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Direito Social - UNIDADE V - UNIFOR

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DIREITO 
SOCIAL
UNIFOR 
PROF.: FRANCISCO TORRES
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UNIDADE V – CONCEITO DE EMPREGADO: 
O artigo 3º da CLT dispõe que: “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.” 
TIPOS DE TRABALHADORES:
TRABALHO AUTÔNOMO: 
Sua definição está contida na Lei 8.212/91, no art. 11, que prerroga que é “a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativo ou não; 
O trabalhador autônomo trabalha por conta própria, não é subordinado.
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A CLT não se aplica a trabalhadores autônomos, já que esse tipo de trabalhador não é empregado em virtude de não preencher o requisito da subordinação. Exemplo: profissionais liberais (advogados, médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, economistas etc.), desde que prestem serviços sem subordinação jurídica.
São Características do Trabalhador Autônomo:
a) ausência de subordinação jurídica;
b) atua por conta própria, assumindo os riscos de sua atividade econômica;
c) presta os seus serviços com profissionalidade e habitualidade;
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TRABALHO EVENTUAL:
“O eventual é a pessoa física contratada apenas para trabalhar em certa ocasião específica: trocar uma instalação elétrica, consertar o encanamento, etc. Terminado o evento, o trabalhador não irá mais à empresa”.
São características do Trabalhador Eventual:
a) ausência de habitualidade (não eventualidade);
b) presta serviços esporádicos, de curta duração; 
c) não atua com profissionalidade;
d) relação jurídica bilateral entre o trabalhador e o tomador dos serviços (2 atores sociais).
Exemplo: bico e o chapa.
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TRABALHADOR AVULSO:
São características do Trabalho Avulso:
a) ausência de habitualidade (não eventualidade): é aquele que presta serviços a diversas empresas com intermediação obrigatória do sindicato ou do OGMO (Órgão Gestor de Mão-de-Obra);
b) relação jurídica triangular ou trilateral: 3 atores sociais envolvidos: trabalhador, tomador dos serviços e intermediador de mão de obra.
é quem presta serviços a diversas empresas sem ser empregado de nenhuma delas. É modalidade de trabalhador eventual que presta serviço por períodos curtos de tempo, a vários tomadores, sem haver fixação a nenhum deles. 
Os trabalhadores avulsos estão reunidos em sindicatos ou órgão gestor de mão-de-obra, e é por intermédio dos mesmos que as empresas contratam os serviços deles. 
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Em geral trabalham em atividades ligadas ao transporte marítimo (estivadores, conferentes de carga e descarga, vigias, arrumadores, etc.). A lei 8.212 traz a definição em seu art. 12, inc. VI: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento. 
Ex: guindasteiro, rurícola que presta serviço a várias empresas sem vínculo empregatício, prático de barra em portos, ensacador de café.
O art. 7º, inc. XXXIV, da CF/88, traz importante regra de proteção aos trabalhadores avulsos, assegurando igualdade de direitos trabalhistas em relação ao trabalhador com vínculo empregatício.
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TRABALHO VOLUNTÁRIO:
São características do trabalho voluntário:
a) ausência de onerosidade, ou seja, pagamento de salário;
b) regido pela Lei 9.608/98; 
c) considera-se serviço voluntário a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativo ou de assistência social, inclusive mutualidade;
d) serviço voluntário não gera vículo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim;
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e) o serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício;
f) o prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço voluntário.
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ESTAGIÁRIO (Lei 11.788/2008): 
não é empregado; não tem os direitos previstos na CLT aplicáveis às relações de emprego.
Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. (art. 1º).
O estágio não cria vínculo de emprego com a parte que o concede, desde que atendidos os seguintes requisitos: matrícula e frequência regular ao curso de educação, celebração do termo de compromisso entre o educando, a instituição de ensino e a parte concedente do estágio, compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso (art. 3º, caput e incisos I a III).
 
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A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 anos, salvo no caso de portador de deficiência (art. 11). 
Segundo o art. 10, a jornada será definida de comum acordo entre o educando, a instituição de ensino e a parte concedente do estágio, não podendo ultrapassar: a) 4 horas diárias e 20 horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental; b) 6 horas diárias e 30 horas semanais, no caso de estudantes de ensino superior e ensino médio regular.
É assegurado ao estagiário, sempre que o estagio tenha duração igual ou superior a um ano, período de recesso de 30 dias, a ser gozado, preferencialmente durante suas férias. Quando o estagiário receber bolsa, o recesso deverá ser remunerado. Caso a duração seja inferior a um ano, os dias de recesso serão concedidos de maneira proporcional (art. 13).
 
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EMPREGADO DOMÉSTICO: 
O empregado doméstico presta serviços continuados, de natureza não-econômica, à pessoa ou à família, no âmbito residencial. É o caso da babá, do copeiro, do motorista particular, do cozinheiro, da empregada doméstica, do mordomo, do jardineiro e do caseiro. 
a Lei 5.859/72, fixou, como seus direitos, a anotação da CTPS, férias anuais de 30 dias e previdência social; a Lei 7.195/84, prevê a responsabilidade civil da agência de colocação de empregado doméstico, pelos danos que este acarretar aos patrões; 
A CF/88 ampliou os direitos atribuídos por lei ordinária e a Emenda Constitucional nº 72, publicada no Diário Oficial da União em 03 de abril de 2013, inovou ao garantir aos empregados domésticos: a obrigatoriedade do depósito do FGTS, remuneração do trabalho noturno superior ao diurno, salário família, observância de normas de saúde e segurança do trabalho, reconhecimento das convenções e acordos coletivos, proibição de discriminação salarial quanto ao 
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sexo, idade e raça, proibição de trabalho noturnos, perigosos ou insalubres aos menores de dezesseis anos, além do pagamento de horas extras (que extrapolem as 44 horas semanais). Muitas dessas mudanças não são normas de aplicabilidade direta, ou seja, necessitam de regulamentação infraconstitucional. Alguns dos direitos, como a jornada de trabalho definida e as horas extras, passam a valer com a publicação da emenda. Outros, como o FGTS e o seguro-desemprego, precisam de regulamentação.
Empregado Rural: 
É o trabalhador que presta serviços em propriedade rural, continuadamente e mediante subordinação ao empregador, assim entendida, toda pessoa que exerce atividade agroeconômica (Lei 5.889/73); 
A CF/88 expandiu
os direitos do rural, equiparando-se aos dos trabalhadores urbanos (art. 7º, caput).
 
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