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Correntes de Alta Frequência na Terapia

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CORRENTES DE ALTA FREQUÊNCIA
Infravermelho: 
A radiação infravermelha é um agente térmico superficial usado para alivio da dor e rigidez, para aumentar a mobilidade articular, e favorecer a regeneração de lesões de tecidos moles, e problemas de pele.
 As radiações são caracterizadas por comprimentos de onda de 0,78-1000 µm, que se acham entre as microondas e a luz visível. Muitas fontes que emitem luz visível ou radiação ultravioleta (UV) também emitem IV. A International Commissionon Illumination (CIE) descreve a radiação infravermelha em termos de três bandas biologicamente significativas, que diferem no grau com que são absorvidas pelos tecidos biológicos e, portanto em seu efeito naqueles tecidos:
• IVA: valores espectrais de 0,78-1,4 µm
• IVB: valores espectrais de 1,4-3,0 µm
• IVC: valores espectrais de 3,0-1,0 mm.
Os comprimentos de onda principais usados na prática clínica são aqueles entre 0,7 µm e 1,5 µm e estão, portanto concentrados na banda de IVA.
Efeitos fisiológicos:
Vasodilatação cutânea: o calor gerado pela radiação gera a liberação de substâncias vasodilatadoras (histamina dentre outros) promovendo a dilatação dos vasos sangüíneos. 
Sudorese: decorrente do aquecimento prolongado e intenso leva ao esfriamento da superfície, pois a água presente na superfície evapora, o que pode levar a uma melhor penetração da radiação, mas por outro lado, pode ocorrer desidratação. 
Aumento do metabolismo: o aumento da temperatura cutânea promove maior irrigação levando ao aumento do metabolismo.
Alterações crônicas: apesar de todos os benefícios do uso do infravermelho para fins terapêuticos, sua aplicação prolongada e excessiva pode causar a destruição de eritrócitos. 
Estimulação de nervos sensoriais
Aumento da extensibilidade do colágeno
Efeitos terapêuticos:
Aliviar a dor e espasmo muscular
Promover a cicatrização e reparosuperficial
Promover a flexibilidadedos tecidos e reduzir a rigidez 
Tratar algumas condições da pele
Aumentar a vascularidade da pele.
Dosimetria:
Apesar de o nível de aquecimento produzido no tecido poder ser calculado matematicamente (por ex., Orenberget al., 1986), ou poder ser registrado por sensores de calor (por ex., Weterhof et al, 1987), é prática clínica normal estimar o nível de aquecimento desenvolvido nos tecidos da superfície através do relato sensitivo do paciente. A quantidade de energia recebida pelo paciente será governada por:
A potência da lâmpada (em watts)
A distância entre a lâmpada e o paciente
A duração do tratamento.
Para que os efeitos terapêuticos ocorram tem-se sugerido que é necessário manter uma temperatura entre 40 e 45 °C por pelo menos 5 minutos (Lehmann e de Lateur, 1990). Crock-ford e Hellon (1959) demonstraram um aumento gradual na temperatura durante os primeiros 10 minutos de irradiação, com o retorno ao normal levando em média 35 minutos.
A intensidade é alterada mudando a distância entre a lâmpada e a parte do corpo ou alterando o rendimento do gerador. No final de um tratamento, uma dose leve deve gerar na pele temperaturas na região de 36-38°C e uma dose moderada deve produzir temperaturas entre 38-40°C. O tratamento infravermelho é, normalmente, continuado por um período entre 10 e 20 minutos, dependendo do tamanho e vascularidade da parte do corpo, da cronicidade da lesão e da natureza da lesão. Partes avasculares pequenas, condições agudas e lesões de pele tendem a ser tratadas por períodos de tempo mais curtos.
Indicações
Alívio da dor
Redução do espasmo muscular
Aceleração da cicatrização e reparo
Promover a flexibilidade dos tecidos
Aumentar a vascularização da pele
Contraindicações:
Áreas com sensibilidade térmica cutânea ruim ou deficiente
Pessoas com doença cardiovascular avançada
Áreas com a circulação periférica local comprometida
Tecido cicatricial ou tecido desvitalizado por radioterapia profunda ou outras radiações ionizantes (que pode estar mais sujeito a queimaduras)
Tecido maligno na pele (embora tal tecido possa ocasionalmente ser tratado com o uso de irradiação infravermelha)
Pessoas com redução no nível de consciência ou da capacidade de compreensão dos riscos do tratamento pessoas com enfermidade febril aguda algumas doenças agudas de pele como dermatite ou eczema os testículos.
Ondas Curtas e Microondas:
Diatermia por ondas curtas 
A diatermia por ondas curtas é utilizada para atingir tecidos mais profundos . É utilizado para enviar calor em forma de energia para os tecidos. 
As ondas de rádio com comprimento de ondas curtas ficam entre as microondas e as ondas de rádio de comprimento médio de espectro eletromagnético.
A diatermia terapêutica utiliza banda de onda de radiofrequência de 27,12 MHz, utilizada pra prevenir interferências .
A energia eletromagnética das ondas curtas tem efeito muito pequeno no tecido vivo propriamente dito . Contudo , a presença de um campo eletromagnético ( como as OC ) cria correntes diminutas e um campo magnético dentro dos tecidos , são esses os responsáveis pelo efeitos fisiológicos , tais como aumento de temperatura do tecido .
Um campo magnético é produzido por uma carga elétrica em movimento e , como os campos magnéticos exercem forças sobre outras cargas em movimento , uma corrente elétrica alternada , iniciará a produção de um campo magnético que por sua vez iniciará a produção de uma corrente elétrica induzida .
Tanto os campos elétricos como os magnéticos são produzidos em tecidos humanos sujeitos a OC . Durante a aplicação de OC o paciente torna-se parte de um circuito elétrico através do uso de eletrodos do tipo capacitivo ou bobina de indução . A interação entre o campo elétrico e os tecidos é afetada por uma propriedade macroscópica do tecido chamado “permissividade complexa”.
Efeitos terapêuticos 
O principal efeito das OC assim como das OCP é o aquecimento dos tecidos . A resposta do tecido ao calor é similar, independente de como o calor é aplicado .A única diferença entre a diatermia e o uso de agentes de aquecimento por condução é a profundidade que o efeito térmico pode ocorrer. 
A decisão quanto usar o OC pode ser apropriada se o resultado do tratamento desejado produzir aquecimento dentro dos tecidos profundos .
Aumenta o fluxo sanguíneo 
Assiste na resolução da inflamação 
Aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso profundo 
Diminui rigidez articular 
Alivia dor e espasmo muscular profundo 
Dosimetria 
A escolha da dose para aplicação de OC e OCP tende a ser no sentido de uma dose mais baixa para condições mais agudas e uma dose mais alta para condições crônicas. Se a energia for acrescentada aos tecidos mais rápidos do que está sendo dissipada , a temperatura poderá subir , o que causa vasodilatação para aumentar a remoção de calor até o ganho e a perda de calor fiquem novamente em equilíbrio em nova temperatura local , mais elevada.
O tempo é de vinte a trinta minutos para que possam ocorrer ajustes vasculares adequados ,assim l, atingindo um estado de estabilidade.
Aplicações com intensidade muito baixa , onde não são realizadas respostas vasculares evidentes é necessário que use por uma hora ou mais . Deve ser reconhecida sua intensidade através da descrição do paciente ,sendo o calor detectado através de termorreceptores .
Contra- indicações 
Marcapasso implantado ( os campos eletromagnéticos podem interferir nesses , caso a proteção isolante do marcapasso seja insuficiente )
Metal nos tecidos ou fixadores externos 
Sensação térmica comprometida 
Pacientes que não cooperam mentalmente ou fisicamente 
Gestação 
Áreas hemorrágicas 
Tumores malignos 
Tuberculose ativa 
Trombose venosa
Paciente piréxico
Indicações
 
Artralgia 
Fraturas ( ação analgésica e espasmótica )
Artrose e artrite crônica 
Artrite 
Bursite 
Espondilite 
Epicondilite
Ciatalgia , lombalgia , dorsalgia 
Diatermia por Microondas 
A diatermia por microondas , embora mais profunda do que o aquecimento superficial não é tão profundo quanto ondas curtas capacitivas ou aquecimentopor ultrassom . Além disso , as microondas produzem efeitos não térmicos .
Efeitos Terapêuticos 
• aumento do fluxo sanguineo,
• ação na resolução da inflamação,
• aumento da extensibilidade do tecido colágeno profundo,
• diminuição da rigidez articular,
• alívio de dor e espasmo nos músculosprofundos,
• aumento da velocidade de condução das fibras nervosas.
Efeitos fisiológicos atérmicos
• aumento do número e da atividade celular na região afetada,
• reabsorção de hematomas,
• redução da inflamação,
• redução de edemas,
• aumento na taxa de deposição de fibrina, bem como, na sua orientação,
• aumento na produção e organização de colágeno,
• aumento do crescimento e reparação dos tecidos nervosos.
Efeitos fisiológicos 
Quando a energia eletromagnética da radiação por microondas é absorvida dentro dos tecidos , ele provoca movimento iônico , rotação de dipolos e distorção da órbita de elétrons que levam ao aquecimento . A quantidade de aquecimento será proporcional a quantidade de radiação absorvida .
Com as microondas são aplicadas pelo lado de fora dos tecidos é emitida para dentro , sendo fortemente absorvidos por água , pode-se esperar que o aquecimento seja maior na superfície e diminua a profundidade .
As microondas fazem com que ocorra uma reflexão considerável na interface ar-pele e nas interfaces pele-gordura e gordura e músculos , a porcentagem da radiação por microondas refletida em 50 a 75 % dependendo da espessura da pele .
Dosimetria 
O tratamento seguro com microondas requer primeiro que o paciente tenha sensibilidade normal a dor e temperatura na pele . Como a sensação térmica do paciente é o indicador mais importante da dosagem , essa precisa ser testada na área a ser tratada antes da aplicação .
Geralmente dura vinte minutos considerado ideal para que ocorra ajustes vasculares . Se for necessário um aquecimento muscular significativo , é razoável aplicar mais tempo por volta de trinta minutos .
Contra- indicações
As contra-indicações são idênticas as diatermia por ondas curtas . O fisioterapeuta que aplica o tratamento não deve ficar na linha direta do feixe ou dentro da área a 2 mts da antena . Os operadores também devem estar cientes que a reflexão do paciente pode ser de 50 a 75 % e quase 100 % do metal do aparelho .
