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FATOS JURIDICOS NEGOCIOS JURIDICOS

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CURSO ON-LINE – DIREITO CIVIL–EXERCÍCIOS COMENTADOS AFRFB 
 
PROFESSORA: SUZANA LOPES 
 
Prof.ª Suzana Lopes www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
AULA 03 – FATOS JURÍDICOS – NEGÓCIO JURÍDICO 
 
Olá caros amigos!!! 
 
Estamos de volta em nossa aula 03. Vamos dar prosseguimento com nosso 
projeto de totalidade de acertos na prova de direito processual civil da Receita 
Federal. 
Na aula de hoje estudaremos os assuntos relacionados aos fatos jurídicos e 
negócio jurídicos. 
Dessa forma, prestem bastante atenção, e vamos juntos em mais essa etapa 
rumo à aprovação na Receita Federal. 
 
Preparados? Vamos lá... 
 
Um ótimo estudo a todos. 
 
Suzana Lopes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof.ª Suzana Lopes www.pontodosconcursos.com.br 2 
 
1. LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (VUNESP/ Exame de Ordem – OAB - SP / 2007) O reconhecimento 
da paternidade e a fixação de domicílio são exemplos de qual dos 
conceitos a seguir? 
a) Direito natural. 
b) Negócio jurídico. 
c) Ato jurídico stricto sensu. 
d) Fato não-jurídico. 
 
Comentário: Essa questão trata de um assunto que é bastante abordado nas 
diversas provas de concurso. 
Antes de analisarmos a questão propriamente dita, como é nossa primeira 
questão, vamos realizar uma rápida e eficiente revisão da matéria em questão. 
 
Podemos definir fato jurídico como sendo as diversas fases que ocorrem 
durante a existência do direito, que vem a produzir algum efeito jurídico. 
Pode-se fazer uma analogia com o ciclo vital do ser humano. Este nasce, 
cresce, se desenvolve e morre, ou seja, passa por diversas fases/etapas 
durante sua existência. O fato jurídico seria justamente essas variadas fases 
que ocorrem durante a vida do ser humano. 
 
Professora, então todo fato é um fato jurídico? 
 
Não, existem fatos que não possuem importância para o direito, não são 
relevantes para o direito. 
 
 
Ex: uma criança que está andando na rua e pede uma 
bala para sua mãe. Isso é um fato, sem dúvida, porém 
o direito não se preocupa com ele. Não necessitará de 
um juiz para avaliar se a mãe deve ou não dar a bala 
para a criança. Ou seja, são fatos sem relevância, que 
por sua vez se resolvem sem consulta de advogados ou 
juízes. 
 
 
 
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Os fatos jurídicos podem ser subdivididos em algumas classificações distintas. 
Vamos observar o quadro abaixo para relembrarmos essas classificações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom, agora que já relembramos um pouco do que vem a ser o fato jurídico, 
vamos realizar a análise das questões, sempre realizando sucintas revisões, de 
forma a relembrarmos alguns assuntos mais importantes para a prova de 
vocês. 
 
Para respondermos essa questão, torna-se importante sabermos o que 
representa cada uma das alternativas, vejamos: 
 
FATO JURÍDICO 
INDEPENDE DA VONTADE 
HUMANA 
ORDINÁRIO: NASCIMENTO, 
MORTE ETC. 
EXTRAORDINÁRIO: FORÇA 
MAIOR E CASO FORTUITO. 
ATO JURÍDICO 
 
A VONTADE HUMANA É 
NECESSARIA PARA A 
REALIZAÇÃO DO ATO 
COMPRAR ALGO, COMER 
ALGO. 
 
FATO JURÍDICO 
FATOS NATURAIS 
ATOS JURÍDICOS 
(SENTIDO AMPLO) 
EXTRAORDINÁRIO 
ORDINÁRIO 
LÍCITO 
ILÍCITO 
NEGÓCIO 
JURÍDICO 
ATO-FATO 
JURÍDICO 
ATO JURÍDICO 
(SENTIDO 
RESTRITO) 
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Ambos os casos dependem da vontade humana para realização do ato, tendo o 
efeito da manifestação da vontade predeterminado na lei. No ato jurídico stricto 
sensu, muitas das vezes o efeito não é buscado nem imaginado pelo agente, mas 
decorre de uma conduta e é sancionado pela lei. 
DIREITO 
NATURAL 
CONSTITUIDO 
POR PRINCÍPIOS 
INERENTES A 
ESSENCIA 
HUMANA. 
DIREITO 
ESPONTANEO, 
QUE TEM SUAS 
ORIGENS NA 
NATUREZA 
SOCIAL DO 
HOMEM. 
SERVE DE 
PARAMETRO PARA 
OS 
LEGISLADORES 
DO DIREITO 
POSITIVO 
NÃO É 
ESCRITO 
DIREITO DE IR 
E VIR, DE SE 
REPRODUZIR, 
DE 
COMUNICAR-
SE, DE 
TRABALHAR, 
DE 
CONSTITUIR 
FAMÍLIA... 
DIREITO 
POSITIVO 
CONSTITUIDO 
COM BASE NOS 
DIREITOS 
NATURAIS 
O HOMEM QUE 
CRIA 
SERVE DE 
PARAMETRO PARA 
A SOCIEDADE 
É 
ESCRITO 
 NORMAS 
EMANADAS 
PELO ESTADO 
 
NEGÓCIO JURÍDICO 
DECLARAÇAO DE VONTADE PRIVADA COM 
FINALIDADE NEGOCIAL. VISA-SE A AQUISIÇÃO, 
CONSERVAÇÃO, MODIFICAÇÃO OU EXTINÇÃO DE 
DIREITOS, IMPLICANDO DECLARAÇÃO EXPRESSA 
DA VONTADE. 
 
