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I UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL Nitrogênio: Ciclo, Mineralização, Imobilização no Solo, Balanço, Fixação, Deficiência nos Vegetais e Adubação. Samuel Nahon da Costa Macapá/AP 2014 II SAMUEL NAHON DA COSTA Nitrogênio: Ciclo, Mineralização, Imobilização no Solo, Balanço, Fixação, Deficiência nos Vegetais e Adubação. Trabalho apresentado a prof. Msc. Mariana Martins Medeiros, como requisito básico para avaliação parcial na disciplina de Fertilidade do Solo do curso de Engenharia Florestal da Universidade do Estado do Amapá. Macapá/AP 2014 III SUMÁRIO CAPA..................................................................................................................................I CONTRACAPA.................................................................................................................II 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1 2. CONSIDERAÇÕES GERAIS...................................................................................2 3. CICLO DO NITROGÊNIO........................................................................................2 4. MINERALIZAÇÃO E IMOBILIZAÇÃO DO NITROGÊNIO NO SOLO....................3 4.1. DECOMPOSIÇÃO DAS PROTEÍNAS..............................................................4 4.2. DECOMPOSIÇÃO DOS ÁCIDOS NUCLÉICOS...............................................5 5. FIXAÇÃO ASSIMBIÓTICA E SIMBIÓTICA.............................................................5 6. SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DO NITROGÊNIO NAS PLANTAS..................... 6 6.1 SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA. .........................................................................6 6.2. OCORRÊNCIA DA DEFICIÊNCIA ...................................................................7 7. ADUBAÇÃO NITROGENADA ................................................................................7 8. BALANÇO DO NITROGÊNIO.................................................................................9 9. CONCLUSÃO........................................................................................................11 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................12 1 1- INTRODUÇÃO De fato é notável como a produtividade florestal teve avanços consideráveis na atualidade. Esses avanços, entretanto, se dispuseram a desenvolver-se na medida em que o ser humano elucidava quais fatores influenciava no crescimento dos vegetais. O nitrogênio apresenta um dos principais nutrientes responsáveis por esse desenvolvimento. O presente trabalho tem como objetivo analisar o nitrogênio, suas relações e correlações no crescimento vegetal, levando em conta a sua importância no âmbito florestal, bem como descrever seu ciclo e quais fatores bióticos e abióticos encontram-se envolvido em menor e maior escala nessa série. 2 2- CONSIDERAÇÕES GERAIS Segundo Harper (1994), o nitrogênio é essencial para as plantas. As mais importantes biomoléculas como o ATP, NADH, NADPH, clorofila, proteínas e inúmeras enzimas têm em sua composição esse elemento. Quando se leva para campo dos sistemas de produção a disponibilidade do nitrogênio pode ser o fator que limita o crescimento vegetal mais do que qualquer outro nutriente. Diante disso, será descrito primeiramente o ciclo desse nutriente, pois dentro deste está presente um apanhado geral de todos os outros pormenores citados como tema do trabalho aqui exposto, relacionando diretamente como as plantas estão envolvidas nesse processo. 3- CICLO DO NITROGÊNIO O nitrogênio se mostra como um dos elementos de caráter fundamental na composição dos sistemas vivos. Ele está envolvido com a coordenação e controle das atividades metabólicas. Entretanto, apesar de 78% da atmosfera ser constituída de nitrogênio, a grande maioria dos organismos é incapaz de utilizá-Io, pois este se encontra na forma gasosa (N2) que é muito estável possuindo pouca tendência a reagir com outros elementos. Os consumidores conseguem o nitrogênio de forma direta ou indireta através dos produtores. Eles aproveitam o nitrogênio que se encontra na forma de aminoácidos. Produtores introduzem nitrogênio na cadeia alimentar, através do aproveitamento de formas inorgânicas encontradas no meio, principalmente nitratos (NO3) e amônia (NH3 +). O ciclo do nitrogênio pode ser dividido em algumas etapas: • Fixação: Consiste na transformação do nitrogênio gasoso em substâncias aproveitáveis pelos seres vivos (amônia e nitrato). Os organismos responsáveis pela fixação são bactérias, retiram o nitrogênio do ar fazendo com que este reaja com o hidrogênio para formar amônia. • Amonificação: Parte da amônia presente no solo, é originada pelo processo de fixação. A outra é proveniente do processo de decomposição das proteínas e outros resíduos nitrogenados, contidos na matéria orgânica morta e nas excretas. 3 Decomposição ou amonificação é realizada por bactérias e fungos. • Nitrificação: É o nome dado ao processo de conversão da amônia em nitratos. • Desnitrificação: As bactérias desnitrificantes (como, por exemplo, a Pseudomonas denitrificans), são capazes de converter os nitratos em nitrogênios molecular, que volta a atmosfera fechando o ciclo. 4- MINERALIZAÇÃO E IMOBILIZAÇÃO DO NITROGÊNIO NO SOLO Geralmente, a mineralização do nitrogênio é entendida como a conversão do Nitrogênio orgânico (N-org) na sua forma inorgânica (Ni). Como o primeiro produto dessa transformação no solo é o amônio (NH4+), a amonificação é entendida como sinônimo de mineralização do Norg do solo. Entretanto, o NH4+ sofre uma rápida oxidação até NO3- realizada pelos microrganismos nitrificantes. Na prática a avaliação da mineralização do Norg de um solo se realiza por meio de medidas tanto de NH4+ como NO3-. Embora exista esta dualidade de interpretação, a mineralização do N é considerada como a transformação do N orgânico em NH4+, ou seja, a amonificação. 4 Cerca de 75 a 95% do nitrogênio encontrado nos horizontes superficiais do solo está na sua forma orgânica (Norg) distribuídos entre 3 “compartimentos” a) biomassa; b)resíduos e c) substâncias húmicas. No caso de biomassa e resíduos, o nitrogênio é encontrado fazendo parte de paredes celulares (quitina, peptidioglicano), proteínas, aminoácidos e ácidos nucleicos. Nas substâncias húmicas o nitrogênio forma complexos que somente podem ser fracionados artificialmente por meio de hidrólise ácida, sendo, portanto, de difícil caracterização. Estes compostos húmicos são recalcitrantes, isto é, persistem por longos períodos de tempo no solo. É importante frisarque todo o nitrogênio orgânico (Norg) está na forma de N- NHx (amina, amida, imidas) e por esta razão o primeiro produto de sua mineralização é sempre o N-amoniacal (NH3 ou NH4+). 4.1- DECOMPOSIÇÃO DAS PROTEÍNAS Uma das principais fontes de nitrogênio orgânico no solo são as proteínas, liberadas após a morte e liberação do conteúdo celular da biomassa microbiana, vegetal ou animal. O processo de decomposição é realizado em várias etapas. A primeira etapa é denominada proteólise que é a degradação enzimática de proteínas por meio de proteases ou proteinases, que separam a cadeia proteica em peptídeos curtos e logo a seguir atacada por peptidases que liberam os diversos aminoácidos: Proteases Peptidases Proteínas ------------------- Peptídeos -------------------- aminoácidos As Proteinases são produzidas por muitos fungos e bactérias principalmente aquelas pertencentes aos gêneros Clostridium, Pseudomonas e Bacillus. As peptidases são muito mais comuns entre os microrganismos. Assim, muitos meios de cultivo de microrganismos heterotróficos do solo utilizam peptona, que são peptídios produzidos a partir hidrólise parcial de uma fonte proteica tais como: carne, leite (caseína), ou soja. Em uma segunda etapa os aminoácidos liberados durante a proteólise sofrem um processo de desaminação para liberação do grupo N-NH2 e liberação de NH3 5 por meio de rotas metabólicas envolvendo a desaminação direta, desaminação oxidativa ou descarboxilação com produção de CO2 + NH3. 4.2- DECOMPOSIÇÃO DOS ÁCIDOS NUCLÉICOS Devido a sua estrutura polimérica de Bases os ácidos nucleicos, RNA e DNA, são importantes fontes de N e também de P para os microrganismos. No aspecto quantitativo é considerada a segunda fração em importância no solo, logo após as proteínas. São incorporados no solo após a autólise celular e seguem uma rápida degradação no solo por meio de enzimas denominadas genericamente de nucleases (ribonuclease ou deoxi-ribonuclease). Deve-se ressaltar que, similarmente a todas as enzimas envolvidas no processo de mineralização do N-org do solo, estas enzimas tem atuação extracelular gerando bases nitrogenadas (mononucleotídeos e mononucleosídeos). Os nucleosídeos gerados podem ser assimilados pelos microrganismos e metabolizadas até a formação seus produtos finais na forma de ureia e CO2, conforme a seguinte sequência de eventos. Polinucleotídeos (DNA, RNA) (1) mononucleotídeos + nucleosídeos + P(2) ureia + CO2 + PO4-. (1) Enzimas nucleases (extracelular) (2) Metabolismo Oxidativo (intracelular) 5- FIXAÇÃO ASSIMBIÓTICA E SIMBIÓTICA A fixação do nitrogênio é o processo pelo qual o nitrogênio gasoso do ar é incorporado em compostos orgânicos nitrogenados e, assim, introduzido no ciclo do nitrogênio. A fixação deste gás, que pode ser efetuada, em graus apreciáveis, por apenas algumas bactérias e algas azuis, é um processo do qual dependem atualmente todos os organismos vivos, da mesma forma que todos eles dependem, em última análise, da fotossíntese para a obtenção de energia. Das várias classes de organismos fixadores de nitrogênio, as bactérias simbióticas são, incomparavelmente, as mais importantes em termos de quantidades totais de nitrogênio fixado. A mais comum das bactérias fixadoras de nitrogênio é Rhizobium, que é um tipo de bactéria que invade as raízes de 6 leguminosas (angiospermas da família Fabaceae ou Leguminosae), tais como trevo, ervilha, feijão, ervilhaca e alfafa. Os efeitos benéficos das leguminosas sobre o solo são tão óbvios que foram reconhecidos há centenas de anos. Teofrasto, que viveu no terceiro século a.C. escreveu que os gregos utilizavam culturas de feijão para enriquecer os solos. As bactérias não simbióticas dos gêneros Azotobacter e Clostridium são capazes de fixar o nitrogênio. Azotobacter é aeróbico, ao passo que Clostridium é anaeróbico; ambas são bactérias saprófitas comuns encontradas no solo. Calcula- se que elas fornecem provavelmente cerca de 7 quilogramas de nitrogênio por hectare de solo por ano. Outro grupo importante inclui muitas bactérias fotossintéticas. As algas azuis de vida livre desempenham também um papel importante na fixação do nitrogênio. São cruciais para o cultivo do arroz, que constitui a principal dieta de mais da metade da população mundial. As algas azuis podem desempenhar também um importante papel ecológico na fixação do nitrogênio nos oceanos. A distinção entre fixação do nitrogênio por organismos de vida livre e simbióticos pode não ser tão rigorosa como se pensava tradicionalmente. Alguns micróbios ocorrem regularmente no solo, ao redor das raízes de certas plantas que eliminam carboidratos, consumindo estes compostos e, ao mesmo tempo, fornecendo indiretamente nitrogênio para as plantas. As associações simbióticas entre bactérias normalmente de vida livre, como Azotobacter, e as células de plantas superiores em culturas de tecido induziram seu crescimento num meio artificial carente de nitrogênio. 6- SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DO NITROGÊNIO NAS PLANTAS 6.1- SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA Por ser altamente móvel na planta, o sintoma de deficiência aparece em folhas velhas. Inicia-se com a coloração verde clara, progredindo para um amarelecimento generalizado e pequenos pontos avermelhados distribuídos por todo o limbo foliar. No estágio mais avançado, além do menor crescimento e mudança da coloração das plantas, ocorre intensa desfolha. 7 O nitrogênio está relacionado diretamente com o aumento da área foliar e também com o crescimento vegetativo. Ele está presente na formação das proteínas, daí a importância dele nos vegetais. 6.2- OCORRÊNCIA DA DEFICIÊNCIA Pode ocorrer em plantas sobre solos pobres em matéria orgânica. Elevada acidez do solo é um dos motivos de baixos teores de nitrogênio, uma vez que proporciona menor taxa de mineralização da matéria orgânica, ou seja, pouca matéria orgânica convertida em nitrogênio. A alta precipitação causa lixiviação desse nutriente no solo, podendo com isso causar deficiência de nitrogênio nas plantas. Sob seca prolongada o processo de absorção por fluxo de massa diminui, com isso pode ocorrer a deficiência de nitrogênio, uma vez que esse nutriente é absorvido por fluxo de massa. 7- ADUBAÇÃO NITROGENADA O nutriente nitrogênio é um macronutriente primário ou nobre, além de ser o mais utilizado mais extraído e mais exportado pelas culturas. Sendo assim, a sua utilização na agricultura é essencial para as plantas cumprirem seu ciclo de vida. Todos os adubos nitrgenados são altamente solúveis. Eles não deixam efeito residual para a próxima safra; aumentam a acidez (processo de nitrificação aumenta consideravelmente a acidez); índice salinico relativamente alto; isento de macronutrientes secundários em sua fórmula (exceção do Sulfato de Amônia). Contudo, a adubação nitrogenada é a maio responsável pela disponibilidade do N no solo. As formas em que o N se apresenta nos adubos nitrogenados são: Nítricas (Ex. Nitrato de Cálcio), amoniacal (Ou ambas como e o caso do Nitrato de Amônia), orgânica e amídica (Uréia). A concentração de N nos adubos pode variar desde 82% na amônia anidra até alguns décimo de 1% nos adubos orgânicos. Neste contexto, podemos observar um grande número de adubos nitrogenados, dentre os quais: Uréia – CO(NH2)2 – Apresenta 45% de nitrogênio (N) solúvel em água; absorve com facilidade a umidade do ar (hidroscopidade), razão por que seus grânulos são revestidos com material protetor paradiminuir a hidroscopicidade. No solo, o nitrogênio da ureia transforma-se em amônia (NH3) gasosa e nitrato (NO3). 8 Sulfato de Amônio – (NH4)2SO4 – Apresenta 21% de nitrogênio (N) e também 23% de enxofre (S) solúvel em água; é cristalizado e pouco hidroscópico. Nitrato de Sódio (Salitre do Chile) – NaNO3 – Apresenta 16% de nitrogênio (N) solúvel em água. Pode ser obtido industrialmente ou provir de jazidas existentes no Chile. Nitrato de Potássio – KNO3 – Apresenta 13% de nitrogênio (N) e 44% de potássio (K2O), solúvel em água. Nitrato de Sódio e Potássio ou Salitre duplo Pótassico – NaNO3 + KNO3 – Apresenta 15%de nitrogênio (N) e 14 % de potássio (K2O), solúvel em água. Nitrato de Amônia – NH4NO3 – apresenta 33,5% de nitrogênio (N) solúvel em água, metade no forma nítrica e metade na amoniacal. Nitrocálcio – NH4NO3 + calcário – Apresenta 27% de nitrogênio (N) solúvel em água, além de 2,8% a 3,5% de cálcio (Ca) e 1,2% a 1,8% de magnésio (Mg). Sulfonitrato de amônio – NH4 NO3 + (NH4)2SO4 – Apresenta 26% de nitrogênio (N) e também 15% de enxofre (S), solúveis em água. Solução nitrogenada – Obtida pela dissolução de fertilizantes nitrogenados com uréia, nitrato de amônio e outros, em água; apresenta 21% de nitrogênio (N). Água Amoniacal – NH3 – Dissolvido em água; apresenta 10% de nitrogênio. Amônia Anidra – É um gás á temperatura ordinária, liquefazendo-se quando comprimido. Apresenta 82% de nitrogênio, sendo por isso o adubo nitrogenado mais concentrado que se conhece. 9 Uram – E uma mistura entre Nitrato de amônia e uréia. Fosfato Monoamônico – NH4H2PO4 – Também conhecido por MAP. Apresenta 10% de nitrogênio (N) e 46 a 50% de fósforo (P2O5), solúveis em água; apresenta ainda 2 a 5% de fósforo (P2O5) solúvel em solução neutra de citrato de amônio. Fosfato Diamônico – (NH4)2HPO4 – Também conhecida por DAP; apresenta 16% de nitrogênio (N) e 38% a 40% de fósforo (P2O5) solúveis em água; apresenta ainda 4% a 6% de fósforo (P2O5) solúvel em solução neutra de citrato de amônio. Fertilizantes Orgânicos – O principal nutriente vegetal dos fertilizantes orgânicos é o nitrogênio, que infelizmente se apresenta com teores baixos. Os materiais orgânicos com teores mais elevados de nitrogênio, como as tortas de semente de algodão, mamona e amendoim, com 4% a 7% de nitrogênio (N), são empregados com maior lucro na alimentação animal. Restam como fertilizantes os estercos bovinos e de galinha, borra de café, turfa, linhito e composto orgânicos, estes produzido a partir de restos vegetais ou do lixo urbano; nestes materiais orgânicos o nitrogênio (N) não ultrapassa 1% exceto no esterco de galinha, onde pode atingir 1,5% a 2%. O nitrogênio dos materiais orgânicos é insolúvel em água, mas é aproveitado pelas plantas após a decomposição do material no solo. 8- BALANÇO DO NITROGÊNIO Como já foi mencionado durante o trabalho, o nitrogênio é um dos principais elementos envolvido no desenvolvimento vegetal. Portanto, sua demanda é de vital importância para almejar uma produtividade lucrativa. Juntamente com o carbono, o nitrogênio tem que estar em uma proporção mais ou menos de 2:1, respectivamente. Na maioria das vezes percebemos esse fato notável nas florestas, a serapilheira é uma das principais fontes de nutrientes para algumas espécies vegetais. A serapilheira ou serrapilheira exerce inúmeras funções no equilíbrio e dinâmica dos ecossistemas, compreendendo a camada mais superficial do solo em ambientes florestais, composta por folhas, ramos, órgãos reprodutivos e detritos (Costa et al., 2010).Sua produção controla diretamente a quantidade de nutrientes 10 que retorna ao solo e seu acúmulo se relaciona com a atividade decompositora dos microrganismos e com o grau de perturbação dos ecossistemas (Brun et al., 2001; Figueiredo Filho et al., 2003; Vital et al., 2004; Fernandes et al.,2006). Por estas razões, a produção de serapilheira constitui um importante processo de controle da ciclagem de nutrientes (Barnes et al., 1997). Enfatizando a importância do estudo da serrapilheira, Tadaki (1977) considera que a biomassa das folhas de uma comunidade florestal está entre as mais importantes peças de informação para se analisar a capacidade produtiva. Levando para a adubação antrópica, mesmo sendo difícil existir uma saturação pelo nitrogênio, deve-se ter cuidado ao usá-lo no do solo, já que seu excesso também pode trazer injurias para o vegetal. A relação C/N é a proporção de carbono contida em cada material em relação ao nitrogênio. Esses dois elementos são muito importantes para os seres vivos, assim como para os organismos que degradam a matéria orgânica. Porém, em relações baixas ou altas desses elementos, a eficiência do processo irá diminuir. Esse fato poderia limitar a ciclagem da matéria orgânica, o que acarretaria vários prejuízos, já que seus benefícios são múltiplos. 11 CONCLUSÃO Diante do exposto, percebe-se o quanto o nitrogênio é essencial para o desenvolvimento vegetal e como o mesmo passa por vários processos dentro de um ciclo para então passar a ser assimilado pelo vegetal. Encontrar medidas que o utilize de maneiras a otimizar a produção sem que afete demasiadamente o solo, buscando, dentro das variedades de adubos que este encontra-se presente, aqueles que minimize seus efeitos pós-uso, deveria ser um dos objetivos que todo engenheiro florestal deveria sanar durante a implantação de um projeto quaisquer que envolva o uso desse elemento, de maneira a mitigar seus efeitos de uso excessivo como mencionado neste trabalho 12 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADUBAÇÃO NITROGENADA. Disponível em http://www.rragroflorestal.com.br/downloads/manual1.pdf. Acessado em: 22/10/2014 BARNES, B.V.; ZAK, D.R.; DENTON, S.R.; SPURR, S.H. Forest Ecology. Oxford: John Wiley & Sons, 1997. BRUN, E.J.; SCHUMACHER, M.V.; SPATHELF, P. Relação entre a produção de serrapilheira e variáveis meteorológicas em três fases sucessionais de uma floresta estacional decidual no Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Agrometeorologia, v.9, n.2, p.277-285, 2001. CICLO DO NITROGÊNIO. Disponível em http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ar/nitrogenio.php , Acessado em: 22/10/2014 COSTA, C.C.A.; CAMACHO, R. G. V.; MACEDO, I. D.; SILVA, P. C. M. Análise comparativa da produção de serrapilheira em fragmentos arbóreos e arbustivos em área de caatinga na Flona de Açu - RN. Revista Árvore, n.34, v.2, p.259-265, 2010. FERNANDES, M.M.; PEREIRA, M.G.; MAGALHÃES, L.M.S.; CRUZ, A.R.; GIÁCOMO, R. G. Aporte e decomposição da serrapilheira em área de floresta secundária, plantio de sabiá (Mimonsa caesalpinieafolia Benth). E andiroba (Carapa guianensis Aubl.) na Flona Mario Xavier, RJ. Ciência Florestal, v.16, n.2, p.163- 175, 2006. FIGUEIREDO FILHO, A.; FERREIRA, G.M.; BUDANT, L.S.; FIGUEIREDO, D.J. Avaliação estacional da deposição da serrapilheira em uma Floresta Ombrófila Mista localizada no sul do Estado do Paraná. Ciência Florestal, v.13, n.1, p.11-18, 2003. HARPER, J.E. Nitrogen metabolism. In: BOOTE, K.J., BENNETT. J.M., SINCLAIR, T.R., et al. 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