Buscar

Conduta: Ação ou Omissão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

23/05/14
- Conduta
conceito; Conduta é toda ação ou omissão, consciente e voluntária, dolosa ou culposa, dirigida a uma finalidade
Bobbio- Teoria da Norma Jurídica
Toda norma jurídica se constrói ao redor de um dos três modais: proibir; obrigar e
A violação da proibição: fazer aquilo que estava proibido- AÇÃO- o agente FAZ algo para praticar o crime
A violação de uma obrigação: não cumprir um dever- OMISSÃO- O agente NÃO FAZ algo para praticar o crime.
A Conduta (termo genérico) comporta no seu interior o Fazer e o Não Fazer.
Como construir uma conduta que ligue o não fazer a um resultado?
Mirabette: 
Do ponto de vista naturalístico, a Omissão nada é. Você não consegue perceber que a omissão é gerada de um resultado. (ser nas conexões naturais- não tem como não fazer nada e gerar um resultado)
A omissão é essencialmente normativa, é a violação de um dever; a não realização de um dever.
Dever de agir: dever jurídico
Poder de agir: capacidade física; capacidade de interferência no fluxo causal.
Omissão Própria: É a violação de um dever geral, não tenho nenhuma responsabilidade em relação ao resultado. Agir é o meu dever. A omissão consiste no não agir.
Ex. esquecer o filho dentro do carro. Quem passa tem um dever de agir. 
Crimes omissivos próprios: São aqueles cuja definição legal se explicita ao redor de um verbo que denota um não agir; é aquele em que o agente não faz alguma coisa. O tipo penal deve estar previsto na lei.
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa invalida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente invalido ou maior de 60 anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo.
Omissão Imprópria: É a violação de um dever específico de agir para evitar o resultado; apenas os garantidores podem cometê-lo. . É qualquer crime de ação (homicídio, furto, estupro). O garantidor se omite e, portanto, responde pelo resultado e não pela ação.
Ex: Dois policiais, em serviço, em um jogo de futebol, não agem quando percebem uma moça sendo estuprada. Crime de estupro. 
A omissão imprópria decorre de Crimes Omissivos Impróprios (comissivos omissivos): Se praticam por um agir ou por um fazer, mas que dada à condição especial do sujeito ativo podem ser praticados por uma omissão ou um não fazer.
Características pertencentes aos Crimes Omissivos Próprios e aos Crimes Omissivos Impróprios:
Situação de perigo;
Poder concreto de agir (capacidade física e capacidade de intervir no fluxo causal)
Dever de fazer algo.
Características exclusivas dos Crimes Omissivos Impróprios:
O agente é responsável pelo resultado (exige a superveniência do fato para evitar o resultado);
Existe uma categoria especifica de pessoas que podem evitar o resultado.
Quem é o garantidor?
Art. 13. P. 2º A omissão é penalmente relevante quando o omitente podia e devia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.
De outra forma assumiu a responsabilidade de impedir o resultado
Com o seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
- Dever legal de agir para evitar o resultado, cuidado, proteção e vigilância. Não se deve restringir o conceito de lei analisando-o em sentido estrito. Lei: qualquer norma de caráter geral
-Qualquer pessoa que se colocar voluntariamente na posição de garantidor, por contrato, por um negócio jurídico.
- O comportamento anterior criou o risco da produção do resultado
Teoria Finalista da Ação: o dolo e a culpa estão dentro da conduta típica. Responsabilidade subjetiva.
Sujeito passivo constante: Estado (titular do direito de punir).
Sujeito passivo eventual: titular do bem jurídico lesado.
Dolo: Pode ser Omissivos Impróprios ou omissivos próprios. 
Culpa: só Omissivos Impróprios, não há possibilidade de Omissivos Próprios.
Resultado
Definição: é a consequência direta e imediata da conduta, abrangida, pelo tipo penal.
EX. matar uma mulher que tem 5 filhos. Matar a mãe- resultado: morte - o que acontece com os 5 filhos não é resultado.
