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Aula 9 Oralidade e Escrituralidade

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Oralidade	
  e	
  Escrituralidade	
  
Profa.	
  Vanessa	
  Monte	
  
IELP	
  II	
  
Pressupostos 	
  	
  
1.  Textos	
  são	
  enunciados.	
  	
  
2.  Enunciados	
  são	
  produtos	
  da	
  enunciação.	
  
3.  A	
  enunciação	
  se	
  realiza	
  nas	
  prá/cas	
  sociais.	
  
“Os	
  textos	
  assumem	
  as	
  marcas	
  das	
  condições	
  
em	
  que	
  são	
  produzidos.”	
  
(HILGERT,	
  2007,	
  p.	
  69)	
  
Condições 	
  	
  
•  Condições	
  de	
  proximidade:	
  
–  	
  geram	
  interações	
  que	
  produzem	
  textos	
  
idenSficados	
  pela	
  oralidade,	
  com	
  marcas	
  próprias	
  
das	
  interações	
  faladas.	
  
•  Condições	
  de	
  distanciamento:	
  
–  	
  geram	
  interações	
  que	
  produzem	
  textos	
  
caracterizados	
  pela	
  escrituralidade,	
  ou	
  seja,	
  pela	
  
ausência	
  de	
  traços	
  de	
  fala.	
  
Modos	
  de	
  ser	
  	
  
•  Oralidade	
  e	
  escrituralidade	
  =	
  modos	
  de	
  ser	
  
dos	
  textos.	
  
–  Independente	
  de	
  serem	
  falados	
  ou	
  escritos.	
  
•  Análise	
  da	
  conversação:	
  textos	
  falados	
  –	
  
oralidade	
  proto9pica.	
  
•  Tanto	
  a	
  oralidade	
  quanto	
  a	
  escrituralidade	
  
podem	
  ser	
  encenadas.	
  
Enunciação	
  
Situação	
  de	
  
comunicação	
  
Interação	
  
Produto	
  =	
  	
  
enunciado	
  
Papéis	
  de	
  enunciadores	
  e	
  
enunciatários	
  
Interações	
  faladas	
  
•  Interlocutores;	
  
•  Falantes	
  e	
  ouvintes.	
  
Interações	
  escritas 	
  	
  
•  Autor	
  e	
  leitor	
  	
  
(implícitos	
  ou	
  abstratos);	
  
•  Poeta;	
  
•  ArSsta.	
  
Enunciador	
   Enunciatário	
  (coenunciador)	
  
Sujeito	
  da	
  
Enunciação	
  
Categorias	
  da	
  Enunciação	
  
3	
  grandes	
  
categorias	
  
da	
  
Enunciação	
  
TEMPO	
  
ESPAÇO	
  
PESSOA	
  
Categoria:	
  pessoa	
  	
  
•  EU	
  
•  Ao	
  dizer-­‐se	
  EU	
  na	
  interação,	
  insStui	
  o	
  
•  TU	
  (VOCÊ).	
  
•  É	
  só	
  o	
  EU	
  quem	
  diz	
  TU	
  (VOCÊ)	
  e,	
  ao	
  dizê-­‐lo,	
  
insStui-­‐se	
  como	
  
•  EU	
  no	
  discurso.	
  
•  O	
  diálogo	
  se	
  constrói	
  na	
  reversibilidade	
  dos	
  
papéis	
  EU/TU.	
  
Tempo	
  e	
  Espaço	
  
•  Tempo:	
  AGORA	
  
•  Espaço:	
  AQUI	
  
•  Dependem	
  do	
  EU.	
  
•  No	
  aqui/agora	
  ocorre	
  a	
  enunciação.	
  
•  Categorias	
  de	
  espaço	
  e	
  tempo	
  são	
  definidas	
  a	
  
parSr	
  da	
  categoria	
  pessoa.	
  
Mecanismos	
  das	
  categorias	
  de	
  
enunciação	
  
•  Instauram	
  as	
  categorias	
  de	
  pessoa,	
  tempo	
  e	
  
espaço.	
  
•  Debreagem:	
  projeta	
  no	
  enunciado	
  as	
  marcas	
  
de	
  pessoa	
  (actancial),	
  tempo	
  (temporal)	
  e	
  
espaço	
  (espacial).	
  
•  Embreagem:	
  empregar	
  uma	
  pessoa	
  com	
  valor	
  
de	
  outra,	
  um	
  tempo	
  com	
  valor	
  de	
  outro.	
  
