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Revisão TGP 
Todas as questões foram diretamente tiradas de provas antigas. As que estão com ** são as que se repetiram em todas ou quase todas.
Tem apenas algumas questões sobre princípios, mas todos podem cair. É bom revisar todos os princípios do 1GQ.
** VAI CAIR. O que é direito processual de ação na teoria eclética de Liebman e por que ele implica concretismo? Em que consiste a possibilidade jurídica do pedido? E onde se vê a abstração na teoria eclética? 
Teoria eclética de Liebman: É a teoria adotada no CPC brasileiro. É assim chamada porque assimila elementos da teoria abstrata e elementos da teoria concreta da ação. O direito de ação é reconhecido como de natureza constitucional (direito constitucional de ação), em consequência do status civitas, cabendo a todos. Mas o direito constitucional de ação é abstrato e genérico. Deve haver sempre uma análise prévia, uma triagem preliminar para reconhecer se existe ou não o direito constitucional de ação. Se existe, será um direito condicionado, e esse direito condicional da ação é fundamento para o direito processual de ação. O direito constitucional de ação é um direito incondicional (genérico e abstrato), e o direito processual de ação é um direito condicionado (atua no caso concreto).
O direito de ação é o direito processual de ação que é a obrigação do Estado em prestar jurisdição, que constitui sua natureza fundamentológica. É o direito à efetiva prestação jurisdicional, direito ao julgamento do mérito, que ocorre quando o juiz prefere uma sentença, que pode ser favorável ou desfavorável. 
Mas existem requisitos no caso concreto, chamados de condições da ação, que garantem a existência do direito de ação, direito de julgamento, aspecto condicionado da existência (direito à prestação jurisdicional). 
Há três momentos: 
Primeiro momento: Liebman é abstrato, porque diz que o direito constitucional de ação é incondicional, ou seja, genérico e abstrato. O princípio do dever de prestação jurisdicional existe sempre, mas não é em todo caso concreto que vai incidir. Reconhece a existência de um caráter fundamentológico do direito constitucional de ação, que é o fundamento do direito processual de ação. Seria uma atividade administrativa SEGUNDO LIEBMAN (alguns dizem que é atividade jurisdicional).
Segundo momento: Liebman é concretista. Pois analisa o caso concreto, onde diz se o indivíduo tem ou não direito processual de ação mediante a presença ou não das condições da ação. O Estado só se obriga à prestação jurisdicional se atendidas às condições da ação, daí então se tem o direito processual de ação em sua forma concreta, condicionada.
Terceiro momento: Liebman é abstrato (abstrativista). Onde diz que o direito a julgamento de mérito, é quando o juiz vai proferir a sentença, que é só o direito a julgamento, e não direito a julgamento favorável, podendo-o ser ou não. 
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: É uma das condições da ação. O pedido deve ser juridicamente possível, ou seja, a espécie do pedido não pode ter sido previamente excluída pelo ordenamento. Faz jus à possibilidade de admissão da espécie do provimento pelo ordenamento. Não é caso de procedência ou improcedência do pedido feito. Por exemplo, pedidos relacionados a jogos de apostas ou atividades ilícitas são vedadas pelo ordenamento, por isso o pedido é juridicamente impossível. 
O que são condições da ação e em que consiste o interesse processual e a legitimidade ad causam? Como se constata a presença do interesse processual de agir? 
As condições da ação são: Possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir e legitimidade da parte.
O interesse processual, ou interesse de agir, assenta-se na premissa que por mais que o Estado tenha o interesse no exercício da jurisdição, não lhe convém realiza-la sem que dela se extraia algo útil. É necessário que haja a necessidade e a utilidade na prestação jurisdicional, onde a parte precisa da intervenção jurisdicional para satisfazer sua pretensão. Além da necessidade, deve-se analisar a adequação, pois os remédios jurídicos processuais, os caminhos que devo percorrer no processo, podem não ser adequados para satisfazer minha pretensão. Deve haver uma adequação entre a via eleita, espécie de ação escolhida (o remédio jurídico-processual), e o tipo de provimento que se busca.
