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Culpabilidade
Conceito: é o último dos elementos da teoria do crime (conduta típica, ilícita e culpável). Crime é sempre um comportamento humano e social.
Doutrina dominante: A culpabilidade é um juízo de reprovabilidade da conduta típica e ilícita. (reprovação da conduta)
Juízo: pressupõe que alguém julgue.
Reprovabilidade: comportamento inaceitável - censura.
Conduta típica e ilícita: Conduta é toda ação ou omissão, consciente e voluntária, dolosa ou culposa, dirigida a uma finalidade e contrária ao ordenamento jurídico.
A ideia de que o juízo de culpabilidade está na “cabeça do juiz” não é aceitável atualmente. Também não podemos dizer que é um juízo de valor ético e moral, pois a valoração da culpabilidade deve ser um juízo contraditorizado dentro do processo. Assim, a única forma de compreender se há ou não crime, é analisando o caso concreto.
O objeto de reprovação da culpabilidade é a conduta típica e ilícita. 
Doutrina minoritária: A culpabilidade é o juízo de reprovação do SUJEITO que pratica conduta típica e ilícita.
Fernando Capez, ao dizer que: o juízo de reprovação incide sobre o sujeito, diz que a conduta é típica, a conduta é ilícita, e o SUJEITO é culpável.
Funções: A culpabilidade funciona como um pressuposto para a aplicação da pena. Ela funciona em pelo menos 3 momentos diferentes:
Fundamento da pena (predicado do crime)
Funciona como o 4º elemento integrante do conceito de crime, serve para integrar o conceito de crime.
Elemento de determinação da pena (limite)
Funciona como elemento de gradação da pena, art 59 CP
Conceito contrário à responsabilidade objetiva
Princípio da culpabilidade; toda responsabilidade penal é subjetiva, ou seja, deve ter agido com dolo ou culpa. Funciona como um princípio, onde ela veda a responsabilidade penal objetiva.
Teorias
Psicológica (causalismo naturalista clássico)
Dividia os elementares subjetivos e objetivos do conceito do crime. 
Objetivos: conduta, tipicidade e ilicitude (eram conceitos que o observador externo conseguia perceber). 
Subjetivo: culpabilidade (já esgotava todos os elementos de ordem subjetiva que estavam no crime). Assim, a culpabilidade é o vínculo psicológico entre o indivíduo e o resultado.
Psicológico-normativa
O dolo e a culpa eram, para o causalismo clássico, as únicas maneiras de se vincular subjetivamente o sujeito com o resultado. O dolo e a culpa são a culpabilidade. Com o resgate da teoria Kantiana no direito penal, percebeu-se que a metodologia clássica era advinda do positivismo e fez com que analisássemos o fenômeno jurídico através de um viés natural, que pudesse ser observado pelo observador externo. Percebeu-se que era o momento de entender o direito como algo que precisa de valoração. Quando se diz que algo é crime, está dizendo que isso é ruim, é reprovável. Assim, a grande inovação, foi introduzir o juízo de reprovabilidade. Culpabilidade é reprovabilidade. A culpabilidade é o juízo de reprovação composta por dolo e culpa.
Frank
- Censurabilidade: culpabilidade como juízo de censura- reprovabilidade
-Normalidade das circunstâncias: culpabilidade é o juízo de censura, mas que só pode ser feito quando a pessoa o utilizou na normalidade das circunstâncias.
ii. James Goldschmidt
-juízo de contrariedade ao dever: quando você determina que um comportamento é crime, há aí duas normas: uma de dever interna e outra de dever externa. O comportamento carrega dentro de si uma norma de dever. Assim, o sujeito deveria motivar o seu comportamento de forma que a norma seja um dever.
iii. Berthold Freudenthal
- Exigibilidade da conduta: BF propôs que o que faz a culpabilidade ser a reprovação é o sujeito ter podido, na normalidade das circunstâncias, agir da forma que era exigido que ele agisse. Só é reprovável o comportamento do sujeito que poderia ter agido conforme o direito.
 iv. Edmund Mezger
- Reprovabilidade pessoal da conduta ilícita: é reprovável o comportamento do sujeito que por sua decisão individual, opta por violar seu dever de agir. Mudança de reprovação, o que era psicológico, passa a ser normativo. Estabelecer o juízo de reprovação, agir na normalidade das circunstâncias e que desobedece o dever jurídico, numa circunstância que não admita que você aja de outra forma. Tudo isso depende de uma manifestação individual. 
 Normativa pura
 Extração de elementos subjetivos da culpabilidade: o causalismo clássico gerou a teoria psicológica (culpabilidade é dolo e culpa). Causalismo neo-clássico gerou a teoria psicológico normativa (culpabilidade é o juízo de reprovação composta por dolo e culpa). O finalismo gerou a teoria normativa pura. O dolo e a culpa não estão no interior da culpabilidade. No finalismo, a base está na capacidade racional prática que é capaz de dominar planos causais. Assim, o dolo e a culpa não estão na culpabilidade, eles estão na conduta, no interior da conduta. O juízo de reprovação passa a ser sobre a conduta dolosa ou culposa. A culpabilidade no finalismo é estritamente normativa. O Código Penal se orienta nessa teoria. No finalismo, a culpabilidade é o juízo de reprovação, que une todas as outras teorias, excluindo apenas o dolo e a culpa.
Funcionais
Roxin
Responsabilidade: culpabilidade + funções da pena
Culpabilidade como capacidade de acesso à mensagem motivacional da norma
Complemento da necessidade preventiva da punição
Jakobs
Déficit motivacional: fidelidade ao direito
Conceito funcional em relação às penas, em determinada sociedade
Discursiva (Klaus Gunther)
Elementos
Imputabilidade
Potencial conhecimento da ilicitude
Exigibilidade de conduta conforme o direito
IMPUTABILIDADE, POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE, EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.
Só será culpável o agente que se enquadrar nos três requisitos. Se um dos três requisitos for excluído, a culpabilidade também será excluída.
Todo crime é fato típico, ilícito e culpável. → O último elemento. Juízo de reprovação ou censura que recai sobre a conduta típica e ilícita.
Teoria normativa pura: elementos: 1) imputabilidade, 2) exigibilidade de conduta diversa e 3) potencial consciência da ilicitude.
Causas de afastamento da culpabilidade
Inimputabilidade (art 26, CP)
Imputável é a capacidade de culpabilidade. Inimputabilidade é a incapacidade da culpabilidade. Assim, é a falta de juízo de reprovação sobre o comportamento. 
Capacidade racional prática: quem não tem capacidade para agir conforme o direito, não pode ser responsabilizado;
Idade: menores de 18 anos (art 228, CR)
Higidez mental: doença mental, presente no momento da ação ou da omissão, que faça com que a pessoa não saiba que está agindo errado (art 26, CP). “inteiramente incapaz” tem que ser capaz de agir de outra forma. “isento de pena” se não é culpável, não pode ser punido.
Emoção e paixão: emoção: sentimento forte e instantâneo/ paixão: sentimento duradouro. Não são sentimentos, em geral, suficientes para excluir a imputabilidade. (art 28, CP).
“emoção e paixão não afastam a culpabilidade”
Embriaguez: (art 28, II, CP) O uso patológico de álcool, sai do art 28 e vai para o art 26. A embriaguez pode funcionar como agravante da pena (art 61, CP)
Desconhecimento da ilicitude
Erro de proibição
Excurso- erro de tipo (exclusão do dolo)
Inexigibilidade de conduta conforme ao direito
Obediência hierárquica
Coação moral irresistível 
Causa de afastamento da culpabilidade
Inexigibilidade da conduta conforme o direito
Culpabilidade - elementos: imputabilidade, conhecimento da ilicitude e exigência de comportamento conforme o direito.
Afasta a culpabilidade a inexigibilidade de conduta diversa.
 Duas hipóteses de afastamento por este motivo:
- obediência hierárquica art 22 CP
- coação irresistível art 22 CP
Coagir: (forçar alguém a fazer algo; atua sobre a formação da vontade do sujeito) coação moral- afasta a reprovabilidade sefor irresistível, responde somente aquele que coage.
A obediência hierárquica só serve para serviço público. Ex: o sargento que manda que o policial leve uma sacola para alguém, sem que o policial saiba que está transportando droga.
A culpabilidade passa a ser essencialmente juízo de reprovação incidente sobre a conduta típica e ilícita.
Transposição do dolo e da culpa para dentro da conduta típica.
Dolo- valorativo- normativo- (vontade livre e consciente de praticar um comportamento sabidamente ilícito)
De acordo com Welzel, o conhecimento da ilicitude não é atual, e sim potencial.
1) IMPUTABILIDADE E SUAS CAUSAS DE EXCLUSÃO
Imputável é aquele que tem a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e capacidade de determinar-se de acordo com esse entendimento. Entender e querer.
Imputável → pena
Inimputável → isenção de pena
Semi-imputável → redução de pena [conforme Art. 26, § único]
Art. 26 É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Redução de pena
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um terço a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Art. 27 Os menores de dezoito anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
Art. 28 Não excluem a imputabilidade penal:
I – a emoção ou a paixão;
II – a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
§ 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
§ 2º A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Excludentes:
Situações permanentes:
a) doença mental;
b) desenvolvimento incompleto (silvícolas e menores de 18 anos);
c) desenvolvimento retardado;
Situação ocasional:
d) embriaguez completa acidental.
Critério biopsicológico: utilizado para descobrir se é imputável ou inimputável. Amadurecimento pessoal do agente, do ponto de vista psicológico. Inteiramente incapazes, exceto menores de 18. Requisitos:
a) requisito causal (doença mental, desenvolvimento incompleto ou retardado);
b) requisito consequencial;
c) requisito cronológico (ao tempo da conduta comissiva ou omissiva).
Critério biológico: utilizado para os menores de 18 anos.
Embriaguez COMPLETA:
1) Não acidental:
→ voluntária ou dolosa;
→ culposa.
2) Acidental: [inimputável]
Se completa, exclui a culpabilidade; se incompleta, reduz a pena de um terço a dois terços.
3) Pré-ordenada:
O agente se embriaga para criar coragem de praticar o crime. Agrava a pena. Art. 61, II, “l”, CP.
4) Patológica: [inimputável]
Dependentes químicos. È equiparada à uma doença mental, por isso o critério biopsicológico também é adotado.
Para embriaguez voluntária e culposa: Teoria “actio libera in causa”. Se, na causa, ele era livre, o agente será responsabilizado penalmente. Se, na causa, havia fortuito ou força maior, será inimputável.
|----------------------------------------------------------------|-----------------------------------------------------------|
Causa:					 Ação:					Resultado.
voluntária ou culposa.			Agente embriagado.
O dolo e a culpa são aferidos no momento da embriaguez e não no momento da conduta. Por isso, a responsabilidade é objetiva. O agente responde pelo crime.
2) EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
Art. 22 Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
→ Coação moral irresistível: grave ameaça. Coator/Coagido/Vítima. O coator responde pelo crime.
→ Obediência hierárquica: decorrente de poder/direito público. Superior/Subordinado/Vítima. O superior responde pelo crime. A norma deve ser ilegal. Se a norma for legal, caracteriza-se o estrito cumprimento do dever legal. Excluem-se as subordinações domésticas e privadas.
3) POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
Possibilidade de o agente conhecer o caráter ilícito de sua conduta – consciência potencial (não real) da ilicitude. Basta que o autor tenha base suficiente para saber que o fato praticado está juridicamente proibido e que é contrário as normas elementares que regem a convivência.
Previsibilidade subjetiva x Previsibilidade objetiva
O agente, Culpabilidade x O homem médio, culpa
Art. 21 O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único. Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 
Erro sobre a existência ou os limites da norma.
Espécies do erro de proibição:
→ Escusável: perdoável, desculpável. Exclui a culpabilidade.
→ Inescusável: havia possibilidade de conhecimento. Responde pelo crime, com pena diminuída de um sexto à um terço.
Ciência da ilicitude do fato
No causalismo clássico, nós dizíamos que a culpabilidade é o vinculo psicológico entre a ação e o resultado (dolo e culpa).
 Juízo de reprovação: reprovabilidade: continua preservando no seu interior o dolo e a culpa.
O causalismo também entende a culpabilidade de forma normativa. Vontade de realizar um ato sabidamente ilícito: DOLO, dolo normativo.
Dolo e culpa integram a culpabilidade (causalismo)
Dolo normativo- contém a ciência da ilicitude (causalismo neoclássico)
Dolo e culpa estão na conduta típica ( Welzel, finalismo)
A ciência da ilicitude é a reprovação de algo que o sujeito sabe que está agindo errado.
Dolo e culpa do interior da culpabilidade para o interior da conduta típica
A valoração e o juízo da ilicitude ficam na culpabilidade. O dolo do finalismo é um dolo natural, neutro, pois não contem a ciência da ilicitude.
Assim, no causalismo, o dolo e a culpa estavam no interior da culpabilidade. No finalismo, o dolo e a culpa estão no interior da conduta típica.
No causalismo neoclássico, dolo e culpa estão na culpabilidade, já a ciência da ilicitude está no dolo. A ciência da ilicitude é atual. 
No finalismo, o dolo e a culpa estão na conduta típica, a ciência da ilicitude está na culpabilidade. A ciência da ilicitude é potencial.
CIÊNCIA DA ILICITUDE É ATUAL – causalismo
CIÊNCIA DA ILICITUDE POTENCIAL – finalismo
ERRO
Conceito: erro é a falsa representação da realidade ou o falso ou equivocado conhecimento de um objeto (é um estado positivo). Conceitualmente, o erro difere da ignorância: esta é a falta de representação da realidade ou o desconhecimento total do objeto (é um estado negativo). Quando houver um descompasso entre a representação e a realidade, há erro.
EX: levar um celular para casa acreditando que o mesmo é seu; não é furto.
Antes, o erro era classificado da seguinte maneira:
Erro de fato (não existe mais) – art 17 CP41 – Incide sobre elemento de fato do tipo penal – CPM, Erro de fato, art 36 é isento de pena, que ao praticar crime, supõe, por erro plenamente escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui ou a existência de situação de fato que tornaria a ação legitima.
Errode direito (não existe mais) – art 16 CP 41 – Incide sobre o conhecimento da lei e é tratado como inescusável – COM, erro de direito: art 35 a pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o agente, salvo em tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe ilícito o fato, por ignorância ou erro de interpretação de lei, se escusável. 
Erro de tipo (art 20, caput)
Erro de proibição (art 21, caput)
a)- erro de tipo: incide sobre as elementares subjetivas do tipo. Tem como consequência o afastamento do dolo, pois a sua consequência é o que ele toca e como ele atinge o tipo e o dolo e a culpa estão dentro do tipo, ele afasta o dolo.
Conceito: Erro de tipo pode ser considerado aquele que determina a ausência do dolo quando, havendo uma tipicidade objetiva, falta-lhe ou é falso o conhecimento dos elementos requeridos pelo tipo objetivo.
Quanto ao objeto:
Essencial- interfere na própria existência do crime
Acidental- não determina a existência do crime. Não interfere na existência do crime e nem permite a isenção de pena:
a. Quanto à pessoa (art 20 p. 3º)
b. Quanto ao objeto 
c. Determinado por terceiro (art 20 p. 2º)
Quanto à escusabilidade - desculpa:
Vencível; inescusável: Exclui o dolo, mas permite a punição a titulo de culpa, havendo a forma culposa. 
Invencível; escusável: Exclui o dolo e a culpa. 
 A culpabilidade no finalismo é formada por ciência da ilicitude.
A ciência da ilicitude é pontual e não atual.
b)- Erro de proibição: para ser culpável é preciso que o sujeito saiba que é culpável. Desconhecer a lei é uma coisa, não compreender que aquilo é contrário ao direito como prática, é outra. Conhecimento de ilicitude (não se confunde com desconhecimento da ei, que é inescusável, caput, do art 21 CP)
Ex: Você pode não saber qual art da sonegação de impostos, mas você sabe que sonegar imposto é crime.
Ex: você não sabe a definição de estupro, mas você sabe que estuprar é errado.
 Conhecer a ilicitude do fato de acordo com o finalismo é algo totalmente diferente de desconhecer a lei. O juízo que você deve fazer sobre a ilicitude do fato, não é uma valoração técnica (Edmund Ezger). O conhecimento da ilicitude é um conhecimento potencial.
Quando você não é capaz de reconhecer potencialmente que aquilo é contrário ao direito, isso é erro de proibição.
Ex: Prática médica errada, mas como todos os médicos fazem a mesma coisa há muito tempo, não temos como exigir que um novo médico saiba que isso é errado.
Se não é possível saber que o que ele faz é errado/ contrário ao direito, não há que se falar em culpabilidade.
Conceito: Erro de proibição é aquele que incide sobre a própria consciência de antijuridicidade da conduta, que como se sabe é um dos elementos integrantes do conceito normativo da culpabilidade. Como sua consequência é o que ele toca, ele não vai exclui o dolo, mas atinge a culpabilidade, diminui a pena ou afasta a pena.
Classificação:
Indireto (percepção errônea da realidade): - Descriminantes putativas: 
Existência
Limites 
Direto (valoração errônea imediata): 
Existência, validade e vigência da norma
Subsunção
Desconhecimento da ilicitude
Escusabilidade:
Vencível- inescusável: causa geral de diminuição da pena (parte final, caput, art 21, CP)
Invencível-escusável: causa de exculpação (parte do meio, caput, do art 21, CP)
ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO:
As exclusões da ilicitude podem ser reais ou putativas. As putativas não existem de fato, o sujeito acha que está certo. Isso é o erro. Acredita que está agindo certo, mas não está. 
O erro é o descompasso entre a representação e o fato.
Erro de proibição é o erro que incide sobre o desconhecimento da ilicitude.
Erro de proibição indireto estão aqueles que incidem sobre uma representação putativa. Errar quanto a existência de uma causa de exculpação. Errar quanto a existência de uma causa que tornaria licito o seu comportamento.
EX: Um sujeito deixou seu sapato no sapateiro para que o mesmo o consertasse. Esse sujeito não foi buscar o sapato durante muito tempo. Sendo assim, o sapateiro vendeu o sapato para pagar suas contas. O sujeito, então, decidiu ir a sapataria buscar seu sapato e não o encontrou. ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO.
Erro quanto aos limites de uma causa de exculpação
Erro quanto a extensão da legítima defesa:
DIRETO: atinge, efetivamente, a ciência da ilicitude do comportamento. A mim, não é possível saber que aquilo que eu fazia estava errado.
3 hipóteses:
EXISTÊNCIA, VALIDADE E VIGÊNCIA, supõe que um dos três planos não existe, não vale ou perdeu a vigência.
SUBSUNÇÃO: errar quanto ao encaixe do seu comportamento a lei. (erro de encaixe) Eu entendo que o meu comportamento não se encaixe na lei.
ILICITUDE: supõe que o que você faz não é contrário ao direito.
 ERRO DE TIPO
Incide sobre o dolo
Elementares subjetivas do tipo
Afasta o dolo
ERRO DE PROIBIÇÃO
Incide sobre a culpabilidade
Ciência da ilicitude
Se for invencível, afasta a culpabilidade
Erro de proibição vencível: é aquele que poderia ter sido evitado. Evitável, inescusável. Não é a mesma culpabilidade.
Erro de proibição invencível: é aquele em que qualquer um na mesma situação agiria da mesma forma, erraria do mesmo jeito dadas as mesmas circunstâncias. Significa que a conduta daquele sujeito não é reprovável. Afasta a culpabilidade.
Onde não há erro há reprovabilidade e a culpabilidade é muito alta.
Onde há erro vencível há reprovabilidade e a culpabilidade é baixa.
Onde há erro invencível não há reprovabilidade, não há culpabilidade.
Erro de tipo permissivo (art 20, p 1º CP)- incide sobre a ciência adequada dos elementos de fato das descriminantes putativas. 
Escusável: exclui a culpabilidade
Inescusável: permite a punição a título de culpa, se houver a previsão do tipo culposo.
