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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE DIREITO – 5º ANO – TURMA K DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO DOCENTE: RICARDO VIOLA DISCENTE: NAIM TANNÚS ABDALA NETO IMPOSTO: ITR Regra Matriz Critério Material Vem disposto no artigo 153, VI, art. 29 do CTN e art. 1º da Lei nº 9393/96, ou seja, "ser proprietário, detentor do domínio útil ou da posse de bem imóvel”. Critério Temporal Terá ocorrido o critério temporal no dia 1º de janeiro de cada ano. Observe-se, no entanto, que não há impedimentos para que os municípios fixem outra data, em razão da autonomia tributária. Critério Espacial Localizado na zona rural (fora do perímetro urbano municipal). Critério Pessoal Sujeito Ativo: União. Parafiscalidade do ITR: Como visto acima, o sujeito Ativo do ITR é a União, no entanto, poderá ser fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal, conforme preceitua art. 153, § 4º, III da CF. Sujeito Passivo: (art. 4º lei 9393/96) : proprietário do imóvel, o titular do seu domínio ou seu possuidor a qualquer título. Critério Quantitativo Base de Cálculo: (art. 10, III, Lei 9393/96): Valor da Terra Nua multiplicado pelo quociente entre a área tributável e a área total. Valor da terra nua (VTN) = valor do imóvel excluídos os valores relativos às construções, instalações e benfeitorias, culturas permanentes e temporárias, pastagem cultivadas e melhoradas, florestas plantadas (art. 10 § 1º I Lei 9.393/96). Alíquota: Progressividade extrafiscal (art. 153 § 4º I CF, ins. EC 42/03) A lei instituidora do ITR prescreva alíquotas progressivas para desestimular a manutenção de propriedades improdutivas, assim, com base no texto constitucional, a Lei do ITR instituiu alíquotas que variam de 0,03% a 20%, conforme o grau de utilização do imóvel (art. 11 da Lei 9.393/96). Grau de utilização do imóvel - GU (art. 10 § 1º VI) = percentual entre a área efetivamente utilizada (art. 10 § 1º V da Lei 9.393/96) e a área aproveitável (art. 10 § 1º IV) Neste ponto encontramos discussões sobre a constitucionalidade da alíquota de 20% no ITR, uma vez que cobrado o imposto por 5 anos seguidos, teríamos alcançado o valor integral do imóvel. Entendo que referida alíquota seja constitucional, não tendo que se falar em confisco. A alíquota extremamente alta visa estimular o proprietário a aumentar o grau de utilização da terra. Estamos diante novamente de dispositivo regulador da função social da propriedade. ÁCORDÃO TJ-PR - Conflito de Jurisdição : CJ 12248494 PR 1224849-4 (Acórdão) Processo: CJ 12248494 PR 1224849-4 (Acórdão) Relator(a): Fernando César Zeni Julgamento: 22/07/2014 Órgão Julgador: 1ª Câmara Cível Publicação: DJ: 1386 null Disponível em: http://tj-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/25221452/conflito-de-jurisdicao-cj-12248494-pr-1224849-4-acordao-tjpr No presente caso, houve cobrança de IPTU pelo município de São José dos Pinhais em face de imóvel situado em zona urbana. Entretanto, a sentença foi desfavorável ao município, com entendimento de que incide ITR e não IPTU pelo fato da destinação agrícola do imóvel. Houve apelação com o argumento de que não havia sido declarada a destinação agrícola, porém a corte entendeu que na data dos fatos o imóvel já produzia atividade agrícola, julgando improcedente a apelação. IMPOSTO: IOF Regra Matriz Em relação ao IOF incidente sobre as operações de crédito, câmbio e seguros, os cinco critérios para determinar sua regra matriz de incidência tributária são: Critério material Realizar operações com crédito, câmbio ou seguros. Critério espacial Em qualquer lugar do território nacional. Critério temporal No momento da operação. Critério pessoal Sujeito ativo: União. Sujeito passivo: São os tomadores de crédito, os compradores de câmbio e de seguro. Critério quantitativo: Base de cálculo: é o valor da operação. Alíquota: 1,5% ao dia Já em relação ao IOF incidente nas relações com títulos e valores mobiliários, podemos construir a seguinte regra matriz de incidência tributária: Critério material Realizar operações com títulos e valores mobiliários. Critério espacial Em todo o território nacional. Critério temporal Quando da emissão, cessão, resgate ou pagamento do título. O legislador infraconstitucional pode escolher entre