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Guia de Prerrogativas Rio de Janeiro, 2017 2ª edição OABRJComissão dePrerrogativas O seu manual prático de prerrogativas. Valorizando e aperfeiçoando a advocacia. Presidente da OAB/RJ Felipe Santa Cruz Vice-presidente Ronaldo Eduardo Cramer Veiga Secretário-geral Marcus Vinícius Cordeiro Secretária-adjunta Ana Amelia Menna Barreto Tesoureiro Luciano Bandeira Arantes Comissão de Prerrogativas - Gestão 2016-2018 Presidente Luciano Bandeira Arantes Vice-presidente Diogo Tebet Secretário-geral Mario Nilton Leopoldo Procuradoria Ramon Teixeira de Sousa Luan Fernandes Cordeiro Assessoria jurídica Raphael Vitagliano Renato Teixeira de Sousa Pedro Henrique L. C. Bezerra Karen Calabria Alves Secretaria Lacy Maria Tavares Costa OABRJ Delegados de prerrogativas Alaide de Fatima da Silva Pereira Alessandra Amanda M. de O. Rodrigues Alessandra de Barros Wanderley Alessandra Moreira Santos Alexandro Rodrigues Paroli Amanda Pena Nunes Ana Carolina Ferrari Peres Ana Cristina Cavalcante Ana Paula Aires Ferreira Leitão Anderson Carneiro de Holanda Andréa Maria Silva de Assis Andrea Paula Jordão de Deus Antônia de Maria Ximenes Oliveira Antonio Carlos Marques Fernandes Aristóteles Almeida Filho Arthur Mattos Rosa e Silva Filho Barbara Carla da Mata Ewers Bianca Maria Gomes Pinto Cukier Braulio Silva Gomes de Freitas Bruna Gomes de Oliveira Bruno Alves Caio Silva de Souza Carlos Alberto do Nascimento Carlos Alexandre Silva Santos Carlos André Barbosa Nascimento Carlos Andre Franco Marques Viana Carlos Augusto de Castro Ávila Cláudia Maria de Assis Torres Cláudio Carvalho Cunha Cristiane dos Santos Cordeiro Daniel Ponte David Ferreira Bastos Diana Filizola Brandao Felipe Elza de Cassia Menezes Ricardo Coelho Eric de Sà Trotte Erlane Soares Cardoso Fabiana Batista Vasconcellos Fabiana de Oliveira Fabiana Pereira Costa Gomes Fabiano Lyra Quintela Fabio Felipe Pitta Fernandes Correa Fabricio Leo Vasconcelos Felipe Vieira de Araujo Correa Fernanda Carla Nascimento Pansini Fernanda Cristine Soares Fonseca Mata Flavia da Silva Canaveira Neves Flávio Viana de Sant’ana Francisco Eugenio Santos de Oliveira Francisco Gabriel Pacheco Junior Frederico de Lima Santana Rafael Cunha Kullmann Bruno Silva Rodrigues Leonardo Duarte Alves Vieira Marcele de Araújo Almeida Ricardo Pieri Nunes Ricardo Sid Machado da Silva Marco Aurélio Porto de Moura Marcos Vidigal de Freitas Criciúma Pedro Cirne de Oliveira Helton Márcio Pinto Leonardo Bruno Brizzante Cupello Leonardo Monteiro Villarinho Luiz Rodrigo de A. Barbuda Brocchi Marcelo Napolitano de Oliveira Carloliny Albernard Gomes Pedro Maurity Santos Rodrigo Britto de Oliveira Ribeiro Rodrigo Falk Fragoso Cristiano Falk Fragoso Rogério Marcolini de Sousa Sérgio Chastinet Duarte Guimarães Carlos Alberto Lube Júnior Carlos Eduardo Gonçalves Fernanda Francisca de S. Freixinho Fernanda Pereira da Silva Machado Gustavo Alves Pinto Teixeira Giovanni Pugliese G. de Magalhães Membros da comissão Frederico Souza de Carvalho Gabriel Rocha Brasil Gabriela Lorenzoni da Silva Gabriela Neri Santos Pinheiro Gonzalo de Alencar Lopez Gracieli Guimarães da Silva Cardoso Heitor Gama Pimentel Iasmin Brito Gadelha Ingrid Gonçalves da Silva Magalhaes Isabela Marinho Leal Jairo dos Santos Salvador Jânio Carlos Almeida de Carvalho Jaqueline da Silva Almeida Rodrigues Jaqueline de Mello Jorge Jefferson Araujo de Paulo Jefferson dos Anjos Martins João Gabriel Menezes Costa Melo José Alexandre dos Santos Jose Ricardo V. Ribeiro de Assis Karen de Lima e Silva Marques Katia Cristina Cavalcante Kelly Rodrigues de Almeida Lane Cruz de Lima Lane Dias Ribeiro Lany Cruz de Lima Larissa Maria Abdalla de C. Jaued Leandro Francesco Viana Cardone Leandro Pedrosa Leonardo Alvares dos Prazeres Mendonça Livia Regina M. França Evangelista Lucas Pastore Laporte de Souza Luciana Ferreira da Silva Luciana Martins Omena Luis Antonio dos Santos Luis Antonio Vicentini Mota Luis Flavio Souza Biolchini Maiza Dias dos Santos Benace Manuel de Almeida Rito Marcelo Vinicius Rabelo Pinheiro Marcos Fabricio Barboza G. L. de Souza Marcus Vinicius Oliveira do Carmo Maria Augusta Simões Moreira Maria Helena de Sales Mariana de Oliveira Pereira Mario Fabricio Coutinho Polinelli Marisa Chaves Gaudio Mauro Vasconcelos Ribeiro de Assis Michelle Aguiar da Costa Michelle Ferreira da Cruz Fonseca Velloso Mônica Adur Fontes Murilo de Cerqueira Sampaio Nastassja Thami Chalub Americo dos Reis Nelson Austregesilo de Athayde Pestana Nicolas Dante Di Lulio Octavio Leopoldo Marins Ribeiro Moraes Patricia de Azevedo Guerra Paulo