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RODADA 01 10

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Assuntos da Rodada 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO1: 1 Noções de organização administrativa. 
2 Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada. 2.1 Legislação 
administrativa: Administração direta, indireta, e paraestatal. 3 Poderes 
administrativos. 3.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 3.2 Uso e abuso 
do poder. 4 Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. 
4.1 Legislação administrativa: Atos administrativos. 5 Agentes públicos. 5.1 Espécies e 
classificação. 5.2 Cargo, emprego e função públicos. 5.3 Lei n. 8.112/1990 e alterações: 
regime disciplinar (deveres e proibições, acumulação, responsabilidades, penalidades). 
5.4 Requisição. 5.5 Regime jurídico dos servidores públicos federais: admissão, 
demissão, concurso público, estágio probatório, vencimento básico, licença, 
aposentadoria. 6 Lei n. 8.429/1992: das disposições gerais, dos atos de improbidade 
administrativa. 7 Licitação. 7.1 Princípios, dispensa e inexigibilidade. 7.2 Modalidades. 
7.3 Lei n. 8.666/1993. 8 Controle e responsabilização da administração. 8.1 Controles 
administrativo, judicial e legislativo. 8.2 Responsabilidade civil do Estado. 
 
 
																																																													
1	OBS.:	compreende	os	subitens	de	NOÇÕES	DE	DIREITO	ADMINISTRATIVO,	os	subitens	5.2	e	5.3	
de	ÉTICA	NO	SERVIÇO	PÚBLICO	e	o	 item	6	e	respectivos	subitens	de	ADMINISTRAÇÃO,	os	quais	
foram	aglutinados	e	organizados	com	objetivo	de	serem	estudados	em	ordem	lógica	e	didática.	
 
Rodada #1 
Direito Administrativo 
 
Professor Carlos Antônio Bandeira 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
2 
a. Teoria 
 
Estado e Governo 
1. Estado - O Estado é pessoa jurídica territorial soberana, constituída por um povo, 
em um determinado território, regido por governo soberano. 
1.1. Povo: conjunto de indivíduos unidos para formação da vontade geral do 
Estado. 
1.1.1. População: conceito demográfico que significa contingente de 
pessoas que, em determinado momento, estão no território do 
Estado. 
1.1.2. Nação: conceito que pressupõe uma ligação cultural entre os 
indivíduos. 
1.2. Território: base geográfica do Estado (dimensão espacial). 
1.3. Soberania: atributo do Estado de não conhecer entidade superior na ordem 
externa, nem igual na ordem interna (JEAN BODIN). 
1.4. O Estado é sujeito capaz (ente personalizado) para adquirir direitos e 
contrair obrigações na ordem jurídica nacional e, no convívio com outros 
Estados soberanos, na internacional. 
1.5. A divisão política do território, organização de seus poderes, forma de 
governo e o modo de aquisição de poder dos governantes são temas 
previstos na Constituição Federal. 
1.6. A União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios são 
pessoas jurídicas de direito público interno dotadas de autonomia política 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
3 
[art. 18, “caput”, da Constituição Federal (CF)], sendo que as demais pessoas 
jurídicas de direito público interno (autarquias, associações públicas e 
demais entidades de caráter público criadas por lei) possuem apenas 
autonomia administrativa, mas não política [art. 41, IV e V, do Código Civil 
em vigor (CC)]. 
 
2. Forma de Estado – A organização política estatal classifica-se em Estado unitário 
e Estado federado. 
2.1. Estado unitário: há apenas um poder central (“centralização política”), que 
irradia sua competência, de modo exclusivo, para todo o território nacional e 
sua população. Esse poder controla todas as coletividades regionais e locais. 
Ex.: Uruguai. 
2.2. Estado federado (complexo ou composto): é marcado pela 
“descentralização política”, tendo em vista a convivência, no mesmo 
território, de diferentes entidades políticas autônomas e regionalmente 
distribuídas. Ex.: Brasil (União, Estados, Municípios e Distrito Federal, no 
mesmo território), caso em que a forma federativa é cláusula pétrea, isto é, 
não pode ser abolida por intermédio de reforma constitucional (art. 60, § 4º, 
I, da CF). 
2.2.1. Ausência de subordinação: os entes federativos não são 
subordinados uns aos outros (não há hierarquia entre eles), pois 
cada ente possui autonomia politica, financeira e 
administrativa, e há inter-relacionamento entre os entes 
federativos por meio de coordenação, e não por subordinação. 
Obs.: a Constituição Federal prevê os casos em que a competência 
para editar normas gerais é privativa do Congresso Nacional, por 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
4 
meio de leis de caráter nacional, de observação obrigatória por 
todos os entes da Federação. 
 
3. Poderes de Estado – O poder é uno e indivisível, porém o termo “Poderes” 
aplica-se para designar conjuntos de órgãos que recebem competências 
constitucionais para o desempenho de funções estatais. 
3.1. A tripartição dos Poderes também é cláusula pétrea, pois não pode ser 
abolida por reforma constitucional (art. 60, § 4º, III, da CF). 
3.2. Atenção: 
3.2.1. No âmbito da União, a ordem constitucional estabelece os três 
Poderes, os quais são “harmônicos e independentes entre si” (art. 2o 
da CF). 
3.2.2. Nos Estados-Membros, a divisão é idêntica em relação à União. 
3.2.3. No Distrito Federal, é da competência da União organizar e 
manter o chamado Poder Judiciário do Distrito Federal e dos 
Territórios (art. 21, XIII, da CF). 
3.2.4. Os Municípios são os únicos entes da Federação que não 
possuem Poder Judiciário em sua estrutura. 
 
4. Funções típicas e atípicas - Cada Poder estatal possui competências próprias 
para exercer funções típicas (relacionadas com a natureza do órgão) e atípicas 
(funções de caráter acessório que são típicas de outros Poderes). Essa 
caracterização corresponde ao denominado modelo de separação de Poderes 
flexível. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
5 
4.1. Poder Legislativo: possui as funções típicas de legislar e fiscalizar o Poder 
Executivo, e as funções atípicas para administrar (na gestão de bens, 
pessoal e serviços) e julgar (nos casos de autoridades acusadas de praticar 
crime de responsabilidade. 
4.2. Poder Executivo: tem a função típica de administrar, e as funções 
atípicas de legislar (edições de lei delegada e medida provisória), e julgar 
(decisões proferidas em processos administrativos). 
4.3. Poder Judiciário: possui a função típica de julgar, e as funções atípicas 
de administrar (gestão de bens, pessoal e serviços) e legislar (edição de 
regimento interno de tribunais). 
4.3.1. Lembre-se que as funções típicas do Poder Legislativo são duas 
(e não apenas uma): legislar e fiscalizar os atos do Poder Executivo 
(arts. 49, X, 58, § 2º, III, e 70 da CF). 
4.3.2. Administração Pública: essa expressão não se confunde com o 
Poder Executivo! Na verdade, caracteriza o conjunto de órgãos e 
agentes estatais no exercício da função administrativa, 
independentemente se são pertencentes ao Poder Executivo, ao 
Legislativo, ao Judiciário, ou a qualquer outro organismo estatal, 
como o Ministério Público ou Defensorias Públicas. 
 