Portanto, podemos concluir que os casos expressos na questão: 
reconhecimento da paternidade e a fixação de domicílio representam um 
ato jurídico stricto sensu, uma vez que: 
 
 
 
 
 
 
Gabarito “C” 
 
2. (VUNESP / Exame de Ordem – OAB - SP/ 2007) São exemplos de 
fatos jurídicos stricto sensu 
 
a) a declaração, o testamento, a residência. 
b) o contrato, o testamento, a aluvião. 
c) a descoberta de tesouro, a dívida de jogo, o nascimento. 
d) o nascimento, a morte, a aluvião. 
 
 
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Comentário: Coloquei essa questão para que todos vocês tomem cuidado para 
não confundirem os conceitos. Na questão anterior vimos o ATO jurídico 
stricto sensu, e nesta de agora é pedido os casos de FATO jurídico stricto 
sensu. 
 
Ato jurídico stricto sensu ��� há manifestação de vontade humana, 
mas seus efeitos jurídicos são determinados pela lei e não pelas partes. 
 
Fato jurídico stricto sensu ��� São os chamados fatos naturais, se 
subdividindo em ordinários e extraordinários. São fatos relevantes para 
o direito que decorrem da simples manifestação na natureza, ou seja, 
são alheios à vontade humana. 
 
 
Portanto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: “D” 
 
3. (MOVENS / Analista – Prefeitura de Manaus (AM) / 2010) Em 
relação aos fatos e atos jurídicos, assinale a opção correta. 
 
a) O dolo se caracteriza quando uma pessoa, sob premente 
necessidade ou por inexperiência, se obriga a prestação 
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
FATOS NATURAIS 
(FATO JURÍDICO STRICTO SENSU) 
ORDINÁRIOS EXTRAORDINÁRIOS 
São os esperados: nascimento, a 
morte, a maioridade, o decurso de 
tempo (ex. usucapião, prescrição e 
decadência), etc; 
São os imprevisíveis: terremoto, 
os raios, as tempestades, e 
todos os demais atos que se 
enquadram na categoria de caso 
fortuito ou força 
maior(Aluvião). 
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b) O agente que induz certo devedor a firmar novo negócio jurídico sob 
determinadas condições, mediante a ameaça de protestar o título 
vencido e não pago, que garante a dívida, age mediante coação. 
c) Conforme previsão expressa do Código Civil, não corre prescrição 
contra os absolutamente incapazes. 
d) É nulo o negócio jurídico por vício resultante de erro, dolo, coação,estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
 
Comentário: Essa questão aborda os defeitos dos negócios jurídicos. Pode-se 
resumir esses defeitos da seguinte maneira: 
 
DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS 
Erro Dolo Coação 
Estado de 
Perigo 
Lesão Fraude contra credores 
 
 
Essa questão é relativamente tranquila, pois pode ser 
respondida apenas com o conhecimento dos artigos do 
Código Civil. 
 
Vejamos: 
 
Alternativa “A”: O dolo se caracteriza quando uma pessoa, sob 
premente necessidade ou por inexperiência, se obriga a prestação 
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
Errada - Art. 157. OCORRE A LESÃO quando uma pessoa, sob premente 
necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente 
desproporcional ao valor da prestação oposta. 
 
Alternativa “B”: O agente que induz certo devedor a firmar novo 
negócio jurídico sob determinadas condições, mediante a ameaça de 
protestar o título vencido e não pago, que garante a dívida, age 
mediante coação. 
Errada - Art. 153. NÃO SE CONSIDERA COAÇÃO a ameaça do exercício 
normal de um direito, nem o simples temor reverencial. 
 
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Alternativa “C”: Conforme previsão expressa do Código Civil, não corre 
prescrição contra os absolutamente incapazes. 
Correta - Art. 198. Também não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º; 
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos 
Municípios; 
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de 
guerra. 
Para relembrar, observem o art. 3˚ do CC: 
 
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da 
vida civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
 
Alternativa “D”: É nulo o negócio jurídico por vício resultante de erro, 
dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
Errada - Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é 
ANULÁVEL O NEGÓCIO JURÍDICO: 
[...] 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude 
contra credores. 
 
