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Aula 11
Administração Financeira e Orçamentária p/ AFC/CGU - Todas as áreas
Professores: Sérgio Mendes, Vinícius Nascimento
 Administração Financeira e Orçamentária p/ CGU 
Analista de Finanças e Controle 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 11 
 
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AULA 11: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte III 
APRESENTAÇÃO DO TEMA 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 1 
1. GESTÃO FISCAL E TRANSPARÊNCIA ...................................................... 3 
1.1 Gestão Fiscal..................................................................................... 3 
1.2 Transparência ................................................................................... 4 
1.3 Conselho de Gestão Fiscal .................................................................. 5 
1.4 Tribunais de Contas na LRF ................................................................. 5 
2. RELATÓRIOS ..................................................................................... 12 
2.1. Relatório de Gestão Fiscal ................................................................. 12 
2.2. Relatório Resumido de Execução Orçamentária ................................... 13 
3. ESCRITURAÇÃO, CONSOLIDAÇÃO E PRESTAÇÃO DAS CONTAS ................ 19 
3.1 Escrituração das Contas .................................................................... 19 
3.2 Consolidação das Contas ................................................................... 20 
3.3 Prestação das Contas ........................................................................ 20 
4. GESTÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO.............................. 24 
4.1 Alienação de Bens e Direitos .............................................................. 24 
4.2 Conservação do Patrimônio Público ..................................................... 24 
4.3 Desapropriação de Imóvel Urbano ...................................................... 24 
4.4 Empresas Controladas pelo Setor Público ............................................. 25 
4.5 Conta Única na LRF ........................................................................... 25 
5. DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO ............ 28 
6. RESTOS A PAGAR NA LRF .................................................................... 31 
MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF .............................. 35 
MEMENTO XI ......................................................................................... 45 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ...................................... 50 
GABARITO ............................................................................................. 60 
 
 
 
 
 
60112474403
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Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Os temas desta aula são: Gestão Fiscal e Transparência; Relatórios; 
Escrituração, Consolidação e Prestação das Contas; Gestão e Preservação do 
Patrimônio Público; Destinação de Recursos Públicos para o Setor Privado e 
Restos a Pagar na LRF. 
 
E vamos prosseguir no estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal! 
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1. GESTÃO FISCAL E TRANSPARÊNCIA 
 
1.1 Gestão Fiscal 
 
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a 
instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da 
competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a 
realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal 
determinação no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os requisitos 
essenciais da responsabilidade na gestão fiscal contemplarem os tributos, a 
vedação quanto às transferências voluntárias se refere apenas aos impostos. 
 
 
Apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade 
na gestão fiscal contemplarem os tributos, a vedação 
quanto às transferências voluntárias se refere apenas 
aos impostos. 
 
Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas 
a ações de educação, saúde e assistência social. 
 
A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo, 
diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle 
interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das 
normas da LRF, com ênfase no que se refere a: 
x Atingimento das metas estabelecidas na LDO. 
x Limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição 
em restos a pagar; 
x Medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal. 
x Providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas 
consolidada e mobiliária aos respectivos limites. 
x Destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos. 
x Cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, 
quando houver. 
 
Compete privativamente ao Presidente da República prestar, anualmente, ao 
Congresso Nacional, dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, 
as contas referentes ao exercício anterior. 
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1.2 Transparência 
 
Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal, 
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso 
público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações 
de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução 
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses 
documentos. 
 
A Lei Complementar nº 131/2009 acrescentou dispositivos à Lei de 
Responsabilidade Fiscal. 
 
A transparência será assegurada também mediante (art. 48, parágrafo único e 
art. 48-A): 
I) Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante 
os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes 
orçamentárias e orçamentos. 
II) Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em 
tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e 
financeira, em meios eletrônicos de acesso público. Os entes da Federação 
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações, 
quanto à despesa, referentes a todos os atos praticados pelas unidades 
gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, 
com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do 
correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa 
física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao 
procedimento licitatório realizado; e quanto à receita, referente ao lançamento 
e ao recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a 
recursos extraordinários. 
III) Adoção de sistema integrado de Administração Financeira e controle, que 
atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da 
União. 
 
O não atendimento, até o encerramento dos prazos previstos na LRF, das 
determinaçõescontidas nos itens II e III acima sujeita o ente à sanção de não 
poder receber transferências voluntárias (art. 73-C da LRF). 
 
O maior objetivo das regras de transparência na LRF é viabilizar o controle 
social, ou seja, a participação da sociedade no acompanhamento e na 
verificação da execução das políticas públicas, avaliando os objetivos, os 
processos e os resultados, visando assegurar que os recursos públicos sejam 
bem empregados em benefício da coletividade. 
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1.3 Conselho de Gestão Fiscal 
 
O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da 
operacionalidade da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal 
± CGF. 
 
O CGF instituirá formas de premiação e reconhecimento público aos titulares 
de Poder que alcançarem resultados meritórios em suas políticas de 
desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma gestão fiscal 
pautada pelas normas da LRF. 
 
O Conselho será constituído por representantes de todos os Poderes e esferas 
de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da 
sociedade, visando a: 
x Harmonização e coordenação entre os entes da Federação. 
x Disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e 
execução do gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do 
endividamento e na transparência da gestão fiscal. 
x Adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização 
das prestações de contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão 
fiscal de que trata a LRF, normas e padrões mais simples para os 
pequenos municípios, bem como outros, necessários ao controle social. 
x Divulgação de análises, estudos e diagnósticos. 
 
A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao 
órgão central de contabilidade da União, enquanto não implantado o 
Conselho de Gestão Fiscal. 
 
Ainda, a LRF determinou que lei ordinária deve dispor sobre a composição e a 
forma de funcionamento do conselho. 
 
1.4 Tribunais de Contas na LRF 
 
De acordo com o § 1º do art. 59, os Tribunais de Contas alertarão os Poderes 
ou órgãos quando constatarem: 
x A possibilidade da realização da receita não comportar o cumprimento 
das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de 
Metas Fiscais. 
x Que o montante da despesa total com pessoal e das dívidas consolidada 
e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de garantia se 
encontram acima de 90% dos respectivos limites (limites de alerta). 
x Que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite 
definido em lei. 
x Fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou 
indícios de irregularidades na gestão orçamentária. 
 
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Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos limites da 
despesa total com pessoal de cada Poder e órgão. 
 
Ao Tribunal de Contas da União compete acompanhar o cumprimento das 
determinações seguintes referentes ao Banco Central do Brasil e ao Tesouro 
Nacional: 
x O Banco Central só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela 
União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver vencendo 
na sua carteira. Ainda, tal operação deverá ser realizada à taxa média e 
condições alcançadas no dia, em leilão público. 
x É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal 
existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula 
de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária. 
 
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima 
para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente 
do Ministério Público o descumprimento das prescrições estabelecidas nesta 
Lei Complementar (art. 73-A da LRF). 
 
 
1) (CESPE ± Analista Administrativo ± Direito - ANTT ± 2013) 
Conforme a LRF, os orçamentos são considerados instrumentos de 
transparência da gestão fiscal. 
 
Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal, 
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso 
público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações 
de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução 
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses 
documentos. 
Resposta: Certa 
 
2) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) De acordo 
com a LRF, a transparência na gestão fiscal é assegurada mediante o 
incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas 
durante a discussão e elaboração do plano plurianual (PPA), da Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA). 
 
A transparência será assegurada também mediante, entre outros, incentivo à 
participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos 
de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e 
orçamentos (art. 48, parágrafo único, I, da LRF). 
Resposta: Certa 
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3) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativa ± TRT/10 ± Prova 
cancelada - 2013) É estabelecido pela LRF que deverão ser 
disponibilizadas, em tempo real, para assegurar a transparência, 
informações relacionadas aos empenhos, liquidações e pagamentos 
realizados pelas unidades gestoras, em meios eletrônicos de acesso 
público. 
 
A transparência será assegurada mediante liberação ao pleno conhecimento e 
acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações 
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios 
eletrônicos de acesso público (art. 48, parágrafo único, II, da LRF). 
Resposta: Certa 
 
4) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) De acordo 
com a LRF, a transparência na gestão fiscal é assegurada mediante a 
liberação das informações sobre a execução da receita e da despesa ao 
conhecimento público. 
 
A transparência será assegurada também mediante, entre outros, liberação ao 
pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de 
informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em 
meios eletrônicos de acesso público (art. 48, parágrafo único, II, da LRF). 
Resposta: Certa 
 
5) (CESPE ± Analista Judiciário - Administrativa ± STF ± 2013) Os 
entes da Federação terão de disponibilizar a qualquer pessoa física ou 
jurídica o acesso a informações referentes a todos os atos praticados 
pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no 
momento de sua realização, e, quando for o caso, disponibilizar 
minimamente os dados referentes ao procedimento licitatório 
realizado. 
 
A transparência será assegurada também mediante, dentre outros, a liberação 
ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de 
informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em 
meios eletrônicos de acesso público. Os entes da Federação disponibilizarão a 
qualquerpessoa física ou jurídica o acesso a informações, quanto à despesa, 
referentes a todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da 
execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização 
mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem 
fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do 
pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; e 
quanto à receita, referente ao lançamento e ao recebimento de toda a receita 
das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. 
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Resposta: Certa 
 
6) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCE/ES ± 2012) A 
destinação de recursos obtidos com a receita de capital oriunda da 
alienação de ativos é um dos objetos de fiscalização dos tribunais de 
contas. 
 
A LRF trata da fiscalização da gestão fiscal no art. 59. O Poder Legislativo, 
diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle 
interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das 
normas da LRF, com ênfase no que se refere a: 
_ atingimento das metas estabelecidas na LDO; 
_ limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em 
Restos a Pagar; 
_ medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal; 
_ providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas 
consolidada e mobiliária aos respectivos limites; 
_ destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos; 
_ cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando 
houver. 
 
Resposta: Certa 
 
7) (CESPE ± TFCE ± TCU ± 2012) O TCU, atuando na fiscalização da 
gestão fiscal, deve acompanhar o cumprimento da proibição, imposta 
ao Tesouro Nacional, de adquirir títulos da dívida pública federal 
existentes na carteira do Banco Central do Brasil. 
 
Ao Tribunal de Contas da União compete acompanhar o cumprimento das 
determinações seguintes referentes ao Banco Central do Brasil e ao Tesouro 
Nacional (art. 59, § 3º, da LRF): 
_ O Banco Central só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União 
para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua 
carteira. Ainda, tal operação deverá ser realizada à taxa média e condições 
alcançadas no dia, em leilão público. 
_ É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal 
existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de 
reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária. 
 
Resposta: Certa 
 
8) (CESPE ± Analista ± Contabilidade - ECB ± 2011) Não há 
necessidade de se incluir, nas informações que serão tornadas 
públicas pelos mecanismos de transparência da gestão pública, o 
número do processo que tenha gerado determinada despesa. 
 
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A transparência será assegurada também, entre outros, mediante liberação ao 
pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de 
informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em 
meios eletrônicos de acesso público. Os entes da Federação disponibilizarão a 
qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações, quanto à despesa, 
referentes a todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da 
execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização 
mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, 
ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica 
beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório 
realizado; e quanto à receita, referente ao lançamento e ao recebimento de 
toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos 
extraordinários. 
Resposta: Errada 
 
9) (CESPE ± Analista ± Contabilidade - ECB ± 2011) A adoção de 
sistema integrado de administração financeira e de controle que 
atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder 
Executivo da União é requisito essencial para se assegurar a 
transparência da gestão fiscal nos municípios. 
 
A transparência será assegurada também, entre outros, mediante adoção de 
sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão 
mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União. 
Resposta: Certa 
 
10) (CESPE - Analista Judiciário - Administrativo - STM - 2011) Os 
municípios que não instituírem a taxa municipal de iluminação pública, 
bem como os que não a tenham previsto em seus orçamentos e não a 
estejam arrecadando, estão proibidos de receber transferências 
voluntárias de outros entes, ressalvadas aquelas destinadas a ações 
com saúde, educação e assistência social. 
 
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a 
instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da 
competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a 
realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal 
determinação no que se refere aos impostos. 
 
Assim, apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal 
contemplarem os tributos, a vedação quanto às transferências voluntárias se 
refere apenas aos impostos. Os municípios que não instituírem a taxa 
municipal de iluminação pública não estão proibidos de receber transferências 
voluntárias, pois não se trata da instituição de impostos. 
Resposta: Errada 
 
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11) (CESPE ± Procurador ± ALES ± 2011) As normas gerais para 
consolidação das contas públicas nacionais são atualmente editadas 
pelo Conselho de Gestão Fiscal, órgão criado pela LRF. 
 
A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao 
órgão central de contabilidade da União, enquanto não implantado o 
Conselho de Gestão fiscal. 
Resposta: Errada 
 
12) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administração e Contábeis ± TJ/CE 
± 2014) A participação popular deve restringir-se às fases de 
discussão, aprovação e controle dos planos e orçamentos. 
 
A transparência será assegurada também mediante, entre outros, incentivo à 
participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos 
de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e 
orçamentos (art. 48, parágrafo único, I, da LRF). 
Resposta: Errada 
 
13) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA ± 2014) O 
município que isentar seus moradores do pagamento da taxa de 
iluminação pública será proibido de receber transferências voluntárias 
da União. 
 
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a 
instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da 
competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a 
realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal 
determinação no que se refere aos impostos. 
Assim, apesar de os requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal 
contemplarem os tributos, a vedação quanto às transferências voluntárias se 
refere apenas aos impostos. Os municípios que não instituírem a taxa 
municipal de iluminaçãopública não estão proibidos de receber transferências 
voluntárias, pois não se trata da instituição de impostos. 
Resposta: Errada 
 
14) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administração e Contábeis ± TJ/CE 
± 2014) A adoção de um sistema integrado de administração 
financeira e controle é obrigatória para todos os municípios. 
 
A transparência será assegurada também, entre outros, mediante adoção de 
sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão 
mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União. 
Resposta: Certa 
 
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15) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administração e Contábeis ± TJ/CE 
± 2014) As informações pormenorizadas sobre a execução financeira 
devem constar dos meios eletrônicos de acesso público no prazo 
máximo de dez dias úteis. 
 
A transparência será assegurada mediante liberação ao pleno conhecimento e 
acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações 
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios 
eletrônicos de acesso público (art. 48, parágrafo único, II, da LRF). 
Resposta: Errada 
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2. RELATÓRIOS 
 
2.1. Relatório de Gestão Fiscal 
 
O Relatório de Gestão Fiscal ± RGF será emitido, a cada quadrimestre, pelos 
titulares dos Poderes e órgãos, assinado pelo Chefe do Poder Executivo; 
Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório 
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo; 
Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou 
órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do 
Poder Judiciário; Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. O 
relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela 
Administração Financeira e pelo controle interno, bem como por outras 
definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão. 
 
É facultado aos municípios com população inferior a 50 mil habitantes optar 
por divulgar semestralmente o Relatório de Gestão Fiscal. 
 
De acordo com o art. 55, o Relatório de Gestão Fiscal conterá comparativo com 
os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes: 
x despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas; 
x dívidas consolidada e mobiliária; concessão de garantias; e operações de 
crédito, inclusive por antecipação de receita (tais demonstrativos estarão 
apenas no RGF do Poder Executivo). 
 
Se ultrapassado qualquer dos limites, o RGF conterá também a indicação das 
medidas corretivas adotadas ou a adotar. 
 
Apenas no último quadrimestre, o RGF conterá demonstrativos: 
x do montante das disponibilidades de caixa em 31/12; 
x da inscrição em restos a pagar, das despesas liquidadas; empenhadas 
e não liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do 
saldo da disponibilidade de caixa; não inscritas por falta de 
disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados; e 
x do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 
38, que trata das operações de crédito por antecipação de receita. 
 
O relatório será publicado até 30 dias após o encerramento do período a que 
corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico. O 
descumprimento do prazo impedirá, até que a situação seja regularizada, que 
o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de 
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da 
dívida mobiliária. 
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2.2. Relatório Resumido de Execução Orçamentária 
 
De acordo com o § 3º do art. 165 da CF/1988, o Poder Executivo publicará, 
até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da 
execução orçamentária ± RREO. 
 
A finalidade dessa periodicidade é permitir que a sociedade conheça, 
acompanhe e analise o desempenho da execução orçamentária de cada ente 
ainda durante o exercício financeiro. O RREO será elaborado e publicado pelo 
Poder Executivo de cada ente: da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
 
Os arts. 52 e 53 da LRF regulamentam o tema. O RREO abrangerá todos os 
Poderes e o Ministério Público e será composto pelo balanço orçamentário e 
por demonstrativos de execução de receitas e despesas: 
x Balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as 
receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a 
previsão atualizada; as despesas por grupo de natureza, discriminando a 
dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo. 
x Demonstrativos da execução das receitas, por categoria econômica e 
fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o 
exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a 
previsão a realizar; e das despesas, por categoria econômica e grupo de 
natureza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para o 
exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício. 
x Despesas, por função e subfunção. 
 
Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão 
destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com 
amortização da dívida. Da mesma forma que na escrituração e consolidação das 
contas e no RGF, o descumprimento do prazo impedirá, até que a situação seja 
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e 
contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do 
principal atualizado da dívida mobiliária. 
 
De acordo com o art. 53 da LRF, acompanharão o RREO demonstrativos 
relativos a: 
x Apuração da receita corrente líquida e sua evolução, assim como a 
previsão de seu desempenho até o final do exercício. 
x Receitas e despesas previdenciárias. 
x Resultados nominal e primário. 
x Despesas com juros. 
x Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão, os valores inscritos, os 
pagamentos realizados e o montante a pagar. 
 
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É facultado aos municípios com população inferior a 50 mil habitantes optar 
por divulgar semestralmente os demonstrativos do RREO (citados acima). 
No entanto, o RREO deve ser divulgado bimestralmente em todos os entes, 
já que este período é o previsto no § 3º do art. 165 da CF/1988, conforme 
estudamos no início deste tópico. 
 
Já o RREO referente ao último bimestre do exercício será acompanhado 
também de demonstrativos do atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 
167 da CF/1988 e disposições da LRF no § 3º do art. 32); das projeções 
atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores 
públicos; e da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a 
aplicação dos recursos dela decorrentes. 
 
Quando for o caso, serão apresentadas justificativas da limitação de empenho 
e da frustração de receitas, especificandoas medidas de combate à sonegação 
e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança. 
 
 
RGF �RREO 
RGF: será emitido, a cada quadrimestre, pelos 
titulares dos Poderes e órgãos. 
RREO: publicado, até 30 dias após o encerramento de 
cada bimestre, pelo Poder Executivo. 
 
 
16) (CESPE ± Analista - Planejamento e Orçamento - MPU ± 2013) O 
relatório de gestão fiscal, instituído pelo artigo 54 da LRF, conterá a 
indicação de medidas corretivas quando os limites definidos na lei 
forem ultrapassados. 
 
Se ultrapassado qualquer dos limites, o RGF conterá também a indicação das 
medidas corretivas adotadas ou a adotar. 
Resposta: Certa 
 
17) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCU ± 2013) No relatório 
de gestão fiscal, um instrumento de transparência da gestão fiscal 
elaborado e divulgado ao final de cada quadrimestre, devem constar, 
em relação ao mês de dezembro, as despesas inscritas em restos a 
pagar empenhadas e liquidadas bem como as empenhadas e não 
liquidadas, estas até o limite das disponibilidades de caixa, pois, acima 
do saldo das disponibilidades, os empenhos serão cancelados. 
 
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O relatório de gestão fiscal é um instrumento de transparência da gestão fiscal 
elaborado e divulgado ao final de cada quadrimestre. Apenas no último 
quadrimestre, o RGF conterá demonstrativos: 
_ do montante das disponibilidades de caixa em 31/12; 
_ da inscrição em restos a pagar, das despesas liquidadas; empenhadas e não 
liquidadas; empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da 
disponibilidade de caixa; não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e 
cujos empenhos foram cancelados; e 
_ do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38, 
que trata das operações de crédito por antecipação de receita. 
 
Resposta: Certa 
 
18) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCU ± 2013) Acerca das 
disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal sobre dívida pública e 
restos a pagar, escrituração e consolidação das contas, relatório 
resumido da execução orçamentária e relatório de gestão fiscal, julgue 
o item que se segue. 
Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e o Ministério Público 
devem publicar o demonstrativo da disponibilidade de caixa e o 
demonstrativo da despesa com pessoal, no primeiro e no segundo 
quadrimestres de cada exercício. 
 
No RGF, os Poderes o Ministério Público devem publicar comparativo com os 
limites de que trata a LRF, entre outros, dos montantes da despesa total com 
pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas, a cada quadrimestre. 
Entretanto, o demonstrativo da disponibilidade de caixa em 31/12 será 
publicado apenas no RGF do último quadrimestre. 
Resposta: Errada 
 
19) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) O 
acompanhamento da execução orçamentária é fundamental para o 
controle do gasto e avaliação da efetividade do planejamento. Nesse 
sentido, no Brasil, o Poder Executivo deve elaborar relatórios 
bimestrais resumidos da execução orçamentária. 
 
O Poder Executivo publicará, até 30 dias após o encerramento de cada 
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária (art. 165, § 3º, da 
CF/1988). 
Resposta: Certa 
 
20) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) O relatório 
resumido de execução orçamentária de que trata a LRF deve ser 
publicado em até trinta dias após o encerramento de cada bimestre. 
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O Poder Executivo publicará, até 30 dias após o encerramento de cada 
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária (art. 165, § 3º, da 
CF/1988). 
Resposta: Certa 
 
21) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) O relatório 
resumido de execução orçamentária de que trata a LRF não abrange as 
entidades da administração indireta. 
 
O RREO abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público. Isso inclui as 
respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e 
empresas estatais dependentes. 
Resposta: Errada 
 
22) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) O relatório 
resumido de execução orçamentária de que trata a LRF deve indicar, 
obrigatoriamente, as justificativas para limitação de empenho e 
frustração de receitas. 
 
Quando for o caso, serão apresentadas justificativas da limitação de 
empenho e da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à 
sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e 
cobrança (art. 53, § 2º, da LRF). 
Logo, o RREO deve indicar, quando for o caso (e não obrigatoriamente), as 
justificativas para limitação de empenho e frustração de receitas. 
Resposta: Errada 
 
23) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em 
Propriedade Industrial ± Gestão Financeira - INPI ± 2013) O relatório 
resumido de execução orçamentária de que trata a LRF é 
acompanhado do demonstrativo relativo aos resultados nominal e 
primário. 
 
De acordo com o art. 53 da LRF, acompanharão o RREO demonstrativos 
relativos a: 
_ Apuração da receita corrente líquida e sua evolução, assim como a previsão 
de seu desempenho até o final do exercício. 
_ Receitas e despesas previdenciárias. 
_ Resultados nominal e primário. 
_ Despesas com juros. 
_ Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão, os valores inscritos, os 
pagamentos realizados e o montante a pagar. 
Resposta: Certa 
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24) (CESPE ± Técnico ± FNDE ± 2012) O balanço orçamentário 
discriminará as receitas por fonte e as despesas por grupo de 
natureza. 
 
O RREO abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público e será composto 
pelo balanço orçamentário e por demonstrativos de execução de receitas e 
despesas. O balanço orçamentário especificará, por categoria econômica, as 
receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão 
atualizada; as despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o 
exercício, a despesa liquidada e o saldo. 
Resposta: Certa 
 
25) (CESPE ± Analista ± Contabilidade - ECB ± 2011) O relatório de 
gestão fiscal do Ministério Público da União bem como o do Ministério 
Público nos estados não integram o relatório apresentado pelos 
titulares do Poder Executivo de cada ente. 
 
O Relatório de Gestão Fiscal ± RGF será emitido, a cada quadrimestre, pelos 
titulares dos Poderes e órgãos, assinado pelo Chefe do Poder Executivo (...) e 
pelo Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. 
Resposta: Certa 
 
26) (CESPE ± Analista ± Contabilidade - ECB ± 2011) Caso determinado 
estado pretenda publicar relatório resumido da execução orçamentária 
referente aos meses de maio e junho, ele não estará obrigado a incluir 
o demonstrativo da variação patrimonial com a alienação de ativos e a 
aplicação dos recursos dela decorrentes.O RREO referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também 
de demonstrativos do atendimento da regra de ouro (inciso III do art. 167 da 
CF/1988 e disposições da LRF no § 3º do art. 32); das projeções atuariais dos 
regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos; e da 
variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos 
recursos dela decorrentes. 
 
