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PRÓTESES TOTAIS IMEDIATAS Definição: é a prótese confeccionada sobre o modelo obtido antes das extrações completas e colocada logo após a avulsão dos dentes remanescentes. Indicações - Necessidade de extrair todos os dentes (para confecção da prótese total) - Pacientes com condições locais e gerais para se adaptar à técnica específica (o paciente tem que ter o perfil para colocar a prótese total) - Pacientes que não podem ficar desdentados Contraindicações: - Condições físicas deficientes do paciente (Nem sempre conseguimos realizar todas as extrações ao mesmo tempo, em uma vez só. Avaliamos isso através de um exame clinico do paciente) - Condições bucais (Avaliamos através de um exame clínico, radiográfico se o paciente possui exostoses, região de inserções e avaliar a relação maxilo-mandibular) - Estado emocional do paciente (Paciente tem que entender o tipo de tratamento que estamos propondo para ele) Vantagens 1. ANATÔMICA - manter dimensão vertical (não perde DV porque nunca ficou desdentado) - manter a oclusão cêntrica (dentes são referências) - manter a posição condilar correta - mantém tônus muscular (já sai mastigando) - evitar o espraiamento da língua e a flacidez das bochechas 2. FUNCIONAIS - fonação (mantém) - deglutição (mantém) - mastigação (mantém) Obs: podem haver algumas dificuldades quando vamos mudar o tamanho dos dentes principalmente palavras que começam com “f” e “v” onde, o bordo incisal toca o lábio inferior. 3. ESTÉTICAS - aparência facial é mantida (Principalmente na região superior, anterior. Paciente não fica com a boca “murcha”). - ausência de colapso das estruturas moles (sem flacidez ou sensação de “boca vazia”) (principalmente a língua) 4. PSICOLÓGICAS - convívio social - melhor aceitação das extrações (sai do consultório já com a prótese) 5. CIRÚRGICAS - proteção da ferida - bandagem do alvéolo - mantém ou melhora o remodelado ósseo (+ ou – 60 dias) Desvantagens - Não há provas dos dentes anteriores (não tem prova estética, linha média, linha alta do sorriso, dos caninos...) - Necessidade de coordenação protético-cirúrgico - Necessidade de reembasamento (até o fim do período de cicatrização) - Maior número de visitas ao consultório - Custo alto (custo dobrado - mais visitas ao consultório, e mais tarde terá que fazer a prótese definitiva) Fatores à serem observados: Ao fazer a anamnese e o exame clínico - Estado geral de saúde do paciente: * ato cirúrgico (observar número de extrações e necessidade de fazer em dois tempos) * auxílio médico (verificar a necessidade de fazer a cirurgia a nível hospitalar) * condições de regeneração tecidual (do paciente) - Estado psicológico do paciente: * consciência do tipo de tratamento que ele está sendo submetido * aceitar – valorizar – colaborar (o paciente precisa aceitar, valorizar e colaborar com o tratamento) Avaliação do paciente Na primeira consulta antes de propor o tratamento - área chapeável (bom rebordo ou não) - inserções - exostoses, tórus (fazer remoção cirúrgica antes do início da PT imediata) - tuberosidades (retenções, concavidades que impossibilitam a colocação da prótese) - espaço intermaxilar (corrigida pela DV) - DV correta ou não (temos condições de avaliar se está ou não correta e de reverter se estiver errada) - Oclusão correta ou não (podemos corrigir, se necessário) - Arco dental oposto (observar o arco antagonista: dentado, parcialmente dentado, PT) - Indicações de extrações prévias (se não quisermos fazer tudo de uma vez só) - Documentação radiográfica (onde vamos conseguir verificar restos radiculares remanescentes, posicionamento radicular, dentes impactados, irregularidades ósseas). Pode se pedir também uma tomografia (se necessário) - DVO - Dentes (podemos mudar a cor e tamanho) Moldagens em Próteses Totais Imediatas Moldagem Preliminar (1ª moldagem) - Simples (alginato, poliéter, elastômeros. Mais comum: silicona de adição (leve e pesada ao mesmo tempo) – em um tempo - Mista ou dupla (podemos associar materiais: poliéter-silicona, alginato-poliéter, alginato elastômero Mais comum: silicona de adição ou condensação) (na maioria das vezes é mais precisa) – em dois tempos. Obs: godiava contra indicado pois é um material pesado e está contraindicado para regiões dentadas Técnica Simples para Moldagem - posição paciente/profissional (mesma para confecção da PT) - seleção da moldeira de estoque (depende do tipo da técnica) Obs: uma moldeira bem adaptada permite uma técnica mais simples - correção da moldeira com cera (para alcançar o fundo de sulco, se necessário) - moldagem inicial simples ou moldagem preliminar – moldagem anatômica (ex: alginato). Conseguimos já conseguimos imprimir alguns detalhes como as zonas de fundo de sulco e zona de freio, porém não é tão precisa). - confecção de modelos preliminares com gesso pedra (para confecção de moldeiras individuais e nova moldagem) - confecção da moldeira individual: * separação dos modelos *delimitação da área chapeável (zonas de sulco, post daming) * alívio dos dentes e retenções (em cera, alívio dos dentes para não quebrar o modelo) * isolamento do modelo (com cel-lac) * preparo e adaptação da resina acrílica autopolimerizável * acabamento e confecção do cabo - moldagem funcional: conseguimos mais detalhe (fundo