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Direito internacional

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Direito internacional
Mestrando
Marcos Vinícius Viana da Silva
Apresentação
Aulas de Direito Internacional Público 
Aulas de Direito Internacional Privado
Direito Marítimo Internacional
Direito Autoral Internacional
Atualidades – Cultura mundial 
SOCIEDADE INTERNACIONAL
O direito é um produto da sociedade - fruto de uma organização social, seus fundamentos e origens retomam a própria vivência em sociedade, tendo posteriormente positivado suas conceituações dentro das doutrinas modernas.
Surge a sociedade internacional, como fruto de um viver em coletividade, a medida que a coletividade toma conta de amplos espaços, transpassando o entendimento da soberania estatal contratualmente delimitada.
Por conta disto, descreve-se a sociedade internacional como um corpo formado por três entes distintos, os quis se relacionam por vezes de maneira direta e indireta, levando-se em consideração cada caso de maneira peculiar. 
São os entes formadores de uma sociedade internacional: os homens, os Estados soberanos e as organizações internacionais.
O modelo capitalista, alicerça com grande força a atual discussão sobre o direito internacional, vez que as relações de comercio representam uma enorme quantidade do desejo internacional, e maior parte ainda de tratados entre nações. “Atualmente todos os atores afirmam que a política externa e a política interna estão entrelaçadas de tal modo que não se sabe onde uma começa e a outra acaba
Comunidade internacional e 
Sociedade Internacional
Comunidade apresenta as seguintes características: formação natural; vontade orgânica; os indivíduos participam de atividades em grupo – a comunidade é uma criação de cooperação natural.
Em contra partida, a sociedade é uma formação artificial, criada pelo homem, buscando um mesmo ideal – mesmo que não realizem a mesma atividade – representado assim uma vontade refletida.
Pode-se assim afirmar que existe uma sociedade internacional, porque existem relações continuas entre diversas sociedades. Podendo ainda seu núcleo ser subdividido em positivista e naturalista. No primeiro a formação decorre de norma imposta ou anunciada por determinado Estado, porquanto no segundo a vontade do homem é a principal fonte criadora da imperatividade e de sua manutenção. 
Crítica
O DIP que é ensinado nas faculdades e nos livros é, ainda, via de rega, o mesmo DI formulado no sec. XIX, pelas grandes potências ocidentais. É assim, um direito que atende os países desenvolvidos e não os países em desenvolvimento.
Apesar da consciência da necessidade de mudança, o que ainda se vê são os Estados mais poderosos, apesar de em minoria, elaboraram e elaboram as normas internacionais ainda em vigo e lutam pela sua manutenção
HISTÓRICO DO 
DIREITO 
INTERNACIONAL
Como fonte original, a DI surge como uma consequência necessária da civilização, ocorrendo inicialmente onde existissem dois ou mais Estados, com características de igualdade de semelhança. Existia nas épocas antigas, um elo superior, a força do Estado em si, e ela era denominado religião.
Egito
Rei Ramsés II pós fim, por meio de um Acordo Internacional, a guerra que possuía frente aos Hititas, na península da Síria.
Índia
O código de Manu exteriorizou inúmeras normas relacionadas a possibilidade de guerra e de como ela se daria.
Atualmente visualizar o conceito de guerra positivada parece um tanto quanto drástico, contudo em épocas passadas, onde as guerras aconteciam com maior frequência, e por diversos motivos, sua importância era considerável, servindo de base para muitos tratados.
Grécia antiga
A DI na Grécia Antiga possuía caráter praticamente intermunicipal, uma vez que cada cidade grega possuía uma própria independência, semelhante aos atuais estados da união europeia, assim uma relação intermunicipal se refletia na realidade como uma relação clássica de DI.
Império Romano
A princípio não existiam normas de direito internacional, uma vez que para os romanos os demais não eram nações, mas sim inimigos ou possíveis povos selvagens a serem conquistados.