5. Sistemas de Governo – Mediante observação do relacionamento entre os 
Poderes Legislativo e o Executivo nas atividades governamentais, o sistema de 
governo pode ser presidencialista ou parlamentarista. 
5.1. Sistema presidencialista: predomina o princípio da divisão dos Poderes, 
que devem ser independentes e harmônicos entre si. O Presidente da 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
6 
República exerce a chefia do Poder Executivo em toda a sua inteireza, 
acumulando as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, e 
cumpre mandatofixo, não dependendo da confiança do Poder Legislativo 
para sua investidura, tampouco para o exercício do cargo. Por sua vez, o 
Poder Legislativo não está sujeito a dissolução pelo Executivo, uma 
vez que seus membros são eleitos para um período certo de tempo. 
5.2. Sistema parlamentarista: há, nesse sistema, de forma predominante, 
colaboração entre os Poderes Executivo e Legislativo. Nele, o Poder 
Executivo é dividido em duas frentes: a) uma chefia de Estado, 
exercida pelo Presidente da República ou pelo Monarca; b) uma chefia de 
governo, exercida pelo Primeiro Ministro ou pelo Conselho de Ministros. 
O Primeiro Ministro normalmente é indicado pelo Presidente da 
República, mas sua permanência no cargo depende da confiança do 
Parlamento. Se o Parlamento retirar a confiança do governo, ele cai, 
exonera-se, dando lugar à formação de um novo governo, porque os 
membros do governo não possuem mandato, tampouco investidura a 
prazo certo, mas apenas investidura de confiança. Por outro lado, se o 
governo entender que o Parlamento perdeu a confiança do povo, poderá 
optar pela dissolução do Parlamento, convocando novas eleições 
extraordinárias para a formação de outro Parlamento que lhe dê 
sustentação. 
5.3. No Brasil: optou-se pelo sistema presidencialista de governo. O 
Presidente da República é o Chefe do Poder Executivo federal e exerce, 
com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da 
Administração Pública federal, cabendo a ele sua organização e 
estruturação (arts. 61 e 84 da CF). Em decorrência da forma federativa de 
Estado e do princípio da simetria das esferas políticas, os Chefes dos 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
7 
Poderes Executivos e das Administrações Públicas do Distrito Federal e 
dos Estados serão, respectivamente, o Governador do Distrito Federal e 
os Governadores dos Estados; pela mesma razão, os Chefes dos Poderes 
Executivos dos Municípios, bem como das Administrações Públicas dos 
Municípios, serão os seus Prefeitos. 
5.4. Função política: abrange as funções de comando, de coordenação, de 
direção e de estipulação de planos e diretrizes de atuação do Estado 
(políticas públicas). 
5.5. Governo: a função politica é própria do governo, abrange atribuições que 
decorrem diretamente da Constituição e por esta se regulam. Exs.: 
declaração de guerra, intervenção federal em Estado-Membro, sanção a 
projeto de lei. 
5.6. Distinções entre ato de governo e ato administrativo: 
5.6.1. Fonte de competência: o ato de governo tem sua competência 
extraída diretamente da Constituição; no caso do ato 
administrativo, é da lei. 
5.6.2. Margem de liberdade (discricionariedade): o ato de governo é 
caracterizado por acentuada margem de liberdade, a normalmente 
prevista para ato administrativo é menor. 
 
6. Formas de governo - Esse conceito revela a maneira como se institui o poder na 
sociedade e a relação entre governantes e governados. 
6.1. República (“res publica”, coisa do povo): a instituição do poder ocorre 
por intermédio de eleições periódicas (não vitaliciedade dos cargos 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
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políticos, temporalidade dos mandatos eletivos), casos em que o 
governante eleito representa o povo (representatividade popular) e 
deve prestar contas de seus atos (responsabilidade do governante). 
6.2. Monarquia: nesse caso, a forma de governo é marcada pela 
hereditariedade (não há eleições para instituição do poder) 
vitaliciedade (não temporariedade do mandato), ausência de 
representação popular (representa linhagem familiar) e 
irresponsabilidade do governante (não responde perante o povo pelos 
atos de governo, pois inexiste o dever de prestar contas). 
6.3. No Brasil: a primeira forma de governo adotada foi a monárquica 
(com a chegada da família real portuguesa), sendo que, a partir da 
Constituição de 1891, implantou-se a forma republicana de governo. 
 
Administração Pública 
7. Administração Pública – Essa expressão pode ser utilizada em sentido amplo ou 
em sentido estrito. 
7.1. Sentido amplo: abrange os órgãos de governo, com as funções políticas 
que exercem (elaboração de políticas públicas, que envolvem diretrizes e 
programas de ação governamental e planos de atuação estatal) e os 
órgãos e pessoas jurídicas que desempenham funções meramente 
administrativas (execução profissional, técnica e neutra, das políticas 
públicas formuladas no exercício da atividade política). 
7.2. Sentido estrito: inclui os órgãos e pessoas jurídicas administrativos, com 
as funções por eles exercidas, de natureza administrativo-profissional, 
técnica, instrumental, apartidária, visando à execução dos programas de 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
9 
governo. Portanto, excluem-se, dessa definição, os órgãos de governo 
e as funções políticas que eles exercem (elaboração das políticas 
públicas). 
 
8. Administração Pública – O uso dessa expressão também pode ser classificado: 
a) em sentido formal, subjetivo ou orgânico; e b) em sentido material, objetivo ou 
funcional. 
8.1. Em sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos, pessoas 
jurídicas e agentes identificados como Administração Pública (quem 
exerce). Não importa a atividade que exerçam (em regra, esses órgãos, 
entidades e agentes desempenham função administrativa). 
8.2. Em sentido material, objetivo ou funcional: conjunto de atividades que 
costumam ser consideradas próprias da função administrativa. O conceito 
adota a atividade como referência (não obrigatoriamente quem a exerce). 
Normalmente são classificadas como próprias da Administração Pública 
em sentido material as seguintes atividades: 
8.2.1. Serviço público: prestações concretas que representem, em si 
mesmas, diretamente, utilidades ou comodidades materiais à 
população em geral, oferecidas pela Administração Pública formal 
ou por particulares delegatários (sob regime jurídico de Direito 
Público); 
8.2.2. Polícia administrativa: restrições ou condicionamentos impostos 
ao exercício de atividades privadas em beneficio do interesse 
público. Ex.: atividades fiscalizatórias; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
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8.2.3. Fomento: incentivo à iniciativa privada de utilidade pública. Ex.: 
concessão de subvenções e benefícios fiscais; 
8.2.4. Intervenção: abrange toda intervenção estatal no setor privado 
(exceto sua atuação direta como agente econômico). Ex.: 
intervenção na propriedade privada (desapropriação e 
tombamento), no domínio econômico (atuação como agente 
normativo e regulador, por meio das agências reguladoras, como é 
o caso das medidas de repressão a práticas tendentes à eliminação 
da concorrência) etc. 
8.3. No Brasil: adota-se o critério formal de Administração Pública. A 
Administração Pública, segundo o ordenamento jurídico brasileiro, é 
integrada exclusivamente: 
8.3.1. pelos órgãos integrantes da denominada Administração direta: 
órgãos integrantes da estrutura de uma pessoa política que 
exercem função administrativa; e 
8.3.2. pelas entidades da Administração indireta: autarquias, 
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia 
mista. Obs.: Há empresas públicas e sociedades de economia mista 
que desempenham atividade eminentemente econômicas (art. 173 
da CF). Porém, a atuação direta estatal no campo econômico como 
agente produtivo (Estado-empresário) não configura atividade de 
Administração Pública em sentido material. 
8.3.3. Não integram a Administração Pública formal brasileira, 
embora exerçam atividades identificadas como próprias da 
função administrativa: apesar da atividade exercida, algumas 
entidades privadas nãointegram a Administração Pública brasileira, 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
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justamente porque no Brasil é adotado o critério formal, e não 
material: 
a) concessionárias de serviços públicos (atuam por 
delegação); 
b) organizações sociais (exercem atividades de utilidade 
pública, previstas em contrato de gestão celebrado com o 
poder público). 
8.3.4. Atenção: alguns doutrinadores identificam a Administração 
Pública brasileira, em seu sentido subjetivo, com a totalidade do 
aparelhamento de que dispõe o Estado para a execução das 
atividades compreendidas na função administrativa, a exemplo da 
pela professora MARIA SYLVIA DI PIETRO: “Desse modo, pode-se definir 
Administração Pública, em sentido subjetivo, como o conjunto de 
órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da 
função administrativa do Estado”. Não obstante, afirmam que a 
Administração Pública formal, no Brasil, inclui a Administração 
direta e a indireta, porém, de forma contraditória, acrescentam, a 
esta última, as empresas públicas e as sociedades de economia 
mista que exercem atividades econômicas, bem como as 
concessionárias de serviço público e as organizações sociais. 
 
9. Governo a Administração Pública – Na obra de HELY LOPES MEIRELLES, destaca-se 
que Governo e Administração são vocábulos que andam juntos e muitas vezes 
são confundidos, embora expressem conceitos diversos nos vários aspectos em 
que se apresentam. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
12 
9.1. Governo: 
a) em sentido formal: é o conjunto de Poderes e órgãos 
constitucionais; 
b) em sentido material: é o complexo de funções estatais básicas; 
c) em sentido operacional, é a condução política dos negócios 
públicos. 
9.2. Administração Pública: 
a) em sentido formal: é o conjunto de órgãos instituídos para 
consecução dos objetivos do Governo; 
b) em sentido material: é o conjunto das funções necessárias aos 
serviços em geral; 
c) em sentido operacional: é o desempenho perene e sistemático, 
legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele 
assumidos em benefício da coletividade. 
• “Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, 
preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação 
das necessidades coletivas” (HELY LOPES MEIRELLES). 
 
