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Direito Social - UNIDADE I - UNIFOR

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DIREITO 
 SOCIAL 
PROF.º: FRANCISCO TORRES
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA -UNIFOR
 
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DIREITO SOCIAL 
UNIDADE I – NOÇÕES DE DIREITO
SÍNTESE DA AULA:
NOÇÕES DE DIREITO
DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO
DIVISÃO, RAMOS E FONTES DE DIREITO.
NOÇÕES DE DIREITO
O estudo da História, ao longo dos séculos, tem revelado que o homem nunca procurou ficar completamente isolado dos seus semelhantes para viver e sobreviver.
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Em outras palavras, o homem nunca adotou a solidão como forma habitual de vida, demonstrando, com isso, que a sociabilidade é característica fundamental de nossa espécie.
De fato, se não fosse a sociabilidade, gerando a união entre os grupos humanos, talvez nossa espécie não conseguisse superar os perigos e dificuldades da primitiva vida selvagem.
O homem, como já observou o filósofo Aristóteles, é um ser eminentemente social.
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E, por viver em sociedade, a ação de um homem passou a interferir na vida de outros homens, provocando, consequentemente, a reação dos seus semelhantes.
Para que essa interferência de condutas humanas tivesse um sentido construtivo e não destrutivo, foi necessária a criação de regras capazes de preservar a paz no convívio social.
Foi assim que nasceu o Direito. Nasceu da necessidade de se estabelecer um conjunto de regras que dessem uma certa ordem à vida em sociedade.
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Ora, aos olhos do homem comum o Direito é lei e ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros. 
Podemos, pois, dizer sem maiores indagações, que o Direito corresponde à exigência essencial e indeclinável de uma convivência ordenada, pois nenhuma sociedade poderia subsistir sem um mínimo de ordem, de direção e solidariedade.
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O Direito é, por conseguinte, um fato ou fenômeno social; não existe senão na sociedade e não pode ser concebido fora dela.
Assim, podemos, de um modo bem simples, conceituar o Direito da seguinte maneira: 
CONCEITO DE DIREITO:
Direito é o conjunto de regras obrigatórias que disciplinam a convivência social humana.
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DIREITO OBJETIVO E SUBJETIVO
DIREITO OBJETIVO:
Direito Objetivo é a norma.
Assim já o definiam os romanos: ius est norma agendi – o Direito é norma de agir. 
O Direito Objetivo estabelece normas de conduta social. De acordo com elas, devem agir os indivíduos.
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DIREITO SUBJETIVO:
Direito Subjetivo é faculdade.
Quando se diz que alguém tem direito a alguma coisa, está-se referindo a direito subjetivo seu, a faculdade que possui.
Logicamente, os direitos subjetivos encontram proteção na norma, no Direito Objetivo. 
É este que os garante. Em outras palavras, é o Direito Objetivo que confere às pessoas direitos subjetivos.
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Tomemos, como exemplo, a norma do art. 319 do Código Civil: “O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter pagamento, enquanto não lhe seja dada”.
Trata-se aqui de norma de conduta, norma agendi, de Direito Objetivo, portanto. Esta norma confere ao devedor uma faculdade, um poder de agir – facultas agendi, qual seja, a faculdade, o poder de exigir quitação, no momento em que pagar.
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Este é direito subjetivo do devedor. Por outro lado, a mesma norma atribui ao credor um dever, o dever de dar quitação.
Vemos, pois, que aos direitos subjetivos de uma pessoa, normalmente, correspondem deveres por parte de outra.
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DIVISÃO, RAMOS E FONTES DE DIREITO
DIVISÃO DO DIREITO
Toda ciência, pra ser bem estudada, precisa ser dividida, ter as suas partes claramente discriminadas.
A primeira divisão que encontramos na história da Ciência do Direito é a feita pelos romanos, entre Direito Público e Privado, segundo o critério da utilidade pública ou particular da relação: o primeiro diria respeito às coisas do Estado, enquanto que o segundo seria pertinente ao interesse de cada um.
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Há duas maneiras complementares de fazer-se a distinção entre Direito Público e Privado, uma atendendo ao conteúdo; a outra com base no elemento formal, de conformidade com o seguinte esquema, que leva em conta as notas distintivas prevalentes:
Quanto ao conteúdo ou objeto da relação:
a-1) Quando é visado imediata e prevalentemente o interesse geral, o Direito é Público.
a-2) Quando imediato e prevalente o interesse particular, Direito é privado.
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Quanto à forma da relação:
b-1) Se a relação é de coordenação, trata-se, geralmente, de Direito Privado.
b-2) Se a relação é de subordinação, trata-se, geralmente, de Direito Público.
O que caracteriza uma relação de Direito Público é o fato de atender, de maneira imediata e prevalente, a um interesse de caráter geral. 
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Quando uma norma proíbe que alguém se aproprie de um bem alheio, não está cuidando apenas do interesse da vítima, mas, imediata e prevalecentemente, do interesse social. Por esse motivo, o Direito Penal é um Direito Público, uma vez que visa a assegurar bens essenciais à sociedade toda.
Por outro lado, existem, como vimos, relações intersubjetivas, em virtude das quais um dos sujeitos tem a possibilidade de exigir de outro a prestação ou a abstenção de certo ato.
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Ora, há casos em que as duas partes interessadas se acham no mesmo plano, contratando ou tratando de igual para igual. Em outros casos, uma das partes assume uma posição de eminência, de maneira, que há um subordinante e um subordinado.
Um indivíduo adquire algo, numa loja, e, contra o pagamento, recebe a coisa adquirida. Temos aí uma relação de compra e venda.
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Tanto o comprador como o vendedor se encontram na mesma situação, no mesmo plano, de maneira que a relação é de coordenação. É uma relação típica de Direito privado.
Se amanhã o Tribunal Eleitoral convocar os eleitores para as urnas, é evidente que estaremos diante de uma relação de Direito Público.
O eleitor não se põe diante do Estado em pé de igualdade; existe uma prescrição por parte do Estado, e o cidadão lhe deve obediência, sob pena de serem aplicadas sanções penais. Então dizemos que há uma relação de Direito Público.
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RAMOS DO DIREITO
O Direito Público e o Direito Privado se subdividem em vários setores, dentre os quais destacamos os seguintes:
Direito Constitucional: regula a estrutura básica do Estado fixada na Constituição, que é a lei suprema da Nação.
Direito Administrativo: regula a organização e funcionamento da Administração Pública e dos órgãos que executam serviços públicos.
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Direito Penal: regula os crimes e contravenções determinando as penas e medidas de segurança.
Direito Civil: regula, de um modo geral, o estado e a capacidade das pessoas e suas relações no que se refere à família, às coisas, às obrigações e à sucessão patrimonial.
Direito do Trabalho: regula as relações de trabalho entre empregado e empregador, preocupando-se, ainda, com a condição social dos trabalhadores.
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FONTES DO DIREITO 
A palavra fonte tem o significado comum de lugar de onde a água surge, nasce ou jorra. É nesse sentido que se diz: a praça desta cidade tem uma bela fonte. 
Mas podemos usar essa palavra num sentido amplo e figurado quando falamos, por exemplo, em fontes do direito ou fontes da norma jurídica. 
Nesse caso queremos saber qual é a origem do direito, de onde provêm as normas.
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São quatro as fontes clássicas do Direito:
A lei.
O costume jurídico.
A jurisprudência.
A doutrina jurídica.
A lei:
É sem dúvida, a mais importante fonte formal do Direito. Entende-se por lei a norma jurídica escrita emanada de poder competente. 
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O costume
jurídico:
O costume é a norma jurídica que não faz parte da legislação. 
É criado espontaneamente pela sociedade, sendo o resultado de uma prática geral obrigatória, constante e prolongada.
Nas comunidades primitivas o costume era a principal fonte do Direito. 
Não existiam leis escritas; as normas se fixavam pelo uso repetido de uma regra, que se transmite oralmente, de geração a geração.
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Exemplo:
A função natural do cheque é ser um meio de pagamento a vista. Se emitido sem fundos em poder do Banco sacado, ficará o que emitiu sujeito à sanção penal (art. 171, §2º, inciso VI, CP).
Entretanto, muitas pessoas vêm, reiterada e ininterruptamente, emitindo-o não como uma mera ordem de pagamento mas como garantia de dívida, para desconto futuro, na convicção de que esse procedimento não constitui crime.
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A jurisprudência:
Chamamos de jurisprudência o conjunto de decisões judiciais uniformes e reiteradas (repetidas) sobre determinados assuntos.
A doutrina jurídica:
A doutrina jurídica é o conjunto sistemático de teorias sobre o Direito elaborado pelos grandes juristas. A doutrina é produto da reflexão e do estudo que os juristas desenvolvem sobre o Direito.
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FINAL DA UNIDADE I
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