As características do direito romano passaram a mudar apenas no momento em que passaram a vigorar normas internas para os estrangeiros que transitavam dentro do território romano.
Vale frisar, que no mundo antigo não se detinham tão claramente a ideia de Estado, individuo, grupo, coletividade, uma vez que todos eram parte de um grupo societário, do qual não haviam delimitações claras, como as que possuímos atualmente.
Idade Média
Durante este período, conhecido como idade das trevas, a DI foi concentrada, como muitas outras atividades intelectuais, dentro das igrejas, sendo considerada a figura do PAPA, ou ainda do papado em si, como a autoridade soberana da DI, cabendo a ela arbitrar sobre praticamente todos os assuntos internacionais.
Idade Moderna
A retomada dos Estados traz novamente os primeiros conceitos de direito internacional, o qual se fortaleceu não apenas as relações intergovernamentais, mas igualmente as relações das empresas com as nações das quais faziam parte, bem como a matéria prima que utilizavam para compor sua produção.
Idade Contemporânea
A Revolução Francesa, de 1789, trouxe o conceito de direito dos povos – direito das gentes napoleônicas – os quais vão futuramente, dentro do congresso de Viena, tornar-se o direito do homem e do cidadão.
Tais conceitos, com devidas mudanças, perduram até os dias de hoje, encontrando-se positivada na carta das Nações Unidas.
Durante todo o século XIX e XX, os principais tratados versavam sobre a paz e a guerra, bem como a economia. Os vários países europeus que hoje conhecemos são fruto da DI, a qual em 1825 declarou a Suíça como país neutro, fato que permanece até os dias atuais. 
O ESTADO
Apesar da ideia de Estado ser razoavelmente ressente, sua origem e formação permanece os mesmo desde de sua criação, ao menos como conceito. 
Estado pode ser definido em um agrupamento de 3 características formadoras, a qual tornam um grupo societário uma nação.
ESTADO
Conceituação DI
“O direito internacional pode ser tratado, preambularmente, como o conjunto de princípios e normas, positivados e costumeiros, representativo dos direitos e deveres aplicáveis no âmbito da sociedade internacional.”
“É o conjunto de regras que determinam os direitos e deveres dos respectivos Estados nas relações mutuas”
DIP – DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO.
O Direito Internacional Público tem como foco principal a relação existente entre os Estados, em sua visão mais clássica.
Contudo, no momento contemporâneo em que vive o direito e a globalização, o direito internacional público passou igualmente a abordar a relação entre os estados e os organismos internacionais, os quais são igualmente considerados de direito internacional público.
Elementos formadores
Pluralidade de Estado soberanos 
Comércio internacional
Princípios jurídicos coincidentes
FUNDAMENTOS - voluntários
Teoria da autolimitação - GEORG JELINEK
Teoria da vontade coletiva – HEIRICH TRIEPEL
Teoria da delegação do direito interno – MAX WENZEL
Teoria do consentimento das nações – LAWRENCE, HALL, OPPENHEIM
Teoria Objetiva
Teoria da norma fundamental, norma base ou objetivos lógico – (KELSEN)
Teoria sociológicas – (LEON DUGUIT E GEORGES SCELLE)
Teoria do direito natural – início na Grécia com SÓFOCLES
Teoria dos direitos fundamentais dos Estados – (GROTOUS E WOLFF)
Teoria da pacta sunt servanda 
FONTES
As fontes do direito internacional podem provir de diversas meios, tendo aplicabilidade em cada Estado, ou em grupo de Estados integrados em determinada sociedade. 
O art. 38 da Corte internacional, criada em 1945, traz, em panorama geral, quais as fontes do DI.
Convenções internacionais – tratados – fonte principal.
Costume internacional.
Princípios gerais do direito.
PRINCÍPIOS
1 - princípio da não-agressão; 
2 - princípio da solução pacífica de controvérsias;
3 - princípio da autodeterminação dos povos; 
4 - princípio da coexistência pacífica;
5 - princípio da continuidade do Estado; 
6 - princípio da boa fé; 
7 - princípio da obrigação de reparar o dano; 
8 - pacta sunt servanda (os acordos devem ser cumpridos) – sem ele estaríamos fadados a anarquia internacional.
Tratados Internacionais
Conceito
Tratado é o acordo internacional celebrado por escrito entre dois ou mais Estados ou outros sujeitos de Direito Internacional. Este conceito é uma conjunção entre o artigo 2º da Convenção de Viena de 1986 e 1964.
As diferentes nomenclaturas
Tratado: acordo solene – tratado de paz
Convenção: elabora regras gerais sobre determinado ponto – convenção sobre as águas internacionais.
Declaração: usada para designar acordos que criam princípios internacionais de interpretação de tratados
Classificação dos tratados
Formal
O tratado internacional pode ser divido em dois grandes grupos, no primeiro, denominado de formal, compreende-se a divisão de multiplicidade de partes, as quais são designadas de bilaterais ou multilaterais.
Em segundo momento os tratados podem ser subdivididos em 3 grupos, os executivos, os solenes e os “gentlemen’s agreements”.
Executivo: Representado pelo Chefe deste poder, ou ainda por seus ministros, fica destino apenas a aprovação de pequenas alterações em tratados do qual o Brasil já faça parte.
Solene: Necessitada de toda uma tramitação dentro da legislação nacional.
Por fim, vale frisar que o GA é um acordo, porém sem a aprovação legislativa, mas com características de nacionalização de tratado.
Material.
Os contratuais: Destinados a estabelecer normas de cunho eminentemente territoriais.
 Os normativos: estabelecem regras de direito internacional para os Estados envolvidos no tratado, valendo ainda frisar que entre as normas estabelecidas podem estar regras ou princípios de interpretação.
Os constitutivos: tratados que igualmente podem estabelecer regras contratuais ou normativas, mas tem como característica especial a criação de Organizações Internacionais não vinculadas diretamente aos Estados. – ONU, OIT.
Adesão e Temporalidade
Também na área material são debatidos a forma de adesão e o tempo de duração do tratado.
Tais características podem variam de maneira bem elevada em cada caso concreto.
Classificação dosTratadosInternacionais
 
Formal
Material
Partes
Espécie do tratado
Forma vinculação
Temporalidade
 
Possibilidade de adesão
 
 
Requisitados de validade
1. Capacidade Das Partes
As partes que realizam um tratado internacional devem possuir capacidade par tanto. 
No caso de um Estado, ele deve ter a soberania necessária para os casos que pretende tratar, ou ser titular dos direitos que busca invocar internacionalmente.
2. Habilitação Dos Agentes Signatários
A habilitação é estabelecida pela capacidade que possuem os representantes dos entes pactuantes de um tratado.
3. Consentimento mutuo
 O tratado, como um símbolo maior de um acordo de vontade, não deve, ou ao menos não deveria, expressar uma imposição ou determinação de um país sobre o outro.
4. Objeto lícito e possível
 Assim como os contratos dentro da esfera civil, os tratados internacionais devem respeitar as mesmas medidas internas no tocante a licitude e possibilidade de sua execução.
Neste sentido, apesar de não existir uma norma internacional que determine a legalidade ou não de determinado ato, parte-se do princípio que algumas normas internacionais, positivadas ou não, devem ser respeitadas pelos países em nível mundial.
Efeitos dos tratados internacionais
Os tratados aplicam o princípio da pacta tertiis nec nocent nec prosunt – os tratados não beneficiam e nem prejudicam terceiros, como regra geral.
As exceção fica por conta dos tratados de efeito difuso e de efeito aparente.
Efeito Difuso
Estabelece uma relação com terceiros, que não estão diretamente ligados com o tratado celebrado.
