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* Economia do Setor Público Aula 1 * Objetivos da aula Identificar as funções do governo: Quais são? Quais as atribuições associadas? Como são efetivadas? Como são viabilizadas? * * Funções do Governo 3 FUNÇÕES BÁSICAS: Função Alocativa Função Distributiva Função Estabilizadora * * Função Alocativa - 1 Qual o objetivo? A função alocativa tem o objetivo de alocar os recursos quando os mecanismos de mercado falham em assegurar a maior eficiência na utilização dos recursos disponíveis na economia. * Função Alocativa – 2 Exemplos Quando existem bens públicos puros Pode estar associada à existência de externalidades Monopólio natural * * Função Alocativa - 3 Nesse contexto, o governo assume papel relevante para: Determinar o tipo e a quantidade de bens públicos a serem ofertados; Calcular o nível de contribuição a ser feita por cada consumidor - O financiamento da produção dos bens públicos depende da obtenção compulsória de recursos, através da cobrança de impostos. * Função Distributiva -1 Objetivo: Reduzir desigualdade de renda pessoal, entre setores ou regiões econômicas do país O governo assume essa função em contextos que caracterizam a necessidade de intervir na economia para tentar corrigir a desigualdade existente na divisão da renda nacional, visto que essa divisão não ocorre, necessariamente, de maneira igualitária. * * Função Distributiva -1 Porque é necessária a intervenção governamental para tal? Ou seja, qual o motivo que faz com que a divisão nem sempre seja igualitária, mesmo com mercados operando sob condições competitivas e na ausência de bens públicos? Para responder a essas questões, vamos analisar os fatores que determinam a distribuição de renda, segundo a teoria neoclássica.... * * Função Distributiva (1) FATORES QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DEMANDA NEOCLÁSSICA O padrão de distribuição de renda pode ser condicionado pela demanda: 1. Preferência e renda dos consumidores: Os mercados remuneram as pessoas segundo sua contribuição à produção de bens comercializáveis, o que, em contrapartida, reflete as preferências e rendas dos consumidores. O indivíduo tem controle limitado quanto à aceitação pelo mercado de sua capacidade produtiva. Em função disso, ganham pouco aqueles cuja produtividade é baixa, em termos de valor de mercado. * Função distributiva (2) FATORES QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DEMANDA NEOCLÁSSICA 2. Natureza do bem produzido: Mesmo em mercados competitivos, benefícios de atividades como a pesquisa básica, por exemplo, podem se difundir pela sociedade, de tal forma que o pesquisador não tem meios operacionais para obter o devido retorno pelas suas contribuições. Nesse caso, trata-se de um aspecto associado à questão da propriedade intelectual e falhas de mercado. * Função distributiva (3) FATORES QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DEMANDA NEOCLÁSSICA 3. Procedimentos discriminatórios Têm o efeito de não remunerar plenamente as pessoas por sua produtividade, ou não permitir que obtenham emprego