientes aos serviços de saúde que disponham do recurso necessário ao seu atendimento, naquele momento, sempre que assim for necessário.
A escuta médica
nas 24 horas confere grande bem estar e tranqüilidade à população, com possibilidade de gerar forte impacto positivo na imagem do SUS e do governo que o está implantando.
A regulação médica das urgências é uma verdadeira mola propulsora das reformulações imprescindíveis ao equacionamento da assistência prestada à população, subsidiando o planejamento das ações através de seu caráter de observatório do sistema. 
 * Potencial marca de governo.
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Todos os parâmetros de planejamento apresentados a seguir foram formulados com base nas experiências brasileiras exitosas na área. Vale ressaltar que Além disso, por tratar-se de serviço especializado e, portanto, caro, os pequenos municípios nunca poderão estruturá-lo sozinhos, devendo, para tal, aglutinarem-se aos municípios maiores, compondo com eles a região de abrangência do serviço, bem como o compartilhamento dos custos.
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