Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1;2;3;4 Acadêmicos(as) do curso de Bacharel em Engenharia Florestal, 2º semestre disciplina de Química Geral Experimental. Universidade do Estado do Amapá. OBTENÇÃO E ISOLAMENTO DO HIDRÓXIDO DE COBRE II COSTA, Samuel Nahon da 1 PEREIRA, Osimael Paula 2 MARTINS, Juliane Valadares 3 GONÇALVES, Adélia Alexandra da Silva 4 RESUMO O presente relatório tem como objetivo explanar um dos métodos aplicados usualmente em laboratórios para a obtenção e isolamento do hidróxido de cobre II através da reação entre sulfato de cobre penta hidratado e hidróxido de sódio, ambos em soluções aquosas por meio da filtração. Vale ressaltar que, de fato, uma observação amiúde por parte dos componentes que participarão de qualquer experimento será fundamental para busca de um resultado satisfatório deste. Palavras-Chaves: hidróxido de cobre II, precipitado, filtração. INTRODUÇÃO Muitos dos experimentos realizados em laboratório ou em qualquer âmbito envolvem na maioria das vezes uma reação química, o experimento em questão deste relatório não é uma exceção. Primeiramente, como identificar que está acontecendo uma reação química? Em geral pode-se reconhecê-la através de alterações que podem ocorrer no sistema, tais como, mudança de cor, liberação de gás (efervescência), formação de um sólido (precipitado), aparecimento de chama ou luminosidade e alteração de temperatura. Vale ressaltar que estes fatores também podem ocorrer externamente ao sistema (FELTRE, 2004). O experimento dissertado neste, encaixa-se na formação de um sólido quando ambos os reagentes (sulfato de cobre penta hidratado e hidróxido de sódio) são expostos para reagirem, estes sólidos se denominam como precipitados, oriundos da reação de precipitação. O precipitado sólido é formado quando a concentração destes íons, em solução, tiver uma quantidade suficiente para superar o produto de solubilidade do precipitado que se formará em condições termodinamicamente favoráveis (BACCAN et al., 1979). Segundo Ohlweiler (1976), para que ocorra tal reação é necessário que se tenha uma solução supersaturada da substância de interesse, considerando-se uma certa temperatura T, constante. Sendo uma solução supersaturada instável nesta temperatura, ela tende a precipitar o excesso de soluto até atingir o estado de equilíbrio (solução saturada). Essa reação é formada por nucleação e por crescimento de partículas. Se a nucleação predomina, o resultado é um grande número de partículas muito pequenas; se o crescimento das partículas predomina, um número menor de partículas de tamanho maior é obtido (SKOOG et al., 2012). Ainda segundo SKOOG et al (2012), o tamanho das partículas de sólidos formados por precipitação varia enormemente. Em um extremo estão as suspensões coloidais, cujas minúsculas partículas são invisíveis a olho nu (10_7 a 10_4 cm de diâmetro). As partículas coloidais não apresentam tendência de decantar a partir de soluções e não são facilmente filtradas. No outro extremo estão as partículas com as dimensões da ordem de décimos de milímetros ou maiores. A suspensão temporária dessas partículas na fase líquida é chamada suspensão cristalina. As partículas de uma suspensão cristalina tendem a decantar espontaneamente e são facilmente filtradas. O processo de filtração consiste na separação de uma mistura de um liquido com um sólido não dissolvido, quando o tamanho das partículas do sólido é relativamente grande e, assim, cria-se uma diferença entre o tamanho das partículas do sólido e o tamanho dos poros do papel de filtro. A obtenção do composto cujo este relatório está voltado é de suma importância para o curso de bacharel em engenharia florestal, bem como para qualquer curso que envolva estudo de espécies vegetais, pois segundo Tomazela (2006), o hidróxido de cobre é usado para combater vários tipos de agentes fitopatógenos. Costa et al (2006) ressalta que o hidróxido de cobre é um dos compostos usados para o combate da bactéria Acidovorax avenae subps citrulli, agente causal da “Mancha-Aquosa”. Diante do exposto, o experimento presente deste relatório, vem caracterizar – na prática efetuada no laboratório – todo este embasamento teórico citado. OBJETIVO Identificar e observar a formação de precipitado através da reação entre sulfato de cobre penta hidratado (CuSO4.5H2O) e hidróxido de sódio (NaOH) em soluções aquosas, e utilizar a técnica de filtração por papel de filtro para isolar o produto precipitado hidróxido de cobre II (Cu(OH)2). MATERIAIS E REAGENTES Bastão de vidro; Espátula; Garra metálica; Suporte universal; Funil analítico; Papel filtro com poros de 14 ; Pipeta graduada de 10 mL; Vidro de relógio; Becker de 50 mL; Pêra; Erlenmeyer 250 mL; 10 mL de sulfato de cobre penta hidratado (CuSO4.5H2O) e; 10 mL de hidróxido de sódio (Na(OH)). PROCEDIMETOS O experimento em questão realizou-se no dia 04 de setembro de 2013 no laboratório de química orgânica da Universidade do Estado do Amapá(UEAP). Por precaução, todas as vidrarias utilizadas foram devidamente lavadas com água destilada, e a bancada laboratorial assepsiada. Após isso, organizou-se todo o material utilizado para tal experimento na bancada, de maneira a dar início ao procedimento. Retirou-se do pote mãe 10 mL de sulfato de cobre penta hidratado — solução límpida, azul claro e translúcida —, e com o auxilio de uma pipeta graduada e despejou-se em béquer de 50 mL. O mesmo foi executado com o hidróxido de sódio — solução límpida, incolor e translúcida—, ou seja, retirou-se 50 mL do pote mãe deste com o auxilio da pipeta e misturou-se no mesmo béquer onde sulfato de cobre fora armazenado, vale ressaltar que em ambos os casos foi utilizado duas pipetas diferentes afim de não contaminar o pote mãe. Feito isso, agitou-se com o bastão de vidro a solução contendo os dois compostos citados anteriormente. Em sequência, para o processo de filtração, utilizou-se o funil e o papel filtro. O funil adaptou-se a garra metálica, em prol de realizar-se uma filtração mais cômoda. Em busca de uma melhor aderência do papel filtro no funil, despejou-se um pouco de água sobre o mesmo já dobrado e em forma de cone. Em seguida, procedeu-se a filtração, com o uso do erlenmeyer para receber o fluido oriundo da passagem pelo papel de filtro da solução em questão. O filtrado foi retirado, com o auxilio da espátula, do papel filtro para o vidro de relógio. Abaixo, na coluna à esquerda, encontra-se um fluxograma para auxiliar a compreensão deste experimento. RESULTADOS E DISCUSSÕES Após a mistura de ambas as soluções, notou-se a formação de um sistema heterogêneo apresentando um sólido gelatinoso com turbidez, exibindo certa viscosidade com grãos verdes. De maneira quase que imperceptível a solução em questão também liberou gases. A ilustração a seguir representa a equação química dos dois reagentes: CuSO4.5H2O(aq)+NaOH(aq)→Cu (OH)2 + NaSO4(aq). Após a filtração, observou-se a presença de um precipitado no papel filtro gelatinoso e de coloração a azul. Este de fato já conclui o isolamento do composto químico alvo deste relatório. Reitera-se que nem sempre o composto produzido é livre de impurezas ou erros. Um experimento pode ser executadocom toda rigidez requerido, entretanto os resultados nem sempre estarão de acordo com a teoria. Vários fatores podem influenciar nos resultados, tais como: temperatura, as vidrarias utilizadas, o tempo e etc. (BACCAN et al., 1946). Considerando-se o precipitado em questão, Baccan et al (1946), diz que os mesmos podem arrastar da solução outros constituintes que são normalmente solúveis e que nem sempre são removidos por simples lavagem, causando assim contaminação. Estas impurezas que acompanham estes constituem a maior fonte de erros na análise gravimétrica. Os precipitados gelatinosos devem também ser lavados com eletrólitos para evitar a peptização e ajudar a deslocar as impurezas adsorvidas. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Ao final da experimentação foi possível alcançar o objetivo principal, com base nas observações que o mesmo na teoria elucidava. De fato, nota-se que nas atividades laboratoriais, a mesclagem do conhecimento teórico com a prática são fatores decisivos e que regerão sucessos e insucessos em determinados experimentos de acordo com a qualidade adquirida de ambos respectivamente. Não obstante, alguns fatores são independentes se temos ou não a teoria e prática dominadas, por exemplo, se em um determinado laboratório existirem vidrarias de medidas precisas de volume usadas em estufas sem o consentimento do praticante, este será indubitavelmente um experimento voltado para erros, em virtude da expansão dessa vidraria. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BACCAN, N., ANDRADE, J.C., GODINHO, O.E.S., BARONE, J.S. Química Analítica Quantitativa Elementar.-São Paulo; Campinas: Univerdidade Estadual de Campinas, 1946. FELTRE Ricardo, Química.-6. ed.- São Paulo : Moderna,2004. SKOOG; WEST; HOLLER; CROUCH. Fundamentos da Química Analítica. São Paulo: Cengage Learning, 2012. 10 mL de solução de CuSO4.H20 Mistura 10 mL de Na(OH) Agitação com Bastão •Observação (Filtração) OHLWEILER, Otto Alcides. Química Analítica Quantitativa.-2ª ed.-Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1976.
Compartilhar