Entidades Políticas e Administrativas 
10. Entidades – A palavra "entidade" é empregada como sinônimo de “pessoa 
jurídica”. Diferentemente, o vocábulo "órgão" é utilizado para designar um 
conjunto de competências administrativas desprovido de personalidade jurídica. 
Na verdade, os órgãos integram a estrutura de uma pessoa jurídica. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
13 
 
11. Entidades políticas, pessoas políticas ou entes federados (ou federativos) – 
são as pessoas jurídicas de direito público interno que compõem a Federação 
brasileira (a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios), dotadas de 
diversas competências de natureza política, legislativa e administrativa. 
Caracterizam-se por possuírem autonomia política. 
11.1. Autonomia política: capacidade de auto-organização (elaboração das 
próprias Constituições ou Leis Orgânicas) e possibilidade de legislar (com 
fundamento em competências próprias, diretamente atribuídas pela CF). 
 
12. Entidades administrativas – são as pessoas jurídicas que integram a 
Administração Pública formal brasileira. São as pessoas jurídicas que compõem a 
Administração indireta: as autarquias, as fundações públicas, as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista. 
12.1. As entidades administrativas não dispõem de autonomia política, 
pois não detêm competências legislativas: limitam-se a exercer 
competências de execução das leis editadas pelas pessoas políticas. As 
entidades administrativas só possuem competências administrativas 
(mera execução de leis). 
12.2. As entidades administrativas possuem autonomia administrativa ( 
capacidade de autoadministração): não são hierarquicamente 
subordinadas à pessoa política instituidora e têm capacidade para editar 
regimentos internos dispondo acerca de sua organização e 
funcionamento (gestão de pessoas, financeira, de seus serviços), 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
14 
observados os limites previstos na lei que criou ou autorizou a criação da 
entidade administrativa. 
12.3. Tutela ou supervisão: por outro lado, essas entidades são vinculadas 
(sem hierarquia) à pessoa política instituidora, que exerce sobre elas 
controle administrativo denominado tutela ou supervisão, exercido nos 
termos da lei, visando à verificação do atingimento de resultados, tendo 
em conta as finalidades para cuja consecução a entidade administrativa 
foi criada. 
 
Centralização, descentralização, desconcentração e concentração 
administrativas 
13. Execução da função administrativa estatal – O Estado executa a função 
administrativa por meio de órgãos, pessoas jurídicas e seus agentes. Destacam-se 
quatro conceitos importantes a respeito do assunto: centralização, 
descentralização, desconcentração e concentração. 
13.1. Dica: 
Centralização Mesma pessoa Só Administração direta 
Descentralização Outra pessoa P/Administração indireta 
Desconcentração Mesma pessoa Só Adm. direta ou indireta 
Concentração Mesma pessoa (Inverso) Só Adm. direta ou indireta 
 
14. Centralização administrativa: o Estado executa suas tarefas diretamente, por 
meio dos órgãos e agentes integrantes da Administração direta. Assim, os 
serviços são prestados diretamente pelos órgãos do Estado, despersonalizados, 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
15 
integrantes de uma mesma pessoa política (União, Distrito Federal, Estados-
Membros ou Municípios). 
 
15. Descentralização administrativa: o Estado desempenha algumas de suas 
atribuições por meio de outras pessoas, e não por sua Administração direta. A 
descentralização pressupõe duas pessoas distintas: o Estado (União, Distrito 
Federal, Estado-Membro ou Município) e a pessoa que executará o serviço, por 
ter recebido do Estado essa atribuição. Pode ocorrer mediante três formas: a) 
outorga; b) delegação; ou c) descentralização territorial. 
15.1. Outorga, descentralização por serviços ou delegação legal: ocorre via 
edição de lei que institui a entidade ou autoriza a sua criação uma 
entidade (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e 
fundações públicas) e a ela transfere determinado serviço público, 
normalmente por prazo indeterminado. 
15.2. Delegação (descentralização por colaboração ou delegação negocial): 
o Estado transfere unicamente a execução do serviço, para que a pessoa 
delegada o preste à população, em seu próprio nome e por sua conta e 
risco, sob fiscalização do Estado: 
15.2.1. por contrato, com prazo determinado : concessão ou permissão 
de serviços públicos, celebrável apenas com pessoas jurídicas); ou 
15.2.2. ato unilateral, sem prazo certo: autorização ou permissão de 
serviços públicos, com possibilidade de revogação a qualquer 
tempo, em regra, sem indenização (pode ocorrer em favor de 
pessoas jurídicas ou físicas. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
16 
15.3. Atenção: não há subordinação hierárquica em nenhuma forma de 
descentralização. Na relação entre a Administração direta e a indireta, 
há vinculação (e não subordinação), mas a primeira exerce sobre a 
segunda controle finalístico, tutela administrativa ou supervisão. Como 
condição para o controle finalístico, deve haver previsão legal, com a fixação 
dos limites e instrumentos de controle (atos de tutela). 
15.4. Descentralização territorial ou geográfica:quando existentes, os 
Territórios Federais (art. 18, § 2o , da CF), integram a União com natureza 
de autarquia territorial ou geográfica, cabendo à lei complementar 
dispor sobre sua criação, transformação em Estado-Membro, ou 
reintegração ao Estado-Membro de origem. 
 
16. Desconcentração administrativa – A desconcentração ocorre exclusivamente 
dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica, mediante técnica 
administrativa de distribuição interna de competências. 
16.1. Distribuição de competências: ocorre desconcentração administrativa 
quando uma pessoa política ou uma entidade da Administração indireta 
distribui competências no âmbito de sua própria estrutura a fim de tomar 
mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. Ex.: a União distribui 
competências entre diversos órgãos públicos de sua própria estrutura 
(Ministério da Educação, Ministério dos Transportes etc.); ou uma 
autarquia estabelece divisão interna de funções, mediante criação de 
departamentos internos (de graduação, de pós-graduação, de Filosofia 
etc.). 
16.2. Órgãos públicos: sempre que na estrutura de uma pessoa administrativa 
houver organização de competências, atribuições públicas reunidas em 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
17 
unidades de atuação (órgãos), podemos afirmar que se adotou a técnica 
de organização do serviço público denominada desconcentração 
administrativa, casos em que há relação de hierarquia (subordinação), 
entre os órgãos resultantes da desconcentração. 
16.3. Classificação da desconcentração administrativa: de acordo com a 
doutrina, de acordo com o critério aplicado pela Administração para sua 
adoção, há as seguintes desconcentrações: 
a) desconcentração territorial ou geográfica: as competências são 
divididas delimitando as regiões onde cada órgão pode atuar, casos 
em que cada órgão público detém as mesmas atribuições materiais 
dos demais, variando somente o âmbito geográfico de sua atuação. 
Ex.: Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil no Rio 
de Janeiro, na Bahia etc.; 
b) desconcentração material ou temática: há distribuição de 
competências mediante a especialização de cada órgão em 
determinado assunto. Exemplo: Ministério da Fazenda, da Justiça, 
da Defesa etc.; 
c) desconcentração hierárquica ou funcional: há repartição de 
competências dentro da relação de subordinação entre os diversos 
órgãos. Ex,: Ministérios, Secretarias, Superintendências, Delegacias 
etc. 
 
17. Concentração administrativa – Trata-se do fenômeno inverso ao da 
desconcentração administrativa, casos em que a pessoa jurídica integrante da 
Administração pública ⎯ direta ou indireta ⎯ extingue órgãos antes existentes 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
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em sua estrutura, reunindo em um número menor de unidades as respectivas 
competências. 
 
18. Diferenciação básica entre centralização, descentralização, concentração e 
desconcentração – Para ALEXANDRE MAZZA, a concentração ou desconcentração 
considera a quantidade de órgãos públicos encarregados do exercício das 
competências administrativas; ao passo que a centralização ou descentralização 
baseiam-se no número de pessoas jurídicas autônomas competentes para 
desempenhar tarefas públicas. 
18.1. Segundo esse autor, é possível combinar os institutos sob quatro formas 
distintas de organização da estrutura administrativa: 
a) centralização concentrada: quando a competência é exercida por 
uma única pessoa jurídica sem divisões internas. Seria o caso, 
improvável na prática, de uma entidade federativa que 
desempenhasse diretamente todas as suas competências sem 
divisão em órgãos públicos; 
b) centralização desconcentrada: a atribuição administrativa é 
cometida a uma única pessoa jurídica dividida internamente em 
diversos órgãos públicos. É o que ocorre, por exemplo, com as 
competências da União Federal exercidas pelos Ministérios; 
c) descentralização concentrada: ocorre quando são atribuídas 
competências administrativas a pessoa jurídica autônoma sem 
divisões internas. Exemplo: autarquia sem órgãos internos; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
19 
d) descentralização desconcentrada: é a situação surgida quando as 
competências administrativas são atribuídas a pessoa jurídica 
autônoma dividida. 
 