Concurso de pessoas
Conceito: Trata-se da ciente e voluntária participação de mais de uma pessoa numa mesma infração penal.
Crimes:
De concurso necessário ou plurissubjetivos
De condutas paralelas: as condutas auxiliam-se mutuamente, visando a produção de um resultado comum. Todos os agentes unem-se em prol de um objetivo idêntico, no sentido de concentrar esforços para a realização do crime. (art 288, CP)
De condutas convergentes: as condutas tendem a encontrar-se e desse encontro surge o resultado. Uma conduta se dirige a outra conduta para a produção do resultado. (art 235, CP)
De condutas contrapostas: as condutas se direcionam uma contra as outras, sendo os sujeitos, ao mesmo tempo, autor e vítima. (rixa art 137, CP)
De concurso eventual ou unissubjetivo
Requisitos:
Pluralidade de agentes e de condutas: causa é toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria acontecido-relação entre concurso de pessoas e causalidade. As condutas devem ser relevantes para obtenção do resultado. Os agentes devem ter ciência que fazem parte de uma infração penal. É preciso ciência e vontade. Só vai haver concurso de pessoas quando voc~e consegue demonstrar que houve a participação ciente e voluntariados agentes, ou seja, liame subjetivo entre os agentes. Quando o agente não sabe do fato típico, ele não participa ciente e voluntariamente do crime, por isso não é responsabilizada pelo crime e sim pelo que fez.
Relevância causal de cada conduta (adesão objetiva)
Liame subjetivo entre os agentes (convergência do elemento subjetivo) (adesão subjetiva)
 Identidade de infração penal: só há concurso de pessoas quando os agentes agem com o mesmo intuito. Todos concorrem pela mesma infração penal;
OBS: na definição de concurso de pessoas há a presença de todos os requisitos
Teorias (tentam explicar a existência do acessório e do principal e como estas pessoas serão responsabilizadas):
Teoria pluralista: A única coisa que os agentes têm em comum é a participação no crime, cada um responde pelo que fez, responsabilização individual
Teoria dualista(dualística): Em tese, há um personagem principal e um personagem acessório, assim quem praticaria a conduta acessória responderia por pelo que praticou e quem participasse do principal responderia também pelo que praticou. 
Teoria monista (unitária): todos aqueles que se envolvessem na prática de uma infração penal responderia por ela.
Para CAUSALIDADE o CP adota a teoria dos ANTECEDENTES CAUSAIS.
Para CONCURSO DE PESSOAS o CP adota a teoria UNITÁRIA- todas as pessoas que produzem condutas criminosas respondem por elas.
REGRAS: teoria monista temperada.todos respondem, mas a responsabilidade de cada um é diferente. Art 29 CP
EXCEÇÕES: art 124 e art 126 CP
EX: um casal engravida, o rapaz convence a moça a abortar, aplica-se o 124 a moça e o 126 ao rapaz.
Art 317 e art 333 CP (corrupção passiva e corrupção ativa )
Participante: 
Principais: autores
Acessórios: partícipes
De acordo com a teoria OBJETIVO FORMAL – autor é aquele que realiza o núcleo do tipo, o verbo.
TEORIA OBJETIVO MATERIAL, autor é aquele que realiza a conduta.
CONCEITO EXTENSIVO DE AUTOR SE VALE A UM ELEMENTO SUBJETIVO PARA DIFERENCIAR QUEM É AUTOR E QUEM É PARTÍCIPE.
Obs: Teoria geral do processo- ação 470 STF- mensalão, o concurso de pessoas foi usado como justificativa no voto do ministro Luiz Fux, a teoria geral do domínio final sobre o fato (Welzel, reformada pelo Roxin) Teoria final do fato é contrária a teoria da inocência, dizia ele, o que é FALSO!
Autor é aquele que CONTROLE final e funcional daquele que tem o sucesso da infração penal.
Autor é quem tem o CONTROLE sobre o fluxo causal.
A responsabilidade é sempre subjetiva (dolo e culpa).
Teoria final sobre o fato – tem o controle final e tem o dolo e a culpa.

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