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aula 1 Economia do Setor Público

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Economia do Setor Público
Aula 1
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Objetivos da aula
Identificar as funções do governo:
Quais são?
Quais as atribuições associadas? 
Como são efetivadas? 
Como são viabilizadas?
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Funções do Governo
3 FUNÇÕES BÁSICAS:
Função Alocativa
Função Distributiva
Função Estabilizadora
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Função Alocativa - 1
Qual o objetivo?
A função alocativa tem o objetivo de alocar os recursos quando os mecanismos de mercado falham em assegurar a maior eficiência na utilização dos recursos disponíveis na economia. 
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Função Alocativa – 2
Exemplos
Quando existem bens públicos puros 
Pode estar associada à existência de externalidades
Monopólio natural
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Função Alocativa - 3
Nesse contexto, o governo assume papel relevante para:
Determinar o tipo e a quantidade de bens públicos a serem ofertados;
Calcular o nível de contribuição a ser feita por cada consumidor - O financiamento da produção dos bens públicos depende da obtenção compulsória de recursos, através da cobrança de impostos.
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Função Distributiva -1
Objetivo: 
Reduzir desigualdade de renda pessoal, entre setores ou regiões econômicas do país 
O governo assume essa função em contextos que caracterizam a necessidade de intervir na economia para tentar corrigir a desigualdade existente na divisão da renda nacional, visto que essa divisão não ocorre, necessariamente, de maneira igualitária. 
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Função Distributiva -1
Porque é necessária a intervenção governamental para tal?
Ou seja, qual o motivo que faz com que a divisão nem sempre seja igualitária, mesmo com mercados operando sob condições competitivas e na ausência de bens públicos?
Para responder a essas questões, vamos analisar os fatores que determinam a distribuição de renda, segundo a teoria neoclássica....
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Função Distributiva (1) 
FATORES QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA 
 DEMANDA NEOCLÁSSICA 
O padrão de distribuição de renda pode ser condicionado pela demanda: 
1. Preferência e renda dos consumidores: 
Os mercados remuneram as pessoas segundo sua contribuição à produção de bens comercializáveis, o que, em contrapartida, reflete as preferências e rendas dos consumidores. 
O indivíduo tem controle limitado quanto à aceitação pelo mercado de sua capacidade produtiva.
Em função disso, ganham pouco aqueles cuja produtividade é baixa, em termos de valor de mercado. 
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 Função distributiva (2) 
 FATORES QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA 
 DEMANDA NEOCLÁSSICA 
2. Natureza do bem produzido: 
Mesmo em mercados competitivos, benefícios de atividades como a pesquisa básica, por exemplo, podem se difundir pela sociedade, de tal forma que o pesquisador não tem meios operacionais para obter o devido retorno pelas suas contribuições. 
Nesse caso, trata-se de um aspecto associado à questão da propriedade intelectual e falhas de mercado. 
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 Função distributiva (3) 
 FATORES QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA 
 DEMANDA NEOCLÁSSICA 
3. Procedimentos discriminatórios 
	Têm o efeito de não remunerar plenamente as pessoas por sua produtividade, ou não permitir que obtenham emprego onde sua produção seja maximizada.
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4. Condições não competitivas (poder de mercado): 
As empresas assumem posição privilegiada e passam a impor preços (exemplo: como compradores únicos). 
Parte da remuneração originalmente devida aos proprietários dos recursos produtivos transforma-se em lucro. 
Consequentemente, a distribuição resultante da renda não é equitativa e eficiente. 
 
 Função distributiva (4) FATORES QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DEMANDA NEOCLÁSSICA 
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Critérios para definição da Equidade
A Teoria Econômica não fornece um critério único e inquestionável de equidade.
Não se desenvolveu, até agora, uma metodologia para a comparação interpessoal de valores e satisfações, o que acaba gerando dificuldades na aplicabilidade da regra de Pareto. 
Dessa forma, o que pode ser feito é a instauração de debate político sobre a questão – opiniões divergentes podem ser reconciliadas ou ajustadas mediante uma posição que resulte da vontade da maioria. 
