Buscar

História e Princípios do Cooperativismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 127 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 127 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 127 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Bibliografia
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALVES, Franciso de Assis. Sociedades Cooperativas: regime jurídico e procedimentos legais para sua constituição e
funcionamento. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2003.
CRÚZIO, Helnon de Oliveira. Como organizar e administrar uma cooperativa: uma alternativa para o desemprego.
Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia Geral. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
RECH, D. Cooperativas: uma alternativa de organização popular. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
VILA NOVA, Sebastião. Introdução à Sociologia. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Lei cooperativista – Nº 5.640
de 16/12/71. Brasília: 1971.
PINHO, D. B. Gênero e desenvolvimento em cooperativas. SESCOOP/OCB, Santo André: ESETEC Editores associados,
2000.
RIOS, Gilvando Sá Leitão. O que é Cooperativismo. São Paulo: Brasiliense, 2007. (Coleção primeiros passos; 189)
Para iniciar...
Um breve histórico sobre 
cooperativas...
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
A história demonstra que as pessoas buscam 
alternativas de convivência para facilitar a vida e 
melhorar as condições de sobrevivência.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Participação; trabalho conjunto; desenvolvimento de 
atividades conjuntas , produtiva ou não, sob uma 
mesma necessidade ou perspectiva.
Antigo Egito: os grêmios (reunião de agricultores escravos);
Grécia: orglonas e tiasas (associações de cidadãos livres e escravos que 
objetivavam garantir o enterro e sepultura decente aos associados);
Roma: colégios (agregar artesãos, carpinteiros, sapateiros e outros 
ofícios, visando à ajuda mútua e à solidariedade entre seus membros) e 
as sodalistas (caráter beneficiente para garantir enterros religiosos);
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Existem registros de cooperação (idéias cooperativistas históricas) 
em várias civilizações, ou seja, modelos que antecederam o 
cooperativismo formal ao redor do mundo. 
Segundo Rech (2000, p. 9)
Histórico sobre as cooperativas...
ágapes dos primeiros cristãos, citados nos Atos dos Apóstolos, na 
Bíblia (que objetivam atender principalmente as necessidades de 
consumo dos seus integrantes)
Incas – ayllus (unidade social baseada em vínculos e trabalho 
comum)
Astecas – calpulli (desenvolvimento de atividade agrícola comum)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Segundo Rech (2000, p. 9)
México – ejidos (indígenas organizavam-se em comunidades, hoje 
transformadas em cooperativas integrais de produção agrícola.)
Palestina – essênios (colônia caracterizada pela ajuda mútua)
Armênia - produtores de leite se organizavam em grupos para 
beneficiar e comercializar a sua produção.
Romênia- pescadores se organizavam em associações para 
produzirem seus instrumentos de pesca e venderem o pescado.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Outros exemplos...
França - frutiéres (associações com a finalidade de transformar e 
vender a produção agrícola dos associados. Várias delas depois se 
tornaram cooperativas);
Peru - ayllos (indígenas organizavam comunidades que 
semeavam e colhiam suas lavouras com instrumentos de 
propriedade coletiva);
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Outros exemplos...
Sérvia - zadrugas (sistema de propriedade rural, onde um clã de 
famílias produzia em comum e atendia às necessidades dos seus 
membros)
Rússia - existiam os "mirs", que eram organizações de produtores 
rurais nas terras de um fazendeiro, que pagavam impostos ao 
fazendeiro pelo uso da terra. Também haviam os "artéis" como 
associações de agricultores ou de pescadores.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Outros exemplos...
A história oficial registra o surgimento das primeiras 
cooperativas na Inglaterra e Alemanha no início do 
século XVIII.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Primeira cooperativa formal -> iniciativa de um grupo de 
trabalhadores ingleses (Rochdale) em 1844.
Vinte e oito tecelões da cidade de Rochdale, reuniram-se em 
assembléia em novembro de 1843 com a finalidade de encontrar 
meios alternativos de sobrevivência.
Histórico sobre as cooperativas...
Os presentes na reunião sugeriram algumas propostas, 
como a emigração, abstinência de bebidas alcoólicas e a 
fundação de um armazém cooperativo. Decidiram-se
pela criação do armazém.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios desta cooperativa se tornaram referência 
internacional para o movimento cooperativista, que se 
consolidou no século XIX.
Histórico sobre as cooperativas...
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Pioneiros de Rochdale tiveram o mérito de sistematizar 
uma série de princípios que continuam orientando o 
cooperativismo atualmente. Mas antes de 1844 já 
haviam sido constituídas outros tipos semelhantes de 
organização, ou seja, desde a antigüidade haviam 
formas associativas similares a cooperativas (RECH, 
2000), como visto anteriormente.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Aliança Cooperativa Internacional em seu congresso 
realizado no ano de 1948 inseriu os princípios de 
Rochdale na definição de sociedade cooperativa:
“Será considerada como cooperativa, seja qual for a 
constituição legal, toda a associação de pessoas que 
tenha por fim a melhoria econômica e social de seus 
membros pela exploração de uma empresa baseada na 
ajuda mínima e que observa os princípios de Rochdale”.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Sete princípios de Rochdale
 adesão livre; 
 administração democrática;
 retorno na proporção das compras; 
 juro limitado ao capital;
 neutralidade política e religiosa;
 pagamento em dinheiro a vista; 
 fomento de educação cooperativa.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Objetivos principais dos pioneiros de Rochdale
 Abrir um armazém para a venda de gêneros alimentícios, 
vestuário, etc.
Comprar ou construir casas para os membros que desejam 
ajudar-se mutuamente a fim de melhorar as condições de vida.
Empreender a fabricação de artigos que a Sociedade julgar 
conveniente para proporcionar trabalho aos membros que não 
tiverem ocupação ou cujos salários sejam insuficientes.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Objetivos principais dos pioneiros de Rochdale
 organização da produção, da distribuição e da educação no 
seu próprio meio e com seus próprios recursos em uma colônia 
autônoma em que todos os interesses serão comuns. 
 propagar a abstinência, abrindo em um dos seus locais, um 
estabelecimento de temperança.
