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DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL

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DIREITO PENAL – PARTE ESPECIAL I 17/10/14
2º BIMESTRE
Para lembrar:
ELEMENTOS DO TIPO
Bem jurídico tutelado
É o bem que o direito protege. Como a vida, a integridade física, etc. 
Sujeito Ativo
É aquele que comete o crime. Pode ou não ter uma qualidades especial. 
Crime comum: O tipo penal não traz nenhuma qualidade especial, ou seja, qualquer um pode comer o crime.
Crime próprio: O tipo penal prevê uma qualidade especial para cometer o crime. Ex: crime de peculato, somente funcionário público pode cometer esse delito. 
Sujeito Passivo
É a vítima. 
Tipo Objetivo 
É o verbo do tipo. 
Tipo Subjetivo
São as vontades da ação. Dolo ou culpa. 
*Todos os crimes são dolosos, salvo quando houver expresso no artigo a qualidade culposa. 
Consumação
Cada crime tem um momento consumativo. Consumação é quando se consuma o tipo objetivo. 
Tentativa
Se há a existência ou não da forma tentada. 
Tentativa: é quando, iniciada a execução, o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Ação Penal
Ação Penal Pública
Ação Penal Privada
CRIMES CONTRA A HONRA
Honra é um complexo ou conjunto de predicados da pessoa que lhe conferem consideração social e estima própria. 
HONRA OBJETIVA – Imagem social. Aquela imagem que as pessoas têm da gente. É a consideração do sujeito no meio social. 
HONRA SUBJETIVA – Imagem que a gente tem da gente mesmo.É o apreço próprio, é o juízo que cada um faz de si próprio, é a auto estima ou auto respeito. 
CALÚNIA 
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
Imputar falsamente fato definindo como crime. O fato tem que ser crime, não contravenção penal. 
Ataca a honra objetiva, aquela imagem que as pessoas tem da gente. 
Bem jurídico protegido honra objetiva
Sujeito Ativo Crime comum. Qualquer pessoa pode praticá-lo. 
Sujeito Passivo Pessoa física e, depois da lei dos crimes ambientais, pessoa jurídica também. 
*Inclusive os inimputáveis e desonrados
*A empresa não responde por calúnia, mas seus diretores respondem pela empresa. 
*Na calúnia irrogada contra os mortos, são sujeitos passivos seus cônjuges, ascendentes, descendentes ou irmãos.
Tipo Objetivo (verbo) Imputar, atribuir a alguém que ela cometeu um crime. 
Requisitos: 1. A imputação de determinado fato (fato certo, hora, local..)
 2. Fato definido como crime. Tipificado. 
 3. Tem que haver falsidade nessa imputação. *difícil de provar pois tem que se ter certeza de que era falso. Se foi somente a reprodução de uma informação, não é calúnia. 
Métodos para se caluniar: verbal, escrita, mímica. 
*imputar a alguém uma contravenção penal não é calúnia. 
Tipo Subjetivo São as vontades do agente. Crime doloso. Tem que ficar comprovado a vontade da pessoa em caluniar. *o que é difícil também.
*Não é crime quando o animus da pessoa não é o de caluniar. Se o animus da pessoa é “animus jocandi” (animus de brincar), não será a ela imputado o crime de calúnia. 
Ação Penal Ação Penal Privada
DIFAMAÇÃO 
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Imputar falsamente fato ofensivo à alguém. 
“Imputação a alguém de fato ofensivo a sua reputação”
Bem jurídico protegido honra objetiva (imagem perante a sociedade).
Sujeito Ativo crime comum, qualquer pessoa pode praticá-lo.
Sujeito Passivo Quem tem sua honra atacada. 
*Para alguns doutrinadores, como Gabriel Nettuzzi Peres, o sujeito passivo do crime de difamação pode ser tanto pessoa física, quanto jurídica;
*RT 510/380
Tipo Objetivo difamar. 
Atribuir a alguém fato ofensivo a sua reputação.
No caso, qualquer ofensa a alguém. 
*É um crime que tem muita subjetividade, uma vez que o que é ofensa para uma pessoa, não é necessariamente, para outra. Leva-se em consideração aquilo que se fala, e a quem que se fala. 
Só será ofensivo se a pessoa se sentir ofendida. 
Tipo Subjetivo Vontade livre e consciente de ofender. Crime Doloso (animus difamandi). 
Consumação Quando terceiros tomam conhecimento da ofensa. 
Como ataca a honra objetiva (imagem que as pessoas têm de você), só será consumado no momento em que um (ou mais) terceiro tomar conhecimento da ofensa. 
Ação Penal Ação Penal Privada 
INJÚRIA 
 O único dos crimes de honra que ataca a honra subjetiva. 
É um crime que ofende a dignidade ou decoro. 
Quem comete esse crime tem o intuito de ofender verbalmente ou de forma escrita ou até mesmo fisicamente a dignidade ou decoro de alguém, ofender a moral, com a intenção de abater o ânimo da vitima.
A injúria é uma humilhação. E não apenas feito por palavras. Há injúria por gestos, escrita. 
O tapa na cara, por exemplo, é humilhante para algumas pessoas. 
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena - reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
Bem jurídico protegido honra subjetiva
Sujeito Ativo Crime comum, qualquer pessoa pode praticar. 
Sujeito Passivo Quem tem dignidade e decoro
*No caso, só pessoa física é injuriada, pessoa jurídica não.
*Não é punível injúria contra mortos. 
Tipo Objetivo Injuriar (Injuriar = ofender). 
*dignidade = sentimento que o próprio individuo possui a cerca do seu valor social e moral
*decoro = sua respeitabilidade perante ele mesmo 
*pode injuriar de qualquer jeito, falando, escrevendo, gestos, até mesmo não falando nada. 
Tipo Subjetivo Dolo direto e eventual. Vontade livre e consciente de ofender. 
*Se for por animus jocandi não é crime, uma vez que animus jocandi era apenas a vontade de brincar. 
Consumação Quando a vítima toma conhecimento e se sente ofendido.
Tentativa Tecnicamente é possível a forma tentada. Quando é algo escrito e por circunstancias alheias a pessoa não chega a ler. 
Ação Penal Ação Penal Privada. 
Titular da ação é sempre a própria vítima. 
Crime da competência do juizado especial criminal. (pena máxima de 6 meses)
*será de competência do juizado especial criminal todo crime no qual a pena máxima não superar dois anos. Lei 9.099/95. 
Perdão Judicial
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
*Perdão judicial 
I – quando a vítima da injúria provou o agente. Isto é, o injuriado deu causa a injúria que sofreu. 
II – Ação imediata. A pessoa falou algo que lhe ofendeu, e você ofendeu ela. É retrucar uma injúria com outra injúria. 
Forma Qualificada (aumenta-se a pena)
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou viasde fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
*humilhação! Quando não são apenas palavras de ofensa, mas ações, como um tapa na cara, chicotada, corte do cabelo, apaupação.. 
Parágrafo 3º da Injúria. A chamada “Injúria Racial” ou “Injúria Discriminatória”
§ 3º. Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena - reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
Lei que introduziu o parágrafo 3º Lei de 2003
Injúria Racial ≠ Racismo 
Racismo é quando se considera a raça inteira, não particulariza ninguém. (odiar indíginas, negros, asiáticos). 
Injúria Racial é particularizar. Ofender particularmente a etnia da pessoa, ou a raça, cor, religião, origem, idoso ou deficiente. 
CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
AMEAÇA
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
Para ter ameaça, é preciso de alguém que ameace, e a ameaça deve ser um mal injusto e grave. 
É necessário que a ameaça seja verossímil, isto é, tem que ser algo possível de acontecer. 
Bem jurídico protegido liberdade pessoal (ataca nossa tranqüilidade)
Sujeito Ativo Crime comum. Qualquer pessoa pode praticar. 
Sujeito Passivo Qualquer pessoa, desde que se sinta ameaçada. 
Tipo Objetivo (verbo) Ameaçar. 
*Crime de forma livre. A forma de se ameaçar pode ser feita de várias maneiras, por palavra, escrito gesto, ou qualquer outro meio simbólico. 
*O mal ameaçado deve ser verossímil e sua execução possível.
Tipo Subjetivo (vontades do agente). Crime doloso, vontade livre e consciente de ameaçar. 
Consumação Ocorre quando a vítima tem a ciência da ameaça, ainda que não se sinta intimidada. 
Tentativa Inadmissível. Salvo se escrita a ameaça. 
Ação Penal Ação Penal Pública Condicionada por Representação. 
*Incumbe aos Juizados Especiais Criminais (crime de pena inferior a 2 anos). 
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 1º - A pena é de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos:
I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos;
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias;
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
V – se o crime é praticado com fins libidinosos.
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos.
Bem jurídico protegido Liberdade individual
Sujeito Ativo Crime comum. Qualquer pessoa pode praticar.
Sujeito Passivo Qualquer pessoa. 
Tipo Objetivo Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado. 
*No sequestro a vítima tem maior liberdade de locomoção (vítima presa numa fazenda)
 No cárcere privado a vítima vê-se submetida a uma privação de liberdade num recinto fechado (dentro de um quarto, um porão ou armário). 
*Detenção = priva a liberdade levando a vítima para algum lugar.
 Retenção = impede a vítima de sair de um determinado lugar. 
*A duração da privação de liberdade é irrelevante.
Tipo Subjetivo São as vontades do agente. Crime doloso. Vontade livre e consciente de seqüestrar. 
