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Atividade de Aprendizagem 03 - Teoria da Literatura Informações Adicionais Período: 18/08/2018 00:00 à 15/12/2018 23:59 Situação: Cadastrado Conceito: Correção: 18/08/2018 00:00 à 15/12/2018 23:59 Protocolo: 327060765 1) Leia o trecho do texto a seguir: A teoria do gênero contemporânea, por sua vez, evita os julgamentos de valor (sobre o que é o melhor), e procura descrever os gêneros em suas inter-relações. Seu ponto de partida foi o Romantismo, que enfatizou a individualidade e insistiu no trabalho literário como expressão da sensibilidade do autor. No século XIX, o determinismo desenvolveu suas teorias biológicas da evolução de gêneros, com Brunetière (1890). Este modelo evolutivo permaneceu, de uma forma ou de outra, como explicação da mudança histórica. Até mesmo a teoria de Frye, dos modos, que traço o deslocamento da ficção europeia durante os últimos 15 séculos, desde o mito até o maior realismo, insinua um processo de evolução histórica. Novas tendências críticas apareceram no século XX, enfatizando ao literariedade do texto literário como um fato linguístico, e centrando o significado de um poema nos padrões internos da imagem, metáfora, paradoxo e ironia. As novas críticas desvalorizam as características do gênero na literatura, como algo extrínseco à literariedade. Substituem a noção de gênero pelo de texto, em processo de invenção. O novo gênero geral é a escritura, a pesquisa da linguagem, das dimensões de uma nova poética. A desestruturação do gênero corresponde uma desestruturação do mundo, e novas formas de gênero correspondem a novas formas de viver e de ser. O novo gênero passa a ser o verossímil da obra literária, o conjunto de significados no horizonte amplo do sentido de uma obra. Logo, cada nova obra inaugura um gênero novo, todo seu, numa tensão entre seu eu linguístico e seu eu existencial, inserido numa cultura da nossa era eletrônica. A literatura volta a ser o logos fundador da poesia, num retorno originário (Liba Beider). Da mesma forma, o conceito de textualidade, introduzido pela teoria da desconstrução e pelas teorias do pós-estruturalismo, coloca que os textos são cadeias infinitas de significados, subvertendo qualquer interpretação que privilegia algum conceito de gênero literário (SAMUEL, 2011, p.44 e 45, grifos do autor). (SAMUEL, Rogel. Novo manual de teoria literária. 6a. Ed. Rev. e Ampliada. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.) Considere tudo o que foi dito sobre os gêneros e atente-se para as afirmações: I. A teoria dos gêneros sempre focou sua evolução e novas formas de leitura do texto literário. II. Uma nova forma de ver o mundo não é capaz, isoladamente, de configurar um novo gênero. III. Contemporaneamente se tem a ideia de que os gêneros refletem a estruturação da visão e relação com o mundo. IV. Uma única obra não possui qualidades suficientes para alterar as noções de um gênero. V. O estudo do sentido de uma obra através de seu conjunto de significados provê ao teórico a noção de gênero a qual pertence. É correto o que se afirma em: Alternativas: a) apenas I, III e V. Alternativa assinalada b) apenas I, II e III. c) apenas II, III e IV. d) apenas I, IV e V. e) apenas I, II e V. 2) Leia o trecho do texto a seguir: O estudo dos gêneros, como alguns outros aspectos da teoria da literatura, remonta à Grécia de Platão e Aristóteles e chega até nós com modificações naturais, em razão do tempo decorrido e do volume de obras, mas a origem não deixa de ser o fio que pode nos guiar. É relevante o estudo dos gêneros tanto para o professor tanto quanto para o aluno, pois o conhecimento das estruturas que configuram os gêneros como épico, dramático e lírico são auxiliares preciosos para uma leitura profunda, seja com o objetivo da crítica literária, seja com o propósito de compreender bem o texto. Novas classificações estão sendo sugeridas embora ainda se possa referir a um texto com as classificações originais. Procuramos anotar algumas obras significativas e dependemos, então, do envolvimento do nosso leitor-pesquisador para o sucesso no que se refere ao estudo dos gêneros, uma vez que o exercício das classificações só poderá ser feito a partir das leituras e, sem nenhum segredo, pois todos já sabemos: quanto mais leitura, maior será a facilidade para definir ou determinar qual é o gênero predominante, nesse ou naquele texto. Não podemos iniciar nossas observações sobre os gêneros a partir de hoje e do que agora entendemos por texto e obra literária. Para que compreendamos as classificações atuais, melhor dizer, as possibilidades de classificações atuais, é necessário voltar a um tempo de origem, um tempo em que se iniciava a escrita. Alguns textos que chegaram até nós deixam indícios de que poucas obras existiam quando surgiu a necessidade de classificação para que pudessem ser melhor estudadas/observadas. (PAULA, 2011, p.135 e 136). (PAULA, Laura da Silveira. Teoria da literatura. Curitiba: Ibpex, 2011.) Com base no trecho lido, analise se as afirmações a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F): ( ) A leitura é um bom instrumento para a prático do reconhecimento dos gêneros literários. ( ) A antiguidade é considerada o período no qual se originou o estudo dos gêneros literários. ( ) Para entender cada um dos gêneros é necessário saber grego e latim, pois assim termos acesso aos originais. ( ) Estudar os gêneros através do passado não colabora para a compreensão de sua expressão atual. ( ) Haviam poucos textos que pudessem fundamentar o estudo da classificação dos gêneros na antiguidade. Assinale a alternativa que indica a sequência correta: Alternativas: a) V - F - F - F - V b) V - V - F - F - V Alternativa assinalada c) F - V - F - F - F d) V - F - V - F - V e) F - V - F - V - F 3) Leia o trecho do texto a seguir: A lírica sobreviveu no nosso século como força de resistência, manifestação humana, com a qual nossa época reage contra a dominação instrumental e funcional. Neste nosso mundo eletrônico, a poesia aparece como um reduto, um gueto de emoção humana contra este horizonte armado, metalizado, onde a poesia lírica acontece como subjetividade rebelde, enternecendo os duros corações [...] Falando de si, o poeta lírico fala por todos nós, nos seus ritmos e imagens. Não conta nossa história, mas recorda as emoções do passado, na dificuldade solitária do vazio presente. O lírico é sempre um solitário, como todos no mundo individualista moderno (e talvez pós). O lírico levanta a subjetividade rebelde amante, contra a insipidez do tempo presente. Mas sem grito. Sua disposição resta em não perturbar a subjetividade do silêncio, de onde vem sua melodiosa voz. O lírico não revoluciona. A lógica e a coerência não se querem líricas. A lírica reage à racionalidade da lógica dos controladores, da certeza imparcial, impessoal. À brutalidade econômico-militar, a lírica opõe a emanação de seu melodioso aceno de ternura e afetividade. A emoção solitária, isolada, no clima de intimidade e da confissão das frases soltas, das palavras e sugestões imprecisas, mais musicais do que significativas de ideias. A poesia pode comunicar-se na sua musicalidade, mais sentida do que compreendida. Pois na música está seu elemento significativo essencial [...] Musicalidade e subjetividade caracterizam o gênero lírico. (SAMUEL, 2011, p.38 e 39, grifo do autor). (ROGEL, Samuel. Manual de Teoria literária. Petrópolis: Vozes, 1984.) Com base no trecho lido, analise se as afirmações a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F): ( ) A permanência da lírica se deve à sua capacidade de evolução diante das transformações externas. ( ) Na poesia a construção matemática da versificação surte mais efeito do que seu conteúdo sentimental. ( ) A forma lírica é como uma força de resistência em face ao mundo tecnológico e científico que se alarga contemporaneamente. ( ) A lírica evoluiu ao longo de sua história e sua essência permanece a mesma, que é a capacidade de conectar os indivíduos através de sua subjetividade. ( ) O lírico não revoluciona,ele é aquela voz conformista e inalterável da literatura preocupada com o deleite. Assinale a alternativa que indica a sequência correta: Alternativas: a) V - F - V - V - F Alternativa assinalada b) V - F - V - F - V c) F - V - F - V - F d) V - F - F - V - V e) F - F - V - F - V 4) Leia o trecho do texto a seguir: Vemos que o pathos é o traço, dos diálogos dramáticos, que nos faz levantar da cadeira ou pegar a cadeira para arremessar no outro, pateticamente. Dois tipos de pathos podem ser observados: o pathos pela dor e o pathospelo prazer, mas ambos são gerados pela força espontânea e objetivam um clímax, a partir do qual as soluções surgem, pois a finalidade do pathos não é causar a comoção e nos contagiar com uma disposição anímica, mas sim purificar as emoções, como um esvaziar de alma, a sensação de alívio que a resolução do problema pode causar (PAULA, 2011, p. 147 e 148, grifos do autor). (PAULA, Laura da Silveira. Teoria da literatura. Curitiba: Ibpex, 2011.) O problema é a outra característica do dramático. Deve haver sempre um problema que venha a ser solucionado durante a trajetória das ações. A complexidade do problema é que determina o desenrolar da obra. Se for extremamente complicado, a interdependência das partes princípio, meio, fim fica ainda mais rigorosamente marcada. O objetivo final é o que importa, por isso o início é assinalado como uma premissa, e o fim é idêntico a uma conclusão. A contar do início, toda concentração é exigida porque a ligação entre as cenas é tão coesa que a perda da um detalhe pode prejudicar a compreensão e há o risco do não entendimento do todo. Isso também gera um tanto de tensão: você tem que ficar atento e precisa entender tudo, pois, caso isso não ocorra, perde-se o interesse e abandona-se o texto/peça sem concluir (PAULA, 2011, p.148). (PAULA, Laura da Silveira. Teoria da literatura. Curitiba: Ibpex, 2011.) Com base nos trechos lidos, analise se as afirmações a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F): ( ) A tensão é um estado de atenção que o autor dramático procura instaurar no público como forma de despertar interesse pelo desfecho da obra. ( ) Quanto mais complexo o problema apresentado na obra, maior será a carga dramática de sua dissolução durante o desfecho. ( ) O problema é parte fundamental da composição do texto dramático, um vez que é por ele que se norteiam todas as ações. ( ) A compreensão de cada uma das partes que compõem o drama é mero esforço do autor, o público objetiva o entretenimento e deleite. ( ) O início da história do drama não é tão importante, pois a desfecho sempre dará conta de desmontar tudo o que foi construído anteriormente. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: Alternativas: a) F - V - F - V - F b) V - F - V - F - V c) V - V - V - F - F Alternativa assinalada d) F - V - V - F - F e) F - F - V - F - V
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