Órgãos Públicos 
19. Conceito – Órgãos públicos são “centros de competência instituídos para o 
desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à 
pessoa jurídica a que pertencem” (HELY LOPES MEIRELLES). “Órgãos são meros conjuntos 
de competências, plexos de atribuições sem personalidade jurídica; são resultado da 
técnica de organização administrativa conhecida como desconcentração” (MARCELO 
ALEXANDRINO e VICENTE PAULO). 
19.1. Características dos órgãos públicos: 
a) integram a estrutura de uma pessoa política (União, Estado-Membro, 
Distrito Federal ou Município) ou de uma pessoa jurídica 
administrativa (autarquia, fundação pública, empresa pública ou 
sociedade de economia mista); 
b) não possuem personalidade jurídica; 
c) são resultado da desconcentração; 
d) alguns possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira; 
e) podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de 
gestão com outros órgãos ou com pessoas jurídicas (art. 37, § 8o, da 
CF) ; 
f) não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica 
que integram; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
20 
g) alguns têm capacidade processual para defesa em juízo de suas 
prerrogativas funcionais (a exemplo do art. 82, III, do Código de 
Defesa do Consumidor); 
h) não possuem patrimônio próprio. 
19.2. Administração direta e indireta: há órgãos públicos na Administração 
direta de cada ente da Federação (União, Estados-Membros, Distrito 
Federal e Municípios) e, também, no interior das entidades das 
respectivas Administrações indiretas (art. 1o, § 2o, da Lei n. 9.784, de 29 de 
janeiro de 19992). 
19.3. Especialização: a criação de órgãos públicos visa propiciar um certo grau 
de especialização no desempenho das funções administrativas de que é 
incumbida a pessoa jurídica. 
19.4. Atenção: as entidades da Administração indireta possuem personalidade 
jurídica e autonomia administrativa, ao passo que órgãos públicos são 
apenas centros de competências despersonalizados. 
19.5. Criação e extinção de órgãos públicos: a criação e a extinção depende 
de lei (art. 48, XI, da CF) de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo 
(art. 61, § 1o, II, "e", da CF), com observação obrigatória, por simetria, por 
todos os demais entes da Federação, conforme orientação pacífica do STF. 
19.6. “Decretos autônomos”: os chamados “decretos autônomos”, de 
competência exclusiva do Presidente da República, editado 
independentemente de lei,, podem dispor sobre organização e 
funcionamento da administração federal, desde que não implique 
																																																													
2	“Regula	o	processo	administrativo	no	âmbito	da	Administração	Pública	Federal.”	
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
21 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos (art. 84, 
VI, “a”, da CF), configurando a hipótese de "reserva de administração". 
19.6.1. Delegação: as competências privativas do Presidente da República 
enumeradas no art. 84, VI, da CF, exercidas mediante “decretos 
autônomos”, podem ser delegadas aos Ministros de Estado, ao 
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, 
que observarão os limites traçados nas respectivas delegações (art. 
84, parágrafo único, da CF). 
 
20. Classificação dos órgãos públicos: a obra administrativistado Prof. HELY LOPES 
MEIRELLES contém clássica classificação dos órgãos públicos dividida em três 
subgrupos: a) quanto à estrutura; b) quanto à atuação funcional; c) quanto à 
posição estatal. 
20.1. Quanto à estrutura: 
a) órgãos simples ou unitários: são constituídos por apenas um 
centro de competências, sem subdivisões (não há outros órgãos em 
seu interior). Podem ter um ou mais cargos para o desempenho de 
suas competências; 
b) órgãos compostos: possuem diversos órgãos em sua estrutura. 
Ex..: ministérios e secretarias estaduais, distritais e municipais. 
20.2. Quanto à atuação funcional: 
a) órgãos singulares ou unipessoais: suas atuações e decisões são 
atribuição de um único agente, seu chefe e representante. Ex.: 
Presidência da República. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
22 
b) órgãos colegiados ou pluripessoais: suas atuações e decisões são 
obrigatoriamente manifestadas após deliberação e aprovação pelos 
membros integrantes do órgão, em conjunto, observadas as 
respectivas regras regimentais. Ex.: tribunais, o Congresso Nacional, 
o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) da estrutura 
do Ministério da Fazenda etc. 
20.3. Quanto à posição estatal: 
a) órgãos independentes ou primários: são diretamente previstos 
no texto constitucional, os quais não possuem subordinação 
hierárquica ou funcional, mas se sujeitam aos controles, 
constitucionalmente previstos, que uns exercem sobre os outros ⎯ 
sistema de freios e contrapesos (“checks and balances”). Ex.: 
Presidência da República, tribunais do Judiciário, Congresso 
Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, respectivos 
órgãos simétricos dos Estados-Membros, Distrito Federal e 
Municípios, Ministério Público e tribunais de contas; 
b) órgãos autônomos: situam-se um grau hierárquico abaixo dos 
órgãos independentes, subordinando-se diretamente à chefia 
destes. Possuem ampla autonomia administrativa, financeira e 
técnica. Participam da formulação das políticas públicas, das 
diretrizes de ação governamental. Ex.: Ministérios e Secretarias 
Distritais, Estaduais e Municipais, Advocacia-Geral da União; 
c) órgãos superiores: possuem atribuições de direção, controle e 
decisão, mas sempre sujeitos ao controle hierárquico de uma chefia 
mais alta. Não têm autonomia administrativa nem financeira. Ex..: 
Procuradorias, Coordenadorias, Gabinetes etc. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
23 
d) órgãos subalternos: exercem atribuições de mera execução, 
subordinados a vários níveis hierárquicos superiores. Têm reduzido 
poder decisório. Ex.: seções de expediente, de pessoal, de material, 
de portaria etc. 
 
21. Órgãos administrativos especiais constitucionais – Para o jurista DIOGO DE 
FIGUEIREDO MOREIRA NETO, há três tipos de órgãos administrativos especiais com 
previsão constitucional, denominados agrupamentos de municípios limítrofes 
(art. 25, § 3º, da CF): a) regiões metropolitanas; b) aglomerações urbanas; e c) 
microrregiões. 
“§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o 
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.” 
 
22. Teorias sobre a natureza da vinculação entre o agente público e o respectivo 
órgão público: a) teoria do órgão; b) teoria da identidade; c) teoria do mandato; e 
d) teoria da representação. 
22.1. Teoria do órgão ou teoria da imputação: é a teoria aceita pela 
unanimidade dos doutrinadores modernos. A pessoa jurídica manifesta a 
sua vontade por meio dos seus órgãos, que são partes integrantes de sua 
estrutura. A atuação dos agentes em exercício nesses órgãos caracteriza a 
atuação do próprio Estado. Dessa forma, os atos praticados pelo agente 
público (pessoa natural) são tidos por atos da própria pessoa jurídica 
por imputação ⎯ e não por representação ⎯ à pessoa jurídica da atuação 
do seu agente público. Essa é a teoria adotada no Brasil. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
24 
22.1.1. Otto Friedrich von Gierke: idealizador da moderna teoria do órgão 
público baseada na noção de imputação volitiva foi o alemão Otto 
Friedrich von Gierke (1841/1921), que comparou o Estado ao corpo 
humano. 
22.1.2. “Funcionário de fato”: "é aquele cuja investidura foi irregular, mas 
cuja situação tem aparência de legalidade" (CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE 
MELLO). A investidura no cargo ou função pública pode ter sido 
maculada por alguma irregularidade (nulidade do concurso público 
ou da nomeação). Para esse autor, “em nome do princípio da 
aparência, da boa-fé dos administrados, da segurança jurídica e 
do princípio da presunção de legalidade dos atos 
administrativos reputam-se válidos os atos por ele praticados, 
se por outra razão não forem viciados". 
• Atenção: só haverá imputação quando houver boa-fé do 
destinatário do ato, ou seja, ele deve desconhecer a 
irregularidade que faz daquele agente um “funcionário de 
fato”. Não se aplica essa solução nos casos de pessoa que 
assuma o exercício de função pública por sua própria conta, 
quer dolosamente, como usurpador de função, quer de 
boa-fé, em momentos de emergência, porque nesses casos 
é evidente a inexistência de investidura do agente no cargo 
ou função. 
22.2. Teoria da identidade: a primeira tentativa de explicar o assunto afirmava 
que órgão e agente formam uma unidade inseparável, de modo que o 
órgão público é o próprio agente. O equívoco dessa concepção é evidente, 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
25 
pois sua aceitação implica concluir que a morte do agente público causa a 
extinção do órgão; 
22.3. Teoria do mandato: baseada em instituto típico do Direito Privado, a 
relação entre o Estado e seus agentes públicos teria fundamento no 
contrato de mandato (o mandante outorga poderes ao mandatário para 
execução de determinados atos em nome do mandante e sob a 
responsabilidade deste). O agente público, pessoa física, seria uma espécie 
de mandatário da pessoa jurídica de direito público, agindo em seu nome 
e sob a responsabilidade dela, em razão de outorga específica de 
poderes. Críticas: a) o Estado, que não possui vontade própria, não pode 
outorgar o mandato; logo, não se consegue comprovar quem outorgou o 
mandato ao agente público; b) por outro lado, caso aceita essa teoria, o 
Estado não responderia perante terceiros quando o agente público 
atuasse com excesso de poderes (além das atribuições a ele conferidas). 
22.4. Teoria da representação: o agente público seria equiparado ao 
representante das pessoas como limitações de incapacidade civil (a 
exemplo do menor de idade). O agente público seria uma espécie de tutor 
ou curador do Estado, representando-o nos atos que este necessitasse 
praticar. Críticas: como explicar que o Estado, equivocadamente 
equiparado a um incapaz, poderia, validamente, outorgar a sua própria 
representação a terceiros? Pelo Direito Privado, o Estado representado 
não responderia pelos atos do agente público (representante) quando 
este atuasse com excesso de poderes. 
 