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Função Distributiva - Instrumentos 
Subsídios
Tributação
Subvenção
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Função Estabilizadora 
Objetivos:
Considerando-se que o funcionamento do sistema de mercado não é, por si só, capaz de assegurar: 
-         Altos níveis de emprego; 
-         Estabilidade de preços; e
-         Altas taxas de crescimento econômico. 
 
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Função Estabilizadora 
Principais instrumentos à disposição do governo: 
Instrumentos de Política Fiscal e de Política Monetária. 
Política Fiscal:
- Provocar impacto direto através de variação dos gastos públicos em consumo e investimento; 
Ou indiretamente, pela variação das alíquotas de impostos. 
(Exemplo: Redução de imposto que eleva a renda disponível do setor privado e o multiplicador de renda da economia). 
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FUNÇÃO ESTABILIZADORA DO GOVERNO
Política Monetária:
É mais comum, no entanto, o emprego simultâneo de instrumento de política fiscal e monetária.
 
 
 
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Quadro Resumo das Funções do Governo
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EXERCÍCIOS:
1 - A Função Alocativa do Governo está associada a:
a) controle da demanda agregada visando minimizar os efeitos sobre o bem-estar social de crises de inflação ou recessão.
b) intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego.
c) fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado.
d) utilização de instrumentos de política fiscal, monetária, cambial, comercial e de rendas.
e) implementação de uma estrutura tarifária progressiva.
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A questão pede a função alocativa do governo. Vamos à análise das opções:
Letra a: controle da demanda agregada visando minimizar os efeitos sobre o bem-estar social de crises de inflação ou recessão –
 Função Estabilizadora.
Letra b: intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego – 
Função Estabilizadora.
Letra c: fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado – 
Função Alocativa – RESPOSTA CORRETA.                  
Letra d: utilização de instrumentos de política fiscal, monetária, cambial, comercial e de rendas – 
Função Estabilizadora.
Letra e: implementação de uma estrutura tarifária progressiva – Função Distributiva.
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2 – Em relação à política distributiva dos governos, assinale a opção correta:
a) É a política que interfere diretamente na composição das mercadorias e serviços, técnicas produtivas e preços relativos.
b) É a política que busca promover distribuição de recursos considerada justa pela sociedade.
c) É a política que diz respeito aos níveis desejados de produção, emprego, preços e equilíbrio do Balanço de Pagamentos, para uma dada capacidade produtiva.
d) É a política que se baseia diretamente na administração da demanda agregada.
e) É a política que interfere diretamente na divisão do produto entre o consumo e acumulação.
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A questão pede para marcar a opção correta em relação à função distributiva do governo.
Letra a: É a política que interfere diretamente na composição das mercadorias e serviços, técnicas produtivas e preços relativos – 
Função Estabilizadora.
Letra b: É a política que busca promover distribuição de recursos considerada justa pela sociedade. 
Função Distributiva – RESPOSTA CORRETA 
Letra c: É a política que diz respeito aos níveis desejados de produção, emprego, preços e equilíbrio do Balanço de Pagamentos, para uma dada capacidade produtiva – 
Função Estabilizadora.
Letra d: É a política que se baseia diretamente na administração da demanda agregada – 
Função Estabilizadora.
Letra e: É a política que interfere diretamente na divisão do produto entre o consumo e acumulação – 
Função Estabilizadora.
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TEORIA
DA TRIBUTAÇÃO
 
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OBJETO DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Formas de obter recursos:
					Política Tributária;
 Formas de aplicar recursos:
					Política Orçamentária
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POLÍTICA TRIBUTÁRIA: ESTRUTURA DA ANÁLISE 
I. CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS PARA UM SISTEMA TRIBUTÁRIO
ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS
II. ESTRUTURA TRIBUTÁRIA – FORMAS DE INCIDÊNCIA
Impostos Diretos e Indiretos
Imposto em cascata e Imposto sobre valor adicionado
Imposto “por dentro” e “por fora”
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Imposto vs Contribuição: 
IMPOSTO: 
 É um tributo cobrado pelo governo, sem um fim específico pré-definido (como contrapartida). 