Debreagem	
  enunciaSva	
  
•  Debreagem	
  enuncia/va:	
  marca-­‐se	
  o	
  enunciado	
  
com	
  os	
  traços	
  do	
  ato	
  enunciaSvo	
  –	
  pessoa,	
  
tempo	
  e	
  espaço.	
  
–  Ex.:	
  discurso	
  em	
  1ª	
  pessoa.	
  
–  Efeitos	
  de	
  subjeSvidade	
  e	
  proximidade.	
  
–  Efeito	
  de	
  senSdo	
  de	
  presenSficação	
  do	
  tempo	
  e	
  do	
  
espaço	
  (pode	
  ser	
  ilusão).	
  
–  Textos	
  caracterizados	
  pela	
  oralidade:	
  conversas	
  
informais,	
  chats,	
  emails,	
  cartas	
  parSculares,	
  
autobiografias.	
  (textos	
  enunciaSvos)	
  
Debreagem	
  enunciva	
  
•  Debreagem	
  enunciva:	
  os	
  traços	
  da	
  enunciação	
  
não	
  são	
  projetados	
  no	
  enunciado;	
  as	
  marcas	
  
enunciaSvas	
  são	
  apagadas.	
  
–  Ex.:	
  discurso	
  em	
  3ª	
  pessoa.	
  
–  Efeitos	
  de	
  senSdo	
  de	
  objeSvidade	
  e	
  distanciamento.	
  
–  Textos	
  marcados	
  pela	
  escrituralidade:	
  trabalhos	
  
acadêmicos,	
  reportagens	
  jornalísScas,	
  discursos	
  
jurídicos.	
  
–  Textos	
  objeSvos,	
  de	
  informação	
  precisa,	
  livre	
  de	
  
opiniões	
  pessoais.	
  (Porém,	
  o	
  que	
  há	
  é	
  um	
  efeito	
  de	
  
obje/vidade,	
  pois	
  os	
  textos	
  são	
  sempre	
  fruto	
  da	
  
subjeSvidade	
  e	
  da	
  visão	
  de	
  mundo	
  do	
  enunciador.)	
  
Embreagem	
  
•  Oposições	
  dentro	
  das	
  categorias	
  são	
  neutralizadas.	
  
Embreagem	
  temporal	
  
•  Tempo:	
  usar	
  um	
  tempo	
  com	
  valor	
  de	
  outro.	
  
•  Ex.:	
  Manchetes	
  de	
  jornais	
  -­‐	
  evocam	
  uma	
  nomcia	
  do	
  
dia	
  anterior	
  com	
  um	
  verbo	
  no	
  presente:	
  	
  
•  “Três	
  dias	
  após	
  reeleição	
  de	
  Dilma,	
  BC	
  eleva	
  juros	
  
básicos	
  para	
  11,25%”	
  
(Folha	
  de	
  S.	
  Paulo,	
  30/10/2014)	
  
•  Embreagem	
  temporal:	
  tempo	
  presente	
  usado	
  com	
  
valor	
  de	
  pretérito	
  =>	
  efeito	
  de	
  sen/do	
  de	
  
presen/ficação	
  (ilusão	
  de	
  enuncia/vidade).	
  
	
  
Embreagem	
  de	
  pessoa	
  
•  Pessoa:	
  constatação	
  geral	
  –	
  Quando	
  você	
  está	
  
cansado,	
  você	
  tem	
  dificuldades	
  de	
  se	
  concentrar.	
  
•  2ª	
  pessoa	
  empregada	
  com	
  valor	
  de	
  3ª.	
  
•  Efeito	
  de	
  pessoalização,	
  individualização	
  =>	
  
efeito	
  de	
  proximidade	
  e	
  dinamicidade	
  -­‐	
  ilusão	
  de	
  
um	
  desSnatário	
  específico	
  e	
  singular	
  colocado	
  no	
  
aqui/agora	
  =	
  efeito	
  de	
  enuncia/vidade	
  –	
  encena	
  
a	
  relação	
  eu/tu	
  no	
  aqui/agora	
  da	
  enunciação.	
  
O	
  texto	
  falado	
  e	
  a	
  enunciação	
  
•  Para	
  ser	
  considerado	
  de	
  língua	
  falada,	
  um	
  texto	
  precisa	
  
simultaneamente	
  saSsfazer	
  às	
  seguintes	
  exigências:	
  
1.  Ser	
  uma	
  formulação	
  livre;	
  sem	
  preparação	
  detalhada	
  
anterior;	
  
2.  ConsisSr	
  numa	
  fala	
  em	
  situação	
  face	
  a	
  face:	
  tempo	
  e	
  
lugar	
  de	
  produção	
  e	
  recepção	
  devem	
  coincidir;	
  
3.  ConsisSr	
  numa	
  fala	
  em	
  situação	
  natural:	
  a	
  aSvidade	
  
de	
  fala	
  não	
  pode	
  ser	
  objeto	
  de	
  observação;	
  
4.  Ocorrer	
  na	
  ausência	
  de	
  observadores	
  que	
  possam	
  
exercer	
  uma	
  influência	
  inibidora	
  sobre	
  a	
  interação	
  
dos	
  falantes.	
  
CaracterísScas	
  do	
  texto	
  falado	
  
•  Desvios;	
  
•  Reinícios;	
  
•  RepeSções;	
  
•  Correções;	
  
•  Interrupções;	
  
•  Paráfrases;	
  
•  Elipses.	
  
Na	
  língua	
  falada,	
  um	
  texto	
  
consiste	
  em	
  parte	
  em	
  
produzir	
  o	
  texto	
  como	
  tal:	
  
status	
  nascendi	
  do	
  texto.	
  
Status	
  nascendi	
  	
  
•  Traços	
  do	
  ato	
  de	
  enunciação	
  que	
  se	
  deixam	
  
depreender	
  no	
  produto	
  (texto	
  falado).	
  
•  Traços	
  que	
  permitem	
  definir	
  o	
  texto	
  falado	
  
como	
  o	
  próprio	
  ato.	
  
•  Ilusão	
  de	
  que	
  o	
  texto	
  está	
  se	
  consStuindo	
  ou	
  
nascendo	
  aqui	
  e	
  agora.	
  
Análise	
  de	
  texto	
  falado	
  
Análise	
  de	
  texto	
  falado	
  –	
  cont.	
  
Análise	
  
Condiçõesprojetadas	
  no	
  produto	
  dessa	
  produção:	
  
•  Formulação	
  livre	
  ad	
  hoc;	
  
•  Ausência	
  de	
  planejamento;	
  
•  Situação	
  face	
  a	
  face;	
  
•  Status	
  nascendi;	
  
•  ConsStuição	
  do	
  texto	
  como	
  tal.	
  
Traços	
  que	
  marcam	
  a	
  projeção	
  dessas	
  condições:	
  
•  a	
  alternância	
  de	
  turnos,	
  perguntas	
  dirigidas	
  por	
  um	
  
interlocutor	
  a	
  outro,	
  os	
  sinais	
  do	
  falante	
  do	
  Spo	
  “né”	
  
=>	
  marcam	
  o	
  caráter	
  dialogal	
  e	
  a	
  interação	
  face	
  a	
  face.	
  
•  alongamentos	
  vocálicos	
  [::],	
  pausas	
  [...],	
  interrupções,	
  
correções	
  =>	
  apontam	
  para	
  a	
  simultaneidade	
  da	
  
formulação	
  e	
  do	
  planejamento	
  do	
  texto.	
  
Fato	
  mais	
  evidente	
  
•  Processo	
  de	
  busca	
  da	
  palavra	
  adequada	
  (processo	
  
metadiscursivo).	
  
•  Não-­‐coincidência	
  entre	
  as	
  palavras	
  e	
  as	
  coisas.	
  
•  O	
  falante	
  se	
  manifesta	
  sobre	
  a	
  adequação	
  ou	
  não	
  de	
  uma	
  
palavra	
  que	
  está	
  usando	
  ou	
  explicita	
  verbalmente	
  a	
  busca	
  
de	
  um	
  elemento	
  lexical.	
  
•  O	
  próprio	
  ouvinte	
  pode	
  ser	
  interpelado	
  explicitamente:	
  
“como	
  é	
  que	
  se	
  diz?”.	
  
•  Tipo	
  de	
  metaenunciação:	
  traço	
  que	
  produz	
  o	
  efeito	
  do	
  aqui	
  
e	
  agora	
  da	
  enunciação.	
  
•  Enunciação	
  enunciaSva:	
  relações	
  subjeSvas	
  e	
  próximas.	
  
•  Indícios	
  de	
  ausência	
  de	
  qualquer	
  planejamento	
  prévio	
  e	
  da	
  
condição	
  face	
  a	
  face	
  da	
  interação.	
  
Efeito	
  de	
  realidade	
  x	
  não-­‐realidade	
  
•  Traços	
  evocam	
  caracterísScas	
  das	
  interações	
  
do	
  dia	
  a	
  dia	
  =>	
  EFEITO	
  DE	
  REALIDADE	
  (atestam	
  que	
  o	
  texto	
  
é	
  um	
  registro	
  de	
  uma	
  interação	
  que	
  efeSvamente	
  ocorreu)	
  
•  Ausência	
  de	
  marcas	
  de	
  metaenunciaSvidade	
  e	
  
de	
  hesitação	
  =>	
  EFEITO	
  DE	
  NÃO	
  REALIDADE	
  (encenação	
  
da	
  realidade	
  ou	
  ficção	
  –	
  novelas,	
  teatro)	
  
Oralidade	
  e	
  Escrituralidade	
  
•  Textos	
  medialmente	
  escritos	
  que,	
  no	
  seu	
  
modo	
  de	
  ser,	
  se	
  aproximam	
  dos	
  falados.	
  
•  Textos	
  medialmente	
  falados	
  que,	
  no	
  seu	
  
modo	
  de	
  ser,	
  se	
  aproximam	
  dos	
  escritos.	
  
•  Conceitos	
  tradicionais	
  de	
  fala	
  e	
  escrita:	
  
imprecisos.	
  
•  Fala	
  –	
  caráter	
  fônico	
  x	
  Escrita	
  –	
  caráter	
  gráfico	
  
=>	
  disSnção	
  insuficiente	
  
Fonte:	
  
h{p://
historiaegeografialoyane.blogspot
.com.br/2013/10/2-­‐
aSvidadeenumerar-­‐10-­‐formas-­‐de-­‐
fazer.html	
  
Apesar	
  de	
  
escritos,	
  se	
  
aproximam	
  mais	
  
de	
  nossa	
  
concepção	
  de	
  
fala.	
  
	
  
Conferência	
  
acadêmica:	
  
mesmo	
  sendo	
  
proferida	
  
oralmente,	
  não	
  
se	
  enquadra	
  
em	
  nossa	
  
concepção	
  de	
  
fala.	
  
Proposta	
  de	
  classificação	
  
•  Uma	
  fala	
  e	
  uma	
  escrita	
  medial	
  
•  Uma	
  fala	
  e	
  uma	
  escrita	
  conceptual	
  
Textos	
  mais	
  ou	
  menos	
  falados	
  	
  
Textos	
  mais	
  ou	
  menos	
  escritos	
  
Classificação	
  escalar	
  
CONTINUUM	
  	
  
	
  
Máxima	
  oralidade	
  
(oralidade	
  protompica)	
  
Ausência	
  de	
  oralidade	
  
(escrituralidade	
  protompica)	
  
Gêneros	
  no	
  con@nuum	
  
CONTINUUM	
  	
  
	
  
Máxima	
  oralidade	
  
(oralidade	
  protompica)	
  
Ausência	
  de	
  oralidade	
  
(escrituralidade	
  protompica)	
  
Conversa	
  de	
  bar	
  
Chat	
  na	
  internet	
  
	
  Carta	
  pessoal	
  
SMS	
  
Conferências	
  acadêmicas	
  
Trabalhos	
  cienmficos	
  
Textos	
  legais	
  
?	
  
Conversa	
  telefônica	
  
Jornal	
  
•  Acepção	
  conceptual	
  de	
  oralidade	
  e	
  escrituralidade:	
  independem	
  do	
  
meio	
  em	
  que	
  se	
  manifestam.	
  	
  
•  Vínculo	
  preferencial:	
  oralidade	
  protompica	
  +	
  manifestação	
  medialmente	
  
falada	
  /	
  escrituralidade	
  protompica	
  +	
  realização	
  medialmente	
  escrita.	
  
Situações	
  de	
  comunicação 	
  	
  
•  Grau	
  de	
  oralidade	
  e	
  escrituralidade:	
  determinados	
  
pelas	
  situações	
  de	
  comunicação.	
  
•  Situações	
  marcadas	
  pela	
  proximidade:	
  oralidade.	
  
•  Situações	
  marcadas	
  pela	
  distância:	
  escrituralidade.	
  
•  Proximidade	
  e	
  distância:	
  grau	
  de	
  privacidade,	
  de	
  
cumplicidade,	
  de	
  envolvimento	
  emocional,	
  de	
  
espontaneidade,	
  de	
  cooperação,	
  de	
  dialogicidade;	
  
índices	
  de	
  maior	
  ou	
  menor	
  planejamento	
  textuais,	
  
referências	
  metadiscursivas,	
  seleção	
  lexical,	
  sintaxe	
  
paratáSca	
  (coordenação)	
  ou	
  hipotáSca	
  (subordinação).	
  
Tarefa	
  do	
  analista	
  
•  Reconhecer	
  a	
  oralidade	
  e	
  a	
  escrituralidade	
  dos	
  textos	
  nas	
  
marcas	
  da	
  enuncia/vidade	
  ou	
  de	
  enuncividade	
  neles	
  
projetadas.	
  
•  Oralidade:	
  debreagens	
  enunciaSvas	
  –	
  projetam	
  no	
  
enunciado	
  o	
  aqui	
  e	
  agora	
  da	
  enunciação,	
  efeitos	
  de	
  senSdo	
  
de	
  proximidade.	
  Podem	
  tanto	
  atestar	
  as	
  condições	
  de	
  
produção	
  face	
  a	
  face	
  quanto	
  encenar	
  essas	
  condições.	
  
•  Encenação	
  dessas	
  condições:	
  elementos	
  do	
  texto	
  
produzem	
  efeitos	
  de	
  senSdo	
  de	
  subjeSvidade,	
  de	
  
privacidade,	
  de	
  envolvimento	
  emocional,	
  de	
  cumplicidade.	
  
E	
  isso	
  independe	
  do	
  fato	
  de	
  o	
  texto	
  ser	
  falado	
  ou	
  escrito.	
  
	
  
Exemplo	
  de	
  Análise	
  
Bilhete	
  da	
  prisão	
  de	
  Graciliano	
  Ramos	
  a	
  sua	
  mulher.	
  
	
   	
   	
   	
   	
  Fonte:	
  HILGERT,	
  2007,	
  p.	
  74.	
  
Análise	
  
	
   	
   	
   	
   	
  Fonte:	
  HILGERT,	
  2007,	
  p.	
  74.	
  
Oralidade	
  conceptual	
  
•  Oralidade	
  conceptual:	
  é	
  um	
  modo	
  de	
  ser	
  dos	
  
textos.	
  
•  Decorre	
  da	
  enunciação	
  enuncia/va.	
  
•  A	
  proximidade	
  é	
  um	
  efeito	
  de	
  senSdo	
  produzido	
  
por	
  essa	
  oralidade.	
  
•  Oralidade	
  =	
  linguagem	
  da	
  proximidade.	
  
•  Proximidade:	
  não	
  é	
  uma	
  condição	
  externa	
  aos	
  
textos,	
  e	
  sim	
  um	
  efeito	
  de	
  sen/do,	
  que	
  pode	
  
atestar	
  as	
  reais	
  condições	
  de	
  produção	
  ou	
  
encená-­‐las	
  (ilusão	
  de	
  oralidade	
  e	
  de	
  
proximidade).	
  
Escrituralidade	
  conceptual	
  
•  Enunciação	
  enunciva:	
  apagamento	
  das	
  marcas	
  de	
  
enunciação	
  no	
  enunciado.	
  
•  Efeito	
  de	
  senSdo:	
  distanciamento,	
  com	
  todas	
  suas	
  
implicações	
  –	
  obje/vidade,	
  impessoalidade,	
  formalidade.	
  
•  Afinidade	
  entre	
  a	
  escrituralidade	
  extrema	
  (protompica)	
  e	
  a	
  
manifestação	
  em	
  textos	
  medialmente	
  escritos,	
  mas	
  
também	
  tem	
  afinidade	
  com	
  textos	
  medialmente	
  falados:aulas,	
  conferências,	
  discursos	
  fesSvos,	
  fúnebres,	
  diálogos	
  
nas	
  CPIs	
  (V.	
  Exca./Senhor;	
  linguagem	
  técnica,	
  objeSva;	
  
hipotaxe	
  =>	
  efeitos	
  de	
  senSdo	
  de	
  distanciamento,	
  e	
  o	
  
distanciamento	
  não	
  se	
  confunde	
  com	
  a	
  ideia	
  de	
  
distanciamento	
  espaço-­‐temporal,	
  já	
  que	
  os	
  interlocutores	
  
encontram-­‐se	
  frente	
  a	
  frente).	
  
Manipulação	
  enunciaSva	
  
•  Marcas	
  de	
  oralidade	
  e	
  escrituralidade:	
  
interpretadas	
  à	
  luz	
  da	
  manipulação	
  
enunciaSva.	
  
•  O	
  grande	
  objeSvo	
  do	
  enunciador	
  é	
  persuadir	
  
o	
  enunciatário:	
  marcas	
  da	
  oralidade	
  como	
  
estratégias	
  de	
  persuasão.	
  
Considerações	
  finais	
  
Referências	
  
•  HILGERT,	
   José	
   Gaston.	
   Língua	
   falada	
   e	
  
enunciação.	
  Calidoscópio,	
  São	
  Leopoldo,	
  v.	
  5,	
  
n.	
  2,	
  p.	
  69-­‐76,	
  mai-­‐ago	
  2007.

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