Cooperativismo tem funcionamento semelhante em 
todo o mundo ( a partir do século XIX), mas os 
fundamentos ideológicos se basearem, principalmente, 
em duas perspectivas diferenciadas:
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Sob o ponto de vista socialista e
o ponto de vista capitalista.
Histórico sobre as cooperativas...
Sob o ponto de vista socialista 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Os defensores destafilosofia entendiam a cooperativa como um 
caminho para uma nova ordem econômica e social.
Histórico sobre as cooperativas...
Defensores conheciam algumas dificuldades do capitalismo e 
estavam envolvidos em manifestações de classes operárias na 
Inglaterra e França.
Entendiam as cooperativas como uma nova alternativa para as 
pessoas trabalharem conjuntamente e suprindo interesses 
pessoais e coletivos, sem dependência exclusiva do capital.
Sob o ponto de vista socialista 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Importante teórico defensor desta linha: 
Robert Owen (inglês – 1771-1858)
“O objetivo primordial e necessário de toda a existência deve ser a felicidade. 
Mas a felicidade não pode ser obtida individualmente”. (Robert Owen)
Outros defensores representativos deste movimento foram Charles Fourier 
(França: 1772-1837) e Ferdinand Lassale (Alemanha: 1825-1864).
Visão de cooperativas como um instrumento de superação do capitalismo em 
busca de um sistema socialista.
Sob o ponto de vista socialista 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Outra forma socialista de ver as cooperativas foi representado por Charles Gide
(França: 1847-1932)
Substituição do sistema capitalista por uma República Cooperativa.
Proposta de que todos os setores da economia deveriam ser organizados em 
um sistema cooperativista.
cooperativismo pretendia constituir uma alternativa política e econômica ao 
capitalismo, eliminando o patrão e o intermediário, e concedendo ao 
trabalhador a propriedade de seus instrumentos de trabalho e a participação 
nos resultados de seu próprio desempenho
Sob o ponto de vista socialista 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Propostas socialistas de organização de trabalhadores em cooperativas eram 
interessantes, se considerarmos os contratos de trabalho abusivos, exploração 
de mão de obra e salários miseráveis. (RECH, 2000, P. 11)
No entanto, iniciativas concretas nos estados socialistas (principalmente União 
Soviética e China) não seguiram as propostas de Owen, Lassale ou Gide, 
mesmo que a organização de quase toda a população camponesa foi de forma 
cooperativada.
Sob o ponto de vista socialista 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Histórico sobre as cooperativas...
Segundo Daniel Rech (2000)... 
em países com experiências socialistas, o papel das cooperativas (mesmo com 
a organização dos camponeses neste formato) foi interpretado como 
instrumento complementar nos planos de coletivização governamental para 
suprir deficiências em economias centralizadas sob o controle do estado (e não 
como iniciativa autônoma dos trabalhadores).
Sob o ponto de vista capitalista
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Os defensores liberais e fisiocratas capitalistas entendiam as 
cooperativas como a correção de defeitos no sistema capitalista.
Histórico sobre as cooperativas...
Ideias são a base de nossa legislação e política cooperativista.
Cooperativas minimizariam as características individualistas e 
concentradoras de capital do sistema capitalista vigente. 
Sob o ponto de vista capitalista
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Esta visão de cooperativas foi a motivação do grupo de cidadão 
de Rochdale (fundaram primeira cooperativa oficial da história 
moderna).
Histórico sobre as cooperativas...
No sistema capitalista, contratos de trabalho e de negócios, 
teoricamente definidos livremente entre as partes, acabava 
sendo unilateral em função da concentração de riqueza e poder e 
pelo uso da força, que continuava impondo um pequeno grupo 
sobre a maioria.
ponto de vista socialista e capitalista
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Para minimizar estes efeitos relatados anteriormente foram 
elaboradas teorias e métodos por socialistas e liberais.
Histórico sobre as cooperativas...
Em função disto, as primeiras cooperativas (como os pioneiros de 
Rochdale), apresentaram propostas como a eliminação do lucro 
(pela retenção de excedentes e retorno apenas de sobras) e fim da 
concorrência interna e simplificação da distribuição dos ganhos.)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Conjunto de princípios surgiram nos pioneiros da cooperativa de 
consumo em 1844 (Rochdale) – serviram de base para seu 
funcionamento.
Princípios cooperativos
Posteriormente, os princípios foram reformulados: Congressos da 
Aliança Cooperativa Internacional em Paris (1932), Viena (1966), 
Tóquio (1992) e Manchester (1995). 
Em 1995 houve revisão destes princípios e uma declaração a 
respeito dos valores e a definição de sete princípios 
cooperativistas.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Valores:
Princípios cooperativos
“As cooperativas se baseiam em valores de ajuda mútua, 
responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e 
solidariedade. Seguindo a tradição de seus fundadores, seus 
membros acreditam nos valores éticos da honestidade, 
transparência, responsabilidade social e preocupação pelos 
demais integrantes”.
Fonte: Declaración sobre la Identidad Cooperativa – Congresso da Aliança Cooperativa 
Internacional de Manchester, Inglaterra, de 23 de setembro de 1995 (apud RECH, 2000)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
PRIMEIRO PRINCÍPIO: livre acesso e adesão voluntária
Cooperativas são organizações voluntárias abertas para todos 
aqueles que estão dispostos a utilizar seus serviços e 
responsabilidades inerentes à condição de sócio, sem 
discriminação de raça, classe social, posição política ou religiosa.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
PRIMEIRO PRINCÍPIO: livre acesso e adesão voluntária
Cooperativas devem ser suficientemente abertas para pessoas que 
queiram participar e possam entrar ou sair sem maiores dificuldades.
Porém, mesmo que a adesão seja voluntária, o livre acesso deve ter 
critérios, definidos nos estatutos. 
Evitar que a cooperativa seja um espaço privilegiado de alguns.