Gabarito: “C” 
 
 
DICIONÁRIO JURÍDICO 
A coação é uma pressão exercida contra um determinado 
indivíduo, de forma que este concorde com algo. É um 
vício do consentimento que macula a manifestação da 
vontade, podendo dar causa à invalidade ou até mesmo à 
nulidade do negócio jurídico. 
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• EX TUNC ��� RETROAGE 
• EX NUNC ��� NÃO RETROAGE, É DE 
AGORA PARA FRENTE 
 
4. (TRF – 4ª REGIÃO / Juiz – TRF – 4ª REGIÃO/ 2010) Assinale a 
alternativa correta. 
É nulo o ato jurídico: 
a) Que tiver por objetivo fraudar lei imperativa. 
b) Se resultante de erro. 
c) Se resultante de coação. 
d) Praticado para fraudar terceiros. 
e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas. 
 
Comentário: O interessante dessa questão é sabermos a diferenciação 
entre dois conceitos distintos: “nulo” e “anulável”. Vamos relembrar tais 
conceitos, e depois analisar a questão: 
 
ATO JURÍDICO NULO ATO JURÍDICO ANULÁVEL 
Viola norma de interesse 
público/coletividade 
Viola norma de interesse particular 
Reconhecido de ofício pelo juiz Não pode ser reconhecido de ofício 
pelo juiz 
Qualquer pessoa envolvida pode 
alegar, e a qualquer tempo 
Só pode alegar aquele que for 
prejudicado, e dentro do prazo 
estabelecido. 
Não pode ser dada validade para o 
ato posteriormente 
Pode ser dado validade para o ato 
posteriormente 
Ação declaratória Ação Desconstitutiva 
Efeito ex tunc Efeito ex nunc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Vamos para a análise das alternativas abaixo: 
 
Alternativa “A”: Que tiver por objetivo fraudar lei imperativa. 
Correta - Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
[...] 
VI - TIVER POR OBJETIVO FRAUDAR LEI IMPERATIVA; 
 
Alternativa “B”: Se resultante de erro. 
Errada - Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é 
ANULÁVEL o negócio jurídico: 
II - por vício resultante de ERRO, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou 
fraude contra credores. 
 
Alternativa “C”: Se resultante de coação. 
Errada - Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é 
ANULÁVEL o negócio jurídico: 
II - por vício resultante de erro, dolo, COAÇÃO, estado de perigo, lesão ou 
fraude contra credores. 
 
Alternativa “D”: Praticado para fraudar terceiros. 
Errada - Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é 
ANULÁVEL o negócio jurídico: 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou 
FRAUDE CONTRA CREDORES. 
 
Alternativa “E”: Todas as alternativas anteriores estão incorretas. 
Errada – Porque a A está correta! 
 
Gabarito: “A” 
 
5. (CESPE / Exame de Ordem – OAB - SP / 2008) A respeito do fato 
jurídico, assinale a opção correta. 
 
a) A decadência extingue a pretensão e, por via oblíqua, o direito. 
b) Pode haver renúncia à prescrição antes da consumação do 
respectivo prazo, desde que não haja prejuízo a terceiros. 
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c) Ato jurídico em sentido estrito é o que surge como mero pressuposto 
de efeito jurídico preordenado pela lei sem função e natureza de 
autorregulamento. 
d) O negócio jurídico, ato independente da vontade humana, produz 
efeitos jurídicos, criando, modificando ou extinguindo direitos. 
 
Comentário: Questão bastante abrangente acerca do fato jurídico. Vejamos as 
alternativas: 
 
Alternativa “A”: A decadência extingue a pretensão e, por via oblíqua, o 
direito. 
Errada - Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular A PRETENSÃO, A 
QUAL SE EXTINGUE, PELA PRESCRIÇÃO, nos prazos a que aludem os arts. 
205 e 206. 
A prescrição extingue apenas a pretensão, o direito não é extinto. 
 
Alternativa “B”: Pode haver renúncia à prescrição antes da consumação 
do respectivo prazo, desde que não haja prejuízo a terceiros. 
Errada - Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só 
valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, DEPOIS QUE A PRESCRIÇÃO 
SE CONSUMAR; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do 
interessado, incompatíveis com a prescrição. 
 
Alternativa “C”: Ato jurídico em sentido estrito é o que surge como 
mero pressuposto de efeito jurídico preordenado pela lei sem função e 
natureza de autorregulamento. 
Correta – No ato jurídico em sentido estrito há manifestação de vontade 
humana, mas seus efeitos jurídicos são determinados pela lei e não 
pelas partes. 
 
Alternativa “D”: O negócio jurídico, ato independente da vontade 
humana, produz efeitos jurídicos, criando, modificando ou extinguindo 
direitos. 
Errada – O negócio jurídico é a DECLARAÇÃO DE VONTADE PRIVADA com 
finalidade negocial.Visa-se a aquisição, conservação, modificação ou extinção 
de direitos, implicando DECLARAÇÃO EXPRESSA DA VONTADE. 
 
Gabarito: “C” 
 
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6. (PGE - RO / Procurador – PGE - RO / 2011) O recente terremoto 
ocorrido no Japão em 11 de março de 2011, sob o ponto de vista da 
teoria geral do direito, pode ser classificado como 
a) ato jurídico em sentido estrito. 
b) ato jurídico em sentido amplo. 
c) negócio jurídico. 
d) fato jurídico em sentido estrito. 
e) fato ilícito em sentido estrito. 
 