Um exemplo de tal efeito, é a aquisição de um território de determinado país, por outro Estado soberano.
Norma de efeito aparente
Também é designada de cláusula da nação mais favorecida.
Sua incidência ocorre quando em um tratando, normalmente bilateral, são especificados cláusulas que estabeleçam determinado acordo de vontade, em que os beligerantes sempre terão prioridade entre si, para acordos futuros.
FASES DE UM TRATADO
NEGOCIAÇÃO
Os tratados podem ser debatidos por duas partes, nos casos de bilateralidade, ou por mais partes, no caso dos tratados multilaterais. 
Neste sentido, sua negociação ocorre, em via de regra em um dos dois países em que se busca estabelecer a relação.
ASSINATURA
Momento no qual o estado inicia sua obrigação frente as outras nações. 
Representa de maneira evidente o desejo do poder executivo em tratar de determinado tema.
Porém não estabelce qualquer obrigação interna ou internacional.
NACIONALIZAÇÃO DOS TRATADOS 
A aprovação no legislativo depende da aprovação do Tratado no Congresso, nas duas casas por maioria absoluta de seus membros.
Iniciando na Câmara dos Deputados e passando posteriormente ao Senado Federal.
A votação sobre um Tratado será organizada na pauta de atividades do Congresso.
A forma de adesão pelo legislativo pode determinar o caráter de emenda constitucional ou não de determinado tratado
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. 
“Toda pesquisa por amostragem permitirá, neste país, e não apenas nele, concluir que a demora eventual do legislativo na aprovação de um tratado é companheira inseparável da indiferença do próprio Executivo em relação ao andamento do processo; e que o empenho real do governo pela celeridade, ou da importância da matéria, tendem a conduzir o parlamento a prodígios de expediência.” Rezek p. 85 
PROMULGAÇÃO
Após a aprovação do poder Legislativo, o tratado deve voltar ao Chefe do Executivo para que o promulgue. 
É depois deste procedimento, e somente após ele, que o Tratado passa a ter o mínimo de valor interno.
PUBLICAÇÃO 
Vencida as etapas de aprovação, o tratado passa a ter validade dentro do âmbito local após a sua publicação. Contudo, é valido ressaltar que independentemente de uma publicação oficial, a este ponto o Tratado passa a ser seguido de maneira tácita ou velada pelo Estado signatário.
RATIFICAÇÃO/ADESÂO
Transcorridos todos estes pressupostos, o Estado passa a ser classificado como aderente ou ratificante a determinada convenção, tratado, etc...
A adesão ocorre quando o Estado não participou da confecção do tratado, porquanto ratificante quando este o elaborou.
Tempo entre Publicação e Adesão.
“Art. 80 Registro e Publicação dos Tratados:
1. Após sua entrada em vigor, os tratados serão remetidos ao Secretariado das Nações Unidas para fins de registro ou de classificação e catalogação, conforme o caso, bem como de publicação
2. A designação de um depositário constitui autorização para este praticar os atos previstos no parágrafo anterior.
INTERPRETAÇÃO DOS TRATADOS
Dois princípios iniciais devem ser respeitados para que o tratado se desenvolva de uma maneira minimamente correta, são eles a pacta suns servanda e a boa fé.
Ademais, para o caso de conflito de normas, uma ordem deve ser observada. O tratado mais recente sempre prevalece, revogando o anterior no que houver de diferença entre eles, bem como aquele que é mais especifico sobrepõem-se sobre o mais abrangente.
Extinção dos tratados
Termino do prazo de vigência
Consentimento mútuo
Denúncia - descumprimento unilateral do que havia sido acordado.
Execução integral
GUERRA – Contudo deve-se compreender
que a guerra não extingue o tratado, mas sim o suspende.
A ONU
A ONU aceita emenda em seus tratados, contudo quando estas ocorrem, elas devem ser por maioria qualificada de 2/3 dos votantes. 