Formas: 
a)- jurídico: toda lesão ou ameaça de lesão a este bem jurídico protegido pela lei penal.
b)-naturalístico: Toda modificação sensível no mundo que pode ser percebida por um observador externo.
TODO CRIME TEM RESULTADO JURÍDICO, MAS NEM TODO CRIME TEM RESULTADO NATURALISTICO.
Teoria do resultado naturalístico da modificação do mundo exterior provocado pela conduta.
Nem todo crime possui resultado.
→ Crimes materiais: crimes de resultado. Ex.: homicídio.
→ Crimes formais: a lei prevê o resultado, mas não exige que ocorra a consumação do crime. Ex.: extorsão.
→ Crimes de mera conduta: totalmente sem resultado. Ex.: violação de domicílio.
Dentro do resultado, devemos estudar o iter criminis.
Iter criminis: é o caminho percorrido pelo agente quando ele pratica o crime.
29/05/14
Relação de causalidade / Nexo causal
Definição: conexão entre a conduta e o resultado; é o vínculo externo e objetivo entre o comportamento (ação/omissão) e o resultado. Consiste na verificação da conexão entre a conduta e o evento, para aferição da responsabilidade penal. (art 13) É o comportamento que gera o resultado.
Para definir o alcance do nexo causal o código se vale de duas teorias:
Teoria da equivalência dos antecedentes causais (regra): Toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria acontecido seria a causa. O causador da causa é responsável pelo resultado. Ao falar em equivalência, o código não diferencia o que antecede o resultado como causa deste. Tudo que antecede se equivale. [Teoria Geral] Teoria da Equivalência das Condições (Conditio Sine Qua Non): causa é tudo aquilo que de alguma maneira produziu resultado
Problemas:
Equipara causas a condições, gerando retroação indesejável. Condição-possibilita. Causa-gera. 
Amplia o espectro da responsabilidade. O Código Penal não limita, a medida que tudo vai se equivalendo, vai virando uma “treta”.
Limitações:
 Processo de eliminação hipotética (Tyren): a possibilidade de retirada de um comportamento da cadeia causal mostra sua natureza de causa. (você tira o “trem”, se fez diferença, é causa.)
Retroação ao ultimo ato doloso ou culposo: sendo a responsabilidade penal subjetiva, apenas atos dolosos ou culposos interessam (Binding)
Causa: toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria acontecido.
O elemento de conexão entre o dolo e a culpa é a previsibilidade que é medida objetivamente.
Só vai ser CAUSA uma ação/omissão dolosa ou culposa. Elas continuam se equivalendo, a diferença é que agora há uma limitação.
Teoria da causalidade adequada ou da condição qualificada (exceção): Causa é o antecedente do resultado que tenha aptidão a produzi-lo, como se produziu. Causa não é simplesmente o que antecede o resultado. É o antecedente do resultado que seja adequado para gerar o resultado da forma que ele se deu. [Teoria Exceção] Teoria da Causalidade Adequada.
Problema do regresso ad infinitum. Resolução: o Direito Penal possui responsabilidade subjetiva. Só responderá pelo crime quem agir com dolo ou pelo menos culpa.
Juízo hipotético de eliminação: só será causa aquilo que, quando eliminado hipoteticamente, alteraria o resultado.
Concorrência de causas - Concausas – concorrência de causas para a produção do resultado
Definição: Possibilidade de mais de uma causa, diversas causas, confluir para produção do resultado.
Formas: 
Dependentes: São dependentes as causas quedecorram da intencionalidade (vontade), do querer do agente. Não excluem a relação de causalidade. Decorrem da vontade e do querer do agente. Causas dependentes: estão dentro do nexo causal. 
Ex: O sujeito queria matar, deu uma pancada na cabeça da vitima e depois jogou-a no rio. Afogamento. Por estarem vinculados ao querer do agente, geram responsabilização.
Independentes: São independentes as causas que estão separadas do querer do agente e não defluem dele.Não decorrem do querer do agente. Causas independentes [CONCAUSAS]: estão fora do nexo causal.