Consumação Se consuma com a restrição da liberdade de locomoção. 
*São delitos MATERIAIS e PERMANENTES. 
*Permanente Crime de consumação prolongada, se mantendo em estado de flagrância. 
Tentativa Admite-se a tentativa. Quando por circunstancias alheias a vontade do agente, o crime não se consumou. 
Ação Penal Ação Penal Pública Incondicionada. MP é titular da ação e não precisa do consentimento da vítima pra ajuizar ação. 
Formas qualificadas
§ 1º - A pena é de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos:
I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos;
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias;
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
V – se o crime é praticado com fins libidinosos.
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos.
REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA A DE ESCRAVO
Art. 149 – Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto: 55
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem:
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
§ 2º - A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
I – contra criança ou adolescente;
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.
Conhecido pela doutrina como “crime de plágio” – sujeição de uma pessoa ao domínio de outra. 
Bem Jurídico protegido Liberdade individual
Sujeito Ativo Crime 
Sujeito Passivo Qualquer pessoa
Tipo Objetivo Reduzir alguém a condição análoga a de escravo, mediante a submissão a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva; a sujeição a condições degradantes; a restrição da locomoção em razão de dívida contraída com o empregador. 
*Embora o a gente não prenda a vítima diretamente, ele cria condições adversas para que ela não manifeste sua vontade. 
*O consentimento do ofendido é irrelevante, uma vez que a situação de liberdade do homem constitui interesse preponderante ao Estado. 
Tipo Subjetivo Dolo. Vontade livre e consciente de reduzir a pessoa a condição análoga a de escravo.
Consumação A consumação se dá com o ato de reduzir a pessoa a essa condição. 
* É um crime de consumação Permanente. 
Tentativa Admite-se a tentativa. Quando por circunstâncias alheias a vontade do agente, o crime não é consumado. 
DIREITO PENAL – PARTE ESPECIAL I 07/11/14
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Patrimônio é a quantidade de bens, tanto móvel quanto imóvel, que a pessoa acumula durante a vida. 
O direito penal protege tanto a posse quanto a propriedade do objeto.
Direito penal é direito das vontades.
FURTO
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Bem jurídico protegido A propriedade, a posse e a detenção.
Sujeito Ativo Qualquer pessoa pode praticar. 
Inclusive, pode praticar esse crime, aquela pessoa que tem posse vigiada. 
Sujeito Passivo Aquele que tem o seu patrimônio móvel diminuído. Pode ser vítima de furto pessoa física e pessoa jurídica. 
*Posse desinteressada. É vítima defurto tanto a pessoa que está na posse desinteressada quanto o dono da propriedade. Ex: cobrador de ônibus, caixa de supermercado. 
Tipo Objetivo Subtração (diminuição). 
É a diminuição do patrimônio de outrem. 
Crime de forma livre, ou seja, pode acontecer de qualquer forma. 
Coisa alheia móvel – só é objeto de subtração/furto coisa alheia. 
*coisa móvel = bens passiveis de apropriação. Enquanto o bem está imobilizado ele é imóvel. Mas se eu corto uma árvore, por exemplo, ela que era imóvel vira móvel. 
*Hoje o entendimento majoritário é que essa coisa móvel (que é objeto de furto) não precisa ter necessariamente valor econômico. Pode ter valor sentimental/emocional (Ex: mecha de cabelo, fotografia, cartas de amor, etc). Valor afetivo pode sim ser objeto de furto. 
*Não pode ser objeto de furto coisas de uso comum, desde que não estejam individualizadas. Ex: fonte de água, ar que respiramos. 
*Não é objeto de furto a Res nullius (coisa de ninguém), coisa móvel que nunca foi de ninguém. 
*Não é objeto de furto a Res derelicta (coisa abandonada), coisa que foi abandonada. Proprietário abriu mão da coisa. 
*Se apropriar de coisa que foi perdida É ilegal. Deve-se procurar autoridade para entregar. 
*Coisas móveis no furto não inclui o ser humano. Furto de ser humano é seqüestro. 
*Subtração de animas é crime próprio Lei de 9605/98, é crime ambiental. 
*Existe o furto de cadáver, mas é um crime próprio também. 
*Princípio da Insignificância É um princípio que é utilizado como meio de defesa. Se o bem móvel não tem valor patrimonial e não tem valor sentimental, não será culpável, porque não alterará nada. Mas, o que é insignificante para a doutrina? Já ouve entendimento com valor fixo, no entanto, o entendimento hoje é que depende, é subjetivo. Leva-se em consideração quem furtou e quem foi furtado. 
Tipo Subjetivo Dolo. Vontade livre e consciente de furtar. Animus furandi. 
*Não é necessário o animus de lucro. 