Renato de Aguiar Moraes Alves Paulo Roberto de Carvalho Rocha Paulo Roberto Fonteles Grossi da Veiga Paulo Roberto Pereira dos S. Filho Pedro Eugenio Werly Ferreira do Cabo Philipe Freitas Correa dos Anjos Priscille Germana Rodrigues dos Santos Prisicilla Paoliello de Sarti Rafael Rodrigues de Almeida Raphael Coelho dos Santos Raphael Ferreira da Silva Duarte Reinaldo Cavalcanti da S. Alvarenga Roberto Banhara Drummond Gonçalves Rodrigo da Silveira Marques Pereira Rodrigo Fontoura Assef Rodrigo Holanda Bragança Rodrigo Ignacio Mondego Rodrigo Oliveira Maia Rosa Maria da Silva Cunha Estevez Roseane Ferreira Gomes Roseane Ferreira Gomes Shanna Peres Correa Argonez Soraya Fonseca Salomão Tamina Matos Brandão Thiago Camel de Campos Thiago Lourenço de Mattos Thiago Miotto Viana Thuani da Silva Baptista Thuany de Moura Costa Vargas Lopes Vanessa Cristina de Assis Martins Vanessa Lopes Siqueira dos Santos Vinicius Soares da Costa Freitas Vinicius Soares Saldanha Marinho Vitor Luiz dos Santos Soares Wanderson Costa de Mello Willian Augusto Brand Pinheiro Delegados de prerrogativas (Justiça do Trabalho) Estagiários Clarissa Costa Carvalho Eduardo Ribeiro Tarjano Leo Janio Carlos Almeida De Carvalho Jorge Ribeiro Cabo Luiz Claudio Correa Marcio José da Silva Nilton Lavoura Campos Paulo Cesar Brasiliense Canuto Ronald Santos da Silva Naira da Silva Marcondes A defesa das prerrogativas é a bandeira priori- tária da OAB/RJ desde o primeiro dia de nossa gestão. Para fortalecer a luta pelo cumprimento dos direitos dos advogados e impedir desrespeito e abusos, am- pliamos a comissão dedicada ao tema, fomos ao Ju- diciário diversas vezes, promovemos campanhas de conscientização e realizamos desagravos na porta dos tribunais. Este Guia de Prerrogativas é mais uma inicia- tiva a se somar no esforço da Seccional. Aqui estão compilados os artigos do Estatuto da Advocacia que dispõem sobre o assunto e a jurisprudência das cortes superiores. O objetivo é informar, de manei- ra simples e direta, sobre as garantias legais que a advogada e o advogado têm no exercício de sua pro- fissão. E, também, divulgar os meios de contato da Ordem para eventuais denúncias. Estamos certos de que o Guia será de grande valia não só para a classe, mas também para aque- les que lidam diariamente com a advocacia no labor Informação direta sobre os direitos da advocacia cotidiano: magistrados, promotores, serventuários e autoridades em geral. Afinal, prerrogativa é lei, não é favor. Boa leitura. Felipe de Santa Cruz Presidente da OAB/RJ Em momentos de crise econômica e institucional como a que vivemos, a advocacia é duplamente sacrifica- da. Elo entre a população e a Justiça, nossa atividade vive a sobrecarga da demanda judicial de tempos agudos, ao mesmo tempo em que encara a dura realidade que atra- vanca processos nas varas e tribunais do estado. Ali, permanecem as mesmas mazelas – morosida- de, falta de serventuários e juízes,desrespeito as prer- rogativas – a afrontar, diariamente, o Estatuto da OAB e penalizar o advogado no seu direito ao trabalho. Em ato que acompanhou o recrudescimento da crise, o presidente Felipe Santa Cruz aprovou, no iní- cio de 2016, a reestruturação completa da Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ. Ampliamos seu alcance, organização e capilaridade para fazer frente aos enor- mes desafios que se apresentavam. Foram criadas coordenadorias descentralizadas por atividade, dando mais abrangência no atendimento. Aumentamos o número de delegados voluntários – hoje Auxílio ao colega no cumprimento de sua missão Luciano Bandeira Presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ são mais de 3 mil. O primeiro ano mostra resultados só- lidos: quatro mil casos oficiados, 3.633 processos aber- tos, 40 habeas corpus, 200 representações contra juízes e 320 atendimentos pessoais. Não existe satisfação com tais números, pois são reflexo de que ainda há muito a se fazer preven- tivamente. Este Guia – que na presente edição ganha dois novos capítulos, um dedicado às mulheres ad- vogadas e outro, à mediação – é um aliado para mo- dificarmos esta realidade. Um auxílio ao profissional que se sentir aviltado no cumprimento de sua missão. E uma extensão do trabalho incansável da comissão, que continuará atuando firme na defesa da classe. A Comissão de Prerrogativas ......................................... 15 Serviços da Comissão ..................................................... 17 Tratamento ao advogado ............................................... 19 Inviolabilidade da palavra ............................................. 