Buscar

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP
1ª PROVA DE DIREITO TRIBUTÁRIO III
FIAMA VITÓRIA
A Competência Tributária
Discriminação Constitucional de Rendas
A Constituição preocupa-se com prover de recursos os vários entes políticos – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – à fim de que cada qual possa atender aos seus respectivos dispêndios.
A Constituição optou por um sistema misto de partilha de competência do produto da arrecadação ao se referir aos ingressos. Os mecanismos são:
Competência Tributária - o poder de criar tributos é repartido entre os vários entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), de modo que cada um tem competência para impor prestações tributárias, dentro da esfera que lhe é assinalada pela Constituição. A competência engloba um amplo poder político no que respeita a decisões sobre a própria criação do tributo e sobre a amplitude da incidência.
O produto da arrecadação de determinados tributos, instituídos por certo ente político, não é por este apropriado, ou não é por ele totalmente apropriado, mas partilhado com outros entes políticos. Desse modo, as decisões sobre o nível de incidência dependem do ente político titular da competência; mas a arrecadação resultante das leis que ele editar não lhe pertence integralmente, pois é partilhada.
- Tributos Federais: a Constituição prevê a partilha do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio, Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF), do Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza (IR), Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e de impostos novos que a Constituição venha a criar com apoio do 154, I além da Contribuição para intervenção no domínio econômico.
Art 154, I 
A União poderá instituir: mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.
-IOF incidente sobre ouro, quando definido como ativo financeiro ou instrumento cambial é totalmente repassado: 30% para o Estado, o DF ou o Território de origem e 70% para os Municípios de origem.
Art 153 p. 5º
O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V (compete a União instituir impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores imobiliários) do “caput” deste artigo devido na operação de origem..
- IR incidente sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Estados, DF ou pelos Municípios, por suas autarquias e por fundação que instituírem e mantiverem , pertence aos Estados, DF e Municípios respectivamente.
Art 157, I
Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: o produto da arrecadação do imposto da União sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.
Art 158, I
Pertencem aos Municípios: O produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.
-Vinte por cento do que a União arrecadar com os impostos novos que pode criar nos termos do art 154, I pertencem aos Estados e Distrito Federal.
Art 154, I 
A União poderá instituir: mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.
Art 157, II
Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: vinte por cento do produto de arrecadação que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art 154, I.
-ITR aos Municípios pertencem 50 % do ITR, ou sua totalidade se exercida a opção do que trata o art 153 p 4º. III (art 158, II com a redação da EC 42/2003)
Art 153. P 4º, III
Compete a União instituir impostos sobre: O imposto previsto no inciso VI do caput (propriedade territorial rural) será fiscalizado e cobrado pelos municípios que assim optarem , na forma de lei desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
Art 158, II
Pertencem aos Municípios: cinquenta por cento da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis nele situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art 153. P 4º, III
- IR (que remanescer após a destinação prevista nos arts 157, I e 158, I) e do IPI, parcela substancial é entregue pela União para fundos de participação dos Estados, DF e Municípios e programas de financiamentos regionais.
Art 157, I
Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: o produto da arrecadação do imposto da União sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.
Art 158, I
Pertencem aos Municípios: O produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.
Art 159, I e p 1º
A União entregará: do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre proventos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma... Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-a a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao DF e aos Municípios nos termos do disposto nos art 157, I e 158, I.
- IPI destinação de 10% aos Estados e ao DF, na proporção de suas exportações de produtos industrializados (art 159, II) 25% do valor atribuído aos Estados são repassados aos Municípios (art 159. P 3º).
Art 159, II
A União entregará: do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao DF, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
Art 159 p 3º
Os Estados entregarão aos respectivos municípios 25% dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art 158, parágrafo único, I e II.
- Contribuição sobre intervenção no domínio econômico Cabem aos Estados e ao DF 29% relativa às atividades de petróleo e seus derivados, gás natural, álcool combustível. Do montante que couber ao Estado, 25% serão repassados os seus Municípios.
Art 159, III
A União entregará: Do produto de arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art 177 p. 4º, 29 % para os Estados e o DF, distribuídos na forma de lei, observados a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo;
Art 159, P. 4º
Dos montantes dos recursos que trata o inciso III que cabe a cada estado, 25% serão destinados aos seus municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.
-Impostos estaduais há o rateio do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) cabendo 50% aos Municípios.
Art 158, III
Pertencem aos Municípios: 50% do produto da arrecadação do imposto do estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios.
-ICMS 25 % pertencem ao Município
Art 158, IV
Pertencem ao Município: 25% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercsdorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal de comunicação.
Classificação da Competência Tributária
Três modalidades de competência tributária:
Privativa: competência para criar impostos atribuída com exclusividadea este ou àquele ente político (imposto de importação é de competência privativa da União) (o ICMS pertence a competência privativa dos Estados e do DF) (ISS competência privativa dos Municípios e do Distrito Federal).
Residual: a competência (atribuída à União) atinente a outros impostos que podem ser instituídos sobre situações não previstas.