Consumação No momento que a coisa é furtada e a pessoa tem seu patrimônio diminuído. 
Elementos para ser considerado furto: 1. Inversão de posse (subtrair algo de outra pessoa)
 2. Posse tranquila (posse da coisa sem a outra pessoa ver)
 3. Sair da esfera de proteção da vítima. 
Se não tiver todos esses elementos não ficará caracterizado como furto. Depende da interpretação do juiz. 
Tentativa Admite-se a tentativa. Quando por circunstancias alheias a vontade do agente, o crime não é consumado.
Ação Penal Ação Penal Pública Condicionada. 
Furto Qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior
DIREITO PENAL – PARTE ESPECIAL I 10/11/14
ROUBO
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro
Estado ou para o exterior;
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
§ 3º - Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 15
(quinze) anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da multa.
3 características do roubo: 1. inverter a posse, 2. posse tranquila, e 3. sair da esfera da proteção da vítima. Essas três características dependem do aplicador do Direito. 
Bem jurídico protegido patrimônio, integridade física e integridade psíquica. 
Sujeito Ativo Qualquer pessoa. Crime comum. 
Sujeito Passivo Qualquer pessoa. Pode ser roubado tanto uma pessoa física quanto pessoa jurídica. 
Tipo Objetivo Subtrair (diminuição do patrimônio, subtração de coisa alheia). 
O que diferencia o Roubo do Furto é a violência e a grave ameaça pelo qual se subtrai o objeto alheio. 
Violência para esfera penal é aquilo que o próprio código enquadra como lesão, art. 129 – caracteriza violência. E a ameaça é aquilo que diz o art. 147. 
Lesão corporal - Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.
Ameaça - Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave.
*O roubo do CAPUT Quando se dá a violência e a grave ameaça? A violência e a grave ameaça têm que ser anterior a subtração, ou ao mesmo tempo dela. 
Tipo Subjetivo Vontade de roubar. Crime doloso. Tem que ficar comprovado o dolo, vontade livre e consciente de roubar.
Consumação No mínimo tem que exteriorizar a vontade de roubar. A consumação se dá quando essa vontade de roubar é exteriorizada. Se consuma com a posse tranquila da coisa subtraída. 
Tentativa Admite-se tentativa. Quando por motivos alheios a vontade do agente, o crime não foi consumado. Faltou posse tranquila ou saiu da esfera da proteção da vítima. 
Análise dos parágrafos:
ROUBO IMPRÓPRIO 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
A doutrina chama de roubo impróprio aquele individuo que comete o roubo, com violência e grave ameaça, logo após subtrair a coisa, afim de assegurar sua impunidade. 
É caso do misto de furto com roubo. Primeiro subtrai-se a coisa e depois se age com violência ou grave ameaça. A doutrina equipara essa situação ao roubo do caput, para não haver duvidas se é um furto seguido de lesão, ou coisa assim. 
*Incrimina a conduta de quem, APÓS A SUBTRAÇÃO, usa da violência ou ameaça para assegurar a impunidade do crime. 
ROUBO QUALIFICADO (AUMENTO DA PENA) 
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;
I – Com o emprego de arma. 
Por arma, entende-se tudo aquilo que pode ser utilizado para ferir alguém. É um conceito genérico, por isso, o objeto precisa estar sendo utilizado como arma. 
*arma de brinquedo ou simulacro – o a gente utiliza-se de uma arma de brinquedo para ameaçar a vítima. MAS ATENÇÃO! Aumenta-se a pena pela potencialidade do crime, que foi aumentada. NO ENTANTO, essa arma de brinquedo não é capaz de de fato causar lesão, ou seja, o único efeito dela é a ameaçar a vítima, ação que já é prevista no caput. POR TANTO, agente que usa arma de brinquedo não é punido pelo art. 2º e sim pelo caput. 
Ainda que essa ameaça com arma de brinquedo traga conseqüências psicológicas na vítima, a ameaça do caput também pode causar conseqüênciaspsicológicas, então, da mesma forma, o crime cometido com arma de brinquedo continua sendo apenado pela pena do caput. 
II – Concurso de duas ou mais pessoas.
A vítima fica em desvantagem
III – Se o a gente vai roubar um carro forte ou serviço de transporte de valores, qualifica o crime. 
IV – Se subtrair veículo e ir para outro Estado ou exterior. 
DO ROUBO RESULTAR LESÃO CORPORAL GRAVE
§ 3º - Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 15
(quinze) anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da multa.
 EXTORSÃO
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º e 3º, respectivamente
Constranger é obrigar.
E a pessoa extorque para obter uma vantagem econômica. Não existe extorsão sexual, isso daí é denominado estupro. 
Tem que ter um fim patrimonial, econômico. Não existe extorsão com finalidade sentimental ou amorosa ou sexual.

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