Comentário: Essa questão explora a classificação de um fato jurídico. 
 
Conforme já vimos acima, os Fatos Jurídicos em sentido amplo podem ser 
classificados em: 
 
1- Fatos Naturais ou FATOS jurídicos em sentido estrito, que se dividem 
em: 
 a- ordinários - chuva, vento; e 
 b- extraordinários - terremoto 
 
2-Fato Humanos ou ATOS jurídicos em sentindo amplo, dividem em 
 a- Lícitos; e 
 b- Ilícitos. 
 
Portanto, temos que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: “D” 
FATOS NATURAIS 
(FATO JURÍDICO STRICTO 
SENSU) 
ORDINÁRIOS EXTRAORDINÁRIOS 
São os esperados: nascimento, a 
morte, a maioridade, o decurso de 
tempo (ex. usucapião, prescrição e 
decadência), etc; 
São os imprevisíveis: 
terremoto, os raios, as 
tempestades, e todos os 
demais atos que se 
enquadram na categoria de 
caso fortuito ou força 
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7. (COPEVE /Procurador Municipal - Prefeitura de Penedo (AL) / 2010) 
Isabella possui 14 anos de idade e gostaria de realizar o pagamento de 
uma prestação do financiamento que seu genitor obteve na Caixa 
Econômica Federal de Penedo, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). 
A atendente da instituição bancária, porém, não aceita esse pagamento 
por ser ela menor de idade. Considerando a classificação de fato 
jurídico de Pontes de Miranda, escolha a opção correta. 
a) A atendente encontra-se correta, pois o pagamento representa um 
ato jurídico lato sensu e, portanto, não pode ser realizado por 
relativamente incapaz em virtude de sua patente anulabilidade. 
b) A atendente encontra-se correta, pois o pagamento representa um 
ato jurídico lato sensu e, portanto, não pode ser realizado por 
absolutamente incapaz em virtude de sua patente nulidade. 
c) A atendente encontra-se correta, pois o pagamento representa um 
negócio jurídico e, portanto, não pode ser realizado por absolutamente 
incapaz em virtude de sua patente nulidade. 
d) A atendente encontra-se equivocada, pois o pagamento representa 
um ato-fato jurídico e, portanto, pode ser realizado por absolutamente 
incapaz. 
e) A atendente encontra-se equivocada, pois o pagamento representa 
um fato jurídico stricto sensu e, portanto, pode ser realizado por 
absolutamente incapaz. 
 
Comentário: Para chegarmos ao gabarito dessa questão é essencial 
classificarmos a ação colocada na questão, da vontade de pagar uma conta por 
uma menina de 14 anos. 
 
Vamos ver o que aparece nas alternativas e relembrar esses conceitos: 
 
Ato jurídico Lato Sensu ��� pode ser encontrado também pelo nome de fato 
humano. Consiste no fato que o indivíduo pratica com sua vontade por meio 
de uma ação humana lícita. Sendo assim, o Ato Jurídico Lato Sensu subdivide-
se em: a) Ato Jurídico Stricto Sensu; b) Negócio Jurídico. 
 
Negócio Jurídico ��� Declaração de vontade privada com finalidade negocial. 
Visa-se a aquisição, conservação, modificação ou extinção de direitos, 
implicando declaração expressa da vontade. 
 
 
 
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Fato jurídico stricto sensu ��� São os chamados fatos naturais, se 
subdividindo em ordinários e extraordinários. São fatos relevantes para o 
direito que decorrem da simples manifestação na natureza, ou seja, são 
alheios à vontade humana. 
 
Ex: Raios, tempestades e etc. 
 
 
Ato-Fato jurídico ��� Não possui fundamentação no Código Civil, é uma 
classificação criada por Pontes de Miranda. Apesar disso, é aceita pela doutrina 
e aparece em concursos normalmente. 
Consiste em um comportamento humano desprovido de consciência e 
discernimento, mas que ainda assim produz efeitos na órbita jurídica. 
Como exemplo clássico de uma ato-fato jurídico, é 
um louco que encontra um tesouro. Este terá direito 
a metade da riqueza encontrada, de acordo com o 
art. 1.264 do CC. 
Ou seja, foi algo desprovido de consciência, mas que 
produziu efeito na órbita jurídica. 
 
Portanto, podemos chegar à conclusão, de que o pagamento de uma divida por 
uma criança de 14 anos, caracteriza-se um ato-fato jurídico, visto que um 
criança de 14 anos, absoltamente incapaz de acordo com o art. 3˚ do CC, não 
possui adequado discernimento para tal ato, produzindo, porém um efeito na 
órbita jurídica. 
 
Gabarito: “D” 
 
8. (CESPE / Promotor de Justiça – MPE - AM / 2007) A respeito dos 
fatos, atos e negócios jurídicos, assinale a opção correta. 
a) É nulo o ato negocial no qual ambas as partes houverem 
reciprocamente agido com dolo. Mas, a nenhum dos contratantes é 
permitido reclamar indenização, devendo cada uma suportar o prejuízo 
experimentado pela prática do ato doloso, resguardando-se tão-
somente o direito ao ressarcimento do terceiro de boa-fé. 
b) Caracteriza-se a lesão quando alguém, sob premente necessidade, 
assume obrigação excessivamente desproporcional à vantagem obtida, 
gerando um lucro exagerado ao outro contratante. Para que seja 
reconhecida a nulidade desse negócio, exige-se, além do prejuízo de 
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uma das partes e do lucro exagerado da outra, o dolo de 
aproveitamento na conduta do outro contratante. 
c) Caracteriza-se fraude contra credores a remissão de dívida, quando 
se tratar de devedor insolvente ou reduzido a insolvência mediante 
perdão. Nesse caso, é irrelevante, para a caracterização da fraude, o 
conhecimento ou o desconhecimento do devedor em relação ao seu 
estado econômico ou financeiro. 
d) O dolo acidental de terceiro provoca a anulação do negócio jurídico, 
ainda que a parte a quem aproveite dele não tivesse nem devesse ter 
conhecimento, por afetar a declaração da vontade, desviando-a de sua 
real intenção e causando-lhe danos. 
e) O negócio jurídico celebrado mediante coação exercida por terceiro 
sujeita o coator e aquele que teve proveito econômico com a avença à 
reparação dos danos causados na conclusão do ato negocial. Nessa 
situação, ainda que a parte beneficiada ignore a coação, o negócio não 
terá validade, resolvendo-se em perdas e danos suportados somente 
pelo terceiro. 
 
Comentário: Essa questão é interessante por ser bastante abrangente, e não 
cobrar diretamente o contido no CC, exigindo do candidato um raciocínio e 
interpretação de seus artigos. Vamos para as alternativas: 
 
Alternativa “A”: É nulo o ato negocial no qual ambas as partes 
houverem reciprocamente agido com dolo. Mas, a nenhum dos 
contratantes é permitido reclamar indenização, devendo cada uma 
suportar o prejuízo experimentado pela prática do ato doloso, 
resguardando-se tão somente o direito ao ressarcimentodo terceiro de 
boa-fé. 
Errada - Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, NENHUMA 
PODE ALEGÁ-LO PARA ANULAR o negócio, ou reclamar indenização. 
 
Alternativa “B”: Caracteriza-se a lesão quando alguém, sob premente 
necessidade, assume obrigação excessivamente desproporcional à 
vantagem obtida, gerando um lucro exagerado ao outro contratante. 
Para que seja reconhecida a nulidade desse negócio, exige-se, além do 
prejuízo de uma das partes e do lucro exagerado da outra, o dolo de 
aproveitamento na conduta do outro contratante. 
Errada – Essa alternativa apresenta dois pontos de erro. O primeiro consiste 
no fato de afirmar que existe nulidade na lesão. Na realidade é cabível à lesão 
somente a anulabilidade, conforme podemos observar no art.178, II do CC. 
 
 
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Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para 
pleitear- se a anulação do negócio jurídico, contado: 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo 
ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O outro erro está no fato da alternativa afirmar que é necessário ocorrer o dolo 
de aproveitamento para ser configurada a lesão. 
Na lesão não é levado em conta se uma das partes se aproveitou da 
inexperiência ou da necessidade da outra (dolo de aproveitamento), mas sim se 
ocorreu o equilíbrio entre as partes no contrato. 
Na lesão a ideia primordial é o aproveitamento, e não o dolo de 
aproveitamento. 
 
Observem o art. 157 do CC: 
 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente 
necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação 
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores 
vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. 
§ 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido 
suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a 
redução do proveito. 
 
Somente de forma a subsidiar ainda mais nossa resposta, temos o enunciado 
n˚150 do Conselho da Justiça Federal, onde é apresentado o seguinte: 
“A lesão de que trata o art. 157 do Código Civil não exige dolo de 
aproveitamento”. 
PARA VOCÊ ENTENDER 
Como vimos acima, no código civil a lesão é causa de anulação 
do negócio jurídico. Entretanto, no Código de defesa do 
consumidor em seu art. 6˚, V, temos que a lesão é causa de 
nulidade absoluta. Essa diferença pode ser explicada pelo fato 
do Código de defesa do Consumidor estar no âmbito de ordem 
pública, devendo ser mais severo e extremista. 
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Alternativa “C”: Caracteriza-se fraude contra credores a remissão de 
dívida, quando se tratar de devedor insolvente ou reduzido a 
insolvência mediante perdão. Nesse caso, é irrelevante, para a 
caracterização da fraude, o conhecimento ou o desconhecimento do 
devedor em relação ao seu estado econômico ou financeiro. 
Correta - Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão 
de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à 
insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos 
credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. 
§ 1º Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. 
§ 2º Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a 
anulação deles. 
 
Alternativa “D”: O dolo acidental de terceiro provoca a anulação do 
negócio jurídico, ainda que a parte a quem aproveite dele não tivesse 
nem devesse ter conhecimento, por afetar a declaração da vontade, 
desviando-a de sua real intenção e causando-lhe danos. 
Errada - Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de 
terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter 
conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio 
jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem 
ludibriou. 
 
