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Direito Social - UNIDADE VII - conceito de empregador - UNI

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DIREITO 
SOCIAL
UNIFOR 
PROF.: FRANCISCO TORRES
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UNIDADE VII – CONCEITO DE EMPREGADOR
“Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.” (art. 2º da CLT)
Empregador é aquele que tem empregado. É quem assume os riscos de sua atividade, ou seja, tanto os resultados positivos como os negativos. Esses riscos da atividade econômica não podem ser transferidos para o empregado, como ocorre na falência, na concordata e quando da edição de planos econômicos governamentais.
 
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Há a direção do empregador em relação ao empregado, decorrente do poder de comando do primeiro, estabelecendo, inclusive, normas disciplinares no âmbito da empresa. O empregador dirige a atividade da pessoa e não a pessoa. Do contrário, o trabalhador seria escravo.
Não se exige o requisito pessoalidade do empregador. Esse requisito é essencial para o empregado, mas não para o empregador. O dono do empreendimento pode ser substituído, mas o empregado não pode se fazer substituir de forma permanente.
 
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O contrato de trabalho é personalíssimo em relação ao empregado, mas não quanto ao empregador, salvo se pessoa física e vem a falecer, sem que haja continuidade do negócio.
O empregador tem o direito de determinar o modo como deve ser exercida a atividade do empregado (poder diretivo) podendo se manifestar sob três aspectos fundamentais, sendo eles, o poder de organização, poder de controle e o poder disciplinar.
A partir do momento em que o empregador contrata o empregado, esse poder já existe, tomando como forma o poder de comando, ou seja, “faculdade que o habilita a dispor da força de trabalho contratada junto ao empregado”.
 
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Poder diretivo do empregador:
O poder diretivo consiste na faculdade do empregador organizar o ambiente de trabalho, de forma coerente, determinando as normas de caráter técnico às quais o empregado está subordinado.
O fato de o empregador poder aplicar a sanção que ele achar necessária para com seu empregado, mantendo assim, a ordem na empresa, não lhe autoriza tacitamente a abusar deste poder.
E como já citado anteriormente está fundamentado no art. 2º, “caput”, da CLT, que determina que o empregador “dirige pessoalmente a prestação de serviços dos seus empregados”. 
 
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Existem várias formas deste poder em que o empregado está subordinado, podendo citar entre elas, o poder disciplinar, que é o poder do empregador de impor sansões disciplinares ao empregado, podendo inclusive fiscalizar/controlar o trabalho deste, observando não só o modo de trabalhar como também seu comportamento.
Assim, observa-se que o poder diretivo do empregador se caracteriza principalmente pela subordinação do empregado ao empregador.
 
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Algumas teorias que fundamentam o poder diretivo:
- A teoria da Propriedade Privada: o empregador é dono da empresa e desta forma manda naquele ambiente;
- A teoria do Interesse: o poder de direção gera um interesse que tem como objetivo atingir o objetivo da atividade;
- A teoria Institucionalista: que pleiteia a empresa o poder de autorizar o empregador a agir como se governante fosse;
- A teoria Contratualista: em função do contrato social o empregador fundamenta seu poder de direção, fazendo com que o empregado seja seu subordinado espontaneamente.
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Poder de organização:
Decorre da possibilidade de o empregador, unilateralmente, baixar normas gerais que, incontineti, agregam-se a relação de emprego. Sendo esta de natureza contratual, poderemos afirmar que o empregador tem a faculdade  de acrescentar, através do regulamento da empresa cláusulas  à relação contratual de emprego, por ato unilateral. 
Poder de controle :
Manifestação mais comum do poder de comando do empregador, em regra, delegadas a prepostos seus, empregados detentores de funções técnicas ou de chefias. É a pessoa do prestador de serviços que acaba  sendo dirigida.[...] 
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Poder disciplinar:
Sem dúvida, temos aqui a expressão mais veemente da superioridade hierárquica do empregador. Diante da conduta inadequada do empregado, o empregador exercitará legitimamente o direito de puni-lo, negando-lhe o trabalho, fonte de salário ou indo ao extremo da despedida por justa causa, no caso dos empregados sem estabilidade no emprego.
O empregador não deve aplicar outra medida punitiva, que não esteja prevista em lei, o empregador somente está autorizado a aplicar a advertência, suspensão e demissão por justa causa e, esta última, desde que embasado comprovadamente no art. 482 da CLT.
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Dessa forma, não pode o empregador aplicar formas diversas de punição ao empregado, tais como, transferir para outro setor, “pegar no pé”, multá-lo (exceto se houver previsão legal em convenção coletiva), redução salarial, supressão de benefícios ou qualquer manifestação decorrente da conduta do empregador, as quais oculte de fato a punição.
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TIPOS DE EMPREGADOR:
Empresa de Trabalho Temporário: A empresa de trabalho temporário é a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos (art. 4º da Lei nº 6.019/74). O § 1º do art. 15 da Lei nº 8.036/90 considera empregador o fornecedor de mão-de-obra para os efeitos do FGTS, que é justamente a empresa de trabalho temporário. 
Empregador Rural: É a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agroeconômica, em carater permanente ou temporário, diretamente ou por meio de prepostos e com auxílio de empregados (art. 3º da Lei nº 5.889/73). 
 
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Não é apenas a pessoa que está na área rural. O sítio pode estar no âmbito urbano e o empregador ser rural. Logo, o importante é a atividade exercida pelo empregador, atividade agroeconômica, de agricultura ou pecuária. 
Difere o empregador rural do urbano, pois o primeiro exerce sua atividade no campo, e o segundo, na cidade. Distingue-se o empregador rural do doméstico, pois este é a pessoa ou família que não tem atividade lucrativa, diferentemente do empregador rural.
Empregador Doméstico: É a pessoa ou família que, sem finalidade lucrativa, admite empregado doméstico para lhe prestar serviços de natureza contínua para seu âmbito residencial. Não pode, portanto, o empregador doméstico ser pessoa jurídica nem ter atividade lucrativa.
 
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Grupo de Empresas: “Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas” (art. 2º, paragrafo único, da CLT).
Configurado o grupo econômico, todas as empresas respondem solidariamente pelos créditos trabalhistas dos empregados das diversas empresas integrantes do grupo.
Assim, havendo grupo econômico, os empregados das diversas empresas do grupo estarão mais bem garantidos, uma vez que seus créditos trabalhistas podem ser pagos por outra empresa do grupo, mesmo que para ela não tenham trabalhado; ela será responsabilizada a título de coobrigada, ao lado da devedora principal.
 
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Equiparados a Empregador: “Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados” (art. 2º, §1º, da CLT).
Enquanto o caput do art. 2º da CLT define empregador, como acima visto, o seu parágrafo
primeiro trata das pessoas equiparadas a empregador.
São equiparados a empregador, desde que contratem empregados, os sindicatos, o condomínio de apartamentos, o profissional autônomo, a associação de servidores etc.
 
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