(Ex.: manter uma cooperativa apenas com pequenos produtores rurais)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
SEGUNDO PRINCÍPIO: controle, organização e gestão democrática 
pelos associados
As cooperativas são organizações democráticas controladas pelos 
seus membros, os quais participam ativamente da definição de 
suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e mulheres, 
eleitos para representar a sua cooperativa, respondem por suas 
responsabilidades, frente aos associados. Nas cooperativas de 
base, os associados têm igual direito de voto (um associado, um 
voto), sendo que as cooperativas de outros níveis também devem 
se organizar com procedimentos democráticas.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
SEGUNDO PRINCÍPIO: controle, organização e gestão democrática 
pelos associados
Princípio define que cada associado tem direito a um 
único voto, seja qual for sua posição ou, mesmo, o 
número de quotas-partes.
Diferença importante entre cooperativas e sociedades comerciais.
Nas sociedades comerciais, as pessoas exercem direito de 
participação de acordo com capital investido.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
Porém, este princípio apenas não garante a democracia interna 
de uma cooperativa.
Necessidade de existir a possibilidade de todos os sócios 
manterem uma posição de igualdade emtermos de apropriação 
de poderes políticos e econômicos, condições de serem eleitos 
em qualquer cargo de direção e possibilidade de usufruírem de 
todos os benefícios que a cooperativa possa prestar.
SEGUNDO PRINCÍPIO: controle, organização e gestão democrática 
pelos associados
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
TERCEIRO PRINCÍPIO: participação econômica equitativa dos 
associados
Os associados contribuem de maneira equitativa e controlam de 
maneira democrática o capital da cooperativa. Pelos menos uma 
parte desse capital é propriedade comum da cooperativa. 
Usualmente, recebem uma compensação limitada, se for possível, 
sobre o capital subscrito como condição de fazer parte da 
cooperativa. 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
Os associados contribuem com a cooperativa, distribuindo as 
sobras existentes prioritariamente da seguinte forma:
1ª - no desenvolvimento da cooperativa através da criação de 
reservas, as quais, pelo menos uma parte, deve ser indivisível;
2ª - beneficiando os associados em proporção às suas transações 
com a cooperativa;
3ª - no apoio a outras atividades da cooperativa, segundo decisão 
da assembléia dos associados.
TERCEIRO PRINCÍPIO: participação econômica equitativa dos 
associados
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
Para funcionar, as cooperativas precisam que os sócios entrem com um capital inicial 
que é dividido em quotas-partes.
À medida que a cooperativa cresce, deve captar mais recursos para sua capitalização e 
ampliação de atividades.
Por outro lado, não pode reter todos os excedentes e nada distribuir aos associados.
Equilíbrio entre capitalização e benefícios aos associados é um desafio para o 
desempenho da cooperativa, definindo a mesma como uma sociedade sem fins 
lucrativos, mesmo desenvolvendo atividades comerciais.
TERCEIRO PRINCÍPIO: participação econômica equitativa dos 
associados
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
 Diferenciação dos serviços exclusivos aos associados (ato cooperativo) e dos 
oferecidos a outrem (ato comercial);
 Equilibrar as decisões entre o atendimento às necessidades de capital de giro 
dos associados e da cooperativa;
 Estimular o associado na busca e aproveitamento de novas oportunidades de 
negócio;
 Desenvolver e propor atividades alternativas aos associados e familiares que 
possam lhes proporcionar rendas adicionais.
TERCEIRO PRINCÍPIO: participação econômica equitativa dos 
associados
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
QUARTO PRINCÍPIO: autonomia e independência
As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, 
controladas por seus associados. Caso entrem em acordo com 
outras organizações (inclusive governos) ou busquem capital de 
fontes externas, devem realizar estas iniciativas somente na 
medida em que possa ser assegurado o controle democrático por 
parte dos associados, mantendo a autonomia da cooperativa.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
Cooperativas devem poder se constituir e funcionar com liberdade e desenvolver suas 
atividades sem submissão ao Estado ou outras instituições que pretendem impor o 
direito de representação, bem como sempre evitar a dependência de financiadores ou 
contribuintes de capital. Cumpridos os requisitos da lei, são as assembléias da 
cooperativas que devem conduzir autonomamente a sua vida e gestão.
Segundo a Constituição Brasileira art. 5º, inciso XVIII:
“A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”.
QUARTO PRINCÍPIO: autonomia e independência
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
QUINTO PRINCÍPIO: educação, capacitação e informação
As cooperativas devem oferecer educação e capacitação aos seus 
associados, a seus dirigentes eleitos, gerentes e empregados, de 
tal maneira que contribuam eficazmente no desenvolvimento de 
suas cooperativas. As cooperativas informam também ao público 
em geral – principalmente aos jovens e aos formadores de 
opinião – sobre a natureza e os benefícios do cooperativismo.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
A cooperativa deve investir obrigatoriamente parte de seu 
excedente sobre operações para a educação, assistência 
técnica e social dos seus associados e suas famílias. Deve 
aplicar, preferencialmente, em torno de 5% das sobras 
líquidas do exercícios financeiro.
QUINTO PRINCÍPIO: educação, capacitação e informação
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
 Estabelecer programas para educação cooperativista e capacitação técnica 
aplicada aos negócios dos associados, voltada para eles e para os funcionários 
e familiares, observando as necessidades dos diferentes níveis de cada um;
 Divulgar sistematicamente à sociedade os resultados positivos das 
cooperativas;
 Criar ferramentas para subsidiar os gestores da cooperativa com 
informações de mercados onde ela atua;
Investir na profissionalização dos empregados e dos dirigentes da 
cooperativa;
Melhorar a comunicação interna do Sistema.
QUINTO PRINCÍPIO: educação, capacitação e informação
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
SEXTO PRINCÍPIO: cooperação entre as cooperativas
As cooperativas servem aos seus associados e 
fortalecem o movimento cooperativista trabalhando de 
maneira conjunta por meio de estruturas locais 
(centrais), regionais (federações), nacionais 
(confederações) e internacionais.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
Cooperativa deve buscar a integração com outras cooperativas 
visando o fortalecimento do movimento e promover mudanças 
na sociedade.
A cooperativa tem como objetivo principal beneficiar os 
associados, mas em uma perspectiva de melhorar as condições 
da comunidade onde está inserida, sendo a atuação conjunta 
com outras cooperativas uma alternativa para isso.
SEXTO PRINCÍPIO: cooperação entre as cooperativas
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
 Buscar o estabelecimento de parcerias e de redes de negócios com outras 
cooperativas ou outras empresas que agreguem valor às suas atividades e às 
de seus associados;
 Promover intercâmbio de conhecimentos, tecnologias e experiências entre as 
organizações de cooperativas do Sistema;
 Articular a implantação de projetos em nível nacional por meio de união 
entre as organizações estaduais e a nacional de cooperativas;
Promover encontros intermunicipais e interestaduais de cooperativas.
SEXTO PRINCÍPIO: cooperação entre as cooperativas
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
SÉTIMO PRINCÍPIO: compromisso com a comunidade
A cooperativa trabalha para o desenvolvimento 
sustentável da sua comunidade através de políticas 
definidas por seus associados.
Cooperativa deve manter uma relação próxima com a 
comunidade ao qual está inserida.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Princípios cooperativos
 Buscar o estabelecimento de parcerias e de redes de negócios com outras 
cooperativas ou outras empresas que agreguem valor às suas atividades e às 
de seus associados;
 Promover intercâmbio de conhecimentos, tecnologias e experiências entre as 
organizações de cooperativas do Sistema; Articular a implantação de projetos em nível nacional por meio de união 
entre as organizações estaduais e a nacional de cooperativas;
Promover encontros intermunicipais e interestaduais de cooperativas.
SÉTIMO PRINCÍPIO: compromisso com a comunidade
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
O Cooperativismo
Cooperativismo é um movimento, filosofia de vida e modelo 
socioeconômico capaz de unir desenvolvimento econômico e bem-
estar social. Seus valores fundamentais são a participação 
democrática, solidariedade, independência e autonomia.
É o sistema fundamentado na reunião de pessoas e não no 
capital. Visa às necessidades do grupo e não do lucro. Busca 
prosperidade conjunta e não individual. Estas diferenças fazem do 
cooperativismo uma alternativa socioeconômica com equilíbrio e 
justiça entre os participantes.
OCB Sescoop (2013)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
O Cooperativismo
O cooperativismo, portanto, é a ferramenta pela qual a sociedade 
se organiza, por meio da ajuda mútua, para resolver diversos 
problemas comuns relacionados ao dia a dia.
Sebrae/MG (2009)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
O Cooperativismo
Assim, segundo o Sebrae/MG (2009) cooperativa é:
“Uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para 
satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, 
por meio de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente 
gerido.”
A OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) define cooperativa como: 
“Uma sociedade de, pelo menos, vinte pessoas físicas, unidas pela cooperação 
e ajuda mútuas, gerida de forma democrática e participativa, com objetivos 
econômicos e sociais comuns, cujos aspectos legais e doutrinários são distintos 
das outras sociedades.”
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
O Cooperativismo
Basicamente, o que se procura ao organizar uma cooperativa é 
melhorar a situação econômica de determinado grupo de 
indivíduos, solucionando problemas ou satisfazendo necessidades 
comuns, que excedam a capacidade de cada indivíduo realizar 
isoladamente.
A cooperativa é, então, um meio para que um grupo de pessoas 
atinja objetivos específicos, por meio de um acordo voluntário 
para cooperação recíproca.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
O Cooperativismo
Esquematicamente, podemos representar...
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
O Cooperativismo
Uma cooperativa se diferencia de outros tipos de associações de 
pessoas por seu caráter essencialmente econômico. 
A sua finalidade é colocar os produtos e serviços de seus 
cooperados no mercado, em condições mais vantajosas do que 
eles teriam isoladamente.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Existem diferentes classificações e tipos de cooperativas 
segundo a literatura existente sobre cooperativismo.
Tradicionalmente, são classificadas segundo sua 
natureza e nível de organização, além dos tipos de 
cooperativas, definidas segundo sua atividade principal.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Classificação quanto à natureza
Distinção entre três grandes grupos segundo a natureza das 
cooperativas:
1. Cooperativas de distribuição e serviços;
2. Cooperativas de produção;
3. Cooperativas de trabalho.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Classificação quanto à natureza
1. Cooperativas de distribuição ou serviços
Disponibilizam, aos sócios, bens e serviços de acordo com suas 
necessidades dentro de condições adequadas de qualidade e 
preço. 
(cooperativas de consumo, crédito, habitacionais, escolares, 
eletrificação...)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Classificação quanto à natureza
2. Cooperativas de produção
Recebem a produção dos associados em condições adequadas de 
preços, regularidade e segurança. 
(cooperativas agropecuárias)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Classificação quanto à natureza
3. Cooperativas de trabalho
Agrupam associados que organizam e disponibilizam (venda) em 
comum de seu trabalho, segundo uma determinada função 
ou profissão. Busca por fontes de ocupação mais estáveis e 
compensadoras. 
(cooperativas de médicos, metalúrgicos, taxistas...)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Classificação quanto ao nível de organização
Definição prevista em lei. Visa permitir uma estrutura de 
representação cooperativista.
1. Cooperativas singulares;
2. Cooperativas centrais ou federações de cooperativas;
3. Confederação de cooperativas.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Classificação quanto ao nível de organização
1. Cooperativas singulares ou de 1º grau
São constituídas por pessoas físicas e jurídicas. 
Objetivo é prestar serviços diretos ao associado. É constituída por 
um mínimo de 20 pessoas físicas. Não é permitida a admissão 
de pessoas jurídicas com as mesmas ou correlatas atividades 
econômicas das pessoas físicas que a integram.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Classificação quanto ao nível de organização
2. Central e federação ou de 2º grau
São constituídas por, pelo menos, 3 cooperativas singulares.
O objetivo é organizar em comum e em maior escala os serviços 
das filiadas, facilitando a utilização recíproca dos serviços. 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Classificação quanto ao nível de organização
3. Confederação ou de 3º grau
São constituídas por, pelo menos, 3 Centrais ou Federações de 
Cooperativas de qualquer ramo.
Objetivo é organizar, em comum e em maior escala, os serviços 
das filiadas. 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
No Brasil, existem cooperativas em 13 setores da economia.
Todas são representadas pela Organização das Cooperativas 
Brasileiras (OCB), em nível nacional, e pelas organizações 
estaduais (Oces) nas unidades da federação.
A OCB estabeleceu os ramos do cooperativismo baseados nas 
diferentes áreas em que o movimento atua, facilitando a 
organização vertical das cooperativas em confederações, 
federações e centrais.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
1. Cooperativas agropecuárias
São as mais comuns no Brasil.
Objetivo é organizar as atividades econômicas e sociais dos associados, 
produtores rurais, integrando-as e disponibilizando serviços como venda 
comum da produção (recebimento, classificação, padronização, 
armazenagem, beneficiamento ou industrialização), distribuição de bens e 
utilidades para produção, oferta de serviços na área de produção, 
pesquisa, assistência técnica, administrativa, social e educacional e 
promover a integração dos associados e familiares.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
1. Cooperativas agropecuárias
Número de Cooperativas: 1.523 
Número de Associados: 969.541 
Número de Empregos diretos: 155.896Exportações Diretas (2010): US$ 6,1 BILHÕES
Fonte: OCB Sescoop
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
2. Cooperativas de consumo
Cooperativas dedicadas à compra em comum de artigos de consumo para seus 
cooperados. Objetivo é distribuir produtos ou serviços, buscando melhores 
condições, preços e adequação de qualidade.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
2. Cooperativas de consumo
Número de Cooperativas: 120 
Número de Empregos diretos: 10.968 
Número de Associados: 2.710.423
Fonte: OCB Sescoop
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
3. Cooperativas de crédito
Cooperativas destinadas a promover a poupança e suprir as necessidades de 
crédito ou financiamento para os empreendimentos dos seus cooperados. 
Atua no crédito rural e urbano.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
3. Cooperativas de crédito
Número de Cooperativas: 1.047 
Número de Associados: 4.673.174 
Número de Empregos diretos: 33.988 
Número de Pontos atendimentos: 4.529 
Movimentação financeira: R$ 66 bilhões 
Operações de Crédito: R$ 29,8 bilhões
Fonte: OCB Sescoop
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
4. Cooperativas educacionais
Formadas por professores e pais de alunos, com a finalidade de manter uma 
escola formal. 
O papel da cooperativa de ensino é ser a mantenedora da escola. A escola deve 
funcionar de acordo com a legislação em vigor, ser administrada por 
especialistas contratados e orientada por um conselho pedagógico, 
constituído por pais e professores.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
4. Cooperativas educacionais
Este ramo é composto por cooperativas de professores, que se organizam como 
profissionais autônomos para prestarem serviços educacionais, por 
cooperativas de alunos de escola agrícola, por cooperativas de pais de 
alunos, que têm por objetivo propiciar melhor educação aos filhos, 
administrando uma escola e contratando professores, e por cooperativas 
de atividades afins.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
5. Cooperativas de produção
Cooperativas dedicadas à produção de um ou mais tipos de bens e produtos, 
quando detenham os meios de produção.
Para os empregados, cuja empresa entra em falência, a cooperativa de 
produção geralmente é a única alternativa para manter os postos de 
trabalho.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
6. Cooperativas de trabalho
Cooperativas que se dedicam à organização e administração dos interesses 
inerentes à atividade profissional dos trabalhadores associados para 
prestação de serviços não identificados com outros ramos já reconhecidos.
As cooperativas de trabalho são constituídas por pessoas ligadas a uma 
determinada ocupação profissional, com a finalidade de melhorar a 
remuneração e as condições de trabalho, de forma autônoma. Este é um 
segmento extremamente abrangente, pois os integrantes de qualquer 
profissão podem se organizar em cooperativas de trabalho.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
6. Cooperativas de trabalho
Número de Cooperativas: 966 
Número de Empregos diretos: 2.738 
Número de Associados: 188.644
Fonte: OCB Sescoop
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Classificação e tipos de cooperativas
Tipos (ou ramos de atuação) mais comuns
Além dos ramos apresentados, segundo a classificação da OCB temos ainda 
cooperativas constituídas por pessoas que precisam ser tuteladas ou que 
se encontram em situações de desvantagem (especial), cooperativas 
habitacionais, infraestrutura, mineral, saúde, transporte e turismo e lazer.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Sistema cooperativista
Fonte: Unidades Estaduais e OCB; Base: Dez/2010
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Sistema cooperativista
Fonte: Unidades Estaduais e OCB; Base: Dez/2010
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Sistema cooperativista
Fonte: Unidades Estaduais e OCB; Base: Dez/2010
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Sistema cooperativista
Fonte: Unidades Estaduais e OCB; Base: Dez/2010
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Sistema cooperativista
Fonte: Unidades Estaduais e OCB; Base: Dez/2010
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Sistema cooperativista
Fonte: Unidades Estaduais e OCB; Base: Dez/2010
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Sistema cooperativista
Fonte: MDIC/SECEX/DEPLA – Dez.2010
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Sistema cooperativista
Fonte: IBGE (1995/1996)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Sistema cooperativista
Fonte: IBGE (2006)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Símbolo e bandeira do cooperativismo
Símbolo
Pinheiros: Símbolo da imortalidade e da fecundidade, pela sua sobrevivência 
em terras menos férteis e pela facilidade na sua multiplicação. Os 
pinheiros unidos são mais resistentes e ressaltam a força e a capacidade 
de expansão. 
Círculo: representa a eternidade, pois não tem horizonte final, nem começo, 
nem fim. 
Verde: Lembra as árvores - princípio vital da natureza e a necessidade de se 
manter o equilíbrio com o meio-ambiente.
Amarelo: simboliza o sol, fonte permanente de energia e calor.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Símbolo e bandeira do cooperativismo
Símbolo
Circulado abraçando dois pinheiros para indicar união do movimento, 
imortalidade de seus princípios, a fecundidade de seus ideais e a 
vitalidade dos seus adeptos.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Símbolo e bandeira do cooperativismo
Bandeira
Aprovada pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) em 1932.
Possui 7 cores do arco-íris.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Símbolo e bandeira do cooperativismo
Bandeira
Vermelho: coragem.