A legitimidade ad causam (legitimidade das partes/legitimidade para a causa) é a legitimidade para ser autor e réu. Deve haver correspondência/coincidência entre os sujeitos da relação material com a processual. Há exceções na legitimação extraordinária, quando a lei permite litigiar em juízo a favor de direito alheio (diferente de Representação).
SER CARECEDOR DE AÇÃO: Não ter direito processual de ação, é no caso concreto não ter sido demonstrado todas as condições para a existência da ação. As condições da ação são condições de existência para a ação. 
**Diga o que é competência (sentido geral e concreto). Cite as espécies de competência e quais os dados utilizados, de regra, pra fixa-las.
Em sentido geral, competência é a quantidade de jurisdição que vai ser atribuída para cada órgão ou grupo de órgãos. É uma medida de jurisdição onde cada órgão só exerce a jurisdição na medida que lhe fixam as regras sobre competência. Em concreto, é a relação de adequação legítima entre um órgão jurisdicional e uma causa determinada. Em um caso concreto, apenas um órgão terá a legitimidade para exercer a jurisdição, a competência jurisdicional. 
 
Espécies de competência: Competência de jurisdição, competência originária, competência de foro, competência de juízo, competência interna, competência recursal. 
Competência de jurisdição: Sistemas de órgãos. É a definição de qual é a justiça competente para o caso, se é a Justiça comum (justiça federal ou justiça local) ou especial (eleitoral, trabalhista ou militar). As regras para fixa-las são é de acordo com a matéria, ou seja, a natureza jurídica (se é questão trabalhista, eleitoral) da questão discutida e pela qualidade das partes (se for matéria relacionada à União, suas autarquias, etc., a justiça é federal).
Competência originária: É o grau de jurisdição/instância. É qual órgão será exercido a apreciação em primeiro grau. Considera-se a hierarquia dos órgãos jurisdicionais para fixar (superior ou inferior). De regra, a competência originária é os órgãos inferiores, até subir seguindo o caminho recursal. Porém, excepcionalmente, há casos que a competência originária é do órgão superior (exceções estabelecidas em lei), como casos de pessoas que possuem prerrogativa de foro para serem julgados em órgãos colegiados em primeira instância (TJ, STJ ou até no STF). 
Competência de foro (competência territorial): É a definição de qual será a comarca. É a competência de território. A distribuição entre os órgãos jurisdicionais em todo território nacional para decidir qual terá a competência. Foro é o território dentro de cujos limites o juiz exerce a jurisdição. A regra é pela lei, que de acordo com o tipo de processo vai estabelecer qual o foro é mais adequado (domicilio do réu, ou do autor, ou da prestação de serviços trabalhistas, lugar da consumação do crime, etc.)
Existem 4 tipos de foro: 
Foro comum: É a regra geral, no processo civil é o local do domicílio do réu, no processo penal é o local da consumação do delito, no processo trabalhista é o local de prestação de serviços.
Foro especial: É a exceção ao foro comum, onde a lei fixa foro especial. É o foro privilegiado onde a competência vai para o domicílio do menos privilegiado na relação processual. 
Foro concorrente: A lei fica dois ou mais locais como competentes, ficando à escolha do autor. 
Foro subsidiário: Prevalece quando não for possível estabelecer qual foro competente pelos critérios primários.
**Em que consiste a jurisdição constitucional
É a função do Estado no seu poder de dizer o direito e impor sua decisão. Substitui as partes na titularidade dos interesses em conflito, para imparcialmente buscara pacificação. É o melhor sistema para efetivar/assegurar a realização da justiça e a busca à pacificação dos conflitos. Essa pacificação ocorre por meio da aplicação do direito objetivo que rege o caso apresentado em concreto. Com isso, o Estado realiza sua função por meio de uma sentença de mérito e pela execução forçada.
Tem poder de praticar atos de cautelaridade para garantir a eficácia e utilidade das decisões em tempo hábil. 
**O que você diria para defender o caráter administrativo da jurisdição voluntária? 
- Em primeiro lugar, pelo fato de não se visar a atuação do direito, e sim a constituição de situações jurídicas novas. A jurisdição voluntária tem função constitutiva. 
- Ela não apresenta caráter substitutico. O juiz não se insere entre as partes para atuar como terceiro. É uma intervenção necessária para a consecução de certo objetivo desejado. 
-Não há lide e sim uma universalidade de interesses.
-Não há partes, há interessados.
-Não há ação
- Não há coisa julgada, pois é característica típica de sentença judicial.
- Não tem processo, e sim um procedimento
- Há uma diversidade de escopo, pois tem caráter preventivo e não repressivo.
- Não comporta o contraditório
** O que você diria para defender o caráter jurisdicional da jurisdição voluntária?
- A ciência moderna não distingue a jurisdição contenciosa da voluntária, pois além da função declaratória, a voluntária também pode ter natureza constitutiva (constitui novos estados jurídicos)
- A jurisdição voluntária também pode compor-se de partes (que serão as pessoas que participam da relação).
- A falta de coisa julgada não seria um argumento contra o caráter jurisdicional pois na jurisdição contenciosa também há casos que não fazem coisa julgada por sua natureza.
- Na jurisdição voluntária o juiz também decide como terceiro imparcial para assegugar a tutela de um interesse. Também atua como terceiro imparcial. E por isso, se mantêm alheio aos feitos de sua decisão, coisa que não se apresenta em um ato administrativo, que atinge diretamente o agente que o realizou.
Fale sobre dois caracteres inerentes/essenciais à jurisdição
Caráter substitutivo: o juiz substitui as partes da definição e aplicação do direito, na solução do conflito. É a saída da justiça privada para a justiça pública e o monopólio estatal de justiça (da execução forçada), sendo um terceiro imparcial.
Escopo jurídico de atuação do processo: É “fazer valer a vontade da lei” no caso concreto. O escopo é resolver o conflito de transcendência jurídica, realizar os resultados práticos que o direito material preconiza. É definir a solução, aplicar a lei, fazer valer a lei no caso concreto. 
Presença da LIDE: Para Carnelutti, o que caracteriza essencialmente a jurisdição é a presença da LIDE (conflito de interesses qualificado por uma pretensão insatisfeita). A atuação jurisdicional tem em vista a justa composição da LIDE. Será a atividade para resolver o conflito de interesses. 
Inércia: A jurisdição só atua quando provocada. Não há juiz sem autor, pois o juiz não pode atuar de oficio. Essa característica está ligada ao caráter substitutivo do processo, uma vez que o juiz tem que se colocar como um terceiro imparcial, sem nenhuma pré-disposição para favorecer uma das partes. A provocação pode vir dos interessados ou do Ministério Público.
Definitividade: Só os atos jurisdicionais são imutáveis, definitivos. Constituem-se como o último reduto, a última palavra a respeito do conflito. Porém alguns casos só fazem coisa julgada formal e não material, podendo, por mudança de circunstâncias, serem revistos. (ver sobre a diferença na questão seguinte).
Responda e exemplifique: em que consistem a coisa julgada formal e a coisa julgada material? Todo ato jurisdicional se torna definitivo?
Segundo o caráter de definitividade da jurisdição, a sentença final coloca-se como o último reduto, a última palavra, sendo imutáveis e definitivos. Porém, há casos onde existe apenas a presença da coisa julgada formal e não da material, onde são mutáveis por excelência (ação de alimentos e ações cautelares, por ex). Se alteradas as circunstâncias, a decisão pode ser revista e adaptada a qualquer momento por uma ação de revisão de sentença (não é recurso). Essas ações nçao tem animus de definitividade, mas não quer dizer que cabem recursos. Estes se esgotaram, mas por sua natureza, podem ser revistas.
**Fale sobre dois caracteres da relação processual
Complexidade, progressividade, Unidade, caráter tríplice e natureza pública. 
Complexidade: A relação jurídica é complexa, onde implica a existência de justaposições ativas e passivas. Autor, réu e juiz têm direitos e deveres, ônus e faculdades, acarretando uma pluralidade.
Progressividade: Devido à complexidade, no processo ocorrem fatos e atos jurídicos que conduzem de uma posição jurídica a outra, ao longo do arco de procedimento, de forma progressiva no decurso do tempo do processo. 
Unidade: Todos os atos do processo e todas as posições jurídicas buscam um objetivo em comum: o provimento jurisdicional. Assim, esses atos se estabelecem de forma unitária, sendo atos conexos e consequentes, buscando a singularidade do desfecho único.
Caráter tríplice: É a existência de três sujeitos na relação processual: Estado, autor e réu. O juiz é o representante do Estado. 
Natureza pública: O juiz não é sujeito em nome próprio, mas sim como órgão através do qual o Estado vai agir. E como ele não vai no processo em disputa com as partes com qualquer tipo de interesse, a relação é tipicamente publicista, uma vez que o estado exerce sobre as partes a sua autoridade soberana. 
Qual a diferença entre jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária?
Na jurisdição voluntária não há lide nem interesses contrapostos. Há uma causa a pedir, onde há o pedido de decisão do juiz sempre no interesse no titular daquele interesse que a lei acha socialmente relevante. 
A jurisdição contenciosa há lide, há conflito de interesses. Interesses contrapostos. 
Os atos de Pronunciamento são jurisdicionais ou não?
Atos de pronunciamento é quando o juiz vai homologar algo. É a sentença/decisão do juiz. Porém, ele não entra para julgar o mérito da questão, não interfere na autonomia da vontade das partes. Ele vai analisar se foram atendidos os atos legais, as formalidades legais. Não há lide. Quando o juiz autoriza, concede um alvará. Dá uma permissão para agir, ou quando o juiz realiza uma interdição, nomeia um curador para alguém. São atos da jurisdição voluntária. 
Defina pressupostos processuais, fale a respeito e exemplifique os pressupostos objetivos intrínsecos.
Pressupostos processuais são os requisitos para que exista uma relação processual ou para que ela tenha validade. Dizem respeito ao julgamento do mérito. São requisitos de admissibilidade do julgamento do mérito. O CPC brasileiro define como pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo. 
Requisitos podem ser subjetivos (investidura – jurisdição deve ser exercida por quem é legitimamente investido. Capacidade de ser juiz, competência – ter competência para conhecer e decidir o caso e imparcialidade – sem pré-disposição à favorecimento) ou objetivos (extrínsecos – não litispendência e termo de frustração e intrínsecos).
Intrínsecos: São internos ao processo. É a subordinação do processo às normas legais (requisitos para a petição inicial, para citação, etc.). 
Responda e exemplifique: a reconvenção é defesa? Em que consiste a exceção processual? O que é uma preliminar de mérito?
A Exceção processual é defesa do réu. É o direito subjetivo de defesa do réu que é levado compulsoriamente à ação. Diz respeito à bilateralidade do conflito e a garantua da isonomia processual no princípio da ampla defesa e do contraditório. A defesa consiste na rejeição ou obter prejuízo ao pedido do autor. 
A reconvenção é uma ação embutida da outra quando houver afinidade de assunto, conexão. Extrapola os limites da defesa,é uma ação contra o autor. 
A preliminar de mérito de insere na Exceção Substancial, que é a defesa que vai à própria substância do processo. A defesa indireta de mérito constitui-se como preliminar de mérito, pois se acatada, dispensa o total prosseguimento a ação, pois tem como objetivo alegar fatos impeditivos ou extintivos do direito alegado (prescrição, decadência, caducidade, compensação ou novação). 
Qual os sistemas que regulam a eficácia temporal da lei processual?
São três sistemas de eficácia da lei:
O sistema da unidade processual, onde considera o processo como uma unidade (bloco monolítico), ficando este completamente imune à mudança de regime depois de seu inicio. Começa e termina sob a mesma lei processual. 
O segundo é o sistema de fases processuais: Onde o processo é dividido em fases. Iniciada uma fase, ela deve terminar com o mesmo regime processual. Lei nova não se aplica à fase já iniciada, apenas incidirá na próxima fase. (São 5 fases dentro do processo: Fase postulatória onde o autor deduz a pretensão em juízo e o réu é chamado para resposta; Fase Saneatória, onde verifica-se irregularidades do processo. Se defere ou não as provas apresentadas; Fase Instrutória, fase de instrução, de colhimento das provas; Fase decisória, onde há a decisão sobre o processo. Sentença; Fase recursal, onde o réu não satisfeito entra com recurso para modificar).
Sistema de isolamento dos atos processuais: APLICADO NO BRASIL. Divide-se o processo considerando os atos processuais isoladamente, onde a nova lei processual será aplicada imediatamente, mas para atos já praticados ou em curso, ainda aplica-se a anterior. 
Fale sobre o princípio da aderência ao território/Princípio da territorialidade
Esse princípio diz respeito à limitação da eficácia da norma ao espaço. Ou seja, o juiz só pode atuar dentro de sua base territorial da comarca onde tem jurisdição. É a competência territorial. Se necessita de que algum ato processual seja realizado fora dela, ele precisa da cooperação do Juiz local. Para isso, a cooperação é feita através de citação por Carta precatória (entre juízes do mesmo país) ou Carta rogatória (de um juiz nacional para um internacional).
Junto a isso, o princípio da territorialidade afirma que no território nacional apenas aplica-se a lei processual brasileira, sendo este um princípio absoluto. Porém, o direito material pode ser aplicado segundo norma estrangeira em casos excepcionais, quando constitui-se matéria de direito internacional privado, por exemplo, ou em casos que para melhor aplicar a lei brasileira, deve-se observar a estrangeira. 
Em que consiste a tutela constitucional
A constitucionalização trouxe, sobretudo, a constitucionalização do direito e dos princípios e do direito processual. A constituição incorpora à sua estrutura o direito processual, vai fazer uma estruturação do direito processual em sua própria Carta. O direito processual constitucional refere ao tratamento que a Constituição dá ao direito processual. Quando a doutrina fala em tutela constitucional, ela faz jus aos princípios fundamentais e a organização judiciária ou organização do processo. 
A Constituição tutela, discrimina materialmente os princípios fundamentais relacionados à organização judiciária e ao processo. 
Sobre a organização judiciária, ela traça a estrutura básica, onde diz quais são os órgãos do Poder Judiciário (jurisdição comum, especial, etc.) e discrimina as competências em geral. E as garantias da magistratura e dos magistrados. São as estruturas, competências e garantias.
Sobre a organização do processo, a CF vai explicitar os processos básicos, os princípios basilares do direito processual que determinam a feitura e a interpretação das normas processuais. É a presunção de inocência, vedação de provas ilícitas, Motivação, Contraditório e ampla defesa, acesso à justiça, devido processo legal. 
Há ferimento do princípio do contraditório quando o juiz concede uma medida liminar inaudita altera pars? 
	
A medida liminar é uma forma de antecipação da tutela concedida no início do processo, sem que a parte contrária seja ouvida. Ela apenas é concedida desta maneira se a citação do réu puder tornar sem eficácia a decisão judicial ou se o caso for de tamanha urgência que não possa esperar a citação e a resposta do réu.
Com isso, mesmo indo contra o princípio do contraditório, a medida é legal, pois é de acordo com o princípio de que a decisão judicial tem que ser útil e em tempo útil. A efetividade das decisões deve ser garantida. Por isso, são necessárias as antecipações de tutela ou medidas cautelares. 
Se o Ministério Público pedir a absolvição do réu em uma ação penal incondicionada, há ferimento ao princípio da indisponibilidade? 
Na ação incondicionada, rege o princípio da indisponibilidade do direito. Trata-se da obrigatoriedade de provocação jurisdicional pelo MP. Ação que predomina no processo penal. Visto isso, depois que o MP propõe a ação, ele não pode desistir ou se retrair, mas, se por algum fato, não considera mais o réu culpado, pode pedir sua absolvição, pedido que não vincula do juiz, que irá normalmente seguir todas as fases do processo e proferir sua sentença de acordo com as provas recolhidas. Com isso, o mero pedido de absolvição do réu, depois de cumprida a obrigatoriedade de proposta da ação, não fere o princípio da indisponibilidade, pois faz jus apenas à necessidade/obrigatoriedade de propositura da ação.

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