Exemplo: Governo arrecada o imposto de renda sem assumir compromisso específico em usar os recursos para financiar um projeto A ou B. 
Compõe uma “GRANDE CONTA” que financia as mais diversas formas de gasto público. 
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Imposto vs Contribuição
CONTRIBUIÇÕES: 
São figuras legais que concedem às partes tributadas o direito a alguma contrapartida. 
OU SEJA, O GOVERNO SÓ PODERIA UTILIZAR ESSA ARRECADAÇÃO PARA UM FIM ESPECÍFICO.
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CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DE UM SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO
O SISTEMA TRIBUTÁRIO PODE SER AVALIADO QUANTO A UMA FORMA “IDEAL” CONSIDERANDO-SE:
 1. EQUIDADE - DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS TRIBUTÁRIO DEVE SER EQUITATIVA ENTRE OS INDIVÍDUOS DA SOCIEDADE (segundo o benefício – exemplo de combustível e capacidade de pagamento; segundo o princípio da capacidade de pagamento).
2.  PROGRESSIVIDADE – PRINCÍPIO QUE ESTABELECE QUE SE DEVE TRIBUTAR MAIS QUEM TEM RENDA MAIS ALTA. (RENDA vs RIQUEZA).
3. NEUTRALIDADE – OS IMPOSTOS DEVEM SER IDEALIZADOS DE FORMA A MINIMIZAR POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS DA TRIBUTAÇÃO SOBRE A EFICIÊNCIA ECONÔMICA; E
4.  SIMPLICIDADE – SISTEMA TRIBUTÁRIO DEVE SER DE FÁCIL COMPREENSÃO PARA O CONTRIBUINTE E DE FÁCIL ARRECADAÇÃO PARA O GOVERNO.
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CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DE UM SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO
O SISTEMA TRIBUTÁRIO PODE SER AVALIADO QUANTO A UMA FORMA “IDEAL” CONSIDERANDO-SE:
 1. EQUIDADE - DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS TRIBUTÁRIO DEVE SER EQUITATIVA ENTRE OS INDIVÍDUOS DA SOCIEDADE (CADA INDIVÍDUO DEVE CONTRIBUIR COM UMA PARCELA “JUSTA” PARA COBRIR OS CUSTOS DO GOVERNO).
Critérios para a definição: 
Segundo o princípio do benefício: cada indivíduo deveria contribuir com uma quantidade proporcional aos benefícios gerados pelo consumo do bem público 
(exemplo clássico – imposto sobre combustível CIDE aplicado à manutenção das estradas)
Princípio da capacidade de pagamento: (Ao contrário do critério anterior, permite formular uma regra geral) – renda pode ser uma referência adequada
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CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DE UM SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO
2.  PROGRESSIVIDADE – PRINCÍPIO QUE SE DEVE TRIBUTAR MAIS QUEM TEM RENDA MAIS ALTA. 
Idéia: quem recebe mais renda deve pagar uma proporção maior de impostos relativamente às pessoas de mais baixa renda. 
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A CURVA DE LAFER
CURVA DE LAFER: 
Ilustra um limite para o aumento de alíquotas de imposto pelo governo sem comprometer a receita com arrecadação. 
PRINCÍPIOS BÁSICOS: 
Com alíquota tributária nula, a receita é nula; 
com alíquota de 100%, a receita também é nula, pois ninguém irá trabalhar para que o governo se aproprie de toda a renda. PORTANTO HÁ UM NÍVEL DE ALÍQUOTA QUE MAXIMIZA A RECEITA.
 
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A CURVA DE LAFER
 
0
ALÍQUOTAS (%)
RECEITA
100
A PARTIR DO PONTO DE MÁXIMO, NO “LADO ERRADO DA CURVA” – DIREITO – AUMENTOS NAS ALÍQUOTAS PRODUZEM UMA EVASÃO E/OU DESESTÍMULO ÀS ATIVIDADES FORMAIS QUE SUPERAM O AUMENTO DA ALÍQUOTA, GERANDO PERDA DE RECEITA.
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3. NEUTRALIDADE
VISA EVITAR QUE O SISTEMA TRIBUTÁRIO PROVOQUE UMA DISTORÇÃO NA ALOCAÇÃO DE RECURSOS, PREJUDICANDO A EFICIÊNCIA DO SISTEMA.
 Observação:
CASO OPOSTO: 
NO CASO DO IMPOSTO SELETIVO SOBRE O CONSUMO NÃO HÁ NEUTRALIDADE DO TRIBUTO. PODE LEVAR, POR EXEMPLO, A UMA REDUÇÃO NO CONSUMO.
EX: IMPOSTO SOBRE BEBIDAS ALCOÓLICAS, CIGARROS, ETC – COMBATE ÀS EXTERNALIDADES NEGATIVAS.
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4. SIMPLICIDADE
O IMPOSTO DEVE SER SUFICIENTEMENTE SIMPLES PARA QUE:
. O GOVERNO POSSA ACOMPANHAR A ARRECADAÇÃO E TRABALHAR COM OS VALORES A SEREM ARRECADADOS.
. O CONTRIBUINTE COMPREENDA O SEU MECANISMO.
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Resumindo
Quatro critérios para definir um sistema tributário “ideal”
Equidade
Progressividade
Neutralidade
Simplicidade
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 IMPOSTOS DIRETOS e INDIRETOS
	DIRETOS: INCIDEM SOBRE PESSOAS OU ENTIDADES LEGAIS, TAIS COMO FIRMAS (IMPOSTO SOBRE PESSOA FÍSICA e JURÍDICA); ESTANDO, PORTANTO, ASSOCIADOS À CAPACIDADE DE PAGAMENTO DE CADA CONTRIBUINTE.
	INDIRETOS: SOBRE CONSUMO, VENDAS DE PROPRIEDADES, INDEPENDENTE DAS CARACTERÍSTICAS DOS INDIVÍDUOS. 
II. A ESTRUTURA TRIBUTÁRIA - FORMAS DE INCIDÊNCIA
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 IMPOSTO DE RENDA – IRPF (OU IRPJ)
INCIDE SOBRE TODAS AS REMUNERAÇÕES GERADAS NO SISTEMA ECONÔMICO:
 SALÁRIOS, JUROS, DIVIDENDOS E ALUGUÉIS. 
IRPF – COBRADO EM BASE PESSOAL, COM ISENÇÕES OU ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS, DETERMINADAS PELAS CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS DO CONTRIBUINTE.
ALÍQUOTAS – SÃO DETERMINADAS SEGUNDO AS DIFERENTES CLASSES DE RENDA, ESTABELECIDAS PELA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA.
FISCALIZAÇÃO: PARA QUE OS ASSALARIADOS/IMPOSTO RETIDO NA FONTE – NÃO FIQUEM COM O ÔNUS DA ARRECADAÇÃO
EXEMPLOS DE IMPOSTOS DIRETOS
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IMPOSTOS INDIRETOS SOBRE O CONSUMO: 
EXEMPLOS NO CASO DA ECONOMIA BRASILEIRA
PRINCIPAIS MODALIDADES DE TRIBUTAÇÃO SOBRE O CONSUMO:
		ICMS – IMPOSTO (ESTADUAL) SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS 
		IPI – IMPOSTO (FEDERAL) SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 
		ISS – IMPOSTO (MUNICIPAL) SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
		PIS/COFINS – CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL 
PIS – PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL
COFINS – CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA SEGURANÇA SOCIAL
		
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IMPOSTOS INDIRETOS 
IMPOSTOS GERAIS (AMPLITUDE) SOBRE VENDA DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (BASE DE CÁLCULO) ESTÃO SUJEITOS ÀS DIFERENTES FORMAS DE APURAÇÃO:
A) COBRADOS EM TODOS OS ESTÁGIOS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO, COM BASE NO VALOR ADICIONADO EM CADA ETAPA DO CICLO (IVA – IMPOSTO SOBRE VALOR ADICIONADO);
B)COBRADOS EM TODOS OS ESTÁGIOS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO E COM BASE NO VALOR DAS VENDAS EM CADA ETAPA DO CICLO (IMPOSTO EM CASCATA);
C) COBRADOS APENAS NO ÚLTIMO ESTÁGIO DO PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO (VAREJISTA), COM BASE NO VALOR DE VENDA AO CONSUMIDOR FINAL (IVV – IMPOSTO SOBRE VENDAS AO VAREJO).
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IMPOSTO SOBRE VALOR ADICIONADO 
ADIÇÃO: CALCULA O VALOR ADICIONADO A PARTIR DA SOMA DE TODOS OS PAGAMENTOS A FATORES DE PRODUÇÃO, INCLUSIVE OS LUCROS AUFERIDOS PELA EMPRESA EM DETERMINADO PERÍODO. 
O IMPOSTO A PAGAR É OBTIDO A PARTIR DA APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA DEVIDA AO RESULTADO ENCONTRADO PARA O VALOR ADICIONADO.
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EXEMPLO – MÉTODO DO CRÉDITO FISCAL
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IMPOSTO SOBRE VALOR ADICIONADO 
CRÉDITO FISCAL: 
PERÍODO T:
 IVA DAS VENDAS – IVA DAS COMPRAS = CRÉDITO 
VANTAGEM DESSE MÉTODO:
 AUTOFISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA, TENDO EM VISTA QUE O DIREITO AO USO DO CRÉDITO FISCAL ESTÁ CONDICIONADO AO LANÇAMENTO DO IMPOSTO RECOLHIDO NA NOTA FISCAL.
ICMS – IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (Constituinte de 1988 – ICM) – abrangência da base.
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CRÍTICA AOS IMPOSTOS “EM CASCATA” (Exemplo: PIS/COFINS):
-   PREJUDICIAIS À EFICIÊNCIA ECONÔMICA, UMA VEZ QUE PROVOCAM DISTORÇÕES NOS PREÇOS RELATIVOS (AUMENTANDO OS CUSTOS) – PODE REDUNDAR EM PROBLEMA DE NEUTRALIDADE – “FORÇA UMA VERTICALIZAÇÃO DO SISTEMA PRODUTIVO E DE COMERCIALIZAÇÃO”.
- IMPLICAÇÕES NA ALOCAÇÃO DOS RECURSOS, TENDO EM VISTA QUE INTRODUZ UM VIÉS: PRODUTOS COM MAIOR NÚMERO DE ETAPAS DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO FICAM SUJEITOS A UMA MAIOR INCIDÊNCIA.
AVALIAÇÃO NO QUE TANGE À FORMA DE CÁLCULO:
 EXEMPLO: 1. IMPOSTOS “EM CASCATA”
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NO BRASIL, OS IMPOSTOS PODEM SER COBRADO “POR DENTRO” OU “POR FORA”.
O CÁLCULO DO IMPOSTO “POR DENTRO” INCLUI O IMPOSTO (t) NA BASE DE CÁLCULO (B) DO VALOR DO IMPOSTO, ENQUANTO O CÁLCULO
“POR FORA” EXCLUI O IMPOSTO DA BASE.
CÁLCULO DO IMPOSTO “POR DENTRO” E 
 “POR FORA”:
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EXEMPLO: 
t = 0,10 (10%); B = 100 (VALOR UNITÁRIO DO PRODUTO)
NO CASO DO IMPOSTO CALCULADO “POR DENTRO”, A ALÍQUOTA t INCIDE SOBRE O PREÇO (P) DO PRODUTO E O VALOR DO IMPOSTO É COMPUTADO NA BASE DE CÁLCULO DO VALOR DO TRIBUTO. 
