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DIABETES TIPO 1

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INTRODUÇÃO
O papiro Ebers, descoberto pelo alemão Gerg Ebers em 1872, é o primeiro documento conhecido a fazer referência a uma doença que se caracterizava por emissão freqüente e abundante de urina, sugerindo até alguns tratamentos à base de frutos e plantas. O documento foi elaborado em torno de 1500 AC. Mas foi apenas no século II DC, na Grécia Antiga, que esta enfermidade recebeu o nome de diabetes.
Foi Cullen, também no séc. XVIII (1769), quem sugeriu o termo mellitus (mel, em latim), diferenciando os tipos de diabetes em diabetes mellitus,  E em meados do século XIX foi sugerido, por Lanceraux e Bouchardat, que existiriam dois tipos de diabetes.
Palavra-chave: Diabetes mellitus do tipo 1; Autoimunidade; Autoanticorpos; Células beta.
METODOLOGIA 
Aplicamos como metodologia a pesquisa qualitativa, descritiva, explicativa e bibliográfica, foi realizado um levantamento através de consulta à livros, artigos de revistas e documentos eletrônicos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O diabetes se caracteriza por uma hipoglicemia (diminuição da glicose circulante). A forma autoimune da doença, diabetes tipo 1, representa 10-15% dos casos.
As células produtoras de insulina são destruídas por um progresso auto imune, o que leva a pouca ou nenhuma produção do hormônio. Desse modo, os portadores de diabetes do tipo 1 precisam de injeções reguladores de insulina para controlar os níveis de glicose. A doença costuma ter inicio agudo e surgir após os 30 anos.
O principal determinante genético de suscetibilidade para o diabetes mellitus tipo 1 autoimune (DM1A) está em genes do complexo principal de histocompatibilidade, no cromossomo 6p211.3 (locus IDDM1), responsá- vel por 40% ou mais da agregação familiar dessa doença.
O quadro histopatológico do DM1 é caracterizado pela presença de infiltrado inflamatório de células mononucleares, com predominância de linfócitos T, com raras células betas ou ausência destas nas ilhotas de Langerhans (Estágios de destruição das ilhotas no diabetes tipo 1(imagem1). Estas, também, podem estar associadas com infiltração de células do sistema imune inato (neutrófilos, macrófagos, células dendríticas etc.). Essas células produzem citocinas que promovem a apoptose de células β e aumentam a infiltração de células T específicas para antígenos protéicos expressos nas ilhotas de Langerhans, que atacam e acabam destruindo as células-β que compõem as ilhotas pancreáticas (WÅLLBERG; COOKE, 2013). 
Uma vez que a população de células beta é reduzida e funcionalmente suprimida pela inflamação, a falta de insulina impede que os tecidos do corpo utilizem, adequadamente, a glicose necessária para sustentar as suas atividades fisiológicas.
Os sintomas da diabetes tipo 1 incluem: sensação de sede constante, vontade frequente para urinar, cansaço excessivo, aumento do apetite, visão embaçada.
O diagnóstico da diabetes tipo 1 é feito com base clínica, É feito quando o paciente apresenta sintomas de diabetes.São observados: perda de peso, polidipsia (muita sede), ingestão de líquidos excessiva e poliúria (excesso de urina). Esses aspectos ocorrem durante várias semanas ou meses.
 O tratamento é feito com o uso diário de insulina, na forma de comprimidos ou injeções, na dose indicada pelo médico, para manter os níveis de açúcar no sangue entre os 70 e os 130 mg/dL antes das refeições e inferiores a 180 mg/dL após as refeições. para complementar o tratamento da diabetes tipo 1, é importante fazer uma alimentação isenta de açúcar e com baixo teor de carboidratos e praticar exercícios físicos leves. Para diabetes tipo 1 ajuda a evitar o surgimento de complicações como dificuldades na cicatrização, problemas de visão, má circulação sanguínea ou insuficiência renal.
CONCLUSÃO
O diabetes tipo 1 é uma doença que dura a vida toda e ainda não existe cura. No entanto, o quadro varia de acordo com a pessoa. Um controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue pode evitar ou retardar o aparecimento de problemas no DM1. 
O DM1 autoimune é uma doença complexa, envolvendo fatores genéticos e ambientais, levando à destruição imunomediada das células-beta. Avanços em imunogenética trouxeram enorme contribuição ao conhecimento da patogênese do DM1A, às suas diferentes manifestações clínicas e doenças associadas. O diagnóstico e o tratamento do acometimento autoimune de outros tecidos, particularmente o tiroidiano, são importantes na redução de comorbidades. Os mecanismos imunológicos envolvidos na destruição de células β ainda não são claros, entretanto acredita-se que fatores ambientais (infecções) e distúrbios apoptóticos são capazes de induzir liberação de autoantígenos das células β pancreáticas.
REFERENCIAS
Imunologia: básica e clínica/ Mark Peakman, Diego Vergani; [tradução Elisianne Nopper… et al.].-Rio de Janeiro: Elsevier 2011.
Balduino Tschiedel, A História do Diabetes. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2015.
ARDUINO, Francisco. O diabetes ontem e hoje. In: ___. Diabetes Mellitus. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1980. 414p.

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