Comum: a competência (referente a taxas e a contribuição de melhoria) atribuída a todos os entes políticos: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
-Competência extraordinária da União: a PA dos impostos privativos da União, e dos que ela possa criar no campo residual, lhe é autorizado estabelecer impostos que, ordinariamente, pertencem à competência dos outros entes políticos.
Art 154, II
A União poderá instituir na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
Critérios de partilha da competência tributária
Tributo que a exigência depende de determinada atuação estatal referível ao contribuinte, o critério de partilha se conecta com essa atuação: A PESSOA POLÍTICA QUE A ESTIVER DESEMPENHANDO LEGITIMAMENTE TEM COMPATÊNCIA PARA COBRAR O TRIBUTO.
O exercício da competência fundamenta-se na prestação que lastreia o tributo.
Tributo que não depende de determinada atuação do Estado o critério de partilha se apoia na tipificação de situações materiais que servirão de suporte para a incidência.
Impostos de função regulatória - União
Impostos de finalidade fiscal – União, Estados e Municípios 
Competências da União: criar impostos sobre as situações materiais prefiguradas no art 153
Art 153.
Compete a União instituir impostos sobre:
I importação de produtos estrangeiros;
II Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados
III renda e proventos de qualquer natureza
IV produtos industrializados
V operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.
VI propriedade territorial rural
VII grandes fortunas no termo de lei complementar
Competências do Estado e do Distrito Federal: instituir impostos sobre as situações descritas no art 155
Art 155
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I transmissão causa mortis e doação, de qualquer bens ou direitos
II Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior
III propriedade de veículos automotores
Compete aos Municípios e ao Distrito Federal o poder de imposição sobre as situações relacionadas ao art 156
Art 156
 Compete aos municípios instituir impostos sobre:
I Propriedade predial e territorial urbana
II transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.
 III serviços de qualquer natureza não compreendidos no 155, II, definidos em lei complementar
Os impostos de tipo residual são atribuídos à competência da União ( art 154, I)
Empréstimos compulsórios: conectam a situações que motivam a situações que motivam a sua criação e a cujo atendimento se destinam, mas a Constituição, dada a excepcionalidade dessas situações, quis reservá-los apenas a competência da União.
Contribuições sociais, às contribuições econômicas e às contribuições corporativas: A União é a destinatária da maioria das contribuições, que , não por acaso, se caracterizam por sua destinação.
Exercício da competência tributária
A Constituição não cria tributos; ela outorga competência tributária, ou seja, atribui aptidão para criar tributos. Como regra: a lei ordinária é o veículo idôneo à criação ou instituição do tributo, e por consequência, à sua eventual modificação ou revogação.
A competência tributária é indelegável. O princípio da indelegabilidade de competência tributária é afirmado pelo artigo 7º do Código Tributário Nacional: “ A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos dop3º do art 18 da Constituição.”
O não exercício da competência tributária, não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa aquela que a Constituição tenha atribuído.
Conceitos de outros ramos do direito usados na definição da competência tributária
O que se veda a lei tributária é a modificação de conceitos que tenham sido utilizados por lei superior para a definição de competência tributária, se da modificação puder resultar ampliação da competência. 
Essas considerações inspiraram o art 110 do Código Tributário Nacional, que estabeleceu: “ A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos,conceitos e formas de direito privado utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas leis orgânicas do DF ou dos municípios, para definir ou limitar competências tributárias.”
Em regra, é vedado à lei tributária modificar institutos, conceitos e formas do direito privado.
A exceção diz respeito aos conceitos que tenham sido utilizados por lei superior para a definição da competência.
Nenhum conceito ( quer do direito privado, quer do direito público; quer seja conceito jurídico, quer seja conceito extraído do léxico) empregado na formula que delineia cada esfera de competência pode ser modificado pela lei tributária, para o efeito de ampliar essa esfera de competência.
LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
As limitações do poder de tributar.
Além de buscar uma demarcação tanto quanto possível nítida das áreas de atuação de cada ente político, com a partilha de competência tributária, a Constituição fixa vários balizamentos, que resguardam valores por ela reputados relevantes, com atenção especial para os direitos e garantias individuais.
A Constituição abre campo para a atuação de outros tipos normativos (lei complementar, resoluções do Senado, convênios), que, em certas situações, também balizam o poder do legislador tributário na criação ou modificação de tributos, o que significa que os limites da competência ou modificação de tributos não se resumem aos que estão definidos no texto constitucional.
As limitações do poder de tributar integram o conjunto de traços que demarcam o campo, o modo, a forma e a intensividade de atuação do poder de tributar.
Limitações são instrumentos definidores da competência tributária dos entes políticos no sentido de que concorrem para fixar o que se pode ter tributado e como pode sê-lo, não devendo, portanto, ser encaradas como “obstáculos” ou “vedações” ao exercício da competência tributária, ou “supressão” dessa competência, consoante, a propósito das imunidades tributárias.
Nas situações que ultrapassam os limites fixados o que se passa não é que a competência seja vedada, El;a simplesmente inexiste.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes