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ESCOLA DE MINAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO DECAT – DEP. DE ENG. DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Prof. Rúben C. Barbosa (rubencbarbosa@gmail.com) Parte 09: CONTROLE DE MÁQUINAS CA controle vetorial CAT169 – Acionamentos Elétricos MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO MODELO TRIFÁSICO As equações do estator podem ser escritas como: 𝑣𝑎𝑠 = 𝑅𝑠𝑖𝑎𝑠 + 𝜆𝑎𝑠 𝑣𝑏𝑠 = 𝑅𝑠𝑖𝑏𝑠 + 𝜆𝑏𝑠 𝑣𝑐𝑠 = 𝑅𝑠𝑖𝑐𝑠 + 𝜆𝑐𝑠 𝑣𝑠 = 𝑅𝑠 𝑖𝑠 + 𝜆𝑠 Para o rotor, as componentes do fluxo do rotor 𝜆𝑟 e da tensão no rotor 𝑣𝑟 são definidas da mesma forma: 𝑣𝑟 = 𝑅𝑟 𝑖𝑟 + 𝜆𝑟 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO TRANSFORMAÇÃO 𝜶𝜷 (CLARK) - Objetivo: Transformar um sistema trifásico real em um sistema bifásico equivalente. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... TRANSFORMAÇÃO 𝜶𝜷 (CLARK) Considerando que não há variação das amplitudes na transformação tem-se que: Resolvendo as equações chega-se na expressão para o sistema bifásico equivalente: Invariância em amplitude* * Quando se considera invariância em potência, 𝑘 = 3/2 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... TRANSFORMAÇÃO 𝜶𝜷 (CLARK) Obs: Sistemas equilibrados a 3 fios implicam em ausência da com- ponente homopolar (caso anterior). Para sistemas com a presença da componente homopolar a transfor- mada será CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... TRANSFORMAÇÃO 𝜶𝜷 (CLARK) CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO TRANSFORMAÇÃO 𝒅𝒒 (PARK) Objetivo: transformar um sistema de coordenadas 𝛼𝛽 fixo em um sistema 𝑑𝑞 que gira a uma velocidade arbitrária 𝜔. Como visto, no sistema 𝛼𝛽 as coordenadas são fixas a uma referência. Com isso seus módulos mudam continuamente. Seria interessante que estes módulos se mantivessem constantes em relação a certos referenciais (velocidade do rotor por exemplo). CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... TRANSFORMAÇÃO 𝒅𝒒 (PARK) Isto é feito através da transfor- mação 𝑑𝑞 a seguir. 𝑖𝛼 = 𝑖𝑞 sen 𝜃 + 𝑖𝑑 cos 𝜃 𝑖𝛽 = 𝑖𝑞 cos 𝜃 − 𝑖𝑑 sen 𝜃 𝑖𝛼 𝑖𝛽 = sen 𝜃 cos 𝜃 cos 𝜃 − sen 𝜃 𝑖𝑞 𝑖𝑑 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... TRANSFORMAÇÃO 𝒅𝒒 (PARK) CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO MODELO DE 2 EIXOS DA MÁQUINA DE INDUÇÃO PARA UM SISTEMA DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIO. . onde: 𝜆𝑞𝑠 = −𝑅𝑠𝑖𝑞𝑠 + 𝜃𝑠𝜆𝑑𝑠 + 𝑣𝑞𝑠 𝜆𝑑𝑠 = −𝑅𝑠𝑖𝑑𝑠 − 𝜃𝑠𝜆𝑞𝑠 + 𝑣𝑑𝑠 𝜆𝑞𝑟 = −𝑅𝑟𝑖𝑞𝑟 + 𝜃𝑟𝜆𝑑𝑟 + 𝑣𝑞𝑟 𝜆𝑑𝑟 = −𝑅𝑟𝑖𝑑𝑟 + 𝜃𝑟𝜆𝑞𝑟 + 𝑣𝑑𝑟 𝜆𝑠 = −𝑅𝑠𝑖𝑠 − 𝜃𝑠𝐽𝜆𝑠 + 𝑣𝑠 𝜆𝑟 = −𝑅𝑟𝑖𝑟 + 𝜃𝑟𝐽𝜆𝑟 + 𝑣𝑟 𝜆𝑠 = 𝜆𝑞𝑠 𝜆𝑑𝑠 ; 𝑖𝑠 = 𝑖𝑞𝑠 𝑖𝑑𝑠 ; 𝑣𝑠 = 𝑣𝑞𝑠 𝑣𝑑𝑠 ; 𝜆𝑟 = 𝜆𝑞𝑟 𝜆𝑑𝑟 ; 𝑖𝑟 = 𝑖𝑞𝑟 𝑖𝑑𝑟 ; 𝑣𝑠 = 𝑣𝑞𝑟 𝑣𝑑𝑟 ; 𝐽 = 0 −1 1 0 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... MODELO DE 2 EIXOS DA MÁQUINA DE INDUÇÃO PARA UM SISTEMA DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIO. Obs: Para a máquina com rotor em curto circuito (indução, principalmente em gaiola): 𝑣𝑟 ≈ 0 Note que há uma f.e.m estática 𝜆𝑠 e 𝜆𝑟 resultante da variação do fluxo magnético no tempo nas “bobinas fictícias” no referencial 𝑑𝑞, para o estator e rotor, respectivamente. Além disso, surgem f.e.m. dinâmicas 𝜃𝑠𝐽𝜆𝑠 (ou 𝜃𝑟𝐽𝜆𝑟) resultantes do movimento relativo 𝜃𝑠 (ou 𝜃𝑟 ) entre os condutores das bobinas fictícias no referencial 𝑑𝑞 e o fluxo magnético estatórico (ou rotórico) total 𝜆𝑠 (ou 𝜆𝑟) neste referencial. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO SISTEMAS DE REFERÊNCIAS: Pode-se fixar o sistema 𝑑𝑞 em relação a diferentes referências, sendo elas: Imóvel em relação ao estator: Imóvel em relação ao rotor: CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO SISTEMAS DE REFERÊNCIAS: Imóvel em relação ao campo girante: CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO RELAÇÃO ENTRE FLUXOS E CORRENTES Os fluxos podem ser relacionado com as correntes como se segue: Conjugado e velocidade: O conjugado eletromagnético do motor (𝐶𝑒𝑚), escrito em coordenadas 𝑑𝑞 é dado por: CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO MODELO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO: As equações de fluxo e corrente podem ser manipuladas livremente de forma a obter um determinado modelo de estado da máquina: Exemplos de equações de estado: Referência síncrona em termos dos fluxos de estator e de rotor: onde 𝑎 = 1 𝜎𝐿𝑠 , 𝑏 = 1 𝜎𝐿𝑟 , 𝑐 = 1−𝜎 𝜎𝐿𝑚 , sendo 𝜎 o coeficiente de dispersão: 𝜎 = 1 − 𝐿𝑚 2 𝐿𝑟𝐿𝑠 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... Exemplos de equações de estado: Referência síncrona em termos das grandezas de estator onde 𝑎 = 1 𝜎𝐿𝑠 , 𝑏 = 1 𝜎𝐿𝑟 , 𝑐 = 1−𝜎 𝜎𝐿𝑚 , sendo 𝜎 o coeficiente de dispersão: 𝜎 = 1 − 𝐿𝑚 2 𝐿𝑟𝐿𝑠 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO PRINCÍPIOS DA ORIENTAÇÃO DE CAMPO Considerando o modelo da máquina de indução com referência síncrona: Orientação de campo: orientação dos componentes das correntes da máquina com o vetor fluxo de maneira que a componente 𝜆𝑞𝑟 seja nula (𝜆𝑞𝑟 = 0) 𝐶𝑒𝑚 = 3 2 𝑝 2 𝐿𝑚 𝐿𝑟 (𝜆𝑑𝑟𝑖𝑞𝑠 − 𝜆𝑞𝑟𝑖𝑑𝑟) CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... PRINCÍPIOS DA ORIENTAÇÃO DE CAMPO Assumindo a máquina alimentada em corrente e campo orientado: CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... PRINCÍPIOS DA ORIENTAÇÃO DE CAMPO Condição de campo orientado: onde 𝜏𝑟 = 𝐿𝑟/𝑅𝑟 é a constante de tempo do fluxo rotórico CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... PRINCÍPIOS DA ORIENTAÇÃO DE CAMPO Dinâmica de fluxo: Em regime permanente, 𝜆𝑑𝑟 = 𝑐 𝑠𝑡𝑒 e 𝜆𝑑𝑟 = 0, logo CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO CONSEQUÊNCIAS DA ORIENTAÇÃO DE CAMPO Como na máquina C.C., a dinâmica do fluxo é desacoplada (só depende de 𝑖𝑑𝑠). A equação do conjugado eletromagnético é similar à da máquina C.C. (𝐶𝑒𝑚 = 𝑘𝜆𝑑𝑟𝑖𝑞𝑠) Neste contexto, o controle de uma máquina C.A. (indução ou síncrona) utilizando técnicas de orientação de campo permite que ela seja controlada de modo análogo à uma máquina C.C. onde: Componente produtora de fluxo: 𝑖𝑑𝑠 (análoga a 𝐼𝑓); Componente produtora de conjugado: 𝑖𝑞𝑠 (análoga a 𝐼𝑎); CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... CONSEQUÊNCIAS DA ORIENTAÇÃO DE CAMPO Na prática, os termos controle por orientação de campo e controle vetorial estão intimamente associados entre si. Embora seja possível a orientação de fluxo de estator e/ou entreferro, somente a orientação de fluxo do rotor permite o desacoplamento completo da dinâmica do fluxo. Entreas vantagens da orientação de campo, pode-se citar: Precisão e rapidez de resposta; Operação nos 4 quadrantes; Bom desempenho em baixas velocidades; Alta eficiência no acionamento da máquina; CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO DE CAMPO Orientação direta de Campo A posição do vetor de fluxo é diretamente obtida a partir de medição (utilizando sensores específicos) ou estimando-o a partir das medidas de tensão e corrente no estator da máquina. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO DE CAMPO ... Orientação direta de Campo Vantagens: Se a informação sobre o fluxo de rotor é avaliada, um regulador de fluxo pode ser empregado para melhorar a resposta de fluxo. Desvantagens: Problemas inerentes a velocidades muito baixas, onde a queda de tensão no estator é dominante, que tornam a integração do sinal problemática. Sensibilidade aos parâmetros 𝑅𝑠 e 𝐿𝑚. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO DE CAMPO Orientação indireta de Campo Como alternativa à medida do vetor fluxo, a equação da velocidade de escorregamento para o fluxo orientado é empregada para estimar a posição do fluxo em relação ao rotor. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELO DINÂMICO DA MÁQUINA DE INDUÇÃO ... TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO DE CAMPO ... Orientação indireta de Campo Vantagens: A orientação indireta de campo não apresenta problemas em velocidades baixas, sendo o esquema preferido quando é necessário operar próximo à velocidade nula. Desvantagens: Alta sensibilidade à variação dos parâmetros 𝜏𝑟 (cst. de tempo rotórica) e 𝐿𝑚 , as quais são dependentes da temperatura e do nível do fluxo. Observadores de Fluxo em Máquinas de Indução CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP INTRODUÇÃO Em diversas técnicas de controle e acionamento de máquinas de indução, são necessárias informações a respeito de variáveis que não se encontram disponíveis para medição direta na máquina; Embora a medição direta do fluxo magnético seja possível, ela é muito pouco viável, de forma que o fluxo magnético pode ser incluído no grupo das variáveis da máquina de indução não disponíveis para medição direta; CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP INTRODUÇÃO Considerando que o fluxo magnético é uma variável de extrema importância para a implementação de diversas técnicas de controle e acionamento de alto desempenho, especialmente o método de controle vetorial direto, a sua determinação consiste em um dos principais problemas de implementação de sistemas de controle para máquina de indução; O principal método para obter o valor do fluxo magnético de uma máquina de indução é a aplicação de técnicas de estimação e observação de estados. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTIMAÇÃO VS. OBSERVAÇÃO No projeto de estimadores e observadores para o fluxo de rotor, é necessário considerar as equações dinâmicas variantes no tempo da máquina de indução; Estimação do fluxo magnético: Consiste em calcular em tempo real o vetor fluxo utilizando as equações do modelo da máquina de indução e as medidas disponíveis. Problemas: • Sensibilidade a variações paramétricas; • Convergência do erro de predição; • Robustez à variação de velocidade. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTIMAÇÃO VS. OBSERVAÇÃO Observação do fluxo magnético: Consiste em um procedimento similar à estimação, sendo incluído no esquema uma realimentação corretiva visando acelerar a convergência e reduzir a sensibilidade a variações paramétricas. Problemas: • Robustez e Precisão. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELOS DA MÁQUINA DE INDUÇÃO Modelo dinâmico com equações em uma estrutura arbitrária λ𝑠 = −𝑅𝑠𝑖𝑠 +ω 𝐽 λ𝑠 + 𝑉𝑠 λ𝑟 = −𝑅𝑟𝑖𝑟 +ω𝑠 𝐽 λ𝑟 Considerando que: λ𝑠 = −𝐿𝑠𝑖𝑠 +𝑀𝑖𝑟 λ𝑟 = −𝐿𝑟𝑖𝑟 +𝑀𝑖𝑠 As equações do modelo podem ser manipuladas para a obtenção de novas topologias CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP MODELOS DA MÁQUINA DE INDUÇÃO As equações do modelo podem ser manipuladas para a obtenção de novas topologias Modelo de Correntes: • λ𝑟 = − 1 τ𝑟 𝐼 + ω𝑠𝐽 λ𝑟 + 𝑀 τ𝑟 𝑖𝑠 Modelo de Tensões: • 𝑣𝑠 = 𝑅𝑠𝐼𝑠 + 𝐿𝑠𝐿𝑟−𝑀 2 𝐿𝑟 𝑖𝑠 + 𝑀 𝐿𝑟 λ𝑟 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURA DE UM ESTIMADOR/OBSERVADOR DE ESTADOS (VERSÃO CONTÍNUA) Para um determinado sistema dado por: 𝑥 = 𝐴𝑥 + 𝐵𝑢 𝑦 = 𝐶𝑥 é considerado que somente uma parte do vetor de estado é acessível a medição, ou seja, C≠I. A estrutura de um estimador para promover a estimativa de todos elementos do vetor de estados é dada por: 𝑥 = A 𝑥 + 𝐵𝑢 Embora a estrutura do estimador opere satisfatoriamente em regime permanente, ele é muito susceptível a variação de parâmetros, distúrbios, etc. Visando para acelerar a convergência e reduzir a sensibilidade paramétrica, um termo de correção é adicionado a estrutura do estimador, formando a estrutura do observador: CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURA DE UM ESTIMADOR/OBSERVADOR DE ESTADOS (VERSÃO CONTÍNUA) 𝑥 = A 𝑥 + 𝐵𝑢 + 𝐿(𝐶 𝑥 − 𝑦) CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURA DE UM ESTIMADOR/OBSERVADOR DE ESTADOS (VERSÃO CONTÍNUA) Erro de estimação: 𝑒 = 𝑥 − 𝑥 Dinâmica do erro: 𝑒 = 𝐴 − 𝐿𝐶 𝑒 Uma vez que a dinâmica do erro é governada através dos autovalores da matriz [A-LC]. Desde que o sistema seja completamente observável, o ganho L pode ser projetado para alocar estes autovalores arbitrariamente. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURA DE UM ESTIMADOR/OBSERVADOR DE ESTADOS (VERSÃO CONTÍNUA) O projeto de L: Minimizar a sensibilidade do observador de fluxo a variações da resistência de rotor; Alocar os pólos do observador em posições onde seja garantida a convergência dos estados observados; Observa-se também a posição dos zeros de malha aberta do sistema, evitando-se uma possível instabilidade em malha fechada. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURA DE OBSERVADORES DETERMINÍSTICOS Observador de Luenberger I Um termo de correção de tensão é adicionado ao modelo em corrente da máquina: λ𝑟 = − 1 τ𝑟 𝐼 + ω𝑠𝐽 λ𝑟 + 𝑀 τ𝑟 𝑖𝑠 + L( 𝑣𝑠 − 𝑣𝑠) A estimativa de 𝑣𝑠 é obtida do modelo de tensão: 𝑣𝑠 = 𝑅𝑠𝐼𝑠 + 𝐿𝑠𝐿𝑟 −𝑀 2 𝐿𝑟 𝑖𝑠 + 𝑀 𝐿𝑟 λ𝑟 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURA DE OBSERVADORES DETERMINÍSTICOS Observador de Luenberger II Um termo de correção de tensão é adicionado ao modelo em corrente da máquina: λ𝑟 = 𝐿𝑟 𝑀 (𝑣𝑠 − 𝑅𝑠𝑖𝑠) + 𝐿𝑠𝐿𝑟 −𝑀 2 𝑀 𝑖𝑠 + L( 𝑖𝑠 − 𝑖𝑠) A estimativa de 𝑖𝑠 é obtida do modelo de corrente: 𝑖𝑠 = τ𝑟 𝑀 [ λ𝑟 +ω𝑟 λ𝑟] CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURA DE OBSERVADORES DETERMINÍSTICOS Observador de Gopinath Um termo de correção de corrente é adicionado ao modelo em corrente