Indicações 
Artralgia,
Artrose
Artrite 
Ancilose
Fibrose
Bursite 
Braquialgia 
Contusão 
Contratura
contratura de Dupuytrem-Eletro focal
Ciatalgia
Distensão
Doença de Bechterew
Entorse
Epicondilite
Espasmo muscula
Lombalgia
Mialgia
Neuralgia
Neurite
Sinovite
Tendinite
Nódulo de Heberden
Miogelose
Laserterapia de baixa potência 
Laserterapia, laser terapêutico ou fototerapia com laser de baixa intensidade é a amplificação da luz através da emissão estimulada de radiação. É uma modalidade de tratamento atérmico de bioestimulação,que pode ser usado isoladamente ou como coadjuvante de outros tratamentos, sempre que se necessite efeito local e que tem como efeito principal acelerar as funções celulares.
A radiação gerada pelos aparelhos terapêuticos difere daquela produzida por outros aparelhos, como: leitores de código de barra, apontadores a laser, mira de alcance de alvo das armas, laser cirúrgico (alta potência)... essa radiação terapêutica é monocromática (possui cor única), possui colimação (seus feixes são paralelos, não se divergem com a distância) e coerência (espacial e temporal).
Efeitos fisiológicos
A radiação do laser tem ação bioestimulante onde há alteração bioquímica na liberação de serotonina e histamina, não há alteração na síntese destes elementos, mas apenas liberação do contingente já produzido,fazendo com que ambas ajam equilibradas, interferindo o metabolismo tissular e nas atividades enzimáticas, favorecendo assim a aceleração das atividades celulares locais, através das mitoses. Além de aumentar a síntese proteica, o número e a maturação dos fibroblastos, consequentemente aumentando as fibras de colágeno e a neovascularização. Ou seja, o laser é fotobiomodulador, promove um equilíbrio energético nos tecidos, normalizando as atividades do bioplasma e acelerando processos regenerativos, que inclui a proliferação celular, produção de colágeno e alterações estruturais.
Já em sua ação analgésica, o laser promove aumento da endorfina circulante proporcionando o efeito analgésico na dor inflamatória. Em estudos realizados recentemente indicam que o laser é mais eficaz no tratamento de dores crônicas, utilizando-se o infravermelho, por seu comprimento de onda permitir atingir maiores profundidades de tecido, sendo assim mais eficaz na analgesia.
Na microcirculação, o laser promove um importante estímulo que proporciona melhores condições de drenagem, atenuando a instalação do edema.
Efeitos terapêuticos 
A laserterapia é um recurso muito utilizado em casos de feridas abertas, pois seus efeitos regenerativos e cicatrizantes possuem bastante evidencias. Sua aplicação pode ser feita de forma pontual e localizada (como nas bordas das feridas) ou em varredura (em toda superfície da ferida). E também em contato ou sem contato.
A laserterapia tem como principais efeitos terapêuticos:
Regeneração tecidual
Cicatrização 
Analgesia
Antiflamatório
Tratamento de condições artríticas 
Drenante ou antiedematoso
Assim como também age em casos de:
Acnes
Manchas
Micoses
Necroses.
Dosimetria
Este é o principal ponto do tratamento com laser, pois são através dos parâmetros e dosagens corretas que irão ocorrer os efeitos citados anteriormente.
Potência de saída ou comprimento da onda: é dada em miliwatts (mW), geralmente ela é fixa e invariável nos aparelhos (< 500 mW), porem alguns fabricantes permitem a modulação de sua porcentagem.
Irradiância ou densidade de potência: é dada pelo cálculo da potência pelo tamanho da aérea da caneta de aplicação (mW/cm²).
Energia: é dada em joules (J) e calculada multiplicando a potência de saída em watts pelo tempo de aplicação em segundos. EX.: 30 mW (0,03 W) x 1 minuto de aplicação (60 seg.)= 1,8 J
Exposição radiante: é dada através da divisão de joules (J) pelo tamanho da aérea a ser tratada (cm)
Frequência e repetição de pulso: apesar da maioria dos aparelhos serem de frequência continua, ou seja tenha uma saída de onda (potência de saída) invariável, hoje em dia estão usando mais o laser com frequência pulsada, para tal a unidade dada é em Hertz (Hz, pulsos por segundo). Os valores podem variar de 2 a milhares de Hz.
OBS.: Efeito analgésico: 2 a 4 J/cm² 
Efeito antiinflamatório: 1 a 3 J/cm² 
Efeito circulatório: 1 a 3 J/cm² 
Efeito cicatricial: 3 a 6 J/cm²
Tipos mais comum de laser:
Hélio-Neônio (HeNe) – 632 nm (luz vermelha)
Laser de diodo continuo ou pulsado– 660 nm (luz vermelha) e 780-830 nm (infravermelho)
Laser de diodos sempre pulsado (AsGaarsenieto de gálio) – 904 nm (infravermelho), pode atingir até 2,5 cm de profundidade.
Dióxido de carbono pulsado – 10 000 nm (infravermelho)
OBS.: os lasers de diodos são muito utilizados na aérea ortopédica e traumatológica.
Indicações
Feridas abertas e ulceras
Lesões de tecidos moles
Dor neuropática e neurogênica
Dor artrogênica
Acnes
Manchas
Micoses 
Necroses
Contra indicações
Relativas
Epilepsia 
Distúrbios endócrinos
Arritmias cardíacas
Paciente com dificuldades cognitivas
Absolutas:
Globo ocular
Tecidos neoplásicos
Útero gravídico
Infecção
Aéreas de hemorragia
Glossário 
Serotonina (função fisiológica de neurotransmissor, vasoconstritor e regulador da atividade dos músculos lisos)
Histamina (vasodilatadora envolvida em processos bioquímicos de respostas imunológicas, tais como extravasamento de plasma que acarreta o aparecimento de edemas, vermelhidão, coceira dentre outros) 
Endorfina: grupo de proteínas de grande poder analgésico que estão presentes em estado natural no cérebro.
Ultravioleta
É um tipo de radiação presente dentro do espectro eletromagnético, espectro esse que incluem: ondas de rádio, micro-ondas, radiação infravermelha, raio X e radiaçãogama. O que difere todas essas é o comprimento da onda de radiação, que na ultravioleta varia de 400 a 100 nm. O espectro ultravioleta é dividido em 3 partes, pois os efeitos biológicos variam conforme o comprimento das ondas:
UVA: 400-320 nm;
UVB: 320-290 nm;
UVC: 290-200 nm.
Porem essa divisão não são fixas rigidamente, podendo variar.
A radiação ultravioleta é produzida artificialmente pela passagem de uma corrente elétrica através de um gás, geralmente mercúrio vaporizado. Seu efeito térmico ocorre devido a transferência de calor de uma modalidade física para o tecido, por meio da condução (contato direto com a pele). Contém um comprimento de onda grande (porem menor que o infravermelho) e uma penetração pequena.
Efeitos fisiológicos
Como esta é uma radiação eletromagnética térmica, seus principais efeitos são causados pelo calor, entre eles podem ser encontrado: elevação da temperatura local superficial, aumento do fluxo sanguíneo para a área aquecida, aumento do metabolismo celular, aumento da permeabilidade capilar, aumento da drenagem linfática e venosa, vasodilatação das arteríolas e vasos capilares, aumento da atividade reflexa do axônio, diminuição da viscosidade tecidual, diminuição do tônus muscular e espasmo muscular, diminuição da excitabilidade dos fusos musculares.
Desta forma seus efeitos na pele serão:
Eritema ou rubor: causado pela vasodilatação dos vasos superficiais sanguíneos da derme. Esse efeito aparece através do tempo de exposição e geralmente em espectro do tipo UVB. A explicação para o aparecimento do eritema é a liberação de prostaglandinas presentes nos vasos sanguíneos da derme. Após a exposição a radiação há um período de 2-4 horas para o aparecimento do eritema, porem se a exposição dor por tempo prolongado o aparecimento pode ser imediato. E pode ser necessário vários dias para seu desaparecimento, se a exposição for por tempo muito longo pode ser apresentado dor, edema e bolhas. Para saber o tempo mínimo de exposição para o aparecimento do eritema é feito um teste chamado Dose Eritematosa Mínima (DEM), com doses diferentes de UV. Esta é uma medida clinica útil e muito usada para saber a sensibilidade individual de cada paciente, já que o objetivo da fototerapia é alcançar um grau leve de eritema.
Bronzeado ou pigmentação de melanina: é também uma consequência da exposição à radiação UV, e nada mais é do que a pigmentação tardia da pele. A pigmentação de melanina possui dois tipos: constitutiva (cor da pele natural de cada raça) e facultativa (aumento reversível do bronzeamento, causado pela radiação). Existem 6 tipos de pessoas:
Grupo 1: sempre se queima, nunca se bronzeia;
Grupo 2: sempre se queima, as vezes se bronzeia;
Grupo 3: as vezes se queima, sempre se bronzeia;
Grupo 4: nunca se queima, sempre se bronzeia;
Grupo 5: pigmentação racial moderada (ex.: asiáticos)
Grupo 6: pigmentação racial acentuada (ex.: negros).
Hiperplasia: outo efeito causado pela exposição à radiação é o espessamento da derme, isso começa ocorrer cerca de 72 horas depois da exposição. É o resultado do aumento da divisão celular basal da epiderme.
Produção de vitamina D: quando a pele absorve a radiação UVB converte precursores de esterol na pele em vitamina D, esta então é transformada pelo fígado e rins em metabólitos biologicamente ativos, que então atuam na mucosa intestinal facilitando a absorção de cálcio e no osso facilitando as trocas de cálcio.
Envelhecimento da pele
Câncer de pele: os principais são carcinoma e melanoma. Comum em pessoas que se expõem por muito tempo de suas vidas à radiação, principalmente as pessoas do tipo 1 e 2.
Efeitos terapêuticos
Proporciona o alívio da dor pois, provoca o aumento do metabolismo, variação do limiar da dor nas fases subaguda e crônica e redução do espasmo muscular. O relaxamento muscular também é outro efeito devido ao aumento da extensibilidade do colágeno e a diminuição da excitabilidade dos fusos musculares. Aceleração do processo de reparo tecidual, aumento de metabolismo, fluxo sanguíneo, atividade enzimática e processos químicos juntamente com a vasodilatação favorecem a cicatrização e mitose celular.