de sulco post-daming) * ajuste da moldeira individual (na boca, com os dentes) * fecho periférico com godiva de baixa fusão ou um poliéter, pasta zoe ou silicona de adição * adesivo e perfurações (dependendo do material eleito – mercaptana, poliéter, silicona de adição) (perfurações para o material extravasar e ficar mais retentivo) * introdução na boca, centralização, movimento dos tecidos moles (movimentos de bochecha) * remoção, lavagem - confecção do modelo de gesso pedra ou modelo definitivo: * encaixotamento * vazamento do modelo em gesso pedra (é importante ultrapassar o modelo de gesso além do bordo) - confecção da placa articular: Obs: dependendo do caso podemos fazer uma placa articular com roldete de cera para as regiões desdentadas antes das extrações para certar a DV e fazer uma possível montagem dos dentes * separação do modelo * preparo do modelo (cortar os dentes rente ao bordo cervical transformando essa boca dentada em uma boca desdentada) * isolamento e alívio das retenções (em algumas concavidades do modelo, se necessário) * confecção da placa articular e roldete - relações maxilo-mandibulares (medir com a base antagonista: prótese, dentes ou roldete) *estabelecimento do plano protético (ver se vamos corrigir ou não) * determinação da DV (verificamos se vamos manter ou não) * montagem do modelo sup. no articulador * determinação da relação cêntrica (Determinamos a relação cêntrica através de uma mordida. Se o paciente tem dentes antagonistas usamos os dentes como referência se for dentadura fazemos cera contra cera e gempeamos em RC) * montagem do modelo inf. no articulador (se o paciente tiver dentes, se faz uma moldagem simples na parte inferior para colocar no articulador. Se ele for desdentado e for o caso de fazer uma prótese total se faz o rodete de cera e colocamos o modelo no articulador em RC.) Obs: Se o paciente só tiver de canino a canino inferior, nós necessariamente teríamos que fazer uma placa articular com rodete de cera posterior para estabilizar a mordida e obter uma correta DV. Por mais que seja uma dentadura monomaxilar. - seleção e montagem dos dentes posteriores (se for possível) * tamanho, verificar o espaço posterior existente, selecionar a cor dos dentes (selecionas e montar os dentes de acordo com o espaço disponível) - seleção dos dentes anteriores * escolher os dentes a partir da escala * imitar dentes existentes, corrigir defeitos estéticos * cor e tamanho (podemos mudar se necessário) - montagem e prova dos dentes posteriores * conferir DV, cor e RC em boca * verificar também se a oclusão esta correta - montagem dos dentes anteriorese cirurgia do modelo Depois de estabilizada a região posterior e a DV vertical correta * marcar corretamente a linha média * linha do bordo alveolar (aonde + ou – nós vamos poder recortar) podemos fazer um raio x para ver se está tudo certo. * montagem de dentes intercalada (quando o caso for favorável) * modificações desejadas * encerramento (gengival, bordos e post-daming) 16:43 * montagem intercalada: montar um dente, observando o seu oposto (ex.: recorta um central, coloca o novo dente, e compara com o central de gesso. Recorta um lateral, coloca o novo dente, compara com o outro lateral de gesso) * montar os dentes que serão removidos do modelo: depois de feito a cirurgia do modelo, e montado os novos dentes, preencher com cera por vestibular e lingual, simulando a placa de acrílico e retirar a placa articular do modelo - conversão das bases * moldar com alginato o modelo já desdentado (obter dois modelos iguais) * um vai para a mufla, e no outro é feita a placa guia cirúrgica - confeccção da placa guia cirúrgica * impressão do modelo operado * vazamento gesso pedra * adaptação de lâmina de cera rosa * inclusão com resinas transparentes * polimerização e acabamento * finalidade da placa guia cirúrgica: placa incolor que o paciente coloca na boca, que permite ver as zonas isquemiadas da mucosa (normalmente espículas ósseas), onde a prótese poderá machucar o paciente. Aliviar essas zonas em boca (fazer regularidade de rebordo), se não, na dentadura. - no laboratório: * entulhamento da resina * polimerização * abertura do muflo * remonte no articulador * ajuste * acabamento e polimento - extração dos dentes - ato cirúrgico: coordenação protético – cirúrgica, medicação pré-operatória, esclarecimento ao paciente , cuidados de assepsia e antissepsia, cuidados anestésicos, extrações, uso de placa guia cirúrgica, sutura - manutenção * depois de 7-10 dias, remoção de sutura * futuros reembasamentos com COE SOFT OBS: quando prensamos a resina acrílica autopolimerizável contra duas placas de vidro, temos que deixar em uma espessura padrão se deixarmos a placa muito grossa consequentemente o bordo incisal baixa e depois quando for feita a prensagem a placa fica mais fina e o bordo incisal sobe – não aparece os dentes. Não podemos deixar também a placa muito fina. Isso pode causar um prejuízo estético, na montagem dos dentes e pode alterar a DV. OBS: qual manobra deve ser feita quando não temos espaço para montagem dos dentes Primeiro se remove a cera Depois se desgasta o acrílico E por último se desgasta os dentes (parte de baixo) OBS: placa articular e rodete = guia para montagem dos dentes
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