onde sua produção seja maximizada. * 4. Condições não competitivas (poder de mercado): As empresas assumem posição privilegiada e passam a impor preços (exemplo: como compradores únicos). Parte da remuneração originalmente devida aos proprietários dos recursos produtivos transforma-se em lucro. Consequentemente, a distribuição resultante da renda não é equitativa e eficiente. Função distributiva (4) FATORES QUE DETERMINAM A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DEMANDA NEOCLÁSSICA * Critérios para definição da Equidade A Teoria Econômica não fornece um critério único e inquestionável de equidade. Não se desenvolveu, até agora, uma metodologia para a comparação interpessoal de valores e satisfações, o que acaba gerando dificuldades na aplicabilidade da regra de Pareto. Dessa forma, o que pode ser feito é a instauração de debate político sobre a questão – opiniões divergentes podem ser reconciliadas ou ajustadas mediante uma posição que resulte da vontade da maioria. * Função Distributiva - Instrumentos Subsídios Tributação Subvenção * * Função Estabilizadora Objetivos: Considerando-se que o funcionamento do sistema de mercado não é, por si só, capaz de assegurar: - Altos níveis de emprego; - Estabilidade de preços; e - Altas taxas de crescimento econômico. * Função Estabilizadora Principais instrumentos à disposição do governo: Instrumentos de Política Fiscal e de Política Monetária. Política Fiscal: - Provocar impacto direto através de variação dos gastos públicos em consumo e investimento; Ou indiretamente, pela variação das alíquotas de impostos. (Exemplo: Redução de imposto que eleva a renda disponível do setor privado e o multiplicador de renda da economia). * FUNÇÃO ESTABILIZADORA DO GOVERNO Política Monetária: É mais comum, no entanto, o emprego simultâneo de instrumento de política fiscal e monetária. * Quadro Resumo das Funções do Governo * * EXERCÍCIOS: 1 - A Função Alocativa do Governo está associada a: a) controle da demanda agregada visando minimizar os efeitos sobre o bem-estar social de crises de inflação ou recessão. b) intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego. c) fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado. d) utilização de instrumentos de política fiscal, monetária, cambial, comercial e de rendas. e) implementação de uma estrutura tarifária progressiva. * * A questão pede a função alocativa do governo. Vamos à análise das opções: Letra a: controle da demanda agregada visando minimizar os efeitos sobre o bem-estar social de crises de inflação ou recessão – Função Estabilizadora. Letra b: intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego – Função Estabilizadora. Letra c: fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado – Função Alocativa – RESPOSTA CORRETA. Letra d: utilização de instrumentos de política fiscal, monetária, cambial, comercial e de rendas – Função Estabilizadora. Letra e: implementação de uma estrutura tarifária progressiva – Função Distributiva. * * 2 – Em relação à política distributiva dos governos, assinale a opção correta: a) É a política que interfere diretamente na composição das mercadorias e serviços, técnicas produtivas e preços relativos. b) É a política que busca promover distribuição de recursos considerada justa pela sociedade. c) É a política que diz respeito aos níveis desejados de produção, emprego, preços e equilíbrio do Balanço de Pagamentos, para uma dada capacidade produtiva. d) É a política que se baseia diretamente na administração da demanda agregada. e) É a política que interfere diretamente na divisão do produto entre o consumo e acumulação. * * A questão pede para marcar a opção correta em relação à função distributiva do governo. Letra a: É a política que interfere diretamente na composição das mercadorias e serviços, técnicas produtivas e preços relativos – Função Estabilizadora. Letra b: É a política que busca promover distribuição de recursos considerada justa pela sociedade. Função Distributiva – RESPOSTA CORRETA Letra c: É a política que diz respeito aos níveis desejados de produção, emprego, preços e equilíbrio do Balanço de Pagamentos, para uma dada capacidade produtiva – Função Estabilizadora. Letra d: É a política que se baseia diretamente na administração da demanda agregada – Função Estabilizadora. Letra e: É a política que interfere diretamente na divisão do produto entre o consumo e acumulação – Função Estabilizadora. * * TEORIA DA TRIBUTAÇÃO * OBJETO DAS FINANÇAS PÚBLICAS Formas de obter recursos: Política Tributária; Formas de aplicar recursos: Política Orçamentária * POLÍTICA TRIBUTÁRIA: ESTRUTURA DA ANÁLISE I. CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS PARA UM SISTEMA TRIBUTÁRIO ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS II. ESTRUTURA TRIBUTÁRIA – FORMAS DE INCIDÊNCIA Impostos Diretos e Indiretos Imposto em cascata e Imposto sobre valor adicionado Imposto “por dentro” e “por fora” * Imposto vs Contribuição: IMPOSTO: É um tributo cobrado pelo governo, sem um fim específico pré-definido (como contrapartida). Exemplo: Governo arrecada o imposto de renda sem assumir compromisso específico em usar os recursos para financiar um projeto A ou B. Compõe uma “GRANDE CONTA” que financia as mais diversas formas de gasto público. * Imposto vs Contribuição CONTRIBUIÇÕES: São figuras legais que concedem às partes tributadas o direito a alguma contrapartida. OU SEJA, O GOVERNO SÓ PODERIA UTILIZAR ESSA ARRECADAÇÃO PARA UM FIM ESPECÍFICO. * CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DE UM SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO O SISTEMA TRIBUTÁRIO PODE SER AVALIADO QUANTO A UMA FORMA “IDEAL” CONSIDERANDO-SE: 1. EQUIDADE - DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS TRIBUTÁRIO DEVE SER EQUITATIVA ENTRE OS INDIVÍDUOS DA SOCIEDADE (segundo o benefício – exemplo de combustível e capacidade de pagamento; segundo o princípio da capacidade de pagamento). 2. PROGRESSIVIDADE – PRINCÍPIO QUE ESTABELECE QUE SE DEVE TRIBUTAR MAIS QUEM TEM RENDA MAIS ALTA. (RENDA vs RIQUEZA). 