Alaranjado: visão de possibilidades de futuro;
Amarelo: desafio em casa, na família e na comunidade;
Verde: crescimento tanto do indivíduo como do cooperado;
Azul: horizonte distante (necessidade de ajudar os necessitados);
Anil: necessidade de ajudar a si próprio e aos outros através da cooperação;
Violeta: amizade.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
1. Democracia e integração na Cooperativa
Cooperativa visa preservar o princípio da democracia, de forma a 
garantir mecanismos de gestão participativa (Conselho de 
Administração, Assembléia Geral, um voto por sócio...)
Gestão democrática – cooperativa é formada por pessoas que precisam 
ter preservados seus direitos individuais.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms IvensCristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
1. Democracia e integração na Cooperativa
Na prática, existe a presença marcante na atuação de alguns sócios 
(vão se tornando mais donos que os outros em função de sua 
participação e, em alguns casos, o aumento da capitalização).
Fato por estar relacionado com o maior interesse deste sócio em 
participar. 
Mas pode estar relacionado, também, com sua maior capacidade de 
operar com a cooperativa (grande proprietário, maior produção, 
maiores possibilidades de crédito ou investimento).
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
1. Democracia e integração na Cooperativa
Neste contexto, é sempre difícil contentar todos os sócios , mas é 
fundamental que a cooperativa encontre alternativas para a busca 
da conciliação dos interesses individuais para que os sócios:
 Tenham condições plenas de participação;
 Sem ouvidas e consideradas as sugestões, críticas e intervenções de 
todos;
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
1. Democracia e integração na Cooperativa
Deve haver uma política de transparência da gestão aos sócios, para 
que decisões sejam levadas adiante com o conhecimento e 
participação de todos.
Por outro lado, operar com decisões essencialmente democráticas pode 
fazer com que a cooperativa não tenha agilidade e seja incapaz de 
tomar decisões com rapidez (medo de não ser democrático o 
suficiente)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
1. Democracia e integração na Cooperativa
Iniciativas coletivas adequadas se baseiam em 3 requisitos 
fundamentais (Rech, 2000)
 Idéia suficientemente forte para mobilizar e entusiasmar um grupo;
 Liderança forte e preparada, que concentre as expectativas e ideais 
comuns;
 Ampla possibilidade de desenvolvimento da criatividade dos 
associados para aproveitamento e implementação de suas 
propostas.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
2. Aprender a ser dono
Criar uma cooperativa se os participantes mantêm mentalidade e 
comportamentos subordinados ou sem perspectivas mínimas de 
iniciativa autônoma?
Sócios não podem esperar para ver o que outros decidem ou apenas 
criticar. 
Deve haver convicção de cooperar juntos (se envolver, apostar, intervir, 
assumir, participar ....)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
2. Aprender a ser dono
Criar uma cooperativa se os participantes mantêm mentalidade e 
comportamentos subordinados ou sem perspectivas mínimas de 
iniciativa autônoma?
Sócios não podem esperar para ver o que outros decidem ou apenas 
criticar. 
Deve haver convicção de cooperar juntos (se envolver, apostar, intervir, 
assumir, participar ....). 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
2. Aprender a ser dono
Sócios devem assumir posição de sujeitos do empreendimento 
(donos) e não meros participantes.
Ser dono, pode ser um problema de superação difícil, porque 
significa mudança de mentalidade.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
Quando se passa da condição de empregado, ou de produtor subordinado para
a condição de trabalhadores independentes associados que precisam controlar
fatores produtivos, o entendimento deve ser outro. Nenhuma iniciativa
econômica, seja em forma autogestionada ou no modelo empresarial
tradicional, consegue sobreviver sem planejar e organizar suas atividades
racionalmente [...] É importante entender leis do mercado, normas de
gerenciamento e administração, estratégias de marketing, não para explorar os
outros, mas porque toda a economia moderna funciona desta forma [...]. É
preciso superar a concepção de vida como uma constante adaptação às
circunstâncias e entender a atividade humana como uma força que cria as
situações e estabelece o ritmo das transformações.
Adaptado de Rech (2000, p. 100)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
O trabalho dignifica o homem ?
Mentalidade histórica, imposta por uma minoria “dominante” 
interessada em manter relação de subordinação para que os 
trabalhadores. 
Convém definir dignidade no trabalho para o subordinado, 
enquanto goza a vida usufruindo do digno suor dos outros.
Não é efetivamente o trabalho, por si só, que dignifica e sim, a 
capacidade da pessoa em criar ou transformar sua realidade, por 
meio do trabalho.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
A questão cooperativa visa construir uma perspectiva e manter o 
trabalho sob controle (autonomia), permitindo exercer a 
capacidade de criação de forma autônoma.
Por isso, quando as pessoas não assumem a sua capacidade de 
fazer, de inovar, de encontrar soluções junto com outras pessoas 
cooperativamente, as cooperativas não podem dar certo.
Ser dono # imposição de dominação
Ser dono = liberdade e autonomia 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Questões importantes no funcionamento de uma cooperativa
3. Espírito empresarial
Sócios devem assumir posição de sujeitos do empreendimento 
(donos) e não meros participantes.
Ser dono, pode ser um problema de superação difícil, porque 
significa mudança de mentalidade.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Como formar uma cooperativa
Grupo de trabalhadores ou profissionais deve compor uma 
Assembléia Geral dos sócios:
1º - reunir, no mínimo, 20 trabalhadores ou profissionais para 
constituir a cooperativa (Lei no 5.764/71)
2º - convocar os interessados na formação da cooperativa 
(modelo de convocação)
3º - discutir com os fundadores, todos os itens do Estatuto Social 
da cooperativa.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Estatuto 
Social pode ser definido como:
Conjunto de normas que regem funções, atos e objetivos de 
determinada cooperativa. 
É elaborado com a participação dos associados para atender às 
necessidades da cooperativa e de seus associados. Deve 
obedecer a um determinado padrão. 
Não é conveniente copiar o documento de outra cooperativa já 
que a área de ação, objetivos e metas diferem uma da outra.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Como formar uma cooperativa
Estatuto deve considerar
- Área de atuação e objetivo da associação;
- Direitos e deveres dos associados;
- Condições de admissão, demissão e exclusão de associados;
- Capital e valor mínimo das quotas-partes para subscrição dos 
associados;
- formas de devolução das sobras líquidas e rateio de 
despesas;
- Normas para administração e fiscalização da cooperativa.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Como formar uma cooperativa
4º - aprovar, em 1ª Assembléia Geral dos Sócios, o Estatuto 
Social, registrar sua constituição em livro especial e elaborar 
a Ata de constituição da Cooperativa, mediante voto de todos 
os participantes e aprová-la, com a assinatura de todos.
5º - Encaminhar o Estatuto Social e a Ata (e demais documentos 
exigidos segundo Lei no 5.764/71) para registro (Cartório de 
Registros de Títulos e Documentos, Ministério daFazenda e 
Junta Comercial) 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
Como toda forma organizada de gestão, uma cooperativa tem 
uma estrutura sólida e bem dividida. 
Alguém interessado em participar de um empreendimento como 
este deve conhecer as formas adequadas de funcionamento, as 
determinações legais e as características que garantam a 
condução de ações de maneira adequada. 
Desta forma, é importante conhecer e entender a estrutura 
comum das cooperativas, que abrange:
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Assembléia 
Geral pode ser definida como:
Orgão supremo da cooperativa que, conforme o prescrito da 
legislação e no Estatuto Social, tomará toda e qualquer 
decisão de interesse da sociedade. Além da 
responsabilidade coletiva que se expressa pela reunião de 
todos, ou da maioria, nas discussões e nas deliberações. 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
A reunião da Assembléia Geral dos cooperados ocorre, nas 
seguintes ocasiões:
Assembléia Geral Ordinária - realizada obrigatoriamente uma 
vez por ano, após o encerramento do exercício social, para 
deliberar sobre prestações de contas, relatórios, planos de 
atividades, destinações de sobras, fixação de honorários, 
cédula de presença, eleição do Conselho de Administração e 
Fiscal, e quaisquer assuntos de interesse dos cooperados.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
A reunião da Assembléia Geral dos cooperados ocorre, nas 
seguintes ocasiões:
Assembléia Geral Extraordinário – realizada sempre que 
necessário e poderá deliberar sobre qualquer assunto de 
interesse da cooperativa. É de competência exclusiva da 
Assembléia Geral Extraordinária a deliberação sobre reforma 
do estatuto, fusão, incorporação, desmembramento, 
mudança de objetivos e dissolução voluntária.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
Assembléia Geral dos Sócios – atribuições no ato de formação da 
cooperativa
- Decidir sobre objetivos da associação (o que produzir, 
comercializar, tipo de serviços prestado...);
- Decidir o tipo de associado e definir critérios de admissão 
para a cooperativa;
- Formar chapas eleitoriais de sócios para eleger membros da 
direção, Conselho de Administração e Conselho Fiscal da 
cooperativa.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
Assembléia Geral dos Sócios – atribuições no ato de formação da 
cooperativa
- Opinar e decidir sobre a criação ou extinção de órgãos na 
cooperativa, contratação de profissionais para auxiliar no 
Conselho de Administração (gestão da cooperativa exige 
profissionalização técnica que estiver acima da capacidade e 
conhecimento dos associados).
- Decidir sobre os valores percentuais para constituição do 
capital social da cooperativa, Fundo de Reserva, Fundo de 
Assistência Técnica, Educacional e Social (sobretudo no que se 
refere às contribuições dos associados)
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
Assembléia Geral dos Sócios – atribuições no ato de formação da 
cooperativa
- Opinar e decidir sobre possíveis convênicos com outras 
cooperativas, com terceiros e quanto a propostas de 
contratos.
- Discutir os honorários da direção, no Conselho de 
Administração da cooperativa, decidindo sobre os valores 
envolvidos.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
Assembléia Geral dos Sócios – direitos dos associados
- Participar das reuniões da Assembléia, solicitar 
esclarecimentos sobre os assuntos relativos às atividades da 
cooperativa e votar em todas as questões que forem 
tratadas;
- Cobrar da Direção, Conselho de Administração e Conselho 
Fiscal medidas de interesse da cooperativa. 
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
Assembléia Geral dos Sócios – direitos dos associados
- Votar e ser votado para cargos de Direção, Conselho de 
Administração e cargo de conselheiro fiscal (Conselho Fiscal)
- Discutir e opinar sobre todos os assuntos relacionados com os 
objetivos da cooperativa e acompanhar mudanças ou 
alterações nos objetivos, para que somente sejam efetuadas 
com o consentimento da maioria (metade mais um dos 
sócios).
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
Assembléia Geral dos Sócios – deveres dos associados
- Participar das reuniões da Assembléia Geral, discutindo e 
opinando sobre assuntos de interesse;
- Aceitar todas as decisões da Assembléia Geral dos Sócios, 
considerando votos da maioria (metade mais um dos sócios);
- Cumprir determinações da Assembléia Geral dos Sócios, 
desde que coerentes com as normas ou regulamentos do 
Estatuto Social da Cooperativa.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Assembléia Geral dos Sócios
Assembléia Geral dos Sócios – deveres dos associados
- Cumprir os acordos firmados e documentados com relação a 
quotas de produção, comercialização ou prestação de 
serviços para terceiros.
- Atentar para as decisões e ações da Direção, do Conselho de 
Administração e dos conselheiros do Conselho Fiscal.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Conselho de Administração
Conselho de Administração – órgão superior da administração da 
cooperativa. Formado por três membros efetivos (Presidente, 
Diretor e Secretário) e três suplentes.
É de sua competência a decisão sobre qualquer interesse da 
cooperativa e de seus cooperados nos termos da legislação, 
do Estatuto Social e das determinações da Assembléia Geral. 