Alternativa “E”: O negócio jurídico celebrado mediante coação exercida 
por terceiro sujeita o coator e aquele que teve proveito econômico com 
a avença à reparação dos danos causados na conclusão do ato negocial. 
Nessa situação, ainda que a parte beneficiada ignore a coação, o 
negócio não terá validade, resolvendo-se em perdas e danos 
suportados somente pelo terceiro. 
Errada - Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de 
terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter 
conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e 
danos que houver causado ao coacto. 
 
Ou seja, o negócio continuará se mantendo ativo, ainda que a parte beneficiada 
não tiver conhecimento da coação. 
 
Gabarito: “C” 
 
9. (VUNESP / Titular de Serviços de Notas e Registros – TJ -SP / 2011) 
A consequência da estipulação de condição fisicamente impossível em 
negócio jurídico é: 
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a) considera-se inexistente a condição, se for suspensiva. 
b) nulidade do negócio, se a condição for resolutiva. 
c) nulidade do negócio, se a condição for suspensiva. 
d) considera-se inexistente a condição, seja suspensiva ou resolutiva. 
 
Comentário: Essa questão exige do candidato o conhecimento da diferença 
entre condição suspensiva e condição resolutiva. 
 
Vejamos: 
 
Inicialmente, vamos observar os art. 123 e 124 do CC. 
 
Art. 123. INVALIDAM os negócios jurídicos que lhes são 
subordinados: 
I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando 
SUSPENSIVAS; 
 
Art. 124. Têm-se por INEXISTENTES as condições 
impossíveis, quando RESOLUTIVAS, e as de não fazer coisa 
impossível. 
 
Vamos ver a diferença entre esses dois conceitos: 
 
Condição suspensiva ��� O negócio jurídico só existem 
quando essa condição está em vigor. A falta das condições 
suspensivas invalida o negócio jurídico. 
 
Condição Resolutiva ��� O ato não para de existir, e sim tem 
seu efeito jurídico interrompido. 
 
 
Ok professora, já sei o que vem a ser as condições suspensiva e 
resolutiva, mas o que é essas tais de condição fisicamente 
impossível e condição juridicamente impossível? 
 
Muito simples, condição fisicamente impossível são aquelas ações que nenhum 
ser humano consegue cumprir. 
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Podemos utilizar como exemplo uma viagem ao centro do sol. 
Ninguém é capaz de cumprir tal tarefa. 
 
 
Já as condições juridicamente impossíveis, seriam aquelas 
ações proibidas por lei, ou que vem a ferir os bons costumes e 
a moral. 
 
Ex: Fumar em local proibido. 
 
Agora que já relembramos os conceitos importantes para essa questão, 
podemos respondê-la tranquilamente. 
 
Analisando o art. 123 do CC, temos que: 
 
Art. 123. INVALIDAM os negócios jurídicos que lhes são 
subordinados: 
I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando 
SUSPENSIVAS; 
 
 
Gabarito: “C” 
 
10. (FCC / Analista Judiciário – TRF – 2ª REGIÃO / 2012) (CESPE / 
Analista de Controle Externo– TCE- TO / 2009) A respeito da disciplinados fatos jurídicos, assinale a opção correta. 
 
a) O pai, quando reconhece a paternidade do filho havido fora do 
casamento, pratica ato jurídico em sentido estrito. 
b) O provérbio “quem cala consente” é plenamente aplicável ao direito, 
pois, em regra, o silêncio importa anuência. 
c) Ocorre a reserva mental quando um dos contratantes oculta a sua 
verdadeira intenção, hipótese em que subsistirá a manifestação de 
vontade, sendo irrelevante para o direito o conhecimento ou o 
desconhecimento da reserva pela outra parte. 
d) Considere que duas partes tenham ajustado entre si uma doação, e, 
após algum tempo, houve conflito ante a interpretação das cláusulas 
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constantes do instrumento. Nesse caso, o juiz, ao decidir a eventual 
causa, deverá dar interpretação extensiva ao contrato. 
e) A vontade é pressuposto básico do negócio jurídico, sendo 
imprescindível a sua manifestação expressa. 
 
Comentário: Vamos analisar as alternativas. 
 
Alternativa “A”: O pai, quando reconhece a paternidade do filho havido 
fora do casamento, pratica ato jurídico em sentido estrito. 
Correta – Conforme já vimos anteriormente, temos que o ato jurídico em 
sentido estrito, ou stricto sensu, possui a seguinte definição: 
 
Ato jurídico stricto sensu ��� há manifestação de vontade humana, 
mas seus efeitos jurídicos são determinados pela lei e não pelas partes. 
 
Ou seja, a atitude do pai de decidir reconhecer a paternidade do filho havido 
fora do casamento, ocorreu pela sua vontade, entretanto as consequências 
desse ato não dependem do pai, e sim do previsto na lei. 
 
Alternativa “B”: O provérbio “quem cala consente” é plenamente 
aplicável ao direito, pois, em regra, o silêncio importa anuência. 
Errada – Caros alunos, sempre desconfiem nos termos como “sempre” e “em 
regra” nas provas de concursos. 
 
O art. 111 do CC afirma que: 
 
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as 
circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for 
necessária a declaração de vontade expressa. 
 
Alternativa “C”: Ocorre a reserva mental quando um dos contratantes 
oculta a sua verdadeira intenção, hipótese em que subsistirá a 
manifestação de vontade, sendo irrelevante para o direito o 
conhecimento ou o desconhecimento da reserva pela outra parte. 
Errada - Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor 
haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o 
destinatário tinha conhecimento. 
 
 
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Alternativa “D”: Considere que duas partes tenham ajustado entre si 
uma doação, e, após algum tempo, houve conflito ante a interpretação 
das cláusulas constantes do instrumento. Nesse caso, o juiz, ao decidir 
a eventual causa, deverá dar interpretação extensiva ao contrato. 
Errada – Para resolvermos essa alternativa não podemos esquecer que a 
doação, em regra, consiste em um negócio jurídico benéfico e não oneroso 
Portanto: 
 
 Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia 
INTERPRETAM-SE ESTRITAMENTE. 
 
Alternativa “E”: A vontade é pressuposto básico do negócio jurídico, 
sendo imprescindível a sua manifestação expressa. 
Errada – Mais uma vez alerto todos vocês, abram sempre o 
olho em expressões como “sempre”, “em regra”, 
“imprescindível”, e etc. 
 
Conforme já vimos acima, temos que: 
 
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o 
autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. 
 
Reserva Mental ��� Caracteriza-se pela diferença entre a vontade real 
(interna) e a declarada (exteriorizada). Ou seja, a pessoa declara algo 
que não é o que ela está sentindo por dentro. Oculta a verdadeira 
intenção. Podemos entender também no fato do declarante querer 
enganar a pessoa a quem se destina a declaração. 
 
Exemplo: João está vendendo seu fusca 1974 devido a suas 
dificuldades financeiras. Carlos, seu amigo de infância, que tem uma 
Mercedes e é muito bem sucedido, afirma que sempre foi seu sonho ter 
um fusca, e que quer comprar o carro de João. 
Nessa situação está configurada a reserva mental, uma vez que Carlos 
declarou que queria comprar o fusca, quando na verdade só tinha 
intenção de ajudar seu velho amigo diante desse problema financeiro 
que passa. 
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Gabarito: “A” 
 
11. (CESPE/ Procurador de Estado – PGE - CE/ 2008) Acerca dos fatos 
jurídicos, assinale a opção correta. 
 
a) Configura-se o estado de perigo quando uma pessoa, por 
inexperiência, ou sob premente necessidade, obriga-se a prestação 
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta, gerando 
lucro exagerado ao outro contratante. Nessa situação, a pessoa pode 
demandar a nulidade do negócio jurídico, dispensando-se a verificação 
de dolo ou má-fé da parte adversa. 
b) A fraude contra a execução é um defeito do negócio jurídico, 
caracterizando-se como vício de consentimento e viciando, como 
conseqüência, a declaração de vontade dos partícipes do negócio 
jurídico. 
c) A simulação relativa é um vício social que acarreta a nulidade do 
negócio jurídico, que não pode subsistir, mesmo que seja válido na 
substância e na forma. 
d) O negócio jurídico realizado com infração a norma de ordem pública, 
mesmo depois de declarado nulo por sentença judicial, por se tratar de 
direito patrimonial e, portanto, disponível, pode ser ratificado pelas 
partes, convalidando-se, assim, o ato negocial. 
e) A reserva mental caracteriza-se pela não-coincidência entre a 
vontade real e a declarada, com o propósito de enganar a outra parte. 
Se for desconhecida pelo destinatário, a manifestação de vontade 
subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não 
querer o que manifestou. 
 
Comentário: Essa questão é muito boa, bastante abrangente, que exige do 
candidato uma análise mais criteriosa das alternativas. 
 
Alternativa “A”: Configura-se o estado de perigo quando uma pessoa, 
por inexperiência, ou sob premente necessidade, obriga-se a prestação 
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta, gerando 
lucro exagerado ao outro contratante. Nessa situação, a pessoa pode 
demandar a nulidade do negócio jurídico, dispensando-se a verificação 
de dolo ou má-fé da parte adversa. 
Errada – A definição apresentada nesta alternativa diz respeito à lesão, e não 
ao estado de perigo. Observem a diferença: 
 
 
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ESTADO DE PERIGO 
 
 
 
 
 
LESÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na realidade, é muito complicado diferençarmos a lesão do estado de perigo. 
Muito se discute se não seria mais adequado unir esses dois conceitos em 
apenas um, mas mesmo assim, vamos verificar as diferenças existentes: 
 
Estado de perigo ��� Como diz o próprio nome, ocorre quando existe uma 
situação de perigo a que uma pessoa está sujeita, e por isso, assume obrigação 
muito onerosa. 
 
Ex: Uma pessoa está pulando de paraquedas e seu 
equipamentonão funciona. Ela diz que dará toda a sua 
fortuna se alguém salvá-la. 
 
Lesão ��� Na lesão não existe a situação de perigo, mas sim uma necessidade 
de ordem econômica. 
 