Ex: Uma pessoa dá um susto em outra, esta outra tem doença cardíaca e morre.
Absolutamente independentes: Não conduzem à responsabilização do agente pelo resultado, mas apenas por seus atos anteriores. Não dependem do querer do agente e ambas são capazes de causar o resultado separado
→ Absolutamente independentes: o resultado se dá totalmente alheio à conduta do agente.
Preexistentes: antes da conduta.
Concomitantes: durante a conduta.
Supervenientes: depois da conduta.
O agente NÃO responde pelo resultado.
Pré-existentes Aquelas que ocorrem antes da existência da conduta
 Concomitantes Quando ocorre simultaneamente a conduta
 Supervenientes: Se manifestam depois da conduta
Relativamente independentes: Quaisquer que sejam as concausas, podem atuar de tal forma que, poderíamos dizer, auxiliam ou reforçam o “processo causal” iniciado com o comportamento do sujeito.
→ Relativamente independentes: se ligam à conduta do agente.
Preexistentes. Ex.: hemofilia.
Concomitantes. Ex: ataque cardíaco.
O agente responde pelo resultado, desde que conheça as causas.
Supervenientes. Art. 13, § 1º, CP.
O agente não responde pelo resultado, mas pelos atos até então praticados.
- Pré-existentes Concomitantes: Conduzem a responsabilização do agente da causa. Só conseguem produzir o resultado quando estão juntas.
Ex: A vitima de um determinado ferimento, que pela sua natureza ou por sua localização, não é um ferimento mortal, é portador de hemofilia, que, no caso, é uma condição preexistente, pois já existia antes da conduta do sujeito, podendo vir a morrer em consequência de uma hemorragia. O ferimento foi condição indispensável para o resultado, que foi facilitado pela deficiência da vitima.
- Supervenientes: Rompem o curso causal, excluindo a responsabilidade, quando, por si só, produziu o resultado, como se deu. Produziu o resultado diferentemente. Conduzida pela causalidade adequada. Rompe o curso causal e faz com que o sujeito que cometeu o primeiro crime não responda.
Quando alguém coloca em andamento determinado processo a causal pode ocorrer que sobrevenha no decurso deste, uma nova condição, que, em vez de se inserir no fulcro aberto, provoca um novo nexo de causalidade.
A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado,os fatos anteriores porem imputam-se a quem os praticou.
Ex: o homem bate na esposa grávida. Ela vai para o hospital, tem o filho. Uma enfermeira mata a criança. São relativamente –independentes-supervenientes.A conduta do homem, analisando a causalidade adequada, não é responsável pelo resultado.
Ex: O cara leva um tiro. É socorrido e colocado em uma ambulância, a mesma bate e cara morre.
Relação de causalidade.
A análise parte da conduta para saber se ela veio antes, durante ou depois.
Tipo e Tipicidade
Crime é a junção de CONDUTA, TIPICIDADE, ILIITO E CULPAVEL.
Conduta – dolo, culpa, voluntária, comissiva, omissiva, jurídico e naturalístico, nexo de causalidade, causalidade adequada.
Tipicidade- “não há crime sem lei anterior que o defina”, ou seja, tem que ter um tipo que é decorrente da legalidade. Esta definição está dentro do tipo e da tipicidade.
Do tipo penal:
Definição: modelo legal do comportamento incriminador
Classificação:
Incriminador: descrição do comportamento criminoso
Permissivo: descrição legal do comportamento justificado
Art. 25 Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente a direito seu ou de outrem.
Funções (quais as funções que o tipo exerce)
1. Garantidora: quando você descreve no tipo determinado comportamento você está garantindo expressa menção de qual é o conteúdo que se está protegendo
2. Fundamentadora: O que fundamenta a atuação do direito penal. Proteger é a descrição do direito penal.
Indiciária da ilicitude: onde há indícios de que há ilicitude. Se é típica é bem provávl que há ilicitude.
Diferenciadora do erro: só vai haver encaixe quando houver adequação típica do erro.