O VALOR DE P É DADO COMO:
				 P = B + T
SENDO T, A RECEITA DO IMPOSTO POR UNIDADE DE PRODUTO, IGUAL A :
 T = t.P (t APLICA-SE A P QUE INCLUI O VALOR DE T )	
CÁLCULO DO IMPOSTO “POR DENTRO” E 
 “POR FORA”:
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PORTANTO:
P = B + t.P P – tP = B B = (1 – t)P P = B/(1 – t)
P = 111,11
IMPOSTO “POR FORA”:
 T = t.B
DADO P = B + T
PORTANTO: P = B (1 + t)
P = 110,00
CÁLCULO DO IMPOSTO “POR DENTRO” E 
 “POR FORA”:
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QUEM PAGA? A QUESTÃO DA TRANSFERÊNCIA 
A RESPOSTA DO MERCADO ÀS MUDANÇAS CAUSADAS NOS PREÇOS – DEVIDO À INTRODUÇÃO DO IMPOSTO – É O QUE DETERMINA, DE FATO, QUEM PAGARÁ O TRIBUTO.
		- ELASTICIDADES–PREÇO DA OFERTA E DA DEMANDA;
		- ESTRUTURA DO MERCADO;
EXEMPLO: IMPOSTO COBRADO SOBRE A FOLHA SALARIAL – O EMPREGADOR PODERÁ AGIR DE DUAS FORMAS: REDUZIR A DEMANDA POR EMPREGADOS – TRANSFERINDO, PORTANTO, O ÔNUS PARA OS ASSALARIADOS - OU REPASSAR O IMPOSTO PARA O PREÇO DO SEU PRODUTO, O QUE TRANSFERE O ÔNUS PARA O CONSUMIDOR FINAL.
IMPOSTOS DIRETOS
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QUEM PAGA OS IMPOSTO DIRETO? 
A QUESTÃO DA TRANSFERÊNCIA 
CONCLUSÃO: 
QUANTO MAIS ELÁSTICA A CURVA DE DEMANDA E MENOS ELÁSTICA A CURVA DE OFERTA, MAIOR A PARCELA DOS IMPOSTOS QUE RECAI SOBRE OS PRODUTORES. 
 QUANTO MENOS ELÁSTICA A CURVA DE DEMANDA E MAIS ELÁSTICA A CURVA DE OFERTA, MAIOR SERÁ O ÔNUS TRIBUTÁRIO PARA OS CONSUMIDORES.
IMPOSTOS DIRETOS
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A EXISTÊNCIA DE DILEMAS – TRADE-OFFS
O GOVERNO DEVE ESCOLHER IMPOSTOS QUE RESPEITEM OS CONCEITOS DE EQÜIDADE, PROGRESSIVIDADE, NEUTRALIDADE E SIMPLICIDADE. MAS NEM SEMPRE É POSSÍVEL DEIXAR DE SACRIFICAR UM DESSES CONCEITOS.
EXEMPLOS: 1. ADOÇÃO DE UM IMPOSTO ÚNICO SOBRE TODAS AS TRANSAÇÕES – SIMPLIFICARIA A ARRECADAÇÃO, NO ENTANTO, COMO É “EM CASCATA” TERIA IMPLICAÇÕES SOBRE A EFICIÊNCIA DO SISTEMA; TAMBÉM PODERIA TORNAR-SE REGRESSIVO - O IMPOSTO A SER PAGO SERIA O MESMO INDEPENDENTE DA CLASSE DE RENDA.
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A EXISTÊNCIA DE DILEMAS – TRADE-OFFS
2. IVA – RESPEITARIA O CONCEITO DE NEUTRALIDADE, MAS POR SER UMA TRIBUTAÇÃO INDIRETA, APRESENTA UM CERTO GRAU DE REGRESSIVIDADE.
3. IMPOSTO SOBRE O PATRIMÔNIO – SIMPLICIDADE NA ARRECADAÇÃO DADA PELA IMOBILIDADE DA BASE TRIBUTÁRIA, MAS PODE TORNAR-SE REGRESSIVO DEVIDO AO REPASSE DO IMPOSTO PARA UM INQUILINO, POR EXEMPLO.
4. IRPJ – PODE GERAR MAIOR RECEITA MAS, TAMBÉM, CONTRARIAR OS PRINCÍPIOS DE EQÜIDADE E PROGRESSIVIDADE, POIS NÃO HÁ A CERTEZA SOBRE A INTENSIDADE DE REPASSE PARA O CONSUMIDOR.
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