Dosimetria 
A dosagem do UV é dada através do teste que determina a quantidade adequada de radiação para cada tipo de pele, este teste é chamado de Saidmann, consiste em colocar uma régua com vários furos na região anterior do antebraço ou nas costas, o emissor de UV é previamente aquecido (por volta de 10 a 20 minutos), e a radiação é focalizada em cima do primeiro furo, por 30 segundos, após esse tempo a radiação é focada também no segundo furo por mais 30 segundos, dessa forma o primeiro furo soma um minuto de aplicação e assim sucessivamente até o fim da régua. O paciente é liberado e volta após 12 a 24 horas no máximo, para ser visto o grau de eritema mínimo ou dose eritematosa mínima (apenas vermelhidão), usa-se então o 2º grau de eritema mínimo.
Exposição: a lâmpada deve estar perpendicular a aérea a ser tratada, sua quantidade também depende da aérea a ser tratada, assim aéreas menores são feitas aplicações com uma lâmpada numa distância de 30-40 cm, já para aéreas extensas são usadas várias lâmpadas com uma distância maior (geralmente em casos de bronzeamento artificial).
Tempo de aplicação: depende do resultado do teste de Saidmann. Em média é utilizado um tempo de 4 minutos.
Tipos de lâmpadas: fluorescentes e tubo de quartzo.
ULTRASSOM
Ultrassom não é estritamente eletroterapia, pois trata-se de vibração mecânica, ainda que produzida eletricamente. Refere-se às vibrações mecânicas que são as mesmas das ondas sonoras, mas com uma frequência mais alta. Essas ondas se situam fora do alcance da audição humana e podem ser chamadas de ultrassonoras. A vibração se incorpora ao som com frequências em torno de 20Hz; abaixo dessa frequência é chamado de infra-som ou infra-sonora.
EFEITOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS
O resultado da absorção do ultrassom nos tecidos é a oscilação de partículas em torno de sua posição média. Essa oscilação, ou energia sonora, é convertida em energia térmica proporcional á intensidade do ultrassom. Se todo esse calor não é dissipado pelos meios fisiológicos normais, ocorre um aumento na temperatura local que resulta em efeitos térmicos. Se a dissipação de calor equivale á geração de calor, não há uma elevação na temperatura e pode ocorrer efeitos não-térmicos. Esses efeitos são obtidos usando-se baixas intensidades ou fornecendo uma saída pulsada.
EFEITOS TÉRMICOS E SUAS INDICAÇÕES
Um efeito térmico pode ser obtido se a temperatura do tecido for elevada para entre 40 e 45° por pelo menos 5 minutos. Temperaturas acima de 45° são destrutivas. O aquecimento de estruturas constituídas por tecido fibroso como cápsulas articulares, ligamentos, tendões e tecido cicatricial pode causar aumento temporário na sua extensibilidade, e portanto uma diminuição na rigidez articular. O aquecimento leve pode também reduzir a dor e o espasmo muscular e promover processos de cicatrização devido ao aumento na velocidade e condução em nervos motores e sensoriais após o uso do US terapêutico. As estruturas que serão aquecidas incluem periósteos, osso cortical superficial, meniscos articulares, músculo fibrótico, bainhas tendíneas e raízes nervosas maiores, e interfaces musculares. Depois de emitido, o calor é dissipado por difusão térmica e pelo fluxo sanguíneo local.
EFEITOS NÃO TÉRMICOS E SUAS INDICAÇÕES
Algumas situações como por exemplo baixa intensidade média espacial e temporal produz efeitos biológicos sem contudo envolver mudanças significativas na temperatura. Há algumas evidências indicando onde os mecanismos não-térmicos parecem exercer um efeito: estimulação da regeneração dos tecidos, reparo dos tecidos moles, fluxo sanguíneo em tecidos cronicamente isquêmicos, síntese de proteínas e raparo ósseo. Os mecanismo físicos que parecem estar envolvidos na produção desses efeitos não-termicos são: cavitação, correntes acústicas e ondas estacionárias.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Após uma lesão ocorremvários eventos celulares e químicos nos tecidos moles. O processo de reparo pode ser dividido em 3 fases:inflamação, proliferação e remodelamento e a efetividade do ultrassom depende da fase de reparo na qual é usado.
Inflamação
Caracterizado pela formação de coágulo, nessa fase numerosos tipos de células (como plaquetas, mastócitos,macrófagos e neutrófilos) entram e saem do local da ferida. O ultrassom pode interagir com as células acima. Influindo em sua atividade e levando à aceleração do reparo. O ultrassom tem uma ação pró-inflamatória, e não anti-inflamatória. O US terapêutico resulta em aumento do fluxo sanguíneo local. Uma das principais substancias químicas que modifica o ambiente da ferida após a lesão é a histamina. Os mastócitos são a principal fonte desse fator, que é normalmente liberado por um processo conhecido como degranulação de mastócitos, onde a membrana da célula em resposta aos níveis aumentados de cálcio intracelular se rompe e libera histamina e outros produtos dentro do local da ferida.
Proliferação
Os principais eventos que ocorrem durante essa fase de reparo incluem infiltração de células para dentro do leito da ferida, angiogênese, deposição da matriz, contração da ferida e repitalização. Começa aproximadamente 3 dias após a lesão e é o estágio na qual a estrutura do tecido conjuntivo é depositada pelos fibroblastos para os novos vasos sanguíneos. Durante o reparo, os fibroblastos podem ser estimulados a produzir mais colágeno. Tem-se mostrado que o ultrassom pode promover a síntese de colágeno, e isso parece ocorrer devido ao aumento da permeabilidade da membrana celular, causado pelo ultrassom, permitindo a entrada de íons cálcio que controlam a atividade celular. Acredita-se que o ultrassom estimule o crescimento de novos capilares no tecido isquêmico crônico, o qual poderia acontecer durante o reparo de tecidos moles após a lesão. Foi observado o aumento da liberação de fatores de crescimento pelos mcrófagos após exposição do US terapêutico. Isso pode decorrer da proliferação de fibroblastos que ocorre nos níveis terapêuticos de US.
Remodelamento
Durante o remodelamento, a ferida se torna relativamente acelular e avascular, o conteúdo de colágeno e a força tensil da ferida aumentam. A fase de remodelamento pode durar meses ou anos, até que o novo tecido esteja estruturalmente mais próximo possível do tecido original. Considera-se que o US melhore a extensibilidade do colágeno maduro, como o que é encontrado no tecido cicatricial. Acredita-se que isso ocorra com a promoção da orientação das fibras( remodelamento), levando a uma maior elasticidade sem perda de força. Essas alterações benéficas podem ocorrer de forma mais evidente quando o tratamento é iniciado no estágio inflamatório.
FONOFORESE
A fonoforese é definida como a migração de moléculas de drogas através da pele sob a influência do ultrassom. A fonoforese teoricamente é possível utilizando as forças de correntes acústicas que existem no campo de ultrassom. Contudo ainda é questionado se essas forças são fortes o suficientes para produzir um movimento resultante para a frente capaz de empurrar todas as drogas através da pele até seu tecido alvo. Além disso é difícil determinar se o efeito biológico de uma droga aplicada topicamente é resultado de sua ação direta no tecido alvo subjacente ou devido a um efeito isquêmico. É provável que a fonoforese dependa principalmente da natureza da molécula da droga. Necessário pesquisas para esclarecer acerca dos parâmetros mais eficientes para facilitar a difusão de drogas tópicas, e também quais drogas podem ser usadas de modo mais efetivo.
ULTRASSOM DE BAIXA FREQUENCIA
Essa modalidade opera a uma frequência em torno de 44-48khz, que é significativamente mais baixa do que a faixa usual de terapia de 1-3 Mhz. Um benefício do uso de uma frequência tão baixa é que a profundidade de penetração é grandemente aumentada e os riscos de ondas estacionárias é minimizado.
APLICAÇÃO DO ULTRASSOM
Vários fatores precisam ser considerados e um fator bastante importante é a escolha do meio acoplante visto que pela própria natureza do ultrassom, esse não pode percorrer através do ar e desse modo, sem uma via de saída adequada, o som gerado pelo transdutor será refletido de volta na interface entre o ar e a superfície de tratamento do aplicador, o que pode danificar o delicado transdutor.
O agente acoplante ideal deve ter não somente as propriedades acústicas da água, mas também deve satisfazer os seguintes requisitos:
Não ter bolhas de gás ou outros objetos refletivos
Viscosidade de gel, permitindo uso fácil
Ser estéril
Ser hipoalergênico
Ser quimicamente inerte
Funcionar como curativo para a ferida
Ser transparente
Ser barato
Existem vários agentes adequados como aguá desgaseificada, curativos, gel aquoso, óleo e emulsões, esse último mais utilizados pois podem ser aplicados diretamente na pele.
DOSIMETRIA
Três fatores determinam a dosagem do ultrassom:
Tamanho da área a ser tratada
Profundidade da lesão a partir da superfície
Natureza da lesão
Os parâmetros do US incluem:
Frequência
Intensidade
Forma de onda
Duração da sessão
FREQUÊNCIA
Tendo controle sobre a frequência de saída do US o terapeuta pode controlar a profundidade para onde a energia poderá ser direcionada, e também qual mecanismo físico estará ativo. A regra básica é que quanto mais alta a frequência, mais superficial a profundidade de penetração levando à rápida atenuação do ultrassom e causando um efeito biológico principalmente por meio de mecanismos térmicos ( é mais provável que ocorra cavitação em frequências mais baixas). Deve-se observar que a quantidade de atenuação depende também da natureza do tecido através do qual o US percorre. O tecidos com alto conteúdo de proteína absorvem energia mais prontamente do que aqueles com alto conteúdo de gordura ou água.
Ex: lesão de pele superficial usa-se 3MHz
Lesão muscular mais profunda usa-se 1MHz, conforme tabela abaixo:
 
INTENSIDADE
Depois de ter escolhido a frequência o terapeuta precisa decidir qual nível de intensidade usar. Não há informações comprovadas que indiquem que precisamos usar altos níveis de US, ou seja, acima de 1 W/cm²(SATA), para causar um efeito biológico significativo nos tecidos lesados. Pelo contrário, os dados pesquisados apoiam o uso de intensidade de 0,5 W/cm²(SATA) e menor para obter taxas máximas de regeneração em tecidos como pele, tendões e ossos. Evidências também mostraram que os níveis de US acima de 1,5 W/cm(SATA) têm um efeito adverso nos tecidos em regeneração. Efeitos térmicos significativos podem ser obtidos usando intensidades entre 0,5 W/cm²(SATA). O tratamento abaixo de 5 W/cm²(SATA) deve ser usado para invocar mecanismos não-térmicos.