Ex: da ambulância
Ex: do urso
Seletiva : Demonstra a seletividade do direito penal. O direito penal expressa essa seletividade ao mostrar os comportamentos selecionados no tipo
Estrutura
Núcleo: (verbo) elemento que explicita a conduta
Elementos: são dados estruturantes do tipo, que fazem o crime ser o que ele é.
Circunstâncias: são dados acessórios que complementam o tipo que não alteram a essência do que o crime é.
Elementos do tipo (Ney Moura Teles)
Objetivo: podem ser compreendidos através de um ponto de vista externo
Descritivos: descrevem o comportamento criminoso
Modais: a forma/modo de execução
Com normativos
Art. 18: Diz-se crime:
Crime doloso
I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Crime culposo
II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Parágrafo único: Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Dolo: vontade de praticar determinada conduta
Os elementos subjetivos do tipo são essencialmente de duas espécies:
Princípio da responsabilidade subjetiva: ninguém pode ser punido sem dolo ou culpa. 
Sem dolo ou culpa, não há de se falar em responsabilidade penal.
A princípio, todo tipo incriminador é doloso. O crime culposo existirá quando houver a previsão expressa no Código Penal. O dolo é implícito e a culpa é explícita.
Dolo é CONSCIÊNCIA e VONTADE.
O dolo é o “dolo natural”, despojado completamente de todo e qualquer elemento normativo.
Tipos de dolo: 
Tipo objetivo: descreve todos os elementos objetivos que identificam e limitam o teor da proibição penal, compreende aquilo que está no tipo, e precisa se objetivar no mundo exterior.
 1) o autor da ação;
 2) ação ou omissão;
 3) resultado e 
4) nexo causal e imputação objetiva.
Tipo subjetivo: é constituído de um elemento geral, o dolo, que, por vezes, é acompanhado de elementos especiais, intenções e tendências. Dolo:
 1) volitivo e
 2) cognitivo
Dolo: vontade deliberada de realizar o crime
Elementos subjetivos distintos do dolo
Ex: Tendência ou intenção – Exigem uma intenção, a doutrina majoritária, entende que para estupro não.
Furto 155
Maus tratos 136
Estupro 213 (ato libidinoso - satisfazer o desejo sexual)
Nós não tratamos a culpa no contexto de elementos subjetivos. Não existe vinculação do agir com o resultado na culpa. A culpa é mais normativo e não subjetivo. CULPA NÃO É ELEMENTO SUBJETIVO.
Dolo: o sujeito quer fazer (subjetivo)
Culpa: é o sujeito dizendo que falta de cuidado é punível
Classificação do tipo:
Do tipo fundamental/ tipo derivado
Tipo simples ( 1 núcleo, um verbo. Ex: art 213)/ tipo misto(mais de uma conduta, vários núcleos/vários verbos. Ex: Lei antidrogas art 33)
Tipicidade
Tipicidade é o enquadramento da conduta praticada pelo agente ao tipo penal.
Juízo de tipicidade: operação intelectual de conexão entre a infinita variedade de fatos possíveis da vida real e o modelo típico descrito em lei.
O encaixe da conduta ao modelo legal. Tipo: modelo legal.
Formal: exige adequação plena (não pode sobrar ou faltar). Encaixe do comportamento ao tipo, com adequação plena.
Material: é o mero encaixedos comportamentos externos a lei. Tem que passar pela tipicidade formal, mas não basta, precise que ele lesione ou ameace de lesão o bem jurídico que se quer proteger.
Conglobante: Zafaroni – não pode uma norma obrigar o que a outra proíbe. A conduta do cara que aperta o botão para machucar alguém, devido a uma ordem, não é nem típica. A analise da conduta de alguém precisa de uma analise ampla de toda ordem jurídica.
Antinomia: conflito entre normas – elementos do sistema com o sistema.
Adequação Típica: a forma como o encaixe do tipo à tipicidade (do fato a norma).
“adaptador” - norma de extensão.O comportamento só se torna típico quando existe um outro dispositivo para adaptá-lo ao tipo.