Administração direta e indireta 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
26 
23. Administração direta: conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do 
Estado ⎯ União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios ⎯, aos quais 
foi atribuída a competência para o exercício de atividades administrativas sob a 
forma centralizada. 
 
24. Administração indireta: conjunto de entidades (pessoas jurídicas), sem 
autonomia política ⎯ autarquias, empresas públicas, sociedades de economia 
mista e fundaçõespúblicas ⎯, integrantes da Administração indireta, as quais 
têm competência para exercício de atividades administrativas sob a forma 
descentralizada. 
24.1. Atenção: há empresas públicas e sociedades de economia mista ⎯ 
pertencentes à Administração indireta ⎯ que não são criadas para' 
prestar serviços públicos, ou exercer quaisquer outras atividades próprias 
da administração pública em sentido material, mas para explorar 
atividades econômicas em sentido estrito , com autorização do art. 173 da 
CF. 
 
25. No Brasil: a organização da Administração do Poder Executivo federal é regida 
pelo Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 19673: 
“Art. 4o A Administração Federal compreende: 
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na 
estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. 
																																																													
3	 “Dispõe	 sôbre	 a	 organização	 da	 Administração	 Federal,	 estabelece	 diretrizes	 para	 a	 Reforma	
Administrativa	e	dá	outras	providências.”	
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
27 
li - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de 
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
a) Autarquias; 
b) Empresas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista; 
d) Fundações Públicas. 
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta 
vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada 
sua principal atividade.” 
25.1. Observação: conforme MARCELO ALEXANDRINO e VICENTE PAULO, nada 
impede que existam entidades da Administração indireta vinculadas 
a órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, conforme prevê o art. 37, 
“caput”, da CF: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá 
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: (...)”. 
25.2. Próxima aula: traremos mais informações sobre a Administração direta e 
indireta. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
28 
a. Mapas mentais 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
30 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
31 
 
Centralização Mesma pessoa Só Administração direta 
Descentralização Outra pessoa P/Administração indireta 
Desconcentração Mesma pessoa Só Adm. direta ou indireta 
Concentração Mesma pessoa (Inverso) Só Adm. direta ou indireta 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
32 
b. Revisão 1 
 
QUESTÃO 1 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - DPU - 2016 
A repartição do poder estatal em funções — legislativa, executiva e jurisdicional — não 
descaracteriza a sua unicidade e indivisibilidade. 
 
QUESTÃO 2 - CESPE - ANALISTA DE INFORMÁTICA - TCE-RO -2013 
O Estado é um ente personalizado, apresentando-se não apenas exteriormente, nas 
relações internacionais, mas também internamente, como pessoa jurídica de direito 
público capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem jurídica. 
 
QUESTÃO 3 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MI - 2013 
Os conceitos de governo e administração não se equiparam; o primeiro refere-se a 
uma atividade essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma atividade 
eminentemente técnica. 
 
QUESTÃO 4 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MS - 2013 
A tripartição de funções é absoluta no âmbito do aparelho do Estado. 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
33 
QUESTÃO 5 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MI - 2013 
Consoante as regras do direito brasileiro, as funções administrativas, legislativas e 
judiciais distribuem-se entre os poderes estatais — Executivo, Legislativo e Judiciário, 
respectivamente —, que as exercem de forma exclusiva, segundo o princípio da 
separação dos poderes. 
 
QUESTÃO 6 - CESPE - ASSISTENTE TÉC. ADMINISTRATIVO - MI - 2013 
Na sua acepção formal, entende-se governo como o conjunto de poderes e órgãos 
constitucionais. 
 
QUESTÃO 7 - CESPE - TELEBRAS (2013) 
Do ponto de vista político, o Estado é a comunidade de homens fixada sobre um 
território, com potestade superior de ação, de mando e de coerção. Como ente 
personalizado, o Estado atua no campo do direito público e do direito privado, 
mantendo sempre sua personalidade única de direito público. 
 
QUESTÃO 8 - CESPE - CONTADOR - SEDF - 2017 
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios exerce atipicamente a função 
jurisdicional. 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
34 
QUESTÃO 9 - CESPE - AUDITOR DE CONTR. EXTERNO - TCE-PA - 2016 
Do ponto de vista subjetivo, a administração pública integra o Poder Executivo, que 
exerce com exclusividade as funções administrativas, em decorrência do princípio da 
separação dos poderes. 
 
QUESTÃO 10 - CESPE - TÉCNICO EM ASS. EDUCACIONAIS - DPU - 2016 
A administração pública em sentido formal, orgânico ou subjetivo, compreende o 
conjunto de entidades, órgãos e agentes públicos no exercício da função 
administrativa. Em sentido objetivo, material ou funcional, abrange um conjunto de 
funções ou atividades que objetivam realizar o interesse público. 
 
c. Revisão 2 
 
QUESTÃO 11 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - STJ - 2015 
Em seu sentido subjetivo, a administração pública restringe-se ao conjunto de órgãos e 
agentes públicos do Poder Executivo que exercem a função administrativa. 
 
QUESTÃO 12 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO ADM. - MPOG - 2015 
Administração pública, em sentido amplo, abrange o exercício da função política e da 
função administrativa, estando ambas as atividades subordinadas à lei. 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
35 
QUESTÃO 13 - CESPE - ADMINISTRADOR - SUFRAMA - 2014 
Do ponto de vista objetivo, a expressão administração pública se confunde com a 
própria atividade administrativa exercida pelo Estado. 
 
QUESTÃO 14 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MDIC - 2014 
O exercício das funções administrativas pelo Estado deve adotar, unicamente, o 
regime de direito público, em razão da indisponibilidade do interesse público 
 
QUESTÃO 15 - CESPE - ATIV. TÉC. DE SUPORTE - DIREITO - MC - 2013 
A administração pública, sob o ângulo subjetivo, não deve ser confundida com 
nenhum dos poderes estruturais do Estado, sobretudo o Poder Executivo. 
 
QUESTÃO 16 - CESPE - ESPEC. EM REG. DE SAÚDE SUPLEM. - ANS - 2013 
A cada um dos poderes de Estado é atribuída determinada função, a qual é exercida 
com exclusividade pelos poderes. 
 
QUESTÃO 17 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MS - 2013 
A administração é o aparelhamento do Estado preordenado à realização dos seus 
serviços, com vistas à satisfação das necessidades coletivas. 
 
QUESTÃO 18 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MI - 2013 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
36 
Em sentido objetivo, a expressão administração pública denota a própria atividade 
administrativa exercida pelo Estado. 
 
QUESTÃO 19 - CESPE - AJAJ - TJ-DFT - 2013 
Administração pública em sentido orgânico designa os entes que exercem as funções 
administrativas, compreendendo as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes 
incumbidos dessas funções. 
 
QUESTÃO 20 - CESPE - ESP. GESTÃO - ADVOGADO TELEBRAS - 2013 
Sob o aspecto material, a administração representa o desempenho perene, 
sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em 
benefício da coletividade. 
 
d. Revisão 3 
 
QUESTÃO 21 - CESPE - ANALISTA DE PLAN. - DIREITO - INPI - 2013) 
A expressão administraçãopública, em sentido orgânico, refere-se aos agentes, aos 
órgãos e às entidades públicas que exercem a função administrativa. 
 
QUESTÃO 22 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE-RJ - 2012 
O estudo da administração pública, do ponto de vista subjetivo, abrange a maneira 
como o Estado participa das atividades econômicas privadas. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
37 
 
QUESTÃO 23 - CESPE - APOIO ADMINISTRATIVO - SEDF - 2017 
Quando a União cria uma nova secretaria vinculada a um de seus ministérios para 
repassar a ela algumas de suas atribuições, o ente federal descentraliza uma atividade 
administrativa a um ente personalizado. 
 