Ex: Uma pessoa está prestes a perder seu único imóvel, 
portanto precisa obter dinheiro para salvar seu patrimônio. 
Trata-se de uma necessidade de ordem econômica. 
 
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido 
da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave 
dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente 
onerosa. 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente 
necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação 
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores 
vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. 
§ 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido 
suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a 
redução do proveito. 
 
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Alternativa “B”: A fraude contra a execução é um defeito do negócio 
jurídico, caracterizando-se como vício de consentimento e viciando, 
como conseqüência, a declaração de vontade dos partícipes do negócio 
jurídico. 
Errada – Muito cuidado para não confundir a fraude contra a execução com a 
fraude entre os credores, esta sim um defeito do negócio jurídico. 
 
Alternativa “C”: A simulação relativa é um vício social que acarreta a 
nulidade do negócio jurídico, que não pode subsistir, mesmo que seja 
válido na substância e na forma. 
Errada – Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, MAS SUBSISTIRÁ o 
que se dissimulou, SE VÁLIDO FOR NA SUBSTÂNCIA E NA FORMA. 
 
Vamos entender isso verificando os conceitos de simulação absoluta e relativa. 
 
Simulação relativa: ocorre quando é ocultada a verdadeira natureza do 
contrato estabelecido entre duas pessoas. É um contrato com aparência de 
outro. Ou seja, as partes fazem um negócio, mas o verdadeiro objetivo é outro. 
 
Ex: O exemplo clássico dessa situação é o seguinte: 
Euzébio quer fazer a doação de um imóvel para Helena. 
Sabemos que o imposto de transmissão no caso de 
doação é maior do que no caso de compra e venda. Neste 
caso, é feito um contrato de compra e venda entre os 
dois, de forma a efetivar a passagem do imóvel para 
Helena. 
 
Este é um exemplo de simulação, porém que não acarretará na nulidade do 
negócio jurídico, visto que um contrato de compra e venda é válido na 
substância e na forma. 
 
Simulação Absoluta: É quando cria-se um contrato apenas de “fachada”, de 
aparência. É simulada a criação entre as partes de uma relação jurídica, mas na 
verdade nada se quer contratar. O objetivo é, geralmente, enganar outros e 
obter vantagens. 
 
Ex: César precisa obter um comprovante de residência na Bahia, de forma a 
obter vantagens para si. José possui um imóvel na Bahia. Então, eles 
combinam e fazem um contrato de locação, de forma que César possa ter o 
comprovante residencial que necessita. 
 
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Este é um exemplo de simulação absoluta, onde iria acarretar na nulidade do 
negócio jurídico. 
 
OU SEJA, O ERRO DA ALTERNATIVA FOI AFIRMAR QUE NO CASO DA 
SIMULAÇÃO RELATIVA, O NEGÓCIO JURÍDICO SERÁ NULO, MESMO QUE 
SEJA VÁLIDO NA SUBSTÂNCIA E NA FORMA. 
 
Alternativa “D”: O negócio jurídico realizado com infração a norma de 
ordem pública, mesmo depois de declarado nulo por sentença judicial, 
por se tratar de direito patrimonial e, portanto, disponível, pode ser 
ratificado pelas partes, convalidando-se, assim, o ato negocial. 
Errada – De acordo com o art. 169 do CC, temos que: 
 
Art. 169. O negócio jurídico nulo NÃO É SUSCETÍVEL DE 
CONFIRMAÇÃO, NEM CONVALESCE PELO DECURSO DO 
TEMPO. 
 
Alternativa “E”: A reserva mental caracteriza-se pela não-coincidência 
entre a vontade real e a declarada, com o propósito de enganar a outra 
parte. Se for desconhecida pelo destinatário, a manifestação de 
vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de 
não querer o que manifestou. 
Correta – Conforme já vimos anteriormente, a reserva mental caracteriza-se 
pela diferença entre a vontade real (interna) e a declarada (exteriorizada). 
No art. 110 do CC, temos que: 
 
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu 
autor haja feito a reserva mental de não querer o que 
manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. 
 
Gabarito: “E” 
 
12. (EJEF / Juiz – TJ - MG / 2009) "Fatos jurídicos são acontecimentos 
que produzem efeitos jurídicos, causando o nascimento, a modificação 
ou a extinção de relações jurídicas e de seus direitos". Ora constituem-
se como simples manifestação da natureza, ora podem configurar-se 
como manifestação da vontade humana. Neste último caso são 
chamados de atos jurídicos. 
 
Assim, dentre as assertivas abaixo, assinale CORRETA. 
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a) No ato jurídico em senso estrito a eficácia decorre da vontade do 
agente. É ato ex voluntate. 
b) Os atos jurídicos em senso estrito consistem em simples declarações 
de vontade que produzem efeitos estabelecidos em lei. 
c) O ato jurídico em senso estrito é a realização da autonomia privada, 
porque é instrumento de realização da vontade. 
d) O ato jurídico stricto sensu e o negócio jurídico são, ambos, 
manifestações de vontade, não se diferindo quanto a sua estrutura, a 
sua função e a seus efeitos. 
 
Comentário: Mais uma questão que exige do candidato o conhecimento sobre 