25 Prisão e busca e apreensão ........................................... 29 Honorários advocatícios ................................................ 35 Despacho com magistrado ............................................ 41 Vista de autos ................................................................ 47 Advocacia criminal......................................................... 53 Desagravo público.......................................................... 59 Mulheres advogadas ..................................................... 65 Mediação ........................................................................ 69 Sumário Novo Novo O advogado é indispensável à administração da Jus- tiça (art. 2º, caput, do Estatuto da Advocacia e art. 133 da Constituição Federal) e, mesmo no seu ministério privado, “presta serviço público e exerce função social” (art. 2º, §1º, do Estatuto da Advocacia). O Estatuto da Advocacia, que regula o funcionamen- to da profissão e traz as prerrogativas profissionais dos ad- vogados, é a Lei Federal 8.906/94. Neste guia iremos des- tacar, de forma objetiva, as prerrogativas mais comumente violadas, de acordo com o apurado no acervo de processos em curso na Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ. A ideia é que este material seja um guia de bolso para consulta imediata do advogado e da advogada, no intuito de combater as violações de prerrogativas que diariamente atingem a categoria. Esta cartilha servirá, também, para co- nhecimento objetivo de outros operadores do Direito, como magistrados, promotores, delegados de polícia e servidores públicos em geral, com o objetivo pedagógico de, progressi- vamente, diminuir as violações perpetradas, fortalecendo a advocacia e a administração da Justiça. A Comissão de Prerrogativas A Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ dispõe dos seguintes serviços, executados de forma perma- nente, em apoio aos advogados e advogadas do Rio de Janeiro: 1) Plantão presencial no Tribunal de Justiça – Avenida Erasmo Braga, 115, Sala 409, Centro, RJ; 2) Plantão por telefone 24h – (21) 99803-7726; 3) Denúncias e pedidos de assistência pelo e-mail prerrogativas@oabrj.org.br ou no Portal da OAB/RJ (www.oabrj.org.br), acessando-se, na área de prerro- gativas, o formulário para envio de violação; 4) Pedido de agilização processual, que pode ser re- querido pelo e-mail prerrogativas@oabrj.org.br ou no Portal da OAB/RJ (www.oabrj.org.br), acessando a aba CPAP, na área de prerrogativas1; 1 O advogado pode solicitar à Comissão Especial Pró-Agilização Pro- cessual uma análise sobre processo cuja tramitação está lenta ou pa- ralisada, para que a comissão se empenhe em agilizá-lo. Serviços da Comissão de Prerrogativas 5) Consulta de alvará de soltura prejudicado online, por meio de formulário específico localizado na área de prerrogativas no Portal da OAB/RJ2; 6) Solicitação online de extrato de pena de clien- tes, por meio de formulário específico, loca- lizado na área de prerrogativas no portal da OAB/RJ (www.oabrj.org.br)3; 2 Por formulário, é possível solicitar à Comissão de Prerrogativas a consulta a alvarás prejudicados, isto é, os alvarás de soltura que não poderão ser cumpridos devido a existência de outros mandados de prisão em relação ao réu. Tais mandados não são acessíveis na Vara de Execuções Penais (VEP). 3 O advogado pode solicitar à Comissão de Prerrogativas o extrato da pena de seu cliente, como resumo do cálculo da pena, cumprimento das frações de pena projetadas no tempo, dados pessoais do apenado e histórico penal, obtido via sistema Vara de Execuções Penais (VEP), em convênio com a Comissão de Prerrogativas. De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Tratamento ao advogado 1 Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Desagravo público Advocacia Crim inal Vista de Autos Despachar com M agistrado Honorários Advocatícios Prisão / Busca e Apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Guia de Prerrogativas | 21 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Art. 6° do Estatuto da Advocacia Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. Parágrafo único. As autoridades, os servidores pú- blicos e os serventuários da Justiça devem dispen- sar ao advogado, no exercício da profissão, trata- mento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho. A primeira observação a se destacar é sobre a igualdade entre advogados e outras autorida- des. Não só magistrados e membros do Ministério Público devem tratar o advogado com urbanidade, conforme determinam o artigo 35, inciso IV, da Lei Complementar 