Ocorre que neste órgão em especial, os perdedores não são apenas vencidos, mas são obrigados a se retiraram do tratado a qual propuseram alteração.
Quanto à forma
1. Em relação ao numero de partes: bilaterais ou multilaterais.
2. Em relação ao procedimento de criação: simplificado ou executivo/ solene ou bifásico.
Quanto à natureza das normas
1. Tratados contratos: são os tratados de forma geral, disponde e regulando sobre um conflito ou tema específico.
2. Tratados lei/ tratado normativo: são aqueles que expedem normas de conduto que incidem quando do advento do fato imponível. Dispõem também sobre a criação de organização internacional.
Quanto à execução no tempo
1. Tratado que cria uma relação, que ao primeiro momento tem tendência a ser eterno. Podendo ser modificado.
2. Tratado de cunho dinâmico, o qual não necessariamente tem prazo de termino, mas uma vez que tenha a finalidade atingida, tem tendência a se extinguir.
Quanto à execução no espaço
1. O tratado possui validade em todo o território do país que dele é signatário: regra geral.
2. O tratado possui validade apenas uma determinada região do Estado: exceção.
Quanto aos efeitos
1. Efeito somente entre as partes: regra geral.
2. Efeito difuso ou de favorecimento de terceiro.
TRATADOS QUE O BRASIL FAZ PARTE
Convenção Americana De Direitos Humanos E Prisão Civil Do Depositário Infiel. 
O Brasil, Estado soberano, ratificou em 1992 a Convenção Americana De Direitos Humanos, exteriorizado pelo pacto de San Jose Da Costa Rica, no qual firmava a seguinte prerrogativa.
“Ninguém deve ser detido por dívidas, este princípio não limita os mandos de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.” Art. 7º. 7
Ocorre que, com o advento da emenda constitucional 45/2004, os tratados internacionais, dependendo de sua aprovação, passaram a ter valor de norma constitucional. 
Pelo entendimento do STF, em 2008, foi descido que, mesmo que o tratado tenha sido celebrado anteriormente a emenda, esta buscava uma maior abrangência a todos os tratados internacionais de direitos humanos, e não apenas aqueles elaborados após a sua publicação. 
Assim, por mais que o pacto seja antigo, sua validade deve superar a norma infraconstitucional, impossibilitando assim um eventual regresso em matéria de direitos humanos.
Brasil x Suíça
O Brasil possui um tratado com a Suíça, no qual sua lei fiscal não permite quebras de sigilos bancários para fins de investigação policial, salvo crimes contra a vida, abrangidos na legislação penal do país que solicita a quebra.
Nos casos de quebra de sigilo, as informações somente podem ser utilizadas para os casos de afronte a normas penais, e não para quaisquer ilegalidades.
Brasil x Paraguai 
No contrato dos trabalhadores da Itaipu, foram estipulados que as normas para as atividades ali realizadas, seriam elaboradas pelos próprios tratados criadores, vez que não se poderia aplicar uma norma a brasileiros e outra a paraguaios, apenas pelo fato de serem provindos de países diversos.
Contudo, o TRT entendeu de início que, como segue o principio do beneficio do trabalhador, deveria ser aplicada a lei nacional ao brasileiros, independentemente do tratado, no entanto, após o entendimento do STF, ficou estabelecido que a aplicação da lei nacional seria uma afronte ao principio da isonomia, não podendo prosperar.
Assim, é preciso respeitar a “fiel aplicação de um regime jurídico que compromete internacionalmente a república não é uma opção, mas um dever dos poderes do Estado brasileiro, sem exclusão do judiciário.”
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Conceito
Organização internacional é uma associação voluntária de sujeitos de direito internacional, constituída por ato internacional e disciplinada nas relações entre as partes por normas de direito internacional. 