O conselho dos terapeutas é:
USAR SEMPRE A INTENSIDADE MAIS BAIXA QUE PRODUZA O EFEITO TERAPÊUTICO DESEJADO, JÁ QUE INTENSIDADES MAIS ALTAS PODEM SER LESIVAS. ( DYSON, 1990)
Condições agudas não devem ultrapassar 0,5 W/cm²(SATA)
Condições crônicas não devem ultrapassar 1 W/cm²(SATA)
FORMA DE ONDA ( MODO PULSADO OU CONTÍNUO)
O modo contínuo tem sido recomendado a distúrbios musculoesqueléticos, como espasmo muscular, rigidez articular ou dor.
O modo pulsado é preferido para o reparo de tecidos moles.
DURAÇÃO DA SESSÃO
Tempos de aplicação muito curtos de poucos minutos em geral são considerados suficientes. Como o cabeçote é continuamente movido sobre a área tratada, o tamanho dessa área deve ser o determinante mais importante da duração da sessão. É conveniente fazer 1-2 minutos de aplicação para cada 10cm² de superfície coberta( muitos cabeçotes de transdutor têm uma área de 5cm²). Os tempos de aplicação mínimos são considerados como 1-2 minutos, os máximos de 10-15 minutos e a média ficaria na faixa de 5 minutos. Sugere-se também que as lesões crônicas se beneficiam em tempos de aplicação mais longos. As lesões recentes e as condições agudas devem ser tratadas ainda na fase inflamatória inicial de reparo. Durante essa fase os macrófagose mastócitos ocupam o local da ferida e foi demonstrado que essas células respondem ao US. Em geral o intervalo para condições agudas é de uma ou duas vezes por dia. Já as condições crônicas podem ser tratadas em dias alternados.
POSSÍVEIS RISCOS E COMPLICAÇÕES
Pode ocorrer complicação quando o feixe do ultrassom atinge o osso ou uma prótese metálica. Devido à grande diferença de impedância acústica entre essas estruturas e os tecidos moles ao redor, haverá uma reflexão de cerca de 30% da energia incidente de volta através do tecido mole. Isso significa que energia adicional é depositada como calor durante a jornada de retorno do feixe.
A radiação externa para a mão do terapeuta é minimizada pelo design adequado do cabeçote, pelo uso de uma luva e segurando o cabeçote em um ponto distante da superfície transmissora.
É importante sempre mover o cabeçote continuamente pelas seguintes razões:
O feixe de ultrassom é muito irregular no campo próximo
O padrão de absorção de energia nos tecidos é muito irregular devido à refexão e refração
Podem ser formadas ondas estacionárias causando estase temporária das células sanguíneas circulantes e dano endotelial
Com altas intensidades pode ocorrer cavitação instável ou aquecimento excessivo, causando danos aos tecidos.
CONTRA-INDICAÇÕES
Útero em gestação ( devido ao risco para as células em rápida divisão e diferenciação do embrião)
Tecido maligno e pré-canceroso( Como tem sido mostrado que o US afeta o reparo dos tecidos, é provável que possa afetar a atividade dos tecidos anormais, podendo encorajar o crescimento neoplásico e provocar mestástases).
Gônodas
Infecções agudas ( Tem-se sugerido que a infeccção bascteriana ou viral pode alastra-ser com o US facilitando o movimento de microorganismos através das membranas e dos tecidos).
Placas epifisárias
Anormalidades vasculares ( Circunstâncias nas quais possa ser provocada hemorragia não devem ser tratadas, por ex, onde ainda esteja ocorrendo sangramento como em um hematoma. Tecidos gravemente isquêmicos devem ser evitados devido à transferência precária de calor e ao possível aumento do risco de trombose arterial pela estase e dano endotelial. O tratamento sobre a trombose venosa recente poderia estender o trombo ou afetar sua inserção na parede da veia, formando um êmbolo. Pela mesma razão é melhor evitar áreas de aterosclerose.
Radioterapia ( Áreas que receberam radioterapia nos últimos meses não devem ser tratadas devido ao risco de encorajamento de alterações pré-cancerígenas.
Tecido nervoso exposto ( Situações onde o tecido nervoso encontra exposto por ex. sobre uma epinha bífida ou após uma laminectomia, o US deve ser evitado.
Olhos ( O olho preenchido por líquido oferece uma transmissão excepcionalmente boa para o US e pode ocorrer dano à retina).
Implantes ( O tratamento sobre marcapassos cardíacos implantados não deve ser feito, pois a vibração sonora pode interferir com a frequência de estimulação do marcapasso. Além disso, a radiação de rádio-frequência emitida pelo equipamento de US pode perturbar os marcapassos.
Áreas anestésicas ( Altas doses não devem ser aplicadas sobre áreas anestésicas devido à sensação térmica cutânea diminuída, não agindo como proteção)
Área cardíaca na doença cardíaca avançada
Áreas sobre proeminências ósseas
Crânio
Nervos subcutâneos principais
TERAPIA COMBINADA
É a aplicação de duas modalidades terapêuticas ao mesmo tempo, e no mesmo local. As combinações mais amplamente usadas são US com alguma forma de corrente estimuladora de nervo e músculo. Ex. Ultrassom e corrente interferencial. Isso pode ser feito porque o transdutor ultra-sonoro proporciona um contato elétrico de baixa resistência com a pele. Pode-se dizer que a fonoforese(sonoforese) é uma forma de terapia combinada, já que aplica tanto US quando a terapia por meio de drogas. A justificativa para o uso de terapia combinada é principalmente que os efeitos benéficos de duas modalidades podem ser alcançados ao mesmo tempo, tornando a terapia mais eficiente em termos de gastos de tempo. Uma segunda justificativa é que pode haver um efeito amplificador de uma terapia sobre a outra, tornando a combinação mais efetiva do que cada terapia sozinha.
CORRENTES DE MÉDIA FREQUÊNCIA 
RUSSA
Corrente despolarizada: onda dos dois lados do gráfico
-Consiste em uma corrente excito motora de média frequência homogeneamente alternada de 2.500 Hz, aplicada com uma série de disparos separados, porém, os trens de pulso são modulados em baixa freqüência (50Hz), suficientes para estimular um motoneurônio; 
-Possui envoltório quadrático com intervalo de 10 ms (interpulso). 
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Aumento da irrigação sanguínea: a vasodilatação muscular e os reflexos de estimulação sensorial promovidos pela eletroestimulação propiciam uma melhora na irrigação sanguínea local.
Aumento do retorno venoso e linfático: ao promover sucessivas contrações e relaxamentos musculares, favorece o retorno venoso e linfático.
Apresentam maior efeito sobre as fibras do tipo II (rápidas), por estas fibras serem mais superficiais. 
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Facilitação da contração muscular: auxilia a obter uma contração muscular voluntária, inibida pela dor ou por lesão recente.
Reeducação da ação muscular: o repouso prolongado ou o uso incorreto de uma musculatura pode afetar sua funcionalidade. 
Hipertrofia e aumento da potência muscular: sua aplicação em intensidades adequadas contribui com o processo de hipertrofia e ganho de potência de um músculo debilitado
DOSIMETRIA
Porcentagem do ciclo: 20 a 50%
20% : Para atrofia ou flacidez severa
30 a 40%: atrofia moderada ou flacidez relativamente importante
50%: no final da recuperação da atrofia, para recuperação do tônus muscular
Frequência de modulação: 0 a 150 Hz
Fibras tônicas (lentas): 20 a 50 hz
Fibras fásicas (rápidas): 50 a 80 hz
Pacientes sedentários 80 a 130 Hz
Intensidade: 0 a 150 mA (sensitivo e visual)
TONN e TOFF: 1:3 músculo muito atrofiado
 1:2 músculo intermediário
 1:1 músculo sadio
Tempo: 5 a 20 min.
Modo:
Sincronizado (mais utilizado): contrai agonista e relaxa antagonista
Recíproco: contrai agonista e antagonista ao mesmo tempo
Sequencial: modo de drenagem 
Contínuo: não utilizado
Indicações
Fortalecimento muscular;
Pós-operatório (estimulação fluxo sanguíneo e linfático);
hipotrofiamuscular;
Reeducação postural;
Contra indicações
alergia ou irritação à corrente elétrica;
diretamente sobre útero gravídico; 
eixo cardíaco;
 marca-passo; 
neoplasias;
 portadores de implantes metálicos; 
dermatites e dermatoses cutâneas
trombose vascular
hipetensão
obesidade: difícil contração muscular
inflamação articular aguda
espasticidade
Artigo: Ganho da força muscular com uso da corrente russa - revisão bibliográfica Revista Nova Fisio
Para o início da contração muscular é necessária à chegada de um impulso nervoso a junção neuromuscular. O neurônio motor será o responsável pela liberação da acetilcolina, um neurotransmissor que tem como função unir-se a placa motora, dessa união resulta a despolarização da célula muscular (MCARDLE, KATCH e KATCH, 2003).
Os autores Mcardle, Karch e Katck (2003) afirmam que essa despolarização vai gerar um potencial de ação, atingindo o retículo sarcoplasmático, liberando o cálcio para unir-se com a troponina, após essa junção ocorre uma mudança na posição da tropomiosina fazendo os sítios ativos da actina ficarem expostos, permitindo uma forte ligação entre as proteínas, esse ciclo é constante durante a contração, será interrompido quando houver uma ausência de estímulo nervoso, fazendo o cálcio voltar para o reticulo sarcoplasmático.
Segundo Guyton e Hall (2006), nem todos os estímulos são eficientes para desencadear um potencial de ação. Para ser um agente eficiente, o estímulo tem que ter uma intensidade adequada e durar tempo suficiente para igualar ou exceder o limiar básico de excitação da membrana, este potencial de ação é interrompido, quando ocasionalmente, este alcançaum ponto da membrana, que não gera uma voltagem suficiente para estimular a área adjacente da membrana o que é possível através da estimulação elétrica.
Lianza (2001), explica que a estimulação elétrica no fortalecimento muscular pode fazer com que quase todas as unidades motoras, constituídas por um neurônio motor simples e a fibra muscular que este inerva, em um músculo, se contraiam de forma sincronizada, algo que não pode ser conseguido na contração voluntária. Isso permitiria o desenvolvimento de contrações musculares mais fortes, acompanhada de uma maior hipertrofia muscular, com o uso da estimulação elétrica.
De acordo com Fuirini Júnior (2003), para a utilização da corrente russa analisa-se o tipo de fibra muscular a ser estimulada e a modulação de corrente. Por exemplo, em fibras tônicas, ou seja, de contração lenta utilizam-se parâmetros de 20 a 30 Hz e nas fibras fásicas ou de contrações rápidas de 50 a 120 Hz.
