Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESCOLA DE MINAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO DECAT – DEP. DE ENG. DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Prof. Rúben C. Barbosa (rubencbarbosa@gmail.com) (rubencbarbosa@outlook.com) Parte 04: Chaves estáticas CAT169 – Acionamentos Elétricos CHAVES ESTÁTICAS DECAT/EM/UFOP CHAVES ESTÁTICAS • Diodos; • Transistores: • BJTs – transistores bipolares de junção; • MOSFETs – transistores de efeito de campo metal-óxido- semicondutor; • IGBTs – Transistores bipolares de porta isolada; • UJTs – Transistores de unijunção; • Tiristores: • SCR – retificador controlado de silício; • SCS – Chave controlada de silício; • GTO – Transistor de desligamento de porta; • Diac ; • Triac; • MCT – Tiristor controlado MOS; DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS DIODOS • Características de tensão-corrente de um diodo. • Quando a tensão de polarização direta é maior que a queda de tensão direta (cerca de 0,7 V) a corrente amenta rapidamente. • A corrente será limitada apenas pela resistência interna do diodo. • Inversamente polarizado existe uma pequena corrente corrente de fuga, que aumenta com a tensão reversa. • Quando a tensão reversa é maior que a de ruptura, o diodo deixa passar grandes correntes. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS DIODOS • Diodo Ideal. • Eletrônica de potência: • Altas tensões e correntes; • Características detalhadas dos diodos não são tão importantes. • Podemos trata-lo como um diodo ideal: • Quando diretamente polarizado não há queda de tensão sobre ele. • Quando inversamente polarizado não há corrente de fuga. • Essa característica permite tratar o diodo ideal como uma chave. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS DIODOS • Polarização de um diodo (ideal): • Tensão no ânodo > tensão no cátodo: • Diz-se que o mesmo está diretamente polarizado; • O diodo conduz. • Tensão no ânodo < tensão no cátodo: • Inversamente polarizado; • O diodo não conduz. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • BJTs – Transistor Bipolar de Junção: • Encontrados em 2 tipos: PNP, NPN. • O NPN alcança valores nominais de tensão e corrente maiores. • Mais usados em eletrônica de potência. • Costuma ser simplesmente chamado de transistor. • Possui 3 terminais: • Base (B); • Coletor (C); • Emissor (E); DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • BJTs – Continuação: • Se a ponta da seta aponta: • Para base: NPN; • Para fora da base: PNP; • Quando usado como chave os terminais C e E são ligados em série com o circuito da fonte. • Terminais B e E são ligados ao circuito acionador – controla quando ligar ou desligar. • O coletor e emissor não devem ser invertidos – características mudam significativamente. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • BJTs – continuação: • Curvas características: • Na maioria das aplicações de potência utiliza-se a configuração emissor comum. • 3 regiões de operação: • Corte; • Saturação; • Ativa; Curva característica V-I de um BJT em emissor comum. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • BJTs – continuação: • Regiões de operação: • Corte: • 𝐼𝐵 é nula, 𝐼𝑐 é desprezível (chave aberta); • Saturação: • 𝐼𝐵 grande o suficiente → 𝐼𝐶 será grande e 𝑉𝐶𝐸 será quase nula (chave fechada); • Ativa • junção base-emissor → inversamente polarizada • junção coletor-base → diretamente polarizada; • usada em geral em amplificação de sinais; Curva característica V-I de um BJT em emissor comum. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • BJTs – Curva característica ideal: • Quando transistores são usados como chaves, principalmente no caso dos de potência, pode-se considerar a curva característica de um transistor ideal. Curva característica idealizada do TJB. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • BJTs – Polarização de um transistor: • Para aplicações de potência a polarização é feita em geral no configuração emissor comum • Ponto P1: operação ideal como chave fechada → 𝐼𝐶 = 𝑉𝐶𝐶/𝑅 e 𝑉𝐶𝐸 = 0. • Ponto P4: operação ideal como chave aberta. → 𝐼𝐶 = 0 e 𝑉𝐶𝐸 = 𝑉𝐶𝐶. Reta de carga DC. Polarização emissor comum de um transistor. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • A linha de P1 a P4 é a reta de carga. • Interseção da reta com 𝐼𝐵 é o ponto de operação do transistor (determinado por 𝑉𝐶𝐶 e 𝑅𝐶); • Ponto P2: operação no corte → reta de carga intercepta 𝐼𝐵 = 0 • Ponto P3: operação quando BJT está ligado, (𝐼𝐵 = 𝐼𝐵 𝑆𝐴𝑇 ) . Ponto de saturação. Reta de carga DC. Polarização emissor comum de um transistor. • BJTs – Polarização de um transistor (continuação): DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • MOSFETs – Transistores de efeito de campo metal-óxido- semicondutor de potência • É um transistor de chaveamento rápido. • Alta impedância de entrada. • Potências mais baixas (alguns quilowatts). • Alta frequência (até 100 kHz). • Aplicações: • Fontes chaveadas, onde altas frequências significam componentes menores e mais baratos. • Motores de baixa velocidade controlada que utilizem modulação por largura de pulso. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • MOSFETs – continuação • O MOSFET passará para o estado ligado quando 𝑉𝐺𝑆 > 𝑉𝑇𝐻, sendo 𝑉𝑇𝐻 a tensão limiar (normalmente entre 2 a 4 V para MOSFETs de alta tensão). • A tensão na porta controla a corrente de dreno. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • MOSFETs – continuação • 3 regiões de de operação: • Corte: quando 𝑉𝐺𝑆 < 𝑉𝑇𝐻 (válida para 𝑉𝐷𝑆 < 𝐵𝑉𝐷𝑆𝑆) • Se 𝐵𝑉𝐷𝑆𝑆 (tensão de ruptura) é alcançada a corrente aumenta rapidamente podendo danificar o dispositivo. • Ativa: quando 𝑉𝐺𝑆 > 𝑉𝑇𝐻 → amplificador. Não é usada para aplicações de eletrônica de potência. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • MOSFETs – continuação • Região ôhmica: deve-se usar um 𝑉𝐺𝑆 mais alto que o necessário na região ativa (em torno de 10V, não podendo ultrapassar os 20V); • Quanto menor a resistência no estado ligado 𝑅𝐷𝑆 𝑂𝑁 , mais baixa a queda de tensão no estado ligado, menor as perdas e maior a capacidade de corrente DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • MOSFETs – Curva característica ideal • A curva característica ideal para o MOSFET é apresentada ao lado. • A corrente de dreno é igual a zero e 𝑉𝐷𝑠 é igual a fonte de alimentação. • A tensão na porta faz com que o dispositivo passe para o estado ligado → 𝑉𝐷𝑆 = 0. • Embora não seja uma chave ideal é suficientemente próxima de uma. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • IGBTs – Transistores bipolares de porta isolada • Mescla as características de baixa queda de tensão no estado ligado do BJT com as excelentes características de chaveamento, circuito simples de acionamento e a alta impedância do MOSFET. • Correntes nominais de corrente e tensão bem maiores que os MOSFETS de potência. • Ex.: 1400 V, 1000 A • Velocidade de chaveamento maiores que a dos BJTs mas menores que a dos MOSFETS (até 50 kHz) DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • IGBTs – Transistores bipolares de porta isolada • Sua capacidade de bloqueio para tensões inversas é muito ruim, em geral menos de 10 V. • Operação: • Ligado: • Polarizar positivamente o terminal do coletor (C) em relação ao emissor (E). • Tensão de porta 𝑉𝐺 ≥ 𝑉𝑇𝐻 positiva o passará para o estado ligado. • Desligado: • Quando a tensão na porta for anulada. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • UJTs – Transistores de Unijunção • Dispositivo de 3 terminais, 1 emissor (E) e duas bases, (B1) e (B2) • Usado paragerar pulsos de acionamento de outros dispositivos, como SCRs. • Seus terminais de controle também são terminais de potência. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • UJTs – Transistores de Unijunção • Com 𝑉𝐸𝐵1 = 0 tem-se uma resistência interna entre B2 e B1, chamada de resistência de interbase (RB) na ordem de kΩ. • A relação entre RB1 e RB2 resistência de stand-off 𝜂. • O valor e 𝜂 determina a polarização inversa: 𝜂 = 𝑅𝐵1 𝑅𝐵 = 𝑅𝐵1 𝑅𝐵1 + 𝑅𝐵2 • 𝜂 fica entre 0,5 e 0,8. Circuito equivalente: (a) ligado (b) desligado. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TRANSISTORES • UJTs – Transistores de Unijunção • Polarização do UJT • Normalmente é polarizado como mostra a figura. • 𝑅𝐵1 e 𝑅𝐵2 atuam como divisor de tensão, de tal modo que o ponto 𝜂: 𝑉𝑅𝐵1 = 𝜂𝑉𝐵𝐵 • Para ir para o estado ligado, 𝑉𝐸 deve ser maior que 𝑉𝑝 (tensão de pico): 𝑉𝑝 = 𝑉𝑏 + 𝜂𝑉𝐵𝐵 • 𝑉𝑏 é a barreira de potencial da junção PN ( ≈ 0,7 V para o silício). DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • SCRs: • Chaveamento rápido, pequeno porte e valores nominais de corrente e tensão elevados. • Terminais: ânodo (A), cátodo (K) e porta (G). • Quando é diretamente polarizado (A+ e K-), uma tensão positiva na porta passa o SCR de desligado para ligado. • Não é a porta que desliga a corrente do SCR. • É desligada quando se interrompe a corrente do ânodo. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • SCRs: • O SCR pode ser comparado a um modelo com 2 transistores, um NPN e outro PNP. • Para passar o SCR para o estado ligado basta que a porta receba um pequeno pulso positivo de pequena amplitude por um curto intervalo. • Assim que ligado o sinal na porta não terá mais finalidade podendo ser retirado. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • SCRs: • Curva característica de um SCR DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • SCRs: • Curva característica ideal de um SCR DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • SCS – Chave controlada de silício: • Dispositivo com 4 camadas PNPN. • Possui 2 portas: ânodo (AG) e cátodo (KG). • O SCS passa para ligado com a aplicação de um pulso positivo em KG ou negativo em AG. • Se estiver ligado, passa para desligado com um pulso positivo em AG, ou negativo em KG. • Corrente em AG é maior para passar para ligado que a necessária na KG. Estrutura Símbolo DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • SCS – Chave controlada de silício: Estrutura Símbolo DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • GTO – Transistor de desligamento de porta: • Passa para o estado ligado como um SCR – pulso positivo na porta. • Pode passar para o estado desligado com uma corrente de porta negativa. • Possui qualidades melhoradas de chaveamento. • Tempo de ligação similar a um SCR, mas o de desligamento é muito menor. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • GTO – Transistor de desligamento de porta: • Valores de tensão e corrente nominais mais baixos que os do SCRs. • Quedas de tensão maiores em estado ligado. • Corrente de fuga menor. • Amplitude da corrente de porta necessária para mudança de estado é maior que a do SCR. • Capacidade reduzida de bloqueio de tensão inversa. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • Diac: • Chave condutora de 3 camadas e 2 terminais. • Opera como 2 diodos ligados em contraposição. • Passa para ligado quando se excede a tensão de disparo (𝑉𝐵𝑂) • Pode ser chaveado de ligado para desligado para qualquer uma das polaridades de tensão. • Útil em aplicações AC. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • Triac: • É um diac com um terminal de porta para controlar a passagem ao estado ligado. • 3 terminais: principal 1 (MT1) principal 2 (MT2) e porta (G). • Pode ser considerado como 2 SCRs ligados em contraposição em paralelo. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • Triac: • A curva característica V-I do triac é idêntica à do SCR para as 2 polaridades. • A tensão de disparo pode ser controlada pela aplicação de um sinal positivo ou negativo à porta. • Quando a amplitude do sinal em G aumenta, 𝑉𝐵𝑅 diminui. • Quando disparado o sinal pode ser removido como no SCR. • Deixa de conduzir quando a corrente se torna menor que a corrente de sustentação 𝐼𝐻. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • MCT – Tiristor controlado MOS: • Combina as características do transistor de efeito do MOSFET e do SCR. • Queda de tensão direta pequena quando ligado. • Baixo tempo de desligamento. • Capacidades altas de 𝑑𝑖/𝑑𝑡 e 𝑑𝑣/𝑑𝑡. • Funcionamento similar ao GTO, mas com correntes de porta menor para desligamento. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • MCT – Tiristor controlado MOS: • Principal desvantagem: baixa capacidade de bloqueio de tensão inversa. • 𝑄𝑂𝐹𝐹 passa para o estado desligado enquanto 𝑄𝑂𝑁 passa para o ligado. DECAT/EM/UFOPCHAVES ESTÁTICAS TIRISTORES • MCT – Tiristor controlado MOS – CURVA CARACTERÍSTICA
Compartilhar