3. NEUTRALIDADE – OS IMPOSTOS DEVEM SER IDEALIZADOS DE FORMA A MINIMIZAR POSSÍVEIS IMPACTOS NEGATIVOS DA TRIBUTAÇÃO SOBRE A EFICIÊNCIA ECONÔMICA; E 4. SIMPLICIDADE – SISTEMA TRIBUTÁRIO DEVE SER DE FÁCIL COMPREENSÃO PARA O CONTRIBUINTE E DE FÁCIL ARRECADAÇÃO PARA O GOVERNO. * CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DE UM SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO O SISTEMA TRIBUTÁRIO PODE SER AVALIADO QUANTO A UMA FORMA “IDEAL” CONSIDERANDO-SE: 1. EQUIDADE - DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS TRIBUTÁRIO DEVE SER EQUITATIVA ENTRE OS INDIVÍDUOS DA SOCIEDADE (CADA INDIVÍDUO DEVE CONTRIBUIR COM UMA PARCELA “JUSTA” PARA COBRIR OS CUSTOS DO GOVERNO). Critérios para a definição: Segundo o princípio do benefício: cada indivíduo deveria contribuir com uma quantidade proporcional aos benefícios gerados pelo consumo do bem público (exemplo clássico – imposto sobre combustível CIDE aplicado à manutenção das estradas) Princípio da capacidade de pagamento: (Ao contrário do critério anterior, permite formular uma regra geral) – renda pode ser uma referência adequada * CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DE UM SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO 2. PROGRESSIVIDADE – PRINCÍPIO QUE SE DEVE TRIBUTAR MAIS QUEM TEM RENDA MAIS ALTA. Idéia: quem recebe mais renda deve pagar uma proporção maior de impostos relativamente às pessoas de mais baixa renda. * A CURVA DE LAFER CURVA DE LAFER: Ilustra um limite para o aumento de alíquotas de imposto pelo governo sem comprometer a receita com arrecadação. PRINCÍPIOS BÁSICOS: Com alíquota tributária nula, a receita é nula; com alíquota de 100%, a receita também é nula, pois ninguém irá trabalhar para que o governo se aproprie de toda a renda. PORTANTO HÁ UM NÍVEL DE ALÍQUOTA QUE MAXIMIZA A RECEITA. * A CURVA DE LAFER 0 ALÍQUOTAS (%) RECEITA 100 A PARTIR DO PONTO DE MÁXIMO, NO “LADO ERRADO DA CURVA” – DIREITO – AUMENTOS NAS ALÍQUOTAS PRODUZEM UMA EVASÃO E/OU DESESTÍMULO ÀS ATIVIDADES FORMAIS QUE SUPERAM O AUMENTO DA ALÍQUOTA, GERANDO PERDA DE RECEITA. * 3. NEUTRALIDADE VISA EVITAR QUE O SISTEMA TRIBUTÁRIO PROVOQUE UMA DISTORÇÃO NA ALOCAÇÃO DE RECURSOS, PREJUDICANDO A EFICIÊNCIA DO SISTEMA. Observação: CASO OPOSTO: NO CASO DO IMPOSTO SELETIVO SOBRE O CONSUMO NÃO HÁ NEUTRALIDADE DO TRIBUTO. PODE LEVAR, POR EXEMPLO, A UMA REDUÇÃO NO CONSUMO. EX: IMPOSTO SOBRE BEBIDAS ALCOÓLICAS, CIGARROS, ETC – COMBATE ÀS EXTERNALIDADES NEGATIVAS. * 4. SIMPLICIDADE O IMPOSTO DEVE SER SUFICIENTEMENTE SIMPLES PARA QUE: . O GOVERNO POSSA ACOMPANHAR A ARRECADAÇÃO E TRABALHAR COM OS VALORES A SEREM ARRECADADOS. . O CONTRIBUINTE COMPREENDA O SEU MECANISMO. * Resumindo Quatro critérios para definir um sistema tributário “ideal” Equidade Progressividade Neutralidade Simplicidade * IMPOSTOS DIRETOS e INDIRETOS DIRETOS: INCIDEM SOBRE PESSOAS OU ENTIDADES LEGAIS, TAIS COMO FIRMAS (IMPOSTO SOBRE PESSOA FÍSICA e JURÍDICA); ESTANDO, PORTANTO, ASSOCIADOS À CAPACIDADE DE PAGAMENTO DE CADA CONTRIBUINTE. INDIRETOS: SOBRE CONSUMO, VENDAS DE PROPRIEDADES, INDEPENDENTE DAS CARACTERÍSTICAS DOS INDIVÍDUOS. II. A ESTRUTURA TRIBUTÁRIA - FORMAS DE INCIDÊNCIA * IMPOSTO DE RENDA – IRPF (OU IRPJ) INCIDE SOBRE TODAS AS REMUNERAÇÕES GERADAS NO SISTEMA ECONÔMICO: SALÁRIOS, JUROS, DIVIDENDOS E ALUGUÉIS. IRPF – COBRADO EM BASE PESSOAL, COM ISENÇÕES OU ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS, DETERMINADAS PELAS CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS DO CONTRIBUINTE. ALÍQUOTAS – SÃO DETERMINADAS SEGUNDO AS DIFERENTES CLASSES DE RENDA, ESTABELECIDAS PELA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. FISCALIZAÇÃO: PARA QUE OS ASSALARIADOS/IMPOSTO RETIDO NA FONTE – NÃO FIQUEM COM O ÔNUS DA ARRECADAÇÃO EXEMPLOS DE IMPOSTOS DIRETOS * IMPOSTOS INDIRETOS SOBRE O CONSUMO: EXEMPLOS NO CASO DA ECONOMIA BRASILEIRA PRINCIPAIS MODALIDADES DE TRIBUTAÇÃO SOBRE O CONSUMO: ICMS – IMPOSTO (ESTADUAL) SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS IPI – IMPOSTO (FEDERAL) SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS ISS – IMPOSTO (MUNICIPAL) SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PIS/COFINS – CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL PIS – PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL COFINS – CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA SEGURANÇA SOCIAL * IMPOSTOS INDIRETOS IMPOSTOS GERAIS (AMPLITUDE) SOBRE VENDA DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (BASE DE CÁLCULO) ESTÃO SUJEITOS ÀS DIFERENTES FORMAS DE APURAÇÃO: A) COBRADOS EM TODOS OS ESTÁGIOS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO, COM BASE NO VALOR ADICIONADO EM CADA ETAPA DO CICLO (IVA – IMPOSTO SOBRE VALOR ADICIONADO); B)COBRADOS EM TODOS OS ESTÁGIOS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO E COM BASE NO VALOR DAS VENDAS EM CADA ETAPA DO CICLO (IMPOSTO EM CASCATA); C) COBRADOS APENAS NO ÚLTIMO ESTÁGIO DO PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO (VAREJISTA), COM BASE NO VALOR DE VENDA AO CONSUMIDOR FINAL (IVV – IMPOSTO SOBRE VENDAS AO VAREJO). * IMPOSTO SOBRE VALOR ADICIONADO ADIÇÃO: CALCULA O VALOR ADICIONADO A PARTIR DA SOMA DE TODOS OS PAGAMENTOS A FATORES DE PRODUÇÃO, INCLUSIVE OS LUCROS AUFERIDOS PELA EMPRESA EM DETERMINADO PERÍODO. O IMPOSTO A PAGAR É OBTIDO A PARTIR DA APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA DEVIDA AO RESULTADO ENCONTRADO PARA O VALOR ADICIONADO. * EXEMPLO – MÉTODO DO CRÉDITO FISCAL * IMPOSTO SOBRE VALOR ADICIONADO CRÉDITO FISCAL: PERÍODO T: IVA DAS VENDAS – IVA DAS COMPRAS = CRÉDITO VANTAGEM DESSE MÉTODO: AUTOFISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA, TENDO EM VISTA QUE O DIREITO AO USO DO CRÉDITO FISCAL ESTÁ CONDICIONADO AO LANÇAMENTO DO IMPOSTO RECOLHIDO NA NOTA FISCAL. ICMS – IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (Constituinte de 1988 – ICM) – abrangência da base. * CRÍTICA AOS IMPOSTOS “EM CASCATA” (Exemplo: PIS/COFINS): - PREJUDICIAIS À EFICIÊNCIA ECONÔMICA, UMA VEZ QUE PROVOCAM DISTORÇÕES NOS PREÇOS RELATIVOS (AUMENTANDO OS CUSTOS) – PODE REDUNDAR EM PROBLEMA DE NEUTRALIDADE – “FORÇA UMA VERTICALIZAÇÃO DO SISTEMA PRODUTIVO E DE COMERCIALIZAÇÃO”. - IMPLICAÇÕES NA ALOCAÇÃO DOS RECURSOS, TENDO EM VISTA QUE INTRODUZ UM VIÉS: PRODUTOS COM MAIOR NÚMERO DE ETAPAS DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO FICAM SUJEITOS A UMA MAIOR INCIDÊNCIA. AVALIAÇÃO NO QUE TANGE À FORMA DE CÁLCULO: EXEMPLO: 1. IMPOSTOS “EM CASCATA” * NO BRASIL, OS IMPOSTOS PODEM SER COBRADO “POR DENTRO” OU “POR FORA”. O CÁLCULO DO IMPOSTO “POR DENTRO” INCLUI O IMPOSTO (t) NA BASE DE CÁLCULO (B) DO VALOR DO IMPOSTO, ENQUANTO O CÁLCULO “POR FORA” EXCLUI O IMPOSTO DA BASE. CÁLCULO DO IMPOSTO “POR DENTRO” E “POR FORA”: * EXEMPLO: t = 0,10 (10%); B = 100 (VALOR UNITÁRIO DO PRODUTO) NO CASO DO IMPOSTO CALCULADO “POR DENTRO”, A ALÍQUOTA t INCIDE SOBRE O PREÇO (P) DO PRODUTO E O VALOR DO IMPOSTO É COMPUTADO NA BASE DE CÁLCULO DO VALOR DO TRIBUTO. O VALOR DE P É DADO COMO: P = B + T SENDO T, A RECEITA DO IMPOSTO POR UNIDADE DE PRODUTO, IGUAL A : T = t.P (t APLICA-SE A P QUE INCLUI O VALOR DE T ) CÁLCULO DO IMPOSTO “POR DENTRO” E “POR FORA”: * PORTANTO: P = B + t.P P – tP = B B = (1 – t)P P = B/(1 – t) P = 111,11 IMPOSTO “POR FORA”: T = t.B DADO P = B + T PORTANTO: P = B (1 + t) P = 110,00 CÁLCULO DO IMPOSTO “POR DENTRO” E “POR FORA”: * QUEM PAGA? A QUESTÃO DA TRANSFERÊNCIA A RESPOSTA DO MERCADO ÀS MUDANÇAS CAUSADAS NOS PREÇOS – DEVIDO À INTRODUÇÃO DO IMPOSTO – É O QUE DETERMINA, DE FATO, QUEM PAGARÁ O TRIBUTO. - ELASTICIDADES–PREÇO DA OFERTA E DA DEMANDA; - ESTRUTURA DO MERCADO; EXEMPLO: IMPOSTO COBRADO SOBRE A FOLHA SALARIAL – O EMPREGADOR PODERÁ AGIR DE DUAS FORMAS: REDUZIR A DEMANDA POR EMPREGADOS – TRANSFERINDO, PORTANTO, O ÔNUS PARA OS ASSALARIADOS - OU REPASSAR O IMPOSTO PARA O PREÇO DO SEU PRODUTO, O QUE TRANSFERE O ÔNUS PARA O CONSUMIDOR FINAL. IMPOSTOS DIRETOS * QUEM PAGA OS IMPOSTO DIRETO? A QUESTÃO DA TRANSFERÊNCIA CONCLUSÃO: QUANTO MAIS ELÁSTICA A CURVA DE DEMANDA E MENOS ELÁSTICA A CURVA DE OFERTA, MAIOR A PARCELA DOS IMPOSTOS QUE RECAI SOBRE OS PRODUTORES. QUANTO MENOS ELÁSTICA A CURVA DE DEMANDA E MAIS ELÁSTICA A CURVA DE OFERTA, MAIOR SERÁ O ÔNUS TRIBUTÁRIO PARA OS CONSUMIDORES. IMPOSTOS DIRETOS * A EXISTÊNCIA DE DILEMAS – TRADE-OFFS O GOVERNO DEVE ESCOLHER IMPOSTOS QUE RESPEITEM OS CONCEITOS DE EQÜIDADE, PROGRESSIVIDADE, NEUTRALIDADE E SIMPLICIDADE. MAS NEM SEMPRE É POSSÍVEL DEIXAR DE SACRIFICAR UM DESSES CONCEITOS. EXEMPLOS: 1. ADOÇÃO DE UM IMPOSTO ÚNICO SOBRE TODAS AS TRANSAÇÕES – SIMPLIFICARIA A ARRECADAÇÃO, NO ENTANTO, COMO É “EM CASCATA” TERIA IMPLICAÇÕES SOBRE A EFICIÊNCIA DO SISTEMA; TAMBÉM PODERIA TORNAR-SE REGRESSIVO - O IMPOSTO A SER PAGO SERIA O MESMO INDEPENDENTE DA CLASSE DE RENDA. * A EXISTÊNCIA DE DILEMAS – TRADE-OFFS 2. IVA – RESPEITARIA O CONCEITO DE NEUTRALIDADE, MAS POR SER UMA TRIBUTAÇÃO INDIRETA, APRESENTA UM CERTO GRAU DE REGRESSIVIDADE. 3. IMPOSTO SOBRE O PATRIMÔNIO – SIMPLICIDADE NA ARRECADAÇÃO DADA PELA IMOBILIDADE DA BASE TRIBUTÁRIA, MAS PODE TORNAR-SE REGRESSIVO DEVIDO AO REPASSE DO IMPOSTO PARA UM INQUILINO, POR EXEMPLO. 4. IRPJ – PODE GERAR MAIOR RECEITA MAS, TAMBÉM, CONTRARIAR OS PRINCÍPIOS DE EQÜIDADE E PROGRESSIVIDADE, POIS NÃO HÁ A CERTEZA SOBRE A INTENSIDADE DE REPASSE PARA O CONSUMIDOR. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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