No estudo de Orlandi (2005), a terapêutica adotada foi a aplicação da corrente russa, durante 12 sessões com duração de 20 minutos cada, 03 vezes por semana, associada ou não ao exercício resistido em mulheres jovens, com idade entre 17 e 24 anos, subdivididas em três grupos, cada grupo contendo seis participantes, sendo o primeiro grupo, o grupo experimental A (realizou-se a aplicação da corrente russa associada ao exercício resistido), o segundo; o grupo experimental B (realizou-se somente a aplicação da corrente russa) e o terceiro grupo; o grupo experimental C (realizou-se somente o exercício resistido). Foi observado um aumento na força nos grupos 1 e 2, em média, de 1,67 e 1,83 kg respectivamente e o grupo 3 com 0,50 Kg, em média, não existindo um aumento significativo para o estudo. Demonstrando pouca efetividade no estudo.
Corrente Interferencial Vetorial: 
É a corrente formada a partir da interposição de duas correntes sinusoidais alternadas, apresentando cerca de 4000 pulsos por segundo (Hz). 
A corrente resultante tem uma frequência igual a média das frequências das duas correntes utilizadas que se encontram fora de fase. 
Uma corrente tem frequência fixa em 4000 Hz e a outra é ajustável, normalmente entre 4000 e 4200 Hz. 
Teoricamente as duas correntes se somam ou se cancelam, produzindo a “Corrente Interferencial”. 
A frequência da corrente resultante será a média das duas correntes. 
• Exemplo: F1 = 4000 Hz 
 F2 = 4100 HzFrequência média = 4050 Hz 
AMF = Amplitude de Modulação de Frequência 
AMF = F2 – F1 = 100 Hz 
FREQUÊNCIA PORTADORA 
Nos aparelhos de CIV há possibilidade de utilizar a corrente portadora em 2000 ou 4000 (em alguns aparelhos 8000 ou 10000) Hz. 
Quando optamos pela frequência portadora de 2000 Hz a utilizamos como corrente excitomotora e devemosutilizá-la de forma semelhante à Corrente Russa (Frequência modulada de acordo com o tipo de fibra muscular, T On, T Off). 
EFEITOS FISIOLÓGICOS
•	Estimulação das fibras mielínicas de grosso calibre, Teoria das comportas;
•	Alívio do quadro doloroso pela liberação de substâncias opióides;
•	Promove o relaxamento e melhora da circulação, contribuindo para a liberação dos mediadores químicos tais como as prostaglandinas responsáveis pelo efeito da analgesia;
•	Aumento da microcirculação;
•	Diversos estudos realizados em pacientes com incontinência por instabilidade vesical revelam modificações significativas dos parâmetros urodinâmicos após tratamento com eletroestimulação. A capacidade vesical funcional aumenta, com a diminuição do número de micções diárias. 
•	A estimulação elétrica inibe o detrusor (músculo da bexiga) por um reflexo medular longo que requer a integridade de vários nervos.
•	Promove o efeito metabólico que leva o restabelecimento funcional e estrutural de distintos tecidos, sendo a analgesia uma consequência desse reparo. 
EFEITOS TERAPÊUTICOS
A melhoria da força muscular após o uso da eletroterapia por meio da corrente interferencial está associada aos seguintes fatores:
•	Aumento da área de secção transversa das fibras musculares (hipertrofia muscular)
•	Melhora do controle neuromuscular (otimização do controle motor)
•	Força muscular e terapia interferencial
DOSIMETRIA
AMF - Amplitude de Modulação de Frequência 
É tradicionalmente considerada o componente efetivo da CIV, simulando as corrente de baixa frequência. Alguns autores (Johnson, 1999; Martin, 1996; Palmer et al, 1999) negam essas alegações demonstrando que a alteração da AMF tem pouco efeito no limiar de ativação das respostas sensoriais. 
Quanto maior a frequência de AMF, mais cômoda é a corrente, com isso: 
Em casos agudos: AMF entre 75 a 150 Hz. 
Em casos subagudos:AMF entre 50 e 75 Hz. 
Em casos crônicos: AMF entre 25 e 50 Hz. 
VARREDURA DE FREQUÊNCIA
(SWEEP ou ∆F) 
	É a variação da AMF ao longo da estimulação. 
	Alguns autores alegam que tem a função evitar a acomodação. 
	Normalmente é fixada num valor maior que 50% do AMF, normalmente 60%.
• Exemplo: AMF: 100 Hz ∆F : 60 Hz 
SLOPE 
	É a variação em segundos que ocorre entre o AMF e o ∆F. 
	Existem 3 programas para introduzir o SLOPE: 
• Em casos crônicos: 1/1 
• Em casos subagudos: 1/5/1 
• Em casos agudos: 6/6 
INTENSIDADE 
• Sempre em nível sensorial. 
• Nos casos agudos devemos usar intensidades mais baixas. 
• Nos casos crônicos o paciente deve sentir uma parestesia forte e intensa, porém agradável.
TEMPO DE APLICAÇÃO 
• Tem-se sugerido tempo de aplicação entre 10 e 20 minutos.
• Não há base científica para recomendação do tempo total de aplicação. 
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
	BIPOLAR (também chamada de heterógena):
• São utilizados dois eletrodos que farão parte de umcanal. Utilizadano tratamento de quadros álgicos mais localizados. 
• Os eletrodos deverão cercar a dor. 
• A profundidade de modulação é sempre 100% e tem o mesmo valor em todo trajeto. 
	TETRAPOLAR:
• São usados 4 eletrodos em 2 canais, que devem estar cruzados.
• A intensidade resultante máxima encontra-se num ângulo de 45º (diagonal do circuito). 
• Naregião onde a profundidade de modulação é 100%, a amplitude de corrente é maior. 
• Atingeuma profundidade maior e é utilizado para quadros álgicos mais dispersos. 
ESCOLHA DE VETORAÇÃO 
	Manual:Terapeuta escolhe onde quer concentrar maior quantidade de corrente 
	Automático:Aumenta a área útil de estimulação. Naescolha manual de vetor apenas uma área terá a modulação de 100%, com vetoração automática o estímulo sofrerá alterações com o passar do tempo. 
CONTRAINDICAÇÃO
•	Sobre as áreas: cervical anterior, região torácica e área craniana
•	Em pacientes que usam marca-passos responsivos à frequência ou desfibriladores-cardioversores implantados (ICDs);
•	Sobre as áreas: abdominal, pélvica ou lombar de gestantes no primeiro trimestre;
•	Sobre implantes metálicos;
•	Em pacientes epiléticos;
•	Sobre área hemorrágica;
•	Sobre área com câncer;
•	Sobre pele lesionada.
INDICAÇÃO
Indicada para tratamento agudo e crônico de patologias ortopédicas e reumatológicas como:
•	Fraqueza da musculatura pélvica – Incontinência Urinária; 
•	Dor por osteoartrite; 
•	Consolidação de fratura óssea; 
•	Dores: Lombar, mandibular e no ombro; 
•	Psoríase palmar e artrítica; 
•	Doença vascular periférica; 
•	Enxaqueca; 
•	Hiper-reflexia do músculo detrusor; 
•	Dor pós-cirúrgica no joelho; 
•	Fraqueza do quadríceps femoral; 
•	Dor por dismenorreia
• Seus efeitos não analgésicos ainda não estão claros. 
• Ainda há pouca fundamentação ou evidência para algumas de suas indicações (efeito anti-inflamatório, anti-edematoso, destonizante).
CORRENTES DE BAIXA FREQUÊNCIA
Correntes Diadinâmicas de Bernard – CDB:
É uma corrente senoidal alternada pulsada retificada. É descrita como uma corrente monofásica feita de formas de onda em meia-senoide, entra na categoria ampla de estimulação elétrica nervosatranscutânea. 
De acordo com as suposições de Bernard (1950), essa corrente descoberta de modo empírico tinha um efeito analgésico sobre uma ampla variedade de distúrbios dos tecidos moles e sistêmicos. 
• DIFÁSICA (DF): Pulso alternado com retificação de onda completa (T = 10ms, R = 0, F = 100Hz). Precede as outras formas de corrente. Produz efeito de mascaramento e variação da excitabilidade das fibras nervosas. Também utilizada no tratamento de transtornos circulatórios. Sensação de fibrilação e formigamento. 
• MONOFÁSICA(MF): Pulso alternado com retificação de semi-onda (T = 10ms, R = 10ms, F = 50Hz). É utilizada para estimulação inespecífica pois acelera o metabolismo. 
• CURTOS PEIRÓDOS (CP): Formada pela alternância de DF e MF a cada segundo. Utilizada para tratamento de dores de diferentes origens, estados pós-traumáticos e alterações tróficas. O paciente sente claramente os diferentes períodos. 
• CPid: acréscimo de 10% na intensidade de DF. Sensação de corrente mais equilibrada. 
• LONGOS PERIÓDOS (LP): Também formada pela alternância de DF (com alteração de intensidade da mínima a máxima) e MF. Os tempos de variação dependem do aparelho. Caracteriza-se pelo efeito analgésico mais persistente. Utilizada no tratamento de diferentes formas de mialgias e neuralgias. 
 • RÍTMO SINCOPADO (RS): Corrente MF modulada em trens de pulso de 1 segundo on e 1 segundo off. Indicada para exercícios musculares. Substituída nos dias de hoje pelas correntes despolarizadas. 
 EFEITOS FISIOLÓGICOS
DF –DIFÁSICA:analgésico e espasmolítico (por mascaramento e saturação das fibras aferentes). 
MF –MONOFÁSICA:excitomotriz, promove certa contração muscular e efeito circulatório. 
CP –CURTOS PERIÓDOS: aumenta o umbral de dor, aumenta a vascularização (soma de efeitos DF+MF) e a reabsorção de metabólitos após inflamação (antiinflamatório e estimula trofismo). 
LP –LONGOSPERIÓDOS: aumenta o umbral de dor (como na CP), evita acomodação devido à oscilação de DF. 
RS –RÍTMOSINCOPADO:aumenta o tônus e trofismo, melhora o retorno venoso e linfático, evita fadiga, devido ao período off . 
EFEITOS TERAPÊUTICOS
Bernard (1950) formulou a teoria de que essa despolarização nervosa induz um efeito de modulação da dor ou analgesia. Essa forma de modulação da dor, no limiar de despolarização das fibras sensitivas e motoras, é parecido com o que se obtém com o uso da terapia TENS. Uma diferença importante, contudo, é que a terapia TENS é emitida usando-se pulsos balanceados bifásicos curtos (na faixa de microssegundos), em oposição aos pulsos diadinâmicos característicos, que são longos (na faixa de milissegundos), monofásicos e obviamente não balanceados.
DOSIMETRIA
INTENSIDADE:Nível sensitivo
Dose segurança:15 mA
TEMPO DE APLICAÇÃO 
As aplicações sempre devem começar com a Difásica na CDB.
• Tempo cada corrente: No máximo 2 a 6 minutos cada forma da CDB
• Tempo total: No máximo 12 minutos
• ELETRODOS: Esponja umedecida e eletrodo de alumínio ou silicone
POLARIDADE
• Lesão aguda: ELETRODO POSITIVO +(Sobre a lesão no sentido longitudinal)
• Lesão crônica:ELETRODO NEGATIVO – (Sobre a lesão no sentido transversal)
• Lesão Subaguda:Inversão de polos+ e –(Durante a aplicação para um efeito de ginástica vascular)
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO 
• Ponto doloroso (mono ou bipolar):Pólo positivo (+) sobre o ponto. Eletrodo (-) colocado proximal e nas proximidades
• Tronco nervoso:Eletrodo na emergência da raíz e num ponto superficial do trajeto. 
• Paravertebral: Bilateralmente nos músculos paravertebrais. 
• Gangliotrópica (monopolar): Eletrodos pequenos e próximos, pólo - sobre o gânglio e o pólo + nas proximidades. 
• Vasotrópica: Eletrodo seguindo o trajeto vascular. 
• Transversal (transregional):Eletrodos de mesmo tamanho em faces anatômicas opostas. 
• Mioenergética:Eletrodos colocados em ambas extremidades dos músculos. 
CONTRAINDICAÇÕES
•	Tumores 
•	Tecidos com divisão celular intensa 
•	Útero gravídico 
•	Portadores de marca-passo 
•	Pele com fragilidade cutânea 
•	Materiais de fixação metálicos 
•	Pacientes psiquiátricos 
•	Pacientes com déficit de sensibilidade 
•	Pacientes epiléticos 
•	Região pré-cordial
•	Dores não diagnosticadas 
•	Sobre as áreas: cervical anterior, região torácica e área craniana
•	Sobre área hemorrágica
INDICAÇÕES
•	Monofásica fixa (MF): Estimular o tecido conjuntivo e agir nos processos dolorosos espasmódicos.
•	Difásica fixa (DF):Analgesia, age nos transtornos circulatórios e processos simpaticotônicos.
•	Curtos períodos (CP):Entorses, contusões, periartrite, transtornos circulatórios, neuralgias, radiculopatias, síndromes do ciático e paresia facial.
•	Longos Períodos (LP):Mialgias, torcicolos neuralgias. É a mais analgésica.
•	Ritmo Sincopado (RS): Atrofias musculares leves.
Corrente Galvânica:
A estimulação Galvânica, é descrita como Corrente Direta CD interrompida, não tem pulso reverso, a duração de pulso é em cerca de 100ms.
É uma corrente polarizada onde o fluxo ordenado de elétrons flui no mesmo sentido em uma única direção “do pólo (–) para o (+)”.
 A corrente galvânica é um tipo de terapia que utiliza impulsos de baixa frequência.
Emprego da corrente galvânica quanto aos objetivos
Determinação de curvas de intensidade x duração da condução nervosa
Estimulação de músculos desnervados
Iontoforese
Drenagem de edema
Eletrolifiting
Fundamentos Físicos:
É uma corrente direta, constante, contínua e unidirecional;
A corrente só é variável no momento em que se liga ou desliga o circuito. 
Apresenta frequência de repetição de pulso de no máximo de 5Hz;
A duração do pulso é longa de no mínimo 10ms, podendo chegar até 3000 ms com valores típicos de 100, 300 e 600 ms.
EFEITOS FÍSICOS:
IÔNICO - Produz transportes de íons de um pólo para outro
- Causa alterações químicas na junção da corrente de condução com a corrente de convecção.
Terá uma densidade de corrente determinada pela voltagem aplicada e pelo tamanho da área de aplicação para determinada resistência da pele.
TÉRMICO – O transporte da corrente através dos íons produz um ligeiro aumento da temperatura local
Efeitos Fisiológicos
Estimulação sensorial: leve sensação de formigamento ou pontadas.
Alívio da dor: estimulação das terminações nervosas cutâneas (alterações eletroquímicas) inibe a dor através das comportas da dor.
Vasomotor: produz vasodilatação, hiperemia, aumento da irrigação sanguínea local.
Eletrotônus: caracteriza-se por alterações da excitabilidade e condutibilidade ao nível dos pólos do tecido tratado.
Aceleração da cicatrização: Há evidências que a proliferação e a migração de células epiteliais e de tecido conjuntivo envolvidos no reparo das feridas, podem ser aumentado por um campo elétrico
Eletrosmose ou endosmose: consiste no deslocamento de líquidos do pólo positivo para o negativo
Cuidado para não confundir!
Polo ( + ) Ânodo 
Polo ( - ) Cátodo
Ação físico- química: 
a) produção de calor (relação direta com a resistência específica do meio utilizado;
b) dissociação (aplicação da eletroterapia faz as cargas começarem a se orientar no sentido da corrente que passa e as moléculas se separarem); 
c) iontoforese (deslocamento da partícula fluída, provocando uma zona edemaciada); 
e) ação estimulante (diretamente proporcional a intensidade);
f) mudança de permeabilidade.
Ação biológica:
A pele produz uma resistência muito alta com enorme diferença de potencial. Corpo humano = células de polarização.
Ações dos pólos
	Pólo positivo (ânodo)
	Pólo negativo (cátodo)
	Vasoconstritor
	Vasodilatador
	Analgésico
	Causa dor
	Detém sangramento
	Hemorragia
	Desidrata os tecidos
	Liquefaz os tecidos
	Causa isquemia
	Causa hiperemia
Indicações
Distúrbios degenerativos
Distúrbios de ordem inflamatória;
Problemas circulatórios periféricos
Estados traumáticos e pós-cirúrgicos
Após lesões atléticas: estiramentos,contusões, hematomas…
Riscos e Contra- Indicação
Há riscos de queimaduras devido ao deslocamento eletrolítico;
Seu uso é desaconselhável em casos de:
Hipersensibilidade à corrente;
Inflamações agudas;
Tumores malignos;
Osteossíntese.
Técnicas de Aplicação
-Coloque o paciente em posição confortável
- Limpe a região a ser tratada com algodão e álcool
- Identifique-os pontos motores com lápis dermográfico
- identifique o pólo ativo ou passivo para o tratamento
- Umedeça as almofadas
- Coloque os eletrodos no interior das almofadas
- os eletrodos devem ser colocados transversalmente ou longitudinalmente
- prenda os eletrodos com fita ou elástico
- ligue o cabo no eletrodo, tendo o cuidado para que a garra não fique em contato com a pele
- certifique que o aparelho esteja zerado
- ligue o aparelho e aumente a intensidade lentamente
- Ao final do tratamento, zere a intensidade lentamente
- desligue o aparelho
Iontoforese
Também chamada de transferência iônica ou ionização, consiste na introdução de íons de medicamentos, a partir da pele e das mucosas para o interior dos tecidos.
 Iontoforese Seleção dos Íons Medicamentosos
	Produto
	Polaridade
	Solução
	Efeito Fisiológico
	Salicilato
	-
	2%
	Analgésico e antiinflamatório
	Cloreto de Cálcio
	+
	2%
	Antiespasmódico
	Iodo
	-
	4%
	Bactericida
	Citrato de Potássio
	-
	2%
	Antiinflamatório e Antiedematoso
	Dexametasona
	-
	0,40%
	Antiinflamatório
	Sulfato de Magnésio
	+
	2%
	Vasodilatador e Antiespasmódico
	Ácido Acético
	-
	2%
	Descalcificação
	Óxido de Zinco
	+
	2%
	Cicatrizante
Iontoforese
Efeitos Fisiológicos
Depende das substâncias medicamentosas utilizadas no tratamento
Efeito analgésico
Efeito antiespasmódico
Efeito antiedematoso
Efeito cicatrizante
Efeito vasodilatador
Indicação
Em certas doenças do sistema nervoso como: neuralgia do trigêmio, neurite, hemiplegia.
Doenças de pele, como micoses
Para relaxamento da espasticidade muscular
No tratamento de entorses, bursites, lombalgias, ciatalgias, espasmos crônicos
Contra- Indicações
É desaconselhável para pessoas que apresentam resistência a corrente galvânica
Em reações alérgicas as substâncias utilizadas pela a iontoforese
Intensidade e duração do tratamento
Início de baixa intensidade (0,1 – 0,5mA) e por um tempo curto (10 min)
Estimulação Elétrica funcional (FES):
Termo usado quando a meta do tratamento é favorecer ou produzir movimento funcional, como por exemplo, favorecer a dorsiflexão durante a marcha em crianças com paralisia cerebral. 
EVIDÊNCIAS DE EFICÁCIA CLÍNICA:
Estimulação elétrica de músculos saudáveis 
Tem sido claramente mostrado que a combinação de estimulação elétrica e exercício não é mais efetiva do que apenas exercício (Currier e Mann, 1983; Wolf et al., 1986). É importante notar que em geral os efeitos vistos com a estimulação elétrica neuromuscular (NMES) foram produzidos com forças de treinamento muito mais baixas do que as usadas no exercício voluntário. 
Estimulação elétrica de músculos atrofiados
Clinicamente útil para prevenir a atrofia por desuso e casos de imobilização ou contra-indicações para exercícios dinâmicos (Selkowitz, 1989), no início da reabilitação facilitando a contração muscular, no fortalcimento muscular seletivo ou na reeducação muscular (Lake, 1992). 
Estimulação elétrica do músculo desnervado
Há controvérsias quanto o uso e eficácia em músculos desnervados, devido a integridade nervosa que deve estar preservada e não há um consenso sobre o ciclo de trabalho, frequência de estimulação ou número de contrações necessárias para que haja estímulo.
APLICAÇÃO PRÁTICA:
Preparação da pele
Antes do tratamento, deve ser lavada com água e sabão ou lenço umedecido com álcool para remover resíduos da pele. 
Eletrodo
Tipos: 
Silicone carbonado: Reutilizáveis, acoplados à pele com uso de gel condutor elétrico. Há versão auto-adesiva, que já possui uma camada de material condutor. 
Tamanho: 
A escolha do tamanho do eletrodo depende do tamanho do músculo a ser estimulado e da intensidade de contração a ser desencadeada. Eletrodos pequenos podem ser utilizados para localizar o ponto de estimulação de pequenos músculos ou para aplicar um estimulo sobre o nervo que supre aquele músculo. Eletrodos mais largos utilizados para estimular músculos maiores e grupos musculares. 
Localização:
Um eletrodo menor deve ser colocado sobre o ponto motor do músculo. Em geral, o ponto motor de um músculo se localiza sobre o ventre do músculo, na junção entre terço superior e médio do ventre muscular. O outro eletrodo maior pode ser colocado em qualquer área do ventre músculo a ser estimulado – técnica unipolar, adequado para músculos inervados. 
Também podem ser colocados em extremidade do ventre muscular, método adequado para músculos desnervados e também inervados, os eletrodos são de tamanho similares – técnica bipolar. 
PARÂMETROS – DOSIMETRIA 
Freqüência da corrente: 
De 20 a 80Hz, sendo que de 20 a 50Hz recruta mais fibras do tipo I e de 50 a 80Hz recruta mais fibras do tipo II. Freqüências baixas minimizam a fadiga muscular. 
Largura de pulso: 200 a 400us (quando aumentado à corrente parece estar mais forte)
Ciclo do trabalho: 
É a relação entre o tempo de estimulação e o tempo de repouso (TON:TOFF).
Para inicio de tratamento e músculos muito atrofiados utilizamos a relação 1:3.
Para músculos sadios utilizamos a relação 1:1.
Essa relação é para evitar a fadiga do músculo estimulado.
TON/TOFF – 1:1 (forte) 1:2 (+ ou -) 1:3 (branda) 
Tempo de rampa:
Evita que a estimulação comece abruptamente. O paciente não se assusta com a entrada súbita da estimulação. A subida gradual da estimulação torna a contração mais natural, com as fibras sendo cada vez mais recrutadas. 
Rampa de subida 1 a 2seg
Rampa de descida 1 a 2seg
Tempo total da aplicação:
A freqüência da sessão e o numero de contrações podem ser aumentadas com o tempo e geralmente seguem os mesmos princípios usados nos programas de fortalecimento com exercícios voluntários – 8-15 contrações por sessão, 3-5 sessões por semana, durante 3-5 semanas de treinamento (Lake, 1992).
EM GERAL AS APLICAÇÕES SÃO FEITAS ENTRE 5 E 20 MINUTOS. 
Intensidade: (depende, para melhorar a função a intensidade deve ser o suficiente. Para ganho de força a intensidade deve ser a máxima, até onde o paciente aguentar.)
CONTRA-INDICAÇÕES:
Lesões musculotendinosas que podem ser danificadas com a contração muscular 
Inserção não segura do músculo no osso 
Marcapasso
Pacientes cardiopatas 
Em órgãos vitais 
Nervo frênico e pélvico 
Seio carotídeo 
Paciente hiper ou hipotenso 
Tromboses vasculares periféricas
Neoplasias, infecções 
Próximo de aparelhos de diatermia – mínimo 15 metros 
Obesidade 
Pacientes que não podem dar uma resposta clara
INDICAÇÕES: 
Facilitação neuromuscular;
Fortalecimento muscular;
Ganhar ou manter a amplitude de movimento articular;
Controlar contraturas;
Controlar a espasticidade;
Como substituição ortótica;
Escoliose idiopática;
Subluxação de ombro.
EFEITOS FISIOLÓGICOS: 
A técnica FES tem como base a produção da contração através da estimulação elétrica, que despolariza o nervo motor, produzindo uma resposta sincrônica em todas as unidades motoras do músculo. Este sincronismo promove uma contração eficiente, mas é necessário treinamento específico, afim de evitar a fadiga precoce que impediria a utilização funcional do método com o objetivo reabilitacionais.
EFEITOS TERAPÊUTICOS:
Aumentar o movimento e facilitar a reaprendizagem motora. 
Permitir que uma articulação seja mobilizada em toda sua excursão disponível.
Fortalecer um músculo ou grupo muscular debilitado por desuso.
Controlar a espasticidade, ainda que temporariamente, permitindo a realização de programas de treinamento funcional, facilitação e fortalecimento muscular.
TENS
Refere-se ao uso de estimuladores elétricos capazes de emitir correntes pulsadas com a finalidadede estimular fibras nervosas através da pele por meio de eletrodos estimuladores de superfície, com o intuito de modular ou aliviar a dor. 
Dosimetria
TENS convencional:
Este modo envolve emissão de pulsos elétricos com duração relativamente curta, altas frequências, e estimulação a nível sensorial. Esse modo implica na despolarização preferencial de fibras A-beta de diâmetro largo. A estimulação elétrica é percebida como confortável e a modulação da dor ocorre por meio do sistema da comporta. A analgesia é rápida e relativamente curta. 
Frequência (F): >80 Hz 
Tempo da aplicação (t): > 30 minutos 
Intensidade (I): sensorial 
Duração do pulso (T): <150 ms
TENS acupuntura:
Este modo refere-se a emissão de pulsos elétricos com durações relativamente longas, baixas frequências e estimulação no nível sensorial e motor. Implica na despolarização preferencialmente de fibras aferentes A-beta de diâmetro largo e fibras motoras eferentes alfa que inervam os músculos esqueléticos. O inicio da analgesia é lento e mantém-se por um período longo. 
Frequência (F): <10Hz
Tempo da aplicação (t): máximo de 30 minutos
Intensidade (I): nível sensorial e motor
Duração do pulso (T): >150ms 
TENS breve intenso:
Este modo envolve a emissão de pulsos elétricos com durações relativamente longas, alta frequência e amplitude de corrente capazes de estimulação nociva. Implica na despolarização preferencial de todas as fibras nervosas (A-beta, A-delta e C), causando uma sensação de contração muscular forte e dor tolerável. A modulação da dor ocorre por meio do sistema opioide. A analgesia é rápida e se mantém por longo período. 
Frequência (F): >80 Hz
Tempo da aplicação (t): máximo de 15 minutos
Intensidade (I): nível motor 
Duração do pulso (T): >150ms 
TENS burst: 
Este modo refere-se a emissão de trens de pulsos, com frequência baixa e estimulação sensorial e motora. Implica na despolarização preferencial de fibras sensoriais A-delta e motora alfa. A modulação da dor ocorre por meio do sistema opioide. A analgesia é lenta e se mantém por um período longo.
Frequência (F): >10 Hz
Tempo da aplicação (t): máximo de 30 minutos
Intensidade (I): nível sensorial e motor
Duração do pulso (T): >150ms 
Indicação
· Processos dolorosos em geral
O tempo de estimulação ótima para a TENS é muito discutido. Em alguns casos de dores
intensas e prolongadas, o recurso pode ser utilizado praticamente o dia inteiro, tomando-se o
cuidado de nunca deixar a interface pele/eletrodo sem gel condutor. É de bom senso também
trocar de lugar os eletrodos de 1 em 1 hora para não causar danos a pele.
Num estudo de Cheing (2003), foi constatado que a duração de estimulo ótima para tratar
dores decorrentes de osteoartrite de joelho, foi de 40 minutos. Este período de tratamento foi
suficiente para diminuir a magnitude da dor e aumentar a duração da analgesia pós-estimulação
com a TENS.
Contra-indicações
· Marcapassos
· Cardiopatias ou disritmias
· Nos primeiros três meses de gestação
· Abdômen durante a gestação
· Boca
· Seio carotídeo
· Feridas de pele
· Nas proximidades dos olhos
· AVC e AIT e Epilepsia devemos evitar na região da cabeça e face.
Efeitos terapêuticos:
Alívio sintomático da dor;
Antiemético;
Restauração do fluxo sanguíneo para tecidos isquêmicos e feridas. 
EFEITOS FISIOLÓGICOS:
Mecanismo periférico
A mediação da dor neste caso ocorre através do bloqueio das fibras de diâmetro largo (A-beta).
Mecanismo segmentar (teoria das comportas)
A analgesia é produzida através de um mecanismo segmentar por meio do qual a atividade gerada nas fibras A-beta inibe a atividade dos neurônios nociceptivos de segunda ordem (relacionados com a dor) do corno dorsal da medula espinhal. Estudos feitos sugerem que o neurotransmissor GABA pode ter uma participação. 
Mecanismo extra-segmentar (Opioides Endogenos)
A atividade nas fibras A-delta e C provenientes dos nociceptores leva à excitação (+) dos neurônios de transmissão (T) central da nocicepção que se projetam para o cérebro produzindo a experiência sensorial da dor. A atividade induzida leva a ativação de núcleos do tronco encefálico que são a substância cinzenta periaquedutal e o núcleo magno da Rafe. Esses núcleos formam as vias descendentes inibitórias da dor que excitam os interneurônios inibitórios da substância gelatinosa e das células T.
CORRENTE FARÁDICA:
A corrente farádica tem sido utilizada desde o final do século XIX. A corrente farádica é uma corrente interrompida, de curta duração (1 milissegundo), forma triangular e freqüência de 50 Hz. Ela pode ser modulada em trens de pulso, variando sua taxa de repetição. A partir da década de 60 apareceu a corrente neofarádica, onde a principal diferença está na diminuição da duração do pulso ficando na casa dos microsegundos, e na possibilidade de modificar parâmetros como a freqüência oscilando de 50 a 100 Hz, e com isto trazendo mais conforto ao paciente.
Efeitos fisiológicos:
a) estimulação de nervos sensitivos (parestesia, reflexo de vasodilatação);
b) estimulação de nervos motores;
c) efeito de contração muscular
d) aumento do metabolismo;
e) aumento da irrigação sangüínea dos músculos;
f) aumento do retorno venoso e linfático;
Efeitos terapêuticos:
a) hipertrofia e hipertonia;
b) facilitação da contração muscular;
c) reeducação da ação muscular (memória cinestésica);
d) aprendizagem de uma ação muscular nova;
e) prevenção de aderências;
f) absorção de líquidos (edemas).
Parâmetros para ajustar no aparelho – dosimetria 
• Largura de pulso (já vem ajustado)
• Frequência (já vem ajustado)
• Tempo
• Intensidade
• T on
• T off
MICROCORRENTES:
Emissão transcutânea de formas de onda de correntes elétricas contínuas e pulsadas com amplitudes dentro da faixa de microampéres, de 1 a 999 mA. A terapia gera estimulação elétrica nos tecidos para cicatrização e reparo, é usada para promover e acelerar o processo de cicatrização de feridas cutâneas. 