QUESTÃO 24 - CESPE - AN. DE GEST. EDUC. - DIREITO E LEGISLAÇÃO - SEDF - 2017 
A criação de um órgão denominado setor de aquisições na citada prefeitura constitui 
exemplo de desconcentração. 
 
QUESTÃO 25 - CESPE - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE-PA - 2016 
Em razão da complexidade das atividades incumbidas à administração pelas normas 
constitucionais e infralegais, existem, nos estados, diversas secretarias de estado com 
competências específicas, notadamente em função da matéria. Essa distribuição de 
atribuições denomina-se descentralização administrativa. 
 
QUESTÃO 26 - CESPE - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE-PA - 2016 
O Congresso Nacional aprovou uma reforma administrativa proposta pelo presidente 
da República que reduziu o número de ministérios. Nesse contexto, o Ministério do 
Trabalho e Emprego e o Ministério da Previdência Social foram fundidos, tornando-se 
Ministério do Trabalho e Previdência Social. A partir dessa situação hipotética, julgue o 
item a seguir. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
38 
A fusão do Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Previdência Social 
mencionada é exemplo de concentração administrativa. 
 
QUESTÃO 27 - CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO - FUB - 2016 
De acordo com o princípio fundamental da descentralização, é possível descentralizar 
atividades da administração federal para empresas privadas. 
 
QUESTÃO 28 - CESPE - ANALISTA DO SEGURO SOCIAL - SERVIÇO SOCIAL - INSS - 
2016 
Os institutos da desconcentração e da descentralização, essenciais à organização e 
repartição de competências da administração pública, podem ser exemplificados, 
respectivamente, pela relação entre o MPS e a União e pela vinculação entre o INSS e o 
MPS. 
 
QUESTÃO 29 - CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO - FUB - 2016 
Na administração indireta estão incluídas as fundações públicas, as empresas públicas 
e as autarquias. 
 
 
 
QUESTÃO 30 - CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO - FUB - 2016 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
39 
As entidades da administração indireta estão incluídas na estrutura administrativa da 
Presidência da República e dos ministérios, sendo a eles subordinadas 
independentemente do enquadramento de sua principal atividade. 
 
QUESTÃO 31 - CESPE - ASSISTENTE - SECRETARIADO EXECUTIVO - FUNPRESP-JUD - 
2016 
O Tribunal Regional Federal é órgão descentralizado da União que possui 
personalidade jurídica própria, portanto compõe a administração pública indireta. 
 
QUESTÃO 32 - CESPE - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANVISA - 2016 
Não existe hierarquia entre o Ministério da Saúde e a ANVISA. 
 
QUESTÃO 33 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA - TJ-DFT - 2015 
De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico 
brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos 
públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do órgão manifesta sua 
vontade, a atuação é atribuída ao Estado. 
 
 
 
 
QUESTÃO 34 – CESPE - ANALISTA - FINANÇAS - TELEBRAS – 2015 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
40 
A teoria do órgão, segundo a qual os atos e provimentos administrativos praticados 
por determinado agente são imputados ao órgão por ele integrado, é reflexo 
importante do princípio da impessoalidade. 
 
QUESTÃO 35 - CESPE –ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO – ECONOMIA - ANTAQ - 2016 
Os órgãos administrativos são pessoas jurídicas de direito público que compõem tanto 
a administração pública direta quanto a indireta. 
 
QUESTÃO 36 - CESPE - TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANTAQ - 2014 
A distribuição de competências entre os órgãos de uma mesma pessoa jurídica 
denomina-se desconcentração, podendo ocorrer em razão da matéria, da hierarquia 
ou por critério territorial. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
41 
e. Normas comentadas 
Lei n. 9.784, de 1999: 
“Art. 1o .................................................................................................................................. 
................... 
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração 
direta e da estrutura da Administração indireta; 
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; 
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. 
• A Lei do Processo Administrativo Federal consagrou, em seu texto, a definição 
clássica de órgão público, sem atribuição de personalidade jurídica, e 
entidade como pessoa jurídica. 
.................... 
 
Decreto-Lei n. 200, de 1967: 
“Art. 4o A Administração Federal compreende: 
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura 
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. 
li - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de 
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
a) Autarquias; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
42 
b) Empresas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista; 
d) Fundações Públicas. 
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta 
vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua 
principal atividade.” 
• A previsão do Decreto-Lei n. 200, de 1967, adequa-se às características do 
Poder Executivo da União. Na próxima aula, abordaremos maiores detalhes 
sobre as únicas quatro entidades possíveis da Administração Pública 
indireta, lembra-se, sempre que o ordenamento jurídico brasileiro adotou o 
critério formal, objetivo e orgânico de Administração Pública (QUEM 
EXERCE), e não o critério sentido material, objetivo ou funcional (O QUE É 
EXERCIDO). 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
43 
f. Gabarito 
1 2 3 4 5 
C C C E E 
6 7 8 9 10 
C C E E C 
11 12 13 14 15 
E C C E C 
16 17 18 19 20 
E C C C E 
21 22 23 24 25 
C E E C E 
26 27 28 29 30 
C C C C E 
31 32 33 34 35 
E C C C E 
36 
C 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
44 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
45 
g. Breves comentários às questões 
QUESTÃO 1 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - DPU - 2016 
A repartição do poder estatal em funções — legislativa, executiva e jurisdicional — não 
descaracteriza a sua unicidade e indivisibilidade. 
O Poder Estatal é uno e indivisível, mas as funções estatais são conferidas, de forma 
tripartida, entre os órgãos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, o que não altera a 
unicidade e indivisibilidade do poder, prevista no art. 1o, parágrafo único, da CF: “Todo o 
poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos 
termos desta Constituição”. 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 2 - CESPE - ANALISTA DE INFORMÁTICA - TCE-RO -2013 
O Estado é um ente personalizado, apresentando-se não apenas exteriormente, nas 
relações internacionais, mas também internamente,como pessoa jurídica de direito 
público capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem jurídica. 
O Estado é sujeito capaz (ente personalizado) para adquirir direitos e contrair obrigações 
na ordem jurídica nacional e, no convívio com outros Estados soberanos, na internacional. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
46 
QUESTÃO 3 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MI - 2013 
Os conceitos de governo e administração não se equiparam; o primeiro refere-se a 
uma atividade essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma atividade 
eminentemente técnica. 
Para HELY LOPES MEIRELLES, Governo e Administração são conceitos diversos nos vários 
aspectos em que se apresentam. 
Governo: a) em sentido formal: é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais; b) em 
sentido material: é o complexo de funções estatais básicas; c) em sentido operacional, é a 
condução política dos negócios públicos. 
Administração Pública: a) em sentido formal: é o conjunto de órgãos instituídos para 
consecução dos objetivos do Governo; b) sentido material: é o conjunto das funções 
necessárias aos serviços em geral; c) em sentido operacional: é o desempenho perene e 
sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em 
benefício da coletividade. 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 4 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MS - 2013 
A tripartição de funções é absoluta no âmbito do aparelho do Estado. 
Cada Poder exerce sua função típica com preponderância, mas não com exclusividade. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
47 
QUESTÃO 5 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MI - 2013 
Consoante as regras do direito brasileiro, as funções administrativas, legislativas e 
judiciais distribuem-se entre os poderes estatais — Executivo, Legislativo e Judiciário, 
respectivamente —, que as exercem de forma exclusiva, segundo o princípio da 
separação dos poderes. 
Cada Poder estatal possui competências próprias para exercer funções típicas (relacionadas 
com a natureza do órgão) e atípicas (funções de caráter acessório que são típicas de outros 
Poderes). Essa caracterização corresponde ao denominado modelo de separação de 
Poderes flexível. 
Gabarito: Errado. 
 
QUESTÃO 6 - CESPE - ASSISTENTE TÉC. ADMINISTRATIVO - MI - 2013 
Na sua acepção formal, entende-se governo como o conjunto de poderes e órgãos 
constitucionais. 
Para HELY LOPES MEIRELLES, Governo: a) em sentido formal: é o conjunto de Poderes e órgãos 
constitucionais; b) em sentido material: é o complexo de funções estatais básicas; c) em 
sentido operacional, é a condução política dos negócios públicos. 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 7 - CESPE - TELEBRAS (2013) 
Do ponto de vista político, o Estado é a comunidade de homens fixada sobre um 
território, com potestade superior de ação, de mando e de coerção. Como ente 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
48 
personalizado, o Estado atua no campo do direito público e do direito privado, 
mantendo sempre sua personalidade única de direito público. 
O Estado é pessoa jurídica territorial soberana, constituída por um povo, em um 
determinado território, regido por governo soberano. 
É impossível a existência de atuação estatal que venha a ser regida exclusivamente pelo 
Direito Privado, com o total afastamento de normas de Direito Público. Ex.: o Estado integra 
relações jurídicas regidas exclusiva ou predominantemente pelo Direito Público (maioria 
das situações), ou integra relações jurídicas regidas predominantemente pelo Direito 
Privado (ex.: atividades econômico-produtivas do Estado, assunção da posição de locatário 
por parte do Estado). 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 8 - CESPE - CONTADOR - SEDF - 2017 
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios exerce atipicamente a função 
jurisdicional. 
O Poder Judiciário exerce a função típica de julgar (e não atípica). 
Gabarito: Errado. 
 
QUESTÃO 9 - CESPE - AUDITOR DE CONTR. EXTERNO - TCE-PA - 2016 
Do ponto de vista subjetivo, a administração pública integra o Poder Executivo, que 
exerce com exclusividade as funções administrativas, em decorrência do princípio da 
separação dos poderes. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
49 
A expressão Administração Pública não se confunde com o Poder Executivo! Na verdade, 
caracteriza o conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício da função administrativa, 
independentemente se são pertencentes ao Poder Executivo, ao Legislativo, ao Judiciário, ou 
a qualquer outro organismo estatal, como o Ministério Público ou Defensorias Públicas. 
Gabarito: Errado. 
 
QUESTÃO 10 - CESPE - TÉCNICO EM ASS. EDUCACIONAIS - DPU - 2016 
A administração pública em sentido formal, orgânico ou subjetivo, compreende o 
conjunto de entidades, órgãos e agentes públicos no exercício da função 
administrativa. Em sentido objetivo, material ou funcional, abrange um conjunto de 
funções ou atividades que objetivam realizar o interesse público. 
Sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes 
identificados como Administração Pública (quem exerce). Não importa a atividade que 
exerçam (em regra, esses órgãos, entidades e agentes desempenham função 
administrativa). 
Sentido material, objetivo ou funcional: conjunto de atividades que costumam ser 
consideradas próprias da função administrativa. O conceito adota a atividade como 
referência (não obrigatoriamente quem a exerce). 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 11 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - STJ - 2015 
Em seu sentido subjetivo, a administração pública restringe-se ao conjunto de órgãos e 
agentes públicos do Poder Executivo que exercem a função administrativa. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
50 
A expressão Administração Pública não se confunde com o Poder Executivo! Na verdade, 
caracteriza o conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício da função administrativa, 
independentemente se são pertencentes ao Poder Executivo, ao Legislativo, ao Judiciário, ou 
a qualquer outro organismo estatal, como o Ministério Público ou Defensorias Públicas. 
Sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes 
identificados como Administração Pública (quem exerce). Não importa a atividade que 
exerçam (em regra, esses órgãos, entidades e agentes desempenham função 
administrativa). 
Gabarito: Errado. 
 
QUESTÃO 12 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO ADM. - MPOG - 2015 
Administração pública, em sentido amplo, abrange o exercício da função política e da 
função administrativa, estando ambas as atividades subordinadas à lei. 
Administração pública em sentido amplo: abrange os órgãos de governo, com as funções 
políticas que exercem (elaboração de políticas públicas, que envolvem diretrizes e 
programas de ação governamental e planos de atuação estatal) e os órgãos e pessoas 
jurídicas que desempenham funções meramente administrativas (execução profissional, 
técnica e neutra, das políticas públicas formuladas no exercício da atividade política). 
Administração pública em sentido estrito: inclui os órgãos e pessoas jurídicas 
administrativos, com as funções por eles exercidas, de natureza administrativo-profissional, 
técnica, instrumental, apartidária, visando à execução dos programas de governo. Portanto, 
excluem-se, dessa definição, os órgãos de governo e as funções políticas que eles exercem 
(elaboração das políticas públicas). 
Gabarito: Certo. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
51 
 
QUESTÃO 13 - CESPE - ADMINISTRADOR - SUFRAMA - 2014 
Do ponto de vista objetivo, a expressão administração pública se confundecom a 
própria atividade administrativa exercida pelo Estado. 
Sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes 
identificados como Administração Pública (quem exerce). Não importa a atividade que 
exerçam (em regra, esses órgãos, entidades e agentes desempenham função 
administrativa). 
Sentido material, objetivo ou funcional: conjunto de atividades que costumam ser 
consideradas próprias da função administrativa. O conceito adota a atividade como 
referência (não obrigatoriamente quem a exerce). 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 14 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MDIC - 2014 
O exercício das funções administrativas pelo Estado deve adotar, unicamente, o 
regime de direito público, em razão da indisponibilidade do interesse público. 
É impossível a existência de atuação estatal que venha a ser regida exclusivamente pelo 
Direito Privado, com o total afastamento de normas de Direito Público. Ex.: o Estado integra 
relações jurídicas regidas exclusiva ou predominantemente pelo Direito Público (maioria 
das situações), ou integra relações jurídicas regidas predominantemente pelo Direito 
Privado (ex.: atividades econômico-produtivas do Estado, assunção da posição de locatário 
por parte do Estado). 
Gabarito: Errado. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
52 
 
QUESTÃO 15 - CESPE - ATIV. TÉC. DE SUPORTE - DIREITO - MC - 2013 
A administração pública, sob o ângulo subjetivo, não deve ser confundida com 
nenhum dos poderes estruturais do Estado, sobretudo o Poder Executivo. 
A expressão Administração Pública não se confunde com o Poder Executivo! Na verdade, 
caracteriza o conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício da função administrativa, 
independentemente se são pertencentes ao Poder Executivo, ao Legislativo, ao Judiciário, ou 
a qualquer outro organismo estatal, como o Ministério Público ou Defensorias Públicas. 
Administração Pública em sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos, 
pessoas jurídicas e agentes identificados como Administração Pública (quem exerce). Não 
importa a atividade que exerçam (em regra, esses órgãos, entidades e agentes 
desempenham função administrativa). 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 16 - CESPE - ESPEC. EM REG. DE SAÚDE SUPLEM. - ANS - 2013 
A cada um dos poderes de Estado é atribuída determinada função, a qual é exercida 
com exclusividade pelos poderes. 
Cada Poder estatal possui competências próprias para exercer funções típicas (relacionadas 
com a natureza do órgão) e atípicas (funções de caráter acessório que são típicas de outros 
Poderes). Essa caracterização corresponde ao denominado modelo de separação de 
Poderes flexível. 
Gabarito: Errado. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
53 
QUESTÃO 17 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MS - 2013 
A administração é o aparelhamento do Estado preordenado à realização dos seus 
serviços, com vistas à satisfação das necessidades coletivas. 
“Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à realização de 
seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. (HELY LOPES MEIRELLES). 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 18 - CESPE - ANALISTA TÉCNICO - MI - 2013 
Em sentido objetivo, a expressão administração pública denota a própria atividade 
administrativa exercida pelo Estado. 
Administração Pública em sentido material, objetivo ou funcional: conjunto de atividades 
que costumam ser consideradas próprias da função administrativa. O conceito adota a 
atividade como referência (não obrigatoriamente quem a exerce). 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 19 - CESPE - AJAJ - TJ-DFT - 2013 
Administração pública em sentido orgânico designa os entes que exercem as funções 
administrativas, compreendendo as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes 
incumbidos dessas funções. 
Administração Pública em sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos, 
pessoas jurídicas e agentes identificados como Administração Pública (quem exerce). Não 
importa a atividade que exerçam (em regra, esses órgãos, entidades e agentes 
desempenham função administrativa). 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
54 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 20 - CESPE - ESP. GESTÃO - ADVOGADO TELEBRAS - 2013 
Sob o aspecto material, a administração representa o desempenho perene, 
sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em 
benefício da coletividade. 
Administração Pública: a) em sentido formal: é o conjunto de órgãos instituídos para 
consecução dos objetivos do Governo; b) sentido material: é o conjunto das funções 
necessárias aos serviços em geral; e c) em sentido operacional: é o desempenho perene e 
sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em 
benefício da coletividade. 
A banca trocou o conceito de sentido material pelo operacional. 
Gabarito: Errado. 
 
QUESTÃO 21 - CESPE - ANALISTA DE PLAN. - DIREITO - INPI - 2013) 
A expressão administração pública, em sentido orgânico, refere-se aos agentes, aos 
órgãos e às entidades públicas que exercem a função administrativa. 
Administração Pública em sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos, 
pessoas jurídicas e agentes identificados como Administração Pública (quem exerce). Não 
importa a atividade que exerçam (em regra, esses órgãos, entidades e agentes 
desempenham função administrativa). 
Gabarito: Certo. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
55 
QUESTÃO 22 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE-RJ - 2012 
O estudo da administração pública, do ponto de vista subjetivo, abrange a maneira 
como o Estado participa das atividades econômicas privadas. 
Administração Pública em sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos, 
pessoas jurídicas e agentes identificados como Administração Pública (quem exerce). Não 
importa a atividade que exerçam (em regra, esses órgãos, entidades e agentes 
desempenham função administrativa). O Brasil adotou o critério formal que não se importa 
se as empresas públicas e as sociedades de economia mista exercem atividades econômicas 
privadas (Estado-empresário). 
Gabarito: Errado. 
 
QUESTÃO 23 - CESPE - APOIO ADMINISTRATIVO - SEDF - 2017 
Quando a União cria uma nova secretaria vinculada a um de seus ministérios para 
repassar a ela algumas de suas atribuições, o ente federal descentraliza uma atividade 
administrativa a um ente personalizado. 
A nova secretaria será um órgão público (centro de competência despersonalizado). 
subordinado ao Ministério, que, por sua vez, é um órgão público pertencente à 
Administração direta da União. 
No caso, caracteriza-se desconcentração, visto que ocorre exclusivamente dentro da 
estrutura de uma mesma pessoa jurídica, mediante técnica administrativa de distribuição 
interna de competências. 
Na descentralização, o Estado desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras 
pessoas, e não por sua Administração direta. 
Gabarito: Errado. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
56 
 
QUESTÃO 24 - CESPE - AN. DE GEST. EDUC. - DIREITO E LEGISLAÇÃO - SEDF - 2017 
A criação de um órgão denominado setor de aquisições na citada prefeitura constitui 
exemplo de desconcentração. 
O novo setor de aquisições terá natureza de órgão público (centro de competência 
despersonalizado) e será pertencente à Administração direta do Município. 
No caso, caracteriza-se desconcentração, visto que ocorre exclusivamente dentro da 
estrutura de uma mesma pessoa jurídica, mediante técnica administrativa de distribuição 
interna de competências. 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 25 - CESPE - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE-PA - 2016Em razão da complexidade das atividades incumbidas à administração pelas normas 
constitucionais e infralegais, existem, nos estados, diversas secretarias de estado com 
competências específicas, notadamente em função da matéria. Essa distribuição de 
atribuições denomina-se descentralização administrativa. 
As Secretarias de Estado possuem natureza de órgão público (centro de competência 
despersonalizado). e são pertencentes à Administração direta do Estado-Membro. 
No caso, caracteriza-se desconcentração, visto que ocorre exclusivamente dentro da 
estrutura de uma mesma pessoa jurídica, mediante técnica administrativa de distribuição 
interna de competências. 
Na descentralização, o Estado desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras 
pessoas, e não por sua Administração direta. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
57 
Gabarito: Errado. 
 
QUESTÃO 26 - CESPE - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE-PA - 2016 
O Congresso Nacional aprovou uma reforma administrativa proposta pelo presidente 
da República que reduziu o número de ministérios. Nesse contexto, o Ministério do 
Trabalho e Emprego e o Ministério da Previdência Social foram fundidos, tornando-se 
Ministério do Trabalho e Previdência Social. A partir dessa situação hipotética, julgue o 
item a seguir. 
A fusão do Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Previdência Social 
mencionada é exemplo de concentração administrativa. 
A concentração é o fenômeno inverso ao da desconcentração administrativa, casos em que 
a pessoa jurídica integrante da Administração pública ⎯ direta ou indireta ⎯ extingue 
órgãos antes existentes em sua estrutura, reunindo em um número menor de unidades as 
respectivas competências. 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 27 - CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO - FUB - 2016 
De acordo com o princípio fundamental da descentralização, é possível descentralizar 
atividades da administração federal para empresas privadas. 
Na descentralização administrativa, o Estado desempenha algumas de suas atribuições por 
meio de outras pessoas, e não por sua Administração direta. Ela pressupõe pessoas 
jurídicas distintas: o Estado (União, Distrito Federal, Estado-Membro ou Município) e a 
pessoa que executará o serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição. Pode ocorrer 
mediante três formas: a) outorga (também chamada de descentralização por serviços ou 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
58 
delegação legal); b) delegação (descentralização por colaboração ou delegação negocial); 
ou c) descentralização territorial (ou geográfica). 
Pode ocorrer para empresa privada no caso de delegação (descentralização por 
colaboração ou delegação negocial, em que o Estado transfere unicamente a execução do 
serviço, para que a pessoa delegada o preste à população, em seu próprio nome e por sua 
conta e risco, sob fiscalização do Estado: 
a) por contrato, com prazo determinado: concessão ou permissão de serviços públicos, 
celebrável apenas com pessoas jurídicas); ou 
b) ato unilateral, sem prazo certo: autorização ou permissão de serviços públicos, com 
possibilidade de revogação a qualquer tempo, em regra, sem indenização (pode 
ocorrer em favor de pessoas jurídicas ou físicas. 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 28 - CESPE - ANALISTA DO SEGURO SOCIAL - SERVIÇO SOCIAL - INSS - 
2016 
Os institutos da desconcentração e da descentralização, essenciais à organização e 
repartição de competências da administração pública, podem ser exemplificados, 
respectivamente, pela relação entre o MPS e a União e pela vinculação entre o INSS e o 
MPS. 
O Ministério da Previdência Social (MPS) é um órgão público (centro de competência 
despersonalizado) pertencente à Administração direta da União, caracterizando a 
desconcentração administrativa. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
59 
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma autarquia (pessoa jurídica de direito 
público interno) da Administração indireta da União, vinculada ao MPS, caracterizando a 
descentralização administrativa. 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 29 - CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO - FUB - 2016 
Na administração indireta estão incluídas as fundações públicas, as empresas públicas 
e as autarquias. 
Conforme o Decreto-Lei n. 200, de 1967: 
“Art. 4o A Administração Federal compreende: 
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura 
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. 
li - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas 
de personalidade jurídica própria: 
a) Autarquias; 
b) Empresas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista; 
d) Fundações Públicas. 
Gabarito: Certo. 
QUESTÃO 30 - CESPE - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO - FUB - 2016 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
60 
As entidades da administração indireta estão incluídas na estrutura administrativa da 
Presidência da República e dos ministérios, sendo a eles subordinadas 
independentemente do enquadramento de sua principal atividade. 
Na relação entre a Administração direta e a indireta, há vinculação (e não subordinação), 
mas a primeira exerce sobre a segunda controle finalístico, também denominado de tutela 
administrativa ou supervisão, que deve ser exercido nos limites fixados pela respectiva 
previsão legal. 
Gabarito: Errado. 
 
QUESTÃO 31 - CESPE - ASSISTENTE - SECRETARIADO EXECUTIVO - FUNPRESP-JUD - 
2016 
O Tribunal Regional Federal é órgão descentralizado da União que possui 
personalidade jurídica própria, portanto compõe a administração pública indireta. 
Os tribunais são órgãos públicos (centros de competência despersonalizados) pertencentes 
à Administração direta da pessoa jurídica que o instituir (no caso, da União), o que 
caracteriza a desconcentração administrativa, e não descentralização. 
Gabarito: Errado. 
 
QUESTÃO 32 - CESPE - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANVISA - 2016 
Não existe hierarquia entre o Ministério da Saúde e a ANVISA. 
A Anvisa é uma autarquia federal (com características de agência reguladora), pertencente 
à Administração indireta da União, vinculada (e não subordinada) ao Ministério da Saúde. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
61 
Lembre-se que, na relação entre a Administração direta e a indireta, há vinculação (e não 
subordinação). 
Gabarito: Certo. 
 
QUESTÃO 33 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA - TJ-DFT - 2015 
De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico 
brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos 
públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do órgão manifesta sua 
vontade, a atuação é atribuída ao Estado. 
Teoria do órgão ou teoria da imputação: é a teoria aceita pela unanimidade dos 
doutrinadores modernos. A pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos seus 
órgãos, que são partes integrantes de sua estrutura. A atuação dos agentes em exercício 
nesses órgãos caracteriza a atuação do próprio Estado. Dessa forma, os atos praticados 
pelo agente público (pessoa natural) são tidos por atos da própria pessoa jurídica por 
imputação ⎯ e não por representação ⎯ à pessoa jurídica da atuação do seu agente 
público. Essa é a teoria adotada no Brasil. 
O idealizador dessa teoria, baseada na noção de imputação volitiva foi o alemão Otto 
Friedrich von Gierke (1841/1921), que comparou o Estado ao corpo humano. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
	
	
62 
QUESTÃO 34 – CESPE - ANALISTA - FINANÇAS - TELEBRAS – 2015 
A teoria do órgão, segundo a qual os atos e provimentos administrativos

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