O Conselho de Administração será formado por cooperados, no 
gozo de seus direitos sociais, com mandatos de duração (no 
máximo 4 anos) e de renovação estabelecidos pelo Estatuto 
Social.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Conselho de Administração
Atribuições básicas do Conselho de Administração
• Intermediar compras e vendas de produtos e serviços entre associados e 
terceiros;
• Convocar Assembléia Geral e apresentar resultados operacionais e financeiros da 
cooperativa, e relatório contábil anual;
• Deliberar preço, prazo, quantidade e qualidade de produtos ou serviços 
contratados com associados ou terceiros;
• Encaminhar para Assembléia Geral as decisões sobre pedidos de interessados na 
associação ou demissão de associados;
• Apresentar propostas de contratos de trabalho, convênios com terceiros, 
empréstimos financeiros, contratação de pessoal, compra de bens para a 
cooperativa, explicando-as para a Assembléia Geral dos Sócios e acatando suas 
decisões finais.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Conselho Fiscal
Conselho Fiscal – formado por três membros efetivos e três 
suplentes, eleitos para a função de fiscalização da 
administração, das atividades e das operações da 
cooperativa, examinando livros e documentos entre outras 
atribuições. 
É um órgão independente da administração. 
Tem por objetivo representar a Assembléia Geral no desempenho 
de funções durante um período de doze meses.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Conselho Fiscal
Atribuições básicas do Conselho Fiscal
• Acompanhar as operações financeiras, produtivas e comerciais, bem como os 
serviços prestados pela cooperativa, entre os associados e para terceiros, 
conforme os regulamentos estatutários;
• Emitir parecer sobrea contabilidade da cooperativa, com a contratação de 
consultorias externas, se necessário, visando a análise de resultados contábeis 
apresentados pela direção;
• Fiscalizar todos os atos administrativos da Direção, no Conselho de Administração, 
verificando se estão de acordo com as normas e/ou regulamentos previstos no 
Estatuto Social;
• Acompanhar as eleições gerais na cooperativa;
• Apurar todo e qualquer tipo de irregularidade na cooperativa.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Estruturação dos órgãos básicos de uma cooperativa
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Fundos de Cooperativas
A sociedade cooperativa é definida como uma associação 
autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para 
satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e 
culturais comuns, por meio de um empreendimento de 
propriedade coletiva e democraticamente gerido.
Com a organização de uma cooperativa, o que se procura é 
melhorar a situação econômica de determinado grupo de 
indivíduos, solucionando problemas ou satisfazendo 
necessidades comuns, de forma mais eficaz que cada 
indivíduo o faria isoladamente.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Fundos de Cooperativas
As cooperativas devem manter fundos (ou reservas) 
obrigatoriamente, visando cumprir os seus princípios 
cooperativistas.
De acordo com os valores do cooperativismo (ajuda mútua, 
responsabilidade, democracia,igualdade, equidade e 
solidariedade) e com o 5o princípio (educação, capacitação e 
informação), as cooperativas devem promover a educação e 
a formação dos seus membros, dos representantes eleitos, 
dos dirigentes e, sempre que possível, dos trabalhadores para 
que possam contribuir, eficazmente, para o seu 
desenvolvimento
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Fundos de Cooperativas
A Lei 5.764/1971, que define a política nacional do 
cooperativismo no Brasil, confirma expressamente a 
obrigação da constituição de fundos legais: Fundo de Reserva 
e Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social.
Art. 28 As cooperativas são obrigadas a constituir:
I - Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento 
de suas atividades, constituído com 10% (dez por cento), pelo menos, das 
sobras líquidas do exercício;
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Fundos de Cooperativas
Art. 28 As cooperativas são obrigadas a constituir:
II - Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, destinado à prestação de 
assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto nos 
estatutos, aos empregados da cooperativa, constituído de 5% (cinco por 
cento), pelos menos, das sobras líquidas apuradas no exercício.
§ 1o Além dos previstos neste artigo, a Assembleia Geral poderá criar outros 
fundos, inclusive rotativos, com recursos destinados a fins específicos, 
fixando o modo deformação, aplicação e liquidação.
§ 2o Os serviços a serem atendidos pelo Fundo de Assistência Técnica, 
Educacional e Social poderão ser executados mediante convênio com 
entidades públicas e privadas.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Fundos de Cooperativas – Fundo de Reserva
O Fundo de Reserva possui duas destinações básicas:
• Reparar perdas;
• Atender ao desenvolvimento das atividades da cooperativa.
Tanto o fundo quanto o percentual que ele representa, devem estar previstos 
no Estatuto Social. É constituído por, no mínimo, 10% (dez por cento) das 
sobras líquidas do exercício.
Os prejuízos verificados no decorrer do exercício serão cobertos com recursos 
provenientes do Fundo de Reserva e, se insuficiente este, mediante 
rateio, entre os associados, na razão direta dos serviços usufruídos,
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Fundos de Cooperativas – Fundo de Assistência Técnica, 
Educacional e Social
A destinação do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e 
Social (Fates) é ampla.
É utilizado no campo social, educacional e técnico, podendo o 
Estatuto Social estabelecer especificadamente em quais tipos 
de atividades ele será empregado.
A aplicação desses recursos pode ser um diferencial da sociedade 
cooperativa, se utilizado na sua plenitude, em diversos 
programas sociais, assistenciais e técnicos.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
• Assistência Técnica - Destinado à prestação de orientação e de 
serviços variados ao corpo associativo, tanto na parte 
operacional, como na parte executiva;
• Educacional - Abrange a realização de treinamentos diversos, 
com cursos específicos destinados aos cooperados, seus 
familiares, dirigentes e, quando previsto no Estatuto Social, 
empregados;
• Social - Constituição e manutenção de programas na área 
social, através de intercâmbio entre cooperativas, atividades 
coletivas que visem a melhorar a integração entre dirigentes 
e cooperados, dentre outros.
Fundos de Cooperativas – Fundo de Assistência Técnica, 
Educacional e Social
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Fundos de Cooperativas – Exemplo de uso dos recursos do 
Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social
KRUGER, G; MIRANDA, A B. Comentários à legislação das sociedades cooperativas, Tomo I – Belo Horizonte: Mandamentos, 2007.
SOCIOLOGIA E COOPERATIVISMO
Prof. Ms Ivens Cristian Vargas
Fundos de Cooperativas – Exemplo de uso dos recursos do 
Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social
KRUGER, G; MIRANDA, A B. Comentários à legislação das sociedades cooperativas, Tomo I – Belo Horizonte: Mandamentos, 2007.

Outros materiais