EFEITOS FISIOLÓGICOS E EFEITOS TERAPÊUTICOS:
Efeito galvanotaxia
Como muitas células-chave envolvidas no processo de cicatrização das feridas carregam cargas negativas ou positivas levantaram a hipótese de que a natureza monofásica da estimulação por microcorrente facilita a atração dessas células para dentro da ferida por meio da aplicação de um cátodo ou ânodo sobre a ferida ou em torno dela, promovendo assim sua cicatrização. 
Efeito germicida
Há evidências sugerindo que a passagem de uma corrente elétrica monofásica, como a usada na terapia microcorrente, por dentro de uma ferida pode ter um efeito germicida sobre os germes que costumam colonizar ou infectar feridas humanas. Evidências sugerem que a passagem dessas formas de onda das correntes monofásicas pode, ter um efeito de inibição do crescimento sobre as bactérias. 
Dosimetria: 
Amplitude da corrente: 1 a 999 mA
Polaridade dos eletrodos: a seleção baseia-se na fase de cicatrização que o fisioterapeuta deseja facilitar. A estimulação anódica (+) é recomendada durante a fase inflamatória da cicatrização da ferida. A estimulação catódica (-), é recomendada para facilitar as fases de proliferação, remodelamento e maturação da cicatrização da ferida. 
Modo de emissão: contínuo ou pulsado. O modo pulsado é aplicado com frequências que variam de 0,1 à 200 pulsos por segundo (pps). 
Duração da aplicação: varia de 30 a 120 minutos.
Indicação: 
Feridas dérmicas;
Pontos gatilhos miofasciais;
Epicondielite;
Miocontratura;
Peritendinite de ombro;
Distúrbios da coluna lombar;
Distúrbios da ATM. 
Contraindicação:
Sobre uma área de osteomielite;
Sobre áreas cancerígenas;
Sobre implantes eletrônicos;
Sobre a área cervical anterior
CALOR E FRIO
CALOR
Modalidades de termoterapia e Agentes Terapêuticos 
	
	Condução
	Convecção
	Conversão
	Superficial
	Compressas Envolturas 
Bolsas quentes Parafina 
	Banhos
Duchas quentes Sauna
	Infravermelho
	Profunda
	
	
	Ondas Curtas Microondas 
Ultra-som
Efeitos fisiológicos: 
Atividadecelular -> o aumento da temperatura acelera as reações químicas envolvidas na atividade metabólica, podendo levar ao aumento da taxa metabólica de 13% para cada aumento de 1ºC na temperatura do tecido.
Fluxo sanguíneo -> quando a pele é aquecida, a superfície fica avermelhada (eritema) e os vasos sanguíneos se tornam dilatados levando a um aumento do fluxo sanguíneo. Um bom suprimento sanguíneo é essencial para o aquecimento e caso haja infecção, o numero de células brancas e exsudatos fluido ajudam a destruir as bactérias. Se ocorre algum dano tissular local durante o aquecimento, uma dilatação adicional pode ser produzida pela liberação de substâncias semelhantes à histamina e bradicinina. Níveis aumentados de certos metabólitos no sangue – resultado da atividade metabólica aumentada decorrente de temperaturas aumentadas – também tem um efeito direto nas paredes dos vasos, estimulando a vasodilatação. A aplicação de calor local nos estágios iniciais do trauma deve ser evitada para não resultar em edema, visto que a presença de mediadores químicos pode afetar a permeabilidade capilar e pós-capilar das vênulas e o aumento da pressão hidrostática capilar pode resultar em edema. 
Colágeno -> As propriedades de certos tecidos podem ser mudadas com o aquecimento, por exemplo, a extensibilidade dos tendões podem ser aumentadas quando se eleva a temperatura. A temperatura articular influencia na resistência ao movimento, com a baixa temperatura aumentando e a alta temperatura reduzindo a resistência, essas alterações articulares podem ser atribuídas as mudanças na viscosidade do fluido sinovial. Por isso muitos autores tem sugerido que o calor é benéfico se usado antes de um alongamento passivo ou ativo para mobilizar cicatrizes ou alongar contraturas.
 
Alterações neurológicas -> Esses efeitos incluem primariamente alterações no tônus muscular e níveis da dor. É observado na pratica clínica que o tônus aumentado, pode as vezes ser aliviado com o uso de calor. Há evidências de que o aquecimento da pele resulta em diminuição da tensão, provavelmente devido à atividade das fibras y afetando os fusos musculares. Em relação ao alívio da dor, o calor é frequentemente usado em diversos distúrbios, em alguns casos a dor pode ser aliviada com a redução do espasmo muscular. A dor atribuída à isquemia pode ser reduzida pela vasodilatação induzida pelo calor, com células e substancias químicas, vindo para a área assistir a regeneração e remover os resíduos da lesão. Há também alegações de que o calor age como contra-irritante, esses efeitos podem ser mediados através do efeito dos receptores de morfina no sistema nervoso central e do papel das encefalinas e endorfinas na modulação da dor. 
Efeitos terapêuticos:
Cicatrização -> nos estágios iniciais das lesões inflamatórias não é benéfica a aplicação de calor, já nos estágios crônicos, de reparo e regeneração são apropriadamente tratados com calor, todas as formas de aquecimento terapêutico são aplicadas a uma grande variedade de condições crônicas.
Alívio da dor -> o calor terapêutico é amplamente usado para o alívio da dor. Barbour e seus colaboradores (1986) descobriram que o calor era o método não-analgésico mais efetivo para o controle da dor. A estimulação dos receptores sensoriais de calor pode ativar o mecanismo da comporta da dor,o desenvolvimento de hiperalgesia em consequência do aquecimento leve sugere que as vias dos mecanorreceptores da pele são influenciadas pelo calor, o que pode contribuir para a modulação da dor.
Redução do espasmo muscular -> tem-se sugerido que o aquecimento das terminações nervosas aferentes secundárias dos fusos musculares e órgãos tendíneos de Golgi poderia ser um modo por meio do qual a influencia inibitória é aplicado ao grupo de neurônios motores para diminuir a excitação muscular (Lehmann e de Lateur, 1982). Apesar de esse efeito ter sido demonstrado em gatos, esse mecanismo não deve ser aplicado em humanos, pois a dor e o espasmo são interdependentes, uma redução em um causará uma redução no outro.
Efeito sedativo -> verificou-se que durante e após os tratamentos com o calor os pacientes adormecem mais prontamente. Apesar de isso ser apenas uma consequência do alívio da dor, tem-se notado que as temperaturas da pele aumentam um pouco antes do inicio do sono, de modo que esse efeito sedativo do calor superficial poderia ser um fenômeno reflexo. Apesar da escassez de estudos clínicos de suporte, ainda há uma aceitação considerável do uso do calor para alívio da dor. A associação que há entre o calor e a sensação de conforto e relaxamento, pode levar a sensação de bem estar a superfície do corpo é aquecida, o que é um efeito psicossomático. 
Aumento da amplitude de movimento articular 
são três mecanismos envolvidos: 
O efeito analgésico do calor permite maior tolerância ao alongamento, uma comparação entre o alongamento de isquiotibiais aplicando calor superficial antes mostrou um aumento maior na flexão do quadril dessa forma do que com o alongamento apenas (Michlovitz, 1986).
A viscosidade dos tecidos é reduzida, o que explica em parte a redução da rigidez articular que acorre com o aquecimento (Wright e Johns, 1961).
O aumento da extensibilidade do colágeno ocorre com temperaturas mais elevadas (Lehmann et al., 1970).
O calor é portanto usado antes do alongamento passivo e do exercício para aumentar o movimento articular ou alongar cicatrizes ou contraturas, por exemplo nos estágios crônicos da artrite reumatóide ou qualquer condição na qual a fibrose seja uma características acentuada.
Dosimetria
A dosimetria vai depender do:
Nível de temperatura tecidual. A faixa terapêutica aproximada 40 a 45º C.
Duração da elevação de temperatura tecidual. A faixa terapêutica aproximada é de 3 a 30 minutos. 
Velocidade da elevação de temperatura nos tecidos. 
Tamanho da área tratada.
Contra indicação:
Área de hiper ou hiposensibilidade; 
Área cancerosa; 
Área de tromboflebite; 
Área hemorrágica; 
Sobre áreas abdominal, pélvica e lombar de gestantes; 
Sobre uma patologia inflamatória aguda e grave; 
Pacientes confusos e não confiáveis; 
Área de circulação sanguínea comprometida; 
Sobre feridas superficiais abertas e fechadas, incluindo feridas enxertadas ou queimaduras.
Indicação:
Condições inflamatórias subagudas e crônicas, 
dor subaguda e crônica, 
remoção do edema subagudo, 
diminuição de ADM, 
reabsorção de edema, 
pontos-gatilho miofasciais, 
músculo antálgico, 
espasmo muscular, 
tensão muscular subaguda. 
FRIO
A terapia que utiliza o frio ou a crioterapia se refere ao uso do resfriamento local ou geral do corpo com fins terapêuticos.
Efeitos fisiológicos:
Atividade celular -> a constatação que os processos químicos e biológicos se tornam mais lentos com a diminuição da temperatura. Como a maioria dos sistemas enzimáticos opera a uma temperatura ideal, o abaixamento da temperatura resulta em uma lenta inativação dos processos químicos. A viabilidade celular depende dos sistemas de transportes da membrana envolvendo bombas bioquímicas, que mantem a composição iônica intracelular. As baixas temperaturas resultam em um ganho de Na+ e Ca+² e perda de K+ nas células, as membranas perdem a sua permeabilidade seletiva em condições frias.
Fluxo sanguíneo -> Os termorreceptores são estimulados a produzirem uma vasoconstrição reflexa autônoma na superfície do corpo. Além disso, há um efeito constritor direto do frio sobre a musculatura lisa das arteríolas e vênulas, reduzindo a transferência de calor para a periferia. 
Colágeno -> o colágeno tende a tornar-se mais rígido quando resfriado, nas articulações, por exemplo, ocorre um aumento na rigidez a medida que as temperaturas são reduzidas.
Alterações neurológicas -> o frio aplicado a pele proporciona um forte estimulo sensorial por meio da estimulação dos receptores de frio, podendo ser usado terapeuticamente na supressão da dor e no tratamento da hipertonicidade. Se o frio é intenso o suficiente, ele reduz a velocidade

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