Sua capacidade lhe garante a prerrogativa de ser sujeito de direitos e deveres internacionais.
Elementos caracterizadores
Dever ter pelo menos 3 estados que a formem
Deve ter independência dos estados formadores
Deve ser sustentada por pelo menos 3 estados
Deve possuir um objetivo internacional
Características
Não possui território ou povo
Não esta subordinada a nenhuma nação
Os seus agentes possuem imunidades funcionais 
Espécies
Quanto à finalidade
Política
Técnico científico
Quando ao âmbito territorial
Parauniversal
Regional
Quanto à natureza dos poderes
Intergovernamental
Supranacional
Quanto à autonomia monetária
Dependente
Independente
Conflitos internacionais
Assim como ocorre em nível interno, os entes internacionais inevitavelmente entram em conflitos, por conta disto, existem normas e institutos voltados a regulamentar as relações conflitantes entre Estados, a fim de que possam ser encontrados mecanismos condizentes a manutenção da paz e harmonia internacional.
Neste sentido, por mais que duas nações entrem em conflito, é preciso que acima de tudo seja mantida a paz mundial, motivo pelo qual a Carta das Nações Unidas determina uma série de prerrogativas a serem respeitadas pelos Estados.
Dos meios Diplomáticos
Negociação internacional
A negociação internacional pode ocorrer das mais diversas maneiras. Tendo como foco principal a solução de determinado conflito sem a necessária intervenção de um Terceiro Estado ou de uma OI.
Neste sentido, sua formação é considerada como um autotutela, podendo ser produzida tanto bilateralmente como multilateralmente.
Partes que podem realizar as negocies: Presidente (congresso ou Ministérios das Relações Exteriores)
O termino da negociação pode gerar, a grosso modo, três formas de resultado. 
Transação/renúncia/reconhecimento de Direitos.
Negociação internacional
Serviços Amistosos
São considerados todos os procedimento realizados fora do campo diplomático oficial, muitas vezes ocorrem eventualmente quando um terceiro, ou mesmo um político, mas não ligado diretamente ao governo atuante, por meio de suas relações, resolve determinado conflito.
Bons ofícios
Esta atividade ocorre com menos frequência que as demais, sua característica essencial é a presteza de determinado em auxiliar as partes conflitantes a chegar em determinado acordo, contudo sem exercer a função de mediador.
Uma caso prático que pode ser narrada foi o empréstimo/cedência da cidade de Paris pela França, em 1968, para os EUA e Vietnam, a fim de que fosse possivelmente resolvido o impasse da guerra que as duas nações enfrentavam. Neste caso, a França não funciona como interlocutora das negociações, mas apenas foi sobre seu território que ocorreu a reunião dos dois países.
Mediação
No caso da mediação o mediador não possuí a capacidade decisória, sua função dentro do conflito consiste em apaziguar os ânimos dos conflitantes, buscando elucidar eventuais duvidas sobre normativas ou mecanismo de procedimento.
Sua função é consultiva e não julgadora, não cabendo a ele o termino do conflito casos as partes assim não desejem.
Mediação
Vê-se semelhança ao que ocorre nos juizados especiais cíveis brasileiros, no qual a função de mediador é posta a candidatos que possuam noções de direito, sem que seja para tanto necessário a realização de cursos ou concursos.
Arbitragem – Jurídico
O arbitro ao contrario do mediador possuía características de poder mais marcantes, uma vez que se busca com o arbitro não apenas o entendedor da matéria, mas igualmente alguém que possua a confiança de ambas as partes, uma vez que sua decisão vincula como qualquer outro juízo naturalmente constituído.
Como não existem juízes internacionais para todas as matérias de direito, muitas vezes a OMC serve de arbitra para os conflitos internacionais.
Outro exemplo deveras observado no cotidiano do direito marítimo é a escolha de arbitragem das divergências jurídicas no Órgão de
legislação marítima Inglesa, no qual existem juízes togados que julgam apenas conflitos marítimos ingleses, ou de outras nacionalidades se assim foram escolhidos.
