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NOÇÕES DE ATUARIA

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NOÇÕES DE ATUARIA – RESUMO CÁPITULO 1
A história dos seguros mostra que, desde o principio das grandes civilizações, a necessidade humana de preservar suas riquezas estabeleceu mecanismo de divisão ou recuperação de prejuízos ocorridos. Assim, desde o inicio das civilizações, as divisão de perdas já cumpria com aquele que viria a ser o principal objetivo dos seguros: a preservação da riqueza ou da renda existente. Naquela época ainda não existiam meios científicos para se estabelecer probabilidade ou prevenções. 
Os avanços matemáticos entre os séculos XIII e XVII possibilitaram o desenvolvimento das teorias das probabilidades e da tomada de decisões. Com o estudo de estatística e do cálculo de probabilidades, desenvolveu-se a ciência atuaria. A ciência atuarial permite estabelecer a probabilidade com elevado grau de certeza, mas não nos permite saber quem serão as vítimas dos infortúnios, ou seja, com quem ocorrerão os sinistros. É justamente em não saber quem sofrerá os prejuízos que se encontra a principal razão para pessoas e empresas buscarem proteção por meio dos contratos de seguros. 
Mesmo com as preocupações do mundo moderno, no qual se acentua a insegurança de ordem econômica, financeira, integridade física e psicológica, entre outras, algumas empresas vêem seu mercado expandir-se. É o caso das empresas de seguros e dos fundos de pensão, que objetivam oferecer certo grau de segurança para as pessoas, pelo menos no que se refere à área financeira. 
Diante do fato do crescimento de empresas que exploram o ramo de seguros e de fundos de pensão no Brasil, A atuária tem seu papel ampliado. Além de suas importantes contribuições no sentindo de garantir a solvência das obrigações futuras das empresas, também tem encontrado espaço nas áras estratégicas das empresas, principalmente no sentido de apoio ao processo decisório.
 A principal função dos seguros é a divisão das perdas individuais entre um grande grupo; e a atuária é o lastro técnico das operações. Através dos seguros contribui-se para a constituição de um fundo mútuo, denominado reservas técnicas. O seguro irá suprir as perdas dos desafortunados, e a aplicação financeira das reservas, feita predominantemente em títulos públicos, possibilita investimentos na economia.
Tratar os riscos significa prevenir perdas, diminuir as consequências financeiras quando elas ocorrem e reduzir as incertezas de indivíduos e organizações, proporcionando a paz de espírito necessária à condução de suas atividades. Risco é a possibilidade de ocorrência de um evento aleatório que cause dano de ordem material, pessoal ou mesmo de responsabilidades. No entanto, nem todos os riscos podem ser segurados. Para que exista seguro, o risco precisa ser possível, futuro, incerto, acidental, mensurável e causador de prejuízos. Os riscos são classificados em puros e especulativos e também em particulares e fundamentais.
Sinistro é a ocorrência do risco que se encontra previsto no contrato de seguro e que ocasiona um prejuízo ou uma responsabilidade de reparação. O processo de sinistro baseia-se em levantamentos e coleta de documentos para promover a indenização, consistindo em três etapas: a apuração de danos, a regulação e a liquidação. 
Cosseguro é a operação em que duas ou mais sociedades seguradoras distribuem, entre si e percentualmente, os riscos de determinada apólice. Resseguro é a transferência de riscos de uma seguradora para um ressegurador, que são empresas legalmente constituídas com a finalidade de operar o resseguro. Retrocessão pode ser definida como sendo o resseguro do resseguro.
A ciência atuarial está se tornando mais conhecida no mercado à medida que cresce o número de empresas atuantes no mercado de seguros e fundos de pensão. Entender quais são seus principais objetivos é importante, no sentido de incentivar que profissionais de outras áreas se interessem pelo estudo de suas técnicas e metodologias, que certamente contribuem como relevantes fornecedoras de subsídios informacionais para a gestão das organizações de forma geral. 
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