da máquina: λ𝑟 = − 1 τ𝑟 𝐼 + ω𝑠𝐽 λ𝑟 + 𝑀 τ𝑟 𝑖𝑠 + L( 𝑖𝑠 − 𝑖𝑠) A estimativa de 𝑖𝑠 é obtida do modelo de cancelamento: 𝑖𝑠 = 𝐿𝑟 𝐿𝑠𝐿𝑟 −𝑀2 [𝑣𝑠 − 𝑅𝑠 𝑖𝑠 + 𝑀 𝐿𝑟 ω𝑟 λ𝑟 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURAS DE OBSERVADORES ESTOCÁSTICOS O filtro de Kalman é um observador de estados recursivo ótimo considerando um sistema dinâmico ruidoso; A estimação ótima é obtida projetando o ganho L de forma a minimizar a integral do erro quadrático do vetor de estados, considerando o efeito do ruído de estados e das medições; O Filtro de Kalman pode ser estendido de forma a estimar simultaneamente os estados e alguns parâmetros do sistema, utilizando um método recursivo. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURA DE UM OBSERVADOR DE ESTADO (VERSÃO DISCRETA) A versão discreta do observador pode ser formulada da seguinte maneira: 𝑥 𝑘 + 1 = Φ𝑥 𝑘 + Γ𝑢 𝑘 𝑦 𝑘 = 𝐻𝑥 𝑘 A estrutura do observador discreto será: 𝑥 𝑘 + 1 = Φ 𝑥 𝑘 + Γ𝑢 𝑘 + 𝐿 𝑦 − 𝐻 𝑠 𝑘 Erro de estimação 𝑒 𝑘 = 𝑥 𝑘 − 𝑥(𝑘) Dinâmica do erro será: 𝑒 𝑘 + 1 = Φ + 𝐿𝐻 𝑒 𝑘 Uma vez que a dinâmica do erro é governada pelos autovalores da matriz Φ+ 𝐿𝐻 , eles podem ser alocados arbitrariamente através do projeto da matriz de ganhos L, desde que o sistema seja completamente observável. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURA DE UM OBSERVADOR DE ESTADO DE ORDEM REDUZIDA (VERSÃO DISCRETA) Considerando que é necessário estimar somente a parte do vetor de estados não acessível para medição, a estrutura do observador pode ser simplificada; Particionando o sistema: 𝑥𝑎= parte do vetor de estado acessível para medição; 𝑥𝑏=parte do vetor de estado que não precisa ser estimada. CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ESTRUTURA DE UM OBSERVADOR DE ESTADO DE ORDEM REDUZIDA (VERSÃO DISCRETA) Estrutura do observador de ordem reduzida: 𝑥𝑏 𝑘 + 1 = Φ𝑏𝑏 𝑥𝑏 𝑘 + Φ𝑏𝑎 𝑥𝑎 𝑘 + Γ𝑎𝑢 𝑘 + 𝐿 𝑥𝑎 𝑘 + 1 − Φ𝑎𝑎 𝑥𝑎 𝑘 − Γ𝑎𝑢 𝑘 − Φ𝑎𝑏 𝑥𝑏 𝑘 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP OBSERVADOR DE FLUXO DE ORDEM REDUZIDA Aplicando o modelo discretizado da máquina de indução a estrutura do observador de ordem reduzida. A estrutura do observador de fluxo de ordem reduzida para a máquina de indução: λ𝑟 𝑘 + 1 = Φ𝑏𝑏 λ𝑟 𝑘 + Φ𝑏𝑎𝑖𝑠 𝑘 + 𝐿 𝑖𝑠 𝑘 + 1 −Φ𝑎𝑎𝑖𝑠 𝑘 − Γ𝑎𝑣𝑠 𝑘 − Φ𝑎𝑏 λ𝑟 𝑘 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP OBSERVADOR DE FLUXO DE ORDEM REDUZIDA Erro de estimação: 𝑒 𝑘 = λ𝑟 𝑘 − λ𝑟 𝑘 𝑒 𝑘 + 1 = Φ𝑏𝑏 − 𝐿Φ𝑎𝑏 𝑒 𝑘 Como a máquina de indução é um sistema completamente observável, os autovalores da matriz Φ𝑏𝑏 − 𝐿Φ𝑎𝑏 podem ser arbitrariamente alocados pela escolha apropriada da matriz de ganhos L; Para obter a convergência do erro para zero, os autovalores de Φ𝑏𝑏 − 𝐿Φ𝑎𝑏 precisam ser locados dentro do circulo unitário; Projeto de L: Estabelecido a dinâmica do erro como 𝑒(𝑘 + 1) = 𝑋𝑒(𝑘), onde X é uma matriz previamente determinada para uma alocação arbitrária dos autovalores, a matriz de ganhos L pode ser calcula como: 𝐿 = [Φ𝑏𝑏−𝐿]Φ𝑎𝑏 −1 CAT169 – ACIONAMENTOS ELÉTRICOS - DECAT/EM/UFOP ERROS DO OBSERVADOR Erros de discretização; Erros devido a discrepância entre os parâmetros reais e os utilizados no modelo, principalmente a constante de tempo rotórica τ𝑟 e a indutância mútua de magnetização M;
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