Os entes que exercem a atividade de arbitro são: Chefes de Estados, Comissão Mista ou Tribunal Específico. 
Meios políticos
É realizados pelos organismos internacionais que detém, de alguma forma, o poder de influência e subordinação de determinada nação, mas não a capacidade de controle total.
Tal procedimento é visto nas normativas da ONU, tanto na assembleia geral como no Conselho de Segurança, ou ainda nas determinações da OEA.
O desrespeito das normas poderá e deverá gerar consequências a curto prazo, contudo elas não tem o coercibilidade obrigacional.
Meios coercitivos
Retorsão
É aplicação que ocorre entre dois estados quando um é agredido pelo outro. Tal mecanismo serve como revide daquilo eu foi praticado, de maneira direita e imediata. 
Todavia, suas consequências devem se limitar na esfera econômica/civil, não podendo adentrar na esfera militar ou de combate.
Represália
Tal instituto se assemelha a Retorsão, baseado na intervenção direta que existe do estado lesado frente aquele que cometeu o ato ilícito.
Contudo, sua grande diferenciação é que tal instituto aceita o revide com armas, não sendo aceito dentro das normas de direito internacional.
Bloqueio Pacífico
Consiste na bloqueio econômico e de pessoas que determinada nação impõe sobre outra. Tal prerrogativa somente é válida quando o estado que estabelece o bloqueio detém os motivos necessários para tanto.
 Para que tal bloqueio seja autorizado internacionalmente devem ser respeitados alguns pressupostos, os quais são estabelecidos internacionalmente. 
Boicote
Interrupção das relações comercias por inteiro
Rompimento das relações internacionais
Tal relação consiste na retirada de todos os membros de determinado estado.
Tal ato aconteceu com muitos países durante a primavera Árabe, quando os representantes das nações se retiraram dos países em conflito.
Conselho de Segurança da ONU
Após a devida notificação do conselho de segurança para que seja mantida a paz sob a ameaça de alguma intervenção forçada, e tal aviso não for respeitado, o conselho de segurança uni suas tropas, que são formadas por regimentos mantidos para cada um dos 15 Estados partes, e realizada a retomada pela busca da paz em determinado local.
Guerra
A guerra é o elemento derradeiro dentro dos estudos dos conflitos internacionais, posto que todos os demais institutos até aqui trabalhados, e ainda, a maioria dos organismos internacionais esta voltada a manutenção da paz, e por consequência o freio a guerra.
Todavia, de maneira genérica, a guerra possui dois motivos clássicos aceitos internacionalmente, a autodefesa da soberania frente a uma intervenção física e bélica, ou ainda na defesa de uma povo de determinado local, que encontre-se em perigo de vida.
Guerra x Neutralidade
Efeitos da guerra
O marco inicial da guerra gera duas consequências lógicas e imediatas, quais sejam:
Termino das relações diplomáticas
Supressão da viabilidade de todos os tratados entre as nações conflitantes, salvo os tratados de guerra.
Efeitos
Pessoas
Lotadas no território nacional
Podem fugir
Civis
Lotadas fora do território nacional
Podem ficar
Militares
Lotadas no território do inimigo
Podem ficar presas
Bens
Por fim, os bens das pessoas que se encontram nos países conflitantes, são imediatamente confiscados em prol do conflito.
Conflitos
Por todo o narrado, compreende-se que a guerra é o último mecanismo dentro das possibilidades existentes de negociação internacionais para resolução de conflitos. 
Conduto, existindo a visão história deste instituto, somada a importância de sua normatização internacional, vários foram os tratados elaborada para a regulamentação deste mecanismo de conflito internacional.
Valendo ressaltar que dentre as principais normas do ramo, encontram-se aquelas voltadas par a proteção do ABC.

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