Logo, os RREOs dos demais bimestres não estão obrigados a incluir os 
demonstrativos acima. 
Resposta: Certa 
 
27) (CESPE ± Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) Se um 
ente federativo deixar de publicar, no prazo legal, relatório resumido 
de execução orçamentária, ficará impossibilitado de receber 
transferências voluntárias e de contratar operações de crédito, 
excetuando-se as destinadas ao refinanciamento do principal 
atualizado da dívida mobiliária. 
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O descumprimento do prazo de publicação no RREO impedirá, até que a 
situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências 
voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao 
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. 
Resposta: Certa 
 
28) (CESPE ± Assistente - CNPq - 2011) De forma a se aprimorar a 
evidenciação das receitas e despesas públicas na divulgação do 
Relatório Resumido da Execução Orçamentária, os valores referentes 
ao refinanciamento da dívida mobiliária devem constar em destaque 
nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amortização 
da dívida. 
 
Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão 
destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com 
amortização da dívida (art. 52, § 1, da LRF). 
Resposta: Certa 
 
29) (CESPE ± Assistente - CNPq - 2011) O Relatório de Gestão Fiscal 
divulga as dívidas consolidada e mobiliária, a concessão de garantias e 
as operações de crédito, exceto as advindas de antecipação de receita. 
 
De acordo com o art. 55, o Relatório de Gestão Fiscal conterá comparativo com 
os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes: 
_ despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas; 
_ dívidas consolidada e mobiliária; concessão de garantias; e operações de 
crédito, inclusive por antecipação de receita (tais demonstrativos estarão 
apenas no RGF do Poder Executivo). 
Resposta: Errada 
 
30) (CESPE ± Analista ± Finanças e Controle - MPU ± 2015) É facultado 
aos municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes 
optar por divulgar, semestralmente, o relatório de gestão fiscal. A 
divulgação do relatório e demonstrativos fiscais deverá ser realizada 
em até trinta dias após o encerramento do semestre. 
 
É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil habitantes 
optar por divulgar semestralmente o Relatório de Gestão Fiscal (art. 63, II, b, 
da LRF). O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do 
período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio 
eletrônico (art. 55, § 2º, da LRF). 
Resposta: Certa 
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3. ESCRITURAÇÃO, CONSOLIDAÇÃO E PRESTAÇÃO DAS CONTAS 
 
3.1 Escrituração das Contas 
 
De acordo com o art. 50 da LRF, além de obedecer às demais normas de 
contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as 
seguintes: 
x A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os 
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem 
identificados e escriturados de forma individualizada. 
x A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o 
regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o 
resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa. 
x As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, 
as transações e as operações de cada órgão, fundo ou entidade da 
Administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal 
dependente. 
x As receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em 
demonstrativos financeiros e orçamentários específicos. 
x As operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais 
formas de financiamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, 
deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação 
da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o 
tipo de credor. 
x A demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao 
destino dos recursos provenientes da alienação de ativos. 
 
Ainda temos as seguintes observações: 
Demonstrações conjuntas: no caso das demonstrações conjuntas, excluir-
se-ão as operações intragovernamentais (dentro do mesmo governo). 
Normas gerais: a edição de normas gerais para consolidação das contas 
públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, enquanto não 
implantado o conselho de gestão fiscal. 
Sistemas de custos: a Administração Pública manterá sistema de custos que 
permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e 
patrimonial. 
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3.2 Consolidação das Contas 
 
Consoante o art. 51, o Poder Executivo da União promoverá, até o dia 30 de 
junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes 
da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por 
meio eletrônico de acesso público. Para isso, os estados e os municípios 
encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos: 
os municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até 30 
de abril; e os Estados, até 31 de maio. 
 
 
Consolidação das Contas 
 
Envio dos Municípios: 30/04 
Envio dos Estados: 31/05 
Consolidação da União: 30/06 
 
 
O descumprimento dos prazos previstos impedirá, até que a situação seja 
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e 
contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do 
principal atualizado da dívida mobiliária. 
 
Relembro que ³para fins da aplicação das sanções de suspensão de 
transferências voluntárias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se 
aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social´ (art. 25, § 
3º, da LRF). 
 
3.3 Prestação das Contas 
 
Os principais dispositivos da LRF que tratam sobre o assunto estão com 
eficácia liminarmente suspensa devido a uma Ação Direta de 
Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. 
 
O primeiro dispositivo com eficácia suspensa é o caput do art. 56, o qual 
dispõe que as contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, 
além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo 
e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, as quais receberão parecer 
prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas. 
 
O STF entendeu que qualquer prestação de contas por órgão não vinculado ao 
Executivo somente poderia ser objeto de julgamento pelo respectivo Tribunal 
de Contas e que a inclusão das contas referentes às atividades financeiras dos 
PoderesLegislativo, Judiciário e do Ministério Público, dentre aquelas prestadas 
anualmente pelo Chefe do Governo, tornaria inócua a distinção efetivada pelos 
incisos I e II do art. 71 da CF/1998 (entre apreciar e julgar as contas), já que 
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todas as contas seriam passíveis de controle técnico, a cargo do Tribunal de 
Contas, e político, de competência do Legislativo. 
 
O segundo dispositivo suspenso é todo o art. 57: 
³$UW������2V�7ULEXQDLV�GH�&RQWDV�HPLWLUmR�SDUHFHU�SUpYLR�FRQFOusivo sobre as 
contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro não estiver 
estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais. 
§ 1º No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de 
duzentos mil habitantes o prazo será de cento e oitenta dias. 
§ 2º Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existirem 
contas de Poder��RX�yUJmR�UHIHULGR�QR�DUW������SHQGHQWHV�GH�SDUHFHU�SUpYLR�´ 
 
2�67)�FRQVLGHURX�TXH�D�UHIHUrQFLD��QHOH�FRQWLGD��D�³FRQWDV�GH�SRGHU´�estaria a 
HYLGHQFLDU�D�DEUDQJrQFLD��QR�WHUPR�³FRQWDV´�FRQVWDQWH�GR�caput desse artigo, 
daquelas referentes à atividade financeira dos administradores e demais 
responsáveis por dinheiros e valores públicos, que somente poderiam ser 
objeto de julgamento pelo Tribunal de Contas competente, nos termos do art. 
71, inciso II, da CF/1988. Aduziu que essa interpretação seria reforçada pelo 
fato de essa regra cuidar do procedimento de apreciação das contas 
especificadas no aludido art. 56, onde também se teria pretendido a submissão 
das contas resultantes da atividade financeira dos órgãos componentes de 
outros poderes à manifestação opinativa do Tribunal de Contas. 
 