qualquer um desses momentos. Critério pessoal Sujeito ativo: é a União. Sujeito passivo: são os emitentes, os cedentes, quem resgata ou quem paga o título. Critério quantitativo: Base de cálculo: é o valor da emissão, cessão, resgate ou pagamento. Alíquota: 1,5% ao dia 25% para derivativos. Em relação ao IOF incidente nas relações com ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial, podemos construir a seguinte regra matriz de incidência tributária: Critério material Realizar operações com ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial. Critério espacial Em todo o território nacional. Critério temporal No momento da operação. Critério pessoal Sujeito ativo: é a União. Sujeito passivo: é aquele que vai utilizar o ouro como ativo financeiro. Deve obrigatoriamente ser entidade integrante do Sistema Financeiro Nacional. Critério quantitativo Base de cálculo: é o valor da operação. Alíquota: 1% sobre o valor da aquisição ÁCORDÃO TJ-RS - Apelação Cível : AC 70047937271 RS Processo:AC 70047937271 RSRelator(a):Alberto Delgado NetoJulgamento:24/06/2014Órgão Julgador:Vigésima Terceira Câmara CívelPublicação:Diário da Justiça do dia 03/07/2014 Disponível em: http://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/126304371/apelacao-civel-ac-70047937271-rs Juízo de retratação após julgamento de recurso repetitivo pelo Superior Tribunal de Justiça. TAXAS E TARIFAS. Havendo a celebração dos contratos anteriormente a 30.04.2008, permitida a cobrança da TAC e TEC, nos termos da Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. No caso dos autos há permissão contratual de cobrança de tarifas e taxas que seriam informadas ao consumidor pelos meios contratualmente indicados. Inobstante, não há indicativos probatórios a respeito da cobrança ou mesmo de abusividade, porque inexistente indicação de pagamento efetivo ou a respeito dos valores eventualmente cobrados. IOF. Na hipótese, a decisão anterior da Câmara é nula, porque enfrenta tema sob o qual não houve devolutividade. Há recurso de apelo exclusivamente do Banco e não houve afastamento do IOF pela sentença. Excesso de julgamento. Nulidade reconhecida. Redução do julgado em relação ao tema. Em juízo de retratação, reconhecida a nulidade parcial da decisão recorrida e concedida maior extensão à parcial procedência do apelo do réu. IMPOSTO: II Regra Matriz Critério Material Importar ou fazer entrar no território nacional produtos estrangeiros. Critério Temporal Momento da entrada do produto estrangeiro no território nacional Critério Espacial Território aduaneiro, com exceção da Zona Franca de Manaus. Critério Pessoal Sujeito Ativo: União Sujeito Passivo: Contribuintes (Importador ou quem a ele a lei equiparar, arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente e adquirente de mercadoria entrepostada); Responsáveis (Transportador, depositário, etc) Critério Quantitativo Base de cálculo: é o valor aduaneiro. Alíquota: está indicada na tarifa externa comum (TEC) ÁCORDÃO STJ - RECURSO ESPECIAL : REsp 776203 RS 2005/0140171-8 Processo: REsp 776203 RS 2005/0140171-8 Relator(a): Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES Julgamento: 20/10/2009 Órgão Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA Publicação: DJe 04/11/2009 Disponível em: http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/5701936/recurso-especial-resp-776203-rs-2005-0140171-8 A Corte regional entendeu que a autora não faz jusà isenção do Imposto de Importacao sob três fundamentos: a) por não ter comprovado a inexistência de similar nacional das máquinas importadas junto à repartição competente (DECEX/SECEX); b) ter solicitado extemporaneamente à Administração a isenção postulada; e, c) a ocorrência de importações idênticas àquela realizada pela autora, na qual incidiram integralmente o Imposto de Importacao. Incide a Súmula 7/STJ quando a reforma do acórdão recorrido acarretar o reexame do contexto fático-probatório delineado nos autos. Não pode ser conhecido o recurso especial fundado na alínea c do permissivo constitucional quando o dissídio jurisprudencial invocado não for comprovado nos moldes determinados pelo § 2º do art. 255 do RISTJ e art. 541, parágrafo único, do CPC. . Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido.
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