Art 14, II
	Formas de adequação típica:
Direta ou imediata: se dá pelo encaixe do fato a lei.
Indireta ou mediata: só se dá pelo regra de exceção que faz com que o tipo se amplie.
DOLO E CULPA
Dolo e culpa no tipo (Finalismo Welzeliano)
A ideia de estuda-los decorre do finalismo (Welzel). Para o finalismo, o dolo e a culpa orientam a conduta típica. Finalismo: exercício da atividade final.
A ação finalista expressa duas coisas: 1º que toda ação humana tem uma estrutura finalista, vale dizer, se dirige a si mesma, de acordo com os meios, as metas, consequências secundárias, mentalmente antecipadas. 2º que as normas do direito penal necessariamente se estruturam sobre essa construção finalista da ação, a proibição de uma direção finalista determinada (tem um resultado não desejado) , impõe uma direção finalista determinada (a aplicação de uma medida mínima de direção finalista, para evitar resultados não desejados)
O sujeito antecipa o comportamento e dirige o resultado
O direito penal proíbe que você dirija o seu comportamento para o resultado morte.
Dolo e culpa na culpabilidade (causalismo clássico e neoclássico)
Causalismo Clássico e Neoclássico: o dolo e a culpa integram a culpabilidade
Dolo
Definição: vontade livre e consciente de realizar os elementos do tipo objetivo.
Dolo é dolo do tipo, ele está no tipo. É DOLO DO TIPO.
Dolo é o conhecimento e o querer da concreção do tipo. A ação é uma criação consciente da realidade. O dolo de um crime exige, portanto, o conhecimento de todas aquelas características que pertencem ao tipo objetivo de injusto.
O dolo é a imagem subjetiva dos elementos objetivos do tipo: descritivos e normativos.
EX: Faltará o dolo quando não houver adaptação naquilo que se pensa e no que acontece.
No finalismo, se junta os elementos subjetivos com os elementos objetivos.
No causalismo, separam-se os elementos subjetivos e os elementos objetvos.
Elementos:
Volitivo – vontade – direção da vontade
Cognitivo – conhecimento- conhecimento dos elementos do tipo
Toda ação consciente é levada pela decisão da ação, é decidir, por uma consciência do que se quer- o elemento intelectual- , e a decisão de querer realiza-lo – o elemento volitivo- . Ambos elementos juntos, como fatores credores de uma ação real. Constituem o dolo.
Dolo normativo e dolo natural (colocação da ciência da ilicitude)
- Dolo no causalismo clássico (objetividade do conhecimento) -a ciência da ilicitude se confunde com a incidência da lei. A ciência da ilicitude integra o dolo. DOLO: vontade de praticar um ato sabidamente ilícito, é um dolo normativo.
- Dolo no causalismo neoclássico (conhecimento atual)
- Dolo no finalismo (sem conhecimento)
Classificação doutrinária de dolo
Problema: trata da vontade e da consciência, aspectos internos do querer de alguém.
Classificação de Fernando Galvão
Dolo direto: quando há resultado. espécie de dolo que o sujeito quer o resultado; vontade imediata.busca de um resultado específico. Art 18, I
De primeiro grau: envolve os resultados pretendidos e os meios escolhidos
De segundo grau: consciência e vontade que envolve os efeitos colaterais inafastáveis. Pode gerar uma difere
Dolo indireto: há vontade e consciência, mas não há vontade e consciência dirigida para um resultado específico. 
Eventual: eu sei que o resultado é possível, mas mesmo assim ajo com indiferença em relação ao bem jurídico protegido.
Presumibilidade do resultado; assunção do risco; indiferença.
Alternativo: quando o sujeito pretende uma coisa ou outra
- subjetivo: alternatividade em relação a PESSOAS.
-objetivo: quero um resultado ou outro, para mim é indiferente o que aconteça.
 3. Dolo Geral: acompanha o autor/sujeito durante todo o seu comportamento. Não dá para responsabilizar com dolo e culpa a mesma pessoa.