O Tribunal de Contas da União entende que a medida cautelar concedida pelo 
Supremo Tribunal Federal em que foi suspensa a eficácia do caput do art. 56 e 
do art. 57 da LRF não alterou a estrutura do relatório sobre as contas do 
Governo da República, haja vista que continua contemplando a gestão e o 
desempenho dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e do Ministério 
Público da União. No entanto, o parecer prévio é exclusivo para o Chefe do 
Poder Executivo, cujas contas serão julgadas posteriormente pelo Congresso 
Nacional. Nada obsta, contudo, que o Tribunal de Contas da União aprecie, em 
processo específico, o cumprimento, por parte dos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário, das disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
Permanecem valendo as demais determinações da LRF sobre as prestações de 
contas: 
x As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito da União, 
pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais 
Superiores, consolidando as dos respectivos tribunais; dos Estados, pelos 
Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais 
tribunais. 
x A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em 
relação à previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da 
fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de 
recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem 
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como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de 
contribuições. 
x Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, 
julgadas ou tomadas. 
x Para evitar que as Cortes de Contas emitam parecer sobre suas próprias 
contas, a Comissão Mista de Orçamento prevista na CF/1988, ou 
equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais, emitirá 
parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas. 
 
A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional 
e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e 
financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação 
circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício. 
 
As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, 
durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico 
responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e 
instituições da sociedade. No que tange aos Chefes do Poder Executivo 
Municipal, o § 3º do art. 31 da CF/1988 exige que as contas fiquem, durante 
60 dias, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o 
qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. Assim, a LRF 
ampliou o prazo constitucional de 60 dias para todo o exercício também para 
as contas municipais. 
 
31) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administrativo - TRE/GO ± 2015) As 
prestações de contas dos dirigentes dos poderes da União, como 
instrumentos de transparência, controle e fiscalização, são objeto de 
um único parecer prévio do Tribunal de Contas da União, embora este 
contemple a gestão e o desempenho dos três poderes da União e do 
Ministério Público da União. 
 
O Tribunal de Contas da União entende que a medida cautelar concedida pelo 
Supremo Tribunal Federal em que foi suspensa a eficácia do caput do art. 56 e 
do art. 57 da LRF não alterou a estrutura do relatório sobre as contas do 
Governo da República, haja vista que continua contemplando a gestão e o 
desempenho dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e do Ministério 
Público da União. No entanto, o parecer prévio é exclusivo para o Chefe do 
Poder Executivo, cujas contas serão julgadas posteriormente pelo Congresso 
Nacional. Nada obsta, contudo, que o Tribunal de Contas da União aprecie, em 
processo específico, o cumprimento, por parte dos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário, das disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal. 
Resposta: Certa 
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32) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCU ± 2013) Na 
consolidação das contas nacionais, a Secretaria do Tesouro Nacional 
excluirá as operações intergovernamentais, para evitar dupla 
contagem de despesas, receitas, ingressos e dispêndios do setor 
público. 
 
De acordo com o art. 50, § 1º, da LRF, no caso das demonstrações conjuntas, 
excluir-se-ão as operações intragovernamentais (dentro do mesmo governo). 
Resposta: Errada 
 
33) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administração e Contábeis ± TJ/CE 
± 2014) No caso do governo federal, a disponibilização das contas do 
chefe do Poder Executivo a todos os cidadãos é desnecessária. 
 
As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, 
durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico 
responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e 
instituições da sociedade. 
Resposta: Errada 
 
34) (CESPE ± Analista Técnico-Administrativo ± MDIC ± 2014) O 
impacto fiscal das atividades das agências financeiras oficiais de 
fomento deverá ser objeto de avaliação circunstanciada, que, por sua 
vez, será incluída na prestação de contas da União. 
 
A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e 
das agências financeiras oficiais de fomento,incluído o Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e 
financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação 
circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício (art. 49, 
parágrafo único, da LRF). 
Resposta: Certa 
 
35) (CESPE ± Analista Judiciário ± Administração e Contábeis ± TJ/CE 
± 2014) Os empréstimos do BNDES e as respectivas avaliações 
circunstanciadas devem integrar a prestação de contas da União. 
 
A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e 
das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e 
financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação 
circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício. 
Resposta: Errada 
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4. GESTÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO 
 
4.1 Alienação de Bens e Direitos 
 
A LRF também traz restrições para a aplicação de receitas provenientes de 
conversão em espécie de bens e direitos, tendo em vista o disposto em seu 
art. 44, o qual veda o uso de recursos de alienação de bens e direitos em 
despesas correntes, exceto se aplicada aos regimes de previdência, mediante 
autorização legal, conforme transcrito a seguir: 
 
 
³$UW�� ���� e� vedada a aplicação da receita de capital 
derivada da alienação de bens e direitos que integram o 
patrimônio público para o financiamento de despesa 
corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de 
previdência social, geral e próprio dos servidores 
S~EOLFRV�´ 
 
 
4.2 Conservação do Patrimônio Público 
 
A LRF ainda contempla restrições para a conservação do patrimônio público. 
Inúmeras vezes observamos rodovias caríssimas tornadas intransitáveis pela 
falta de manutenção, edifícios semidestruídos pela ausência de recursos para 
sua preservação, equipamentos médicos ou científicos inutilizados por inexistir 
peças de reposição. É justamente isso que se pretende evitar. O art. 45 da LRF 
estabelece que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão 
novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e 
contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos 
termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 
 
O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do 
envio do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, relatório com as 
informações necessárias ao cumprimento do disposto sobre a conservação do 
patrimônio público, ao qual será dada ampla divulgação. 
 
4.3 Desapropriação de Imóvel Urbano 
 
De acordo com o art. 46 é nulo de pleno direito ato de desapropriação de 
imóvel urbano expedido sem a prévia e justa indenização em dinheiro (§ 3º do 
art. 182 da CF/1988), ou prévio depósito judicial do valor da indenização. Tal 
dispositivo visa garantir que existam recursos para a desapropriação antes da 
expedição do ato, ainda que para depósito judicial em eventual contencioso. 
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4.4 Empresas Controladas pelo Setor Público 
 
De acordo com o art. 47 da LRF, a empresa controlada que firmar contrato de 
gestão em que se estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da 
lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do 
orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (inciso II 
do § 5º do art. 165 da CF/1988). 
 
Relembro que uma empresa controlada é uma sociedade cuja maioria do 
capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da 
Federação. 
 
A empresa controlada incluirá em seus balanços trimestrais nota explicativa 
em que informará: 
x Fornecimento de bens e serviços ao controlador, com respectivos preços 
e condições, comparando-os com os praticados no mercado. 
x Recursos recebidos do controlador, a qualquer título, especificando valor, 
fonte e destinação. 
x Venda de bens, prestação de serviços ou concessão de empréstimos e 
financiamentos com preços, taxas, prazos ou condições diferentes dos 
vigentes no mercado. 
 
4.5 Conta Única na LRF 
 
A Conta Única é destinada a acolher, em conformidade com o disposto no art. 
164 da CF/1988, as disponibilidades financeiras da União que se encontram à 
disposição das UGs on-line, nos limites financeiros previamente definidos. O 
referido artigo determina que as disponibilidades de caixa da União serão 
depositadas no banco central; as dos estados, do Distrito Federal, dos 
municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos 
em lei. 
 
A LRF determina que as disponibilidades de caixa dos regimes de 
previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que 
vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da 
CF/1988, ficarão depositadas em conta separada das demais 
disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com 
observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira. 
 
É vedada a aplicação de tais disponibilidades em: 
x Títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e 
outros papéis relativos às empresas controladas pelo respectivo ente da 
Federação. 
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x Empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, 
inclusive a suas empresas controladas. 
 
 
36) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCE/ES ± 2012) A receita 
obtida com a alienação de um imóvel que integre o patrimônio público 
poderá ser utilizada para o financiamento de despesa corrente do ente 
da Federação que procedeu à venda ou para a aquisição de outro 
imóvel, para uso público. 
 
É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e 
direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa 
corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e 
próprio dos servidores públicos (art. 44 da LRF). 
 
Logo, a regra geral é a vedação para a aplicação da receita de capital 
derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público 
para o financiamento de despesa corrente. 
 
De qualquer forma, a questão foi mal elaborada, pois a receita da alienação de 
bens pode excepcionalmente ser utilizada em despesa corrente, desde que 
destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos 
servidores públicos. 
Resposta: Errada 
 
37) (CESPE ± Auditor Substituto de Conselheiro ± TCE/ES ± 2012) Os 
governos estaduais estão autorizados a alienar parte de seus títulos de 
crédito perante outras instituições, no intuito de pagar juros e serviços 
referentes ao estoque de dívida contratada. 
 
Devemos saber que a alienação de títulos de créditos é receita de capital e o 
pagamento de juros e serviçosda dívida é despesa corrente. 
 
É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e 
direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa 
corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e 
próprio dos servidores públicos (art. 44 da LRF). 
Resposta: Errada 
 
38) (CESPE ± Analista Legislativo ± Contabilidade ± ALCE ± 2011) 
Conforme o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o item 
abaixo, no que se refere à preservação do patrimônio público. 
A receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que 
integram o patrimônio público, que foi destinada por lei aos regimes 
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de previdência social, geral e próprio, pode ser aplicada no 
financiamento de despesa corrente. 
 
É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e 
direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa 
corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e 
próprio dos servidores públicos (art. 44 da LRF). 
Resposta: Certa 
 
39) (CESPE - Analista Administrativo - MPU - 2010) As disponibilidades 
de caixa dos regimes de previdência geral e próprio dos servidores 
públicos devem ficar depositadas em conta separada das demais 
disponibilidades de cada ente. 
 
De acordo com o § 1° do art. 43 da LRF, as disponibilidades de caixa dos 
regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda 
que vinculadas a fundos específicos, ficarão depositadas em conta separada 
das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de 
mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência 
financeira. 
Resposta: Certa 
 
40) (CESPE - Analista Ambiental - Administração e Planejamento - 
MMA - 2008) O atendimento das despesas de conservação do 
patrimônio público está entre as condições que limitam a inclusão de 
novos projetos na lei orçamentária e nas de créditos adicionais. 
 
A LRF estabelece que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão 
novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e 
contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos 
em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 
Resposta: Certa 60112474403
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5. DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO 
 
Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, direta ou 
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas 
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica. Além disso, devem 
atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar 
prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. Tais regras se 
aplicam a toda a Administração indireta, inclusive fundações públicas e 
empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as 
instituições financeiras e o Banco Central do Brasil. 
 
Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e 
refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição 
de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou 
aumento de capital. 
 
Já de acordo com o caput do art. 27, na concessão de crédito por ente da 
Federação, a pessoa física ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou 
indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão 
inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação. 
 
Ainda, dependem de autorização em lei específica as prorrogações e 
composições de dívidas decorrentes de operações de crédito, bem como a 
concessão de empréstimos ou financiamentos em desacordo com o caput do 
art. 27, sendo o subsídio correspondente consignado na lei orçamentária. 
 
Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, 
inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema 
Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de 
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. Isso 
significa que o Poder Executivo não pode socorrer os bancos sem passar pelo 
Congresso. No entanto, tal vedação não proíbe o Banco Central do Brasil de 
conceder às instituições financeiras operações de redesconto e de empréstimos 
de prazo inferior a 360 dias. 
 
 
Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, 
inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema 
Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de 
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. 
 
A Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe o socorro às instituições do Sistema 
Financeiro Nacional, prevendo, porém, a criação de fundos para a cobertura 
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destas instituições em situação de insolvência. A LRF dispõe que a prevenção 
de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e outros mecanismos, 
constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei. 
 
 
41) (CESPE ± Analista Administrativo ± Direito - ANTT ± 2013) A 
destinação de recursos públicos para o setor privado deve ser 
autorizada por lei específica, devendo, ainda, atender ao disposto na 
LDO e estar prevista no orçamento ou em créditos adicionais. 
 
Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, direta ou 
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas 
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica. Além disso, devem atender 
às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista 
no orçamento ou em seus créditos adicionais. 
Resposta: Certa 
 
42) (CESPE ± Auditor de Controle Externo ± TCU ± 2013) A simples 
prorrogação de um financiamento ao setor privado por empresa 
pública federal não financeira é considerada uma modalidade de 
destinação de recursos públicos para o setor privado. 
 
Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, direta ou 
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas 
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica. Além disso, devem atender 
às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista 
no orçamento ou em seus créditos adicionais. Tais regras se aplicam a toda a 
Administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, 
exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e 
o Banco Central do Brasil. 
 
No conceito de destinação de recursos públicos para o setor privado, 
compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e 
refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de 
dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou 
aumento de capital (art. 26, § 2º, da LRF). 
 
Resposta: Certa 
 
43) (CESPE ± Técnico Científico ± Direito ± Banco da Amazônia - 2012) 
Em regra, não poderão ser utilizados recursos públicos, incluindo-se os 
provenientes de operações de crédito, para socorrer instituições do 
Sistema Financeiro Nacional, aindaque mediante a concessão de 
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empréstimos de recuperação ou financiamento para mudança de 
controle acionário. 
 
Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, 
inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema 
Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de 
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. Isso 
significa que o Poder Executivo não pode socorrer os bancos sem passar pelo 
Congresso. 
Resposta: Certa 
 
44) (CESPE ± Procurador ± ALES ± 2011) A LRF atribuiu às LDOs o 
disciplinamento de novos temas. Esses novos temas disciplinados 
incluem autorizar a destinação de recursos para, direta ou 
indiretamente, cobrir necessidades de pessoa física ou déficits de 
pessoa jurídica. 
 
Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, direta ou 
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas 
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica. Além disso, devem 
atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e 
estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. 
 
Logo, a LDO estabelece condições, porém a autorização para a destinação de 
recursos deverá ser realizada por lei específica. 
Resposta: Errada 
 
45) (CESPE ± Procurador ± ALES ± 2011) A LRF ² Lei Complementar 
n.º 101/2000 ² contribuiu para a atual estabilidade das finanças 
públicas, ao introduzir várias normas para a boa gestão fiscal. O STF, 
ao apreciar a ADI 2.238-5 e seus apensados, suspendeu cautelarmente 
alguns desses preceitos. Um exemplo de preceito suspenso pelo STF é 
aquele que exige lei específica para o uso de recursos públicos, 
inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do 
Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de 
empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de 
controle acionário. 
 
Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, 
inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema 
Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de 
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário (art. 28, 
caput, da LRF). 
O STF, ao apreciar a ADI 2.238-5 e seus apensados, suspendeu cautelarmente 
alguns dispositivos da LRF. Não foi o caso do dispositivo acima. 
Resposta: Errada 
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6. RESTOS A PAGAR NA LRF 
 
Antes mesmo da vigência da LRF, o legislador já se preocupava com as 
transferências de encargos na transição de mandatos. Na Lei 4.320/1964, uma 
das vedações aplicáveis aos municípios é o empenho, no último mês do 
mandato do prefeito, de mais do duodécimo da despesa autorizada para o 
orçamento vigente. 
 
Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos 
concedidos. 
§ 1º Ressalvado o disposto no art. 67 da Constituição Federal, é vedado aos 
Municípios empenhar, no último mês do mandato do Prefeito, mais do 
que o duodécimo da despesa prevista no orçamento vigente. 
§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo período, assumir, por 
qualquer forma, compromissos financeiros para execução depois do término do 
mandato do Prefeito. 
 
Apesar de não ser expressa a revogação dos parágrafos citados, considera-se 
superado seu comando pelo art. 42 da LRF, o qual visa a coibir abusos com os 
recursos públicos em fim de mandato: 
 
³$UW���2. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos 
dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não 
possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem 
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa 
para este efeito. 
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão 
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do 
H[HUFtFLR�´ 
 
 
Para coibir abusos com 
os recursos públicos 
em fim de mandato, a 
LRF, em seu art. 42, 
determina: 
³$UW������e�YHGDGR�DR�WLWXODU�GH�3RGHU�RX�yUJmR�UHIHULGR�
no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu 
mandato, contrair obrigação de despesa que não possa 
ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha 
parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que 
haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. 
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de 
caixa serão considerados os encargos e despesas 
compromissadas a pagar até o final do exerFtFLR�´ 
 
A LRF veda ao Poder ou órgão nos últimos dois quadrimestres do seu 
mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida 
integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício 
seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. 
Assim, é possível contrair obrigação de despesa para ser paga no mandato 
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subsequente, desde que haja suficiente disponibilidade de caixa para o 
pagamento das parcelas no exercício seguinte. 
 
E por que este artigo está dentro da Seção VI ± Dos Restos a Pagar? 
 
Relembro que consideram-se restos a pagar (RAP) ou resíduos passivos as 
despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até 
o dia 31 de dezembro. 
 
Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida, constituem-se em 
modalidade de dívida pública flutuante e são registradas por exercício e por 
credor, distinguindo-se as despesas processadas (empenhadas, liquidadas e 
não pagas) das não processadas (empenhadas, não liquidadas e não pagas). 
A origem dos RAP está ligada ao princípio da continuidade dos serviços 
públicos, pois visa adequar o fim do exercício financeiro ao pagamento de 
despesas que extrapolem esse período, de forma a não prejudicar o bom 
andamento da Administração Pública, tampouco causar interrupções nos 
serviços públicos. 
 
No entanto, com o decorrer do tempo, os RAP passaram a ser usados para a 
URODJHP�GH� GtYLGDV��'H� DFRUGR� FRP�1DVFLPHQWR� H�'HEXV� �������� ³D� IDOWD� GH�
sincronia entre orçamento e execução financeira e a ausência de medidas 
corretivas ocasionava uma sobra de pagamentos que não podiam ser 
atendidos no mesmo exercício e eram transferidos para o exercício seguinte 
sob a forma de restos a pagar. O orçamento do exercício seguinte, por sua 
vez, frequentemente não contemplava espaço para os restos a pagar que, 
para serem atendidos, ocasionavam deslocamento de outras despesas. Estas, 
por sua vez, seriam também transferidas sob a forma de restos a pagar para 
o terceiro exercício, configurando-se então a rolagem extraorçamentária de 
GtYLGDV�´� 
 
Tal situação se agravava principalmente no último ano do mandato dos Chefes 
do Executivo, pois além da pressão pela realização de mais despesas que 
SRGHULDP� FXOPLQDU� HP� PDLV� GLYLGHQGRV� HOHLWRUDLV�� D� ³FRQWD´� das despesas 
transformada em restos a pagar seria herança fiscal para seu sucessor, que 
levaria boa parte do seu mandato pagando as dívidas daquele que o 
antecedeu. A fim de se evitar tal herança fiscal, o principal foco do

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