35/79 – Lei Orgânica da Magistratura Nacional; o artigo 236, inciso VII, da Lei Complemen- tar 75/93 – Estatuto do Ministério Público; e o artigo 44 do Código de Ética e Disciplina da OAB. Da mesma forma, há igualdade entre advogadose policiais, de- legados de polícia e demais autoridades públicas ou chefias privadas. Ademais, o dever de urbanidade de qualquer funcionário que exerça função pública – concursa- 22 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado do ou não – decorre do princípio da urbanidade, que consta do art.6°, §1°, da Lei 8.987/95, e no art.3°, inciso I, da Lei 9.784/99. Cabe ainda observar que o advogado presta serviço público e, por isso, tam- bém deve se comunicar com urbanidade e cortesia. Dessa forma, os advogados devem tratar e ser tratados com urbanidade, não devendo haver qual- quer privilégio entre autoridades e advogados, a fim de que se mantenham em patamares idênticos. Os advogados necessitam exercer sua profis- são com independência. “Nenhum receio de desa- gradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advo- gado no exercício da profissão”. (cf.art. 31, §2°, do Estatuto da Advocacia). Por isso, pleitear o que se entende devido, sempre com urbanidade, não pode ter como resulta- do o receio. O advogado deve fazer suas colocações sem temer represálias, mesmo que as autoridades as pratiquem. Em caso de sofrer uma retaliação, o colega deve contatar imediatamente a Comissão de Prerrogativas, por meio de um de seus canais: 1) Telefone de plantão: (21) 99803-7726 2) E-mail: prerrogativas@oabrj.org.br Guia de Prerrogativas | 23 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Cada um de nós, diariamente, é responsável por garantir que a advocacia seja tratada de forma cortês e leal, denunciando e ajudando os colegas que se encon- trarem em dificuldade. Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Inviolabilidade da palavra 2 Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Guia de Prerrogativas | 27 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Art. 7° do Estatuto da Advocacia São direitos do advogado: § 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos ex- cessos que cometer. (v. ADI 1127) A palavra é o instrumento de trabalho do advo- gado e, por isso, por diversas vezes, para fazer valer os direitos de seus clientes, os colegas manifestam – e de- vem manifestar – seu inconformismo com a atuação de alguma autoridade. Deste modo, a utilização de adjetivos negativos, condenando determinado ato praticado por autoridade ou servidor público, não caracteriza crime contra a hon- ra. Apesar de configurar um comportamento negativo, em determinadas situações se faz necessário. Sobre- tudo no contexto de abuso de poder, em que o advo- gado pode entender por agir de forma mais veemente. Assim, tais expressões não caracterizam os cri- mes de injúria e difamação, exatamente por faltar ao advogado a intenção de atacar a honra da autoridade, 28 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado (animus injurandi) mas tão somente o de expressar sua opinião sobre a prática de determinado ato. Já decidiu o Supremo Tribunal Federal: [...] expressões tidas como contumeliosas, pro- nunciadas em momento de grande exaltação e no calor dos debates; críticas acres ou censura à atuação profissional de outrem, ainda que veementes, agem como fatores de descarac- terização do tipo subjetivo peculiar aos crimes contra a honra. Inexistência de animus inju- riandi. (STF-HC 81885, DJ 29.08.2003, relator Ministro Maurício Corrêa) Portanto, não podem ser imputados aos advo- gados os crimes de injúria e difamação. É importante ressaltar que o conceito de exces- so, presente na jurisprudência, foi fruto de uma cons- trução jurisprudencial não prevista na lei 8.906/94 como limite à prerrogativa da inviolabilidade. Portanto, a posição da OAB/RJ é no sentido da inviolabilidade ir- restrita, tal como a imunidade parlamentar, nos exatos limites do art. 7°, §2° da Lei 8.906/94. Em caso de indiciamento do advogado em si- tuações assim, comunique-se imediatamente com a Comissão de Prerrogativas. Prisão / Busca e apreensão 3 30 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Guia de Prerrogativas | 31 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Art. 7° do Estatuto da Advocacia São direitos do advogado: II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo liga- do ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; § 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da pro- fissão, em caso de crime inafiançável, obser- vado o disposto no inciso IV deste artigo. § 6° Presentes indícios de autoria e materia- lidade da prática de crime por parte de ad- vogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e porme-32 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Alguns pontos da disciplina estatutária valem ser destacados: • O advogado só pode ser preso em flagrante, no exercício da função, por crime inafiançável; • Durante a lavratura do ato deve estar acompanha- do de representante da OAB, sob pena de nulidade; • Ser mantido preso em sala de Estado Maior até o trânsito em julgado e, em sua ausência, em pri- são domiciliar; norizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documen- tos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. (In- cluído pela Lei 11.767, de 2008) § 7° A ressalva constante do § 6° deste ar- tigo não se estende a clientes do advoga- do averiguado que estejam sendo formal- mente investigados como seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. Guia de Prerrogativas | 33 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o O local de trabalho, os instrumentos de trabalho e as correspondências físicas e eletrô- nicas do advogado não podem ser devassadas em buscas e apreensões, salvo quando for o ad- vogado a pessoa investigada*; *Requisitos da exceção: Decisão motivada indicando os indícios de autoria e materialidade; Mandado de busca e apreensão, específico e porme- norizado; O mandado deve ser cumprido na presença de re- presentante da OAB; Disse o STF, diferenciando “cela” de “sala”: “Enquanto uma ‘cela’ tem como finalidade típi- ca o aprisionamento de alguém – por isso, de regra contém grades –, uma ‘sala’ apenas oca- sionalmente é destinada para esse fim.” (trecho da decisão proferida pelo relator ministro Celso de Mello na Medida Cautelar na Reclamação 149921/MCRS,DJ15.02.2013 34 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Honorários advocatícios 4 Guia de Prerrogativas | 37 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Art. 22° do Estatuto da Advocacia A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência. §4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamen- te, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou. Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo re- querer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar ho- norários e o contrato escrito que os estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, in- solvência civil e liquidação extrajudicial. §1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier. 38 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado São três os tipos de honorários advocatícios: Os honorários advocatícios possuem natureza alimentar (cf. Súmula Vinculante 47, STF) • Os contratuais; • Os fixados por arbitra- mento judicial; • Os de sucumbência; Os honorários con- tratuais são aqueles acor- dados com o cliente, pre- viamente ao trabalho a ser executado. Os fixados por arbitramento são aque- les determinados judicialmente, quando não há prévia estipulação entre cliente e advogado ou quando o advogado é designado na impossibili- Súmula Vinculante 47 do STF Os honorários advocatícios incluídos na con- denação ou destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam verba de na- tureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pe- queno valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza. Guia de Prerrogativas | 39 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o dade de atuação da Defensoria Pública (art. 22, §1°, do Estatuto da Advocacia). Os de sucumbência, por fim, são aqueles pa- gos pela parte vencida ao advogado da parte vence- dora, no curso de ação judicial. Vale destacar os principais direitos dos adoga- dos com relação a seus honorários: • Juntando seu contrato de honorários antes da ex- pedição do alvará ou precatório, o advogado recebe diretamente seus honorários contratuais. • Os honorários são créditos privilegiados na falência. • O advogado pode executar seus honorários na mes- ma ação em que tenham sido fixados. 40 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c omm ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Despacho com magistrado 5 42 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Guia de Prerrogativas | 43 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Art. 7° do Estatuto da Advocacia VI- Ingressar livremente: a) Nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) Nas salas e dependências de audiências, se- cretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e in- dependentemente da presença de seus titulares; VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemen- te de horário previamente marcado ou outra con- dição, observando-se a ordem de chegada; O advogado postula, majoritariamente, jun- to a órgãos públicos. Nestes casos, o Estatuto da Advocacia garante livre trânsito em salas de au- diência, sessões, secretarias, cartórios judiciais, serviços notariais e de registro, desde que para praticar ato ou se comunicar com servidor ou pes- soa útil ao trabalho que esteja desenvolvendo. • Mais importante ainda, o advogado tem o direito de ser atendido por magistrado diretamente e in- 44 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado dependentemente de horário marcado, respeitan- do-se apenas a ordem de chegada. Qualquer desvio nesta regra deve ser comu- nicado de imediato à Comissão de Prerrogativas, de modo a possibilitar atendimento e restabelecimen- to das prerrogativas. Nestes casos, a comissão envia um delegado de prerrogativas até o local ou, sendo comunicada posteriormente à recusa, agenda com o advogado re- querente um horário para que se dirija ao magistrado, acompanhado de um delegado de prerrogativas. Ressalte-se que, em caso de negativa do ma- gistrado, este encontra-se sujeito a representação em órgão de corregedoria, nos termos dos arti- gos 35, inciso I, e 43 da Loman (Lei Complementar 35/79) e do artigo 37, §3°, inciso III da Constituição Federal de 1988 (representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública). Guia de Prerrogativas | 45 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o CNJ - Pedido de providências nº1465 Relator: conselheiro Marcus Faver Requerente: José Armando Ponte Dias Júnior Requerido: Conselho Nacional de Justiça (decisão de 04/06/2013) (...) O magistrado é SEMPRE OBRIGADO a receber advogados em seu gabinete de trabalho, a qual- quer momento durante o expediente forense, in- dependentemente da urgência do assunto, e inde- pendentemente de estar em meio à elaboração de qualquer despacho, decisão ou sentença, ou mes- mo em meio a uma reunião de trabalho. Essa obri- gação se constitui em um dever funcional previsto na Loman e a sua não observância poderá implicar responsabilização administrativa. 46 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Guia de Prerrogativas | 47 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Vista de autos 6 Guia de Prerrogativas | 49 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Art.7° do Estatuto da Advocacia São direitos do advogado: XIII - Examinar, em qualquer órgão dos poderes Judi- ciário e Legislativo, ou da administração pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujei- tos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, po- dendo tomar apontamentos; XV - Ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição com- petente, ou retirá-los pelos prazos legais; XVI - Retirar autos de processos findos, mesmo sem pro- curação, pelo prazo de dez dias; Ressalte-se que o advogado não precisa de procuração para tal, a menos que tenha sido de- cretado segredo de Justiça no âmbito do proces- so. Neste caso, a decisão deve ser fundamentada (art.93, inciso X, CF/88, art.11 do novo CPC e art. 50, inciso I da Lei 9.784/90) e o advogado só poderá exercer as prerrogativas acima caso tenha procura- ção nos autos. As disposições específicas de processos cri- minais constarão da próxima sessão. 50 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Em caso de desrespeito a esta prerrogativa, o STJ reconhece o relatório do delegado de prerroga- tivas da OAB como documento hábil a instruir man- dado de segurança para garantir o acesso aos autos de processos: “a presunção de boa-fé e de autenticidade de que gozam as declarações emanadas pelos advogados; e, sobretudo, o conteúdo das informações prestadas pela autoridade impetrada(...), são suficientes para concluir pela concretização da violação do direito Exceção Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 1) Aos processos sob regime de segredo de Justiça; 2) Quando existirem nos autos documentosorigi- nais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofí- cio, mediante representação ou a requerimento da parte interessada; 3) Até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos au- tos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. Guia de Prerrogativas | 51 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o líquido vindicado.” (AgRg no recurso espe- cial Nº 1.232.828 - GO (2011/0009346-3) Maciçamente, a jurisprudência dos tribunais, como não poderia deixar de ser, garante o acesso a autos de processos judiciais e administrativos por via do mandado de segurança. Portanto, procure a Co- missão de Prerrogativas. 52 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Guia de Prerrogativas | 53 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Advocacia criminal 7 Guia de Prerrogativas | 55 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Art.7° do Estatuto da Advocacia III- Comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou milita- res, ainda que considerados incomunicáveis; VI- Ingressar livremente: a) Nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reser- vada aos magistrados; b) Nas salas e dependências de audiências, se- cretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus ti- tulares; XIV- Examinar, em qualquer instituição respon- sável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investiga- ções de qualquer natureza, findos ou em anda- mento, ainda que conclusos à autoridade, po- dendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; XXI- Assistir seus clientes investigados durante 56 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou de- poimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indireta- mente, podendo, inclusive, no curso da respec- tiva apuração: a) Apresentar razões e quesitos; § 11. No caso previsto no inciso XIV, a autori- dade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não docu- mentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. § 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de au- tos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno inves- tigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do respon- sável que impedir o acesso do advogado como intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de re- querer acesso aos autos ao juiz competente. Guia de Prerrogativas | 57 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o O advogado tem direito de: • Entrevistar seu cliente, quando este se encontrar preso, pessoal e reservadamente, mesmo com de- terminação de incomunicabilidade do preso, ainda que sem procuração; • Ingressar livremente em delegacias e prisões, mes- mo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; • Examinar, em qualquer órgão, mesmo sem procura- ção, autos de flagrante e de investigações de qual- quer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e to- mar apontamentos, em meio físico ou digital; • Assistir seus clientes em interrogatório ou depoi- mento, sob pena de nulidade absoluta da respectiva investigação, podendo, ainda, apresentar razões e formular quesitos; Exceção Não se aplica o disposto no inciso XIV: 1) Aos elementos de prova relacionados a diligên- cias em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometi- mento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. 58 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Responsabilização do agente que impedir o advogado A inobservância aos direitos estabelecidos no in- ciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo im- plicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subje- tivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente. Guia de Prerrogativas | 59 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d apa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Desagravo público 8 Guia de Prerrogativas | 61 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Art.7° do Estatuto da Advocacia XVII- Ser publicamente desagravado, quando ofen- dido no exercício da profissão ou em razão dela; §5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercí- cio da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o de- sagravo público do ofendido, sem prejuízo da res- ponsabilidade criminal em que incorrer o infrator. O desagravo público nasce da necessidade de fortalecer a advocacia e responder ao agra- vante com o repúdio de toda a classe contra a atitude tomada contra o colega. As sessões de desagravo podem ser feitas na sede da OAB ou mesmo na rua, em locais públicos, como porta de fóruns e dele- gacias. É importante que a advocacia se una para repudiar o ato praticado, participando das sessões de desagravo. De acordo com o ministro Celso de Mel- lo, “o gesto de afronta ao Estatuto jurídico da Advocacia representa, na perspectiva de nosso sistema normativo, um ato de inaceitável ofen- sa ao próprio texto constitucional e ao regime 62 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado das liberdades públicas nele consagrado." (STF- -MS23.576MC/DF,DJ de 7.12.1999)” O ato que viola a prerrogativa de um advo- gado impacta a vida profissional dos mais de 150 mil advogados do Rio de Janeiro e dos colegas de todo o Brasil. Por isso, devemos promover as sessões de desagravo como resposta coletiva a toda a sociedade, reafirmando que a advocacia não aceita ser vilipendiada. Os pedidos de desagravo são feitos pelo e-mail prerrogativas@oabrj.org.br, obedecendo o seguinte trâmite: 1) A denúncia de violação de prerrogativa, com pedido de desagravo público, é recebida pela Comissão de Prerrogativas; 2) Presente indício ou prova da ofensa, segun- do convencimento do relator, serão solicitadas informações da pessoa ou autoridade ofensora, no prazo de 15 dias, salvo em caso de urgência e notoriedade do fato; 3) O relator elabora parecer pelo arquivamen- to ou pela concessão do desagravo e o caso é jul- gado pela 2ª Câmara Especializada da OAB/RJ. Guia de Prerrogativas | 63 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Art.18, §7°, do Regulamento Geral da Advocacia: “O desagravo público, como instrumento de defe- sa dos direitos e prerrogativas da advocacia, não depende de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a crité- rio do Conselho”. 64 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Guia de Prerrogativas | 65 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Mulher advogada 9 Novo 66 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Guia de Prerrogativas | 67 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Em 25 de novembro de 2016, foi publicada a Lei 13.363/2016, que alterou a Lei 8.906/94 (Estatuto da advocacia) para incluir o art. 7°-A e, com ele, prever novos direitos, direcionados para as advogadas gestantes, adotantes e lac- tantes, a seguir elencados: a) Quando gestante, as advogadas possuem os seguintes direitos: - entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X; - reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; b) Quando gestante, lactante, adotante ou que der à luz; - preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição (art. 7°-A, da Lei 8.906/94 c/c art. 392, CLT); c) Quando adotante ou que der à luz; - suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que 68 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado haja notificação por escrito ao cliente, pelo prazo de 30 dias (art. 7°-A, §3° da Lei 8.906/94 c/c art. 313, XI e §6°, NCPC) Observação: O mesmo direito de suspensão assiste ao advogado que se tornar pai, mas pelo prazo de 8 dias, conforme art. 313, X e §7° do NCPC). Guia de Prerrogativas | 69 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vi st a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o Mediação 10 Novo 70 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado Guia de Prerrogativas | 71 De sa gr av o pú bl ico M ed ia çã o M ul he re s ad vo ga da s Ad vo ca cia cr im in al Vist a de a ut os De sp ac ha r c om m ag is tr ad o Ho no rá rio s ad vo ca tíc io s Pr is ão / Bu sc a e a pr ee ns ão In vi ol ab ili da de d a pa la vr a Tr at am en to ao a dv og ad o O procedimento que visa a negociação facilitada ou catalisada por um terceiro1, mais conhecido como “processo de mediação”, pode ser judicial ou extra- judicial. Vale dizer que, neste processo, o advogado ocupa posição especial, haja vista que é o operador do Direi- to que possui a confiança do cliente para auxiliá-lo na resolução do problema. Deste modo, um novo campo de atuação surge para a advocacia, já que apesar de não ser o alvo da mediação, apenas o advogado consegue avaliar para seu cliente as implicações e efeitos jurídicos de to- dos os termos do acordo que ali se alinhava. Nesta esteira, o novo Código de Ética da Advoca- cia, em vigor desde meados de 2016, traz em seu art. 2°, parágrafo único, como sendo dever do advogado: VI - estimular, a qualquer tempo, a con- ciliação e a mediação entre os litigan- tes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios; 1 Manual de Mediação Judicial. 5ª edição. Publicado pelo Conse- lho Nacional de Justiça. 72 | Guia de Prerrogativas Desagravo público M ediação M ulheres advogadas Advocacia crim inal Vista de autos Despachar com m agistrado Honorários advocatícios Prisão / Busca e apreensão Inviolabilidade da palavra Tratam ento ao advogado O art. 334, do novo Código de Processo Civil traz algumas prerrogativas profissionais aplicá- veis ao procedimento de mediação judicial, se- não vejamos: • Presença obrigatória dos advogados nas ses- sões de mediação (art. 334, §9°, NCPC); • As intimações para as sessões de mediação devem ser feitas através dos advogados das partes (art. 334, §3°, NCPC); • A parte, medianda, pode ser representada por seu advogado (art. 334, §10, NCPC);
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