EX: caso da Isabela Nardoni
Espécies do dolo:
	DOLO DIRETO
	DOLO EVENTUAL (OU INDIRETO)
	O agente QUER o resultado representado como fim de sua ação.
QUER e ACEITA o resultado.
	O agente não quer diretamente a realização do tipo, mas aceita como possível ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado.
Teoria da Vontade ou do Consentimento: dolo é a vontade dirigida ao resultado. A essência do dolo deve estar na vontade, não de violar a lei, mas de realizar a ação e obter o resultado.
Não quer diretamente, mas aceita o resultado.
 
Obs: dolo é regra, culpa é exceção.
Culpa
Culpa é a quebra de um dever geral de cuidado.
Elementos da culpa:
1) inobservância do cuidado objetivo devido; 
2) produção de um resultado e nexo causal;
 3) previsibilidade objetiva do resultado;
 4) conexão interna entre o desvalor da ação e o desvalor do resultado.
Excepcionalidade do crime culposo: a maioria dos crimes não tem a forma culposa e, somente aqueles que estiverem expressos na norma poderão ser considerados crimes culposos.
Havendo concorrência de culpas os agentes respondem, isoladamente, pelo resultado produzido.
Compensação de culpas: a eventual culpa da vítima não exclui a do agente; elas não se compensam.
Critério da previsibilidade objetiva: o resultado deve ser objetivamente previsível. 
Negligência: omissão.
 Imprudência: comissão.
 Imperícia: falta de talento ou conhecimento.
Espécies de culpa:
	CULPA CONSCIENTE
	CULPA INCONSCIENTE
	Quando o agente conhece a perigosidade de sua conduta, representa a produção do resultado típico como possível (previsibilidade), mas age deixando de observar a diligência a que estava obrigado, porque confia CONVICTAMENTE que ele não ocorrerá.
NÃO QUER, mas conhece o resultado.
	Apesar da possibilidade de previsibilidade, não há previsão, por descuido do autor, da conduta perigosa.
Não quer e não conhece o resultado.
→ Dolo eventual e culpa consciente: o sujeito prevê o resultado. No dolo eventual o sujeito aceita a ocorrência do resultado e na culpa consciente ele tem que certeza de que o resultado não ocorrerá.
Preterdolo é uma espécie de crime qualificado pelo resultado. Após fazer previsão de um crime doloso de forma completa, o legislador prevê o resultado culposo capaz de influir na dosagem da pena. Exemplo: lesão corporal seguida de morte.
Crime cujo resultado vai além da intenção do agente. A ação voluntária inicia dolosamente e termina culposamente.
ESPECIAL FIM DE AGIR: o legislador prevê que em determinados crimes dolosos o agente age com uma finalidade específica.
Negligencia, imprudência e imperícia.
Culposo-
Culpado-
Culpável-
A conduta culposa não é criminosa, só se o resultado for lesivo.
Questão dogmática: Culpa é normativa, não é subjetiva.
Existe um comportamento que gera o resultado por descuido. Não podemos realizar comportamentos descuidados porque causam graves lesões ao bem jurídico protegido.
Culpa é essencialmente o descuido. Falta do cuidado devido. O agir descuidado é culposo.
Elementos do crime culposo
Conduta humana voluntária
Superveniência de um resultado naturalístico
Nexo causal
Há necessidade de previsão legal (caráter normativo)
Previsibilidade do resultado (possibilidade de prever)
Violar o dever de um cuidado objetivo, u dever de cautela
Previsibilidade: prever deacordo com regras do senso comum.
Previsão: é dado concreto. É ato.
Negligência- omissão- omissivo- não fazer aquilo que o dever d cautela te dizia para fazer
Imprudência: comissivo, agir culposo
Imperícia: abrange a negligencia e a imprudência. Só é possível haver imperícia onde há pericia. Inaptidão técnica para uma atividade que a requer.
Culpa inconsciente: não há previsão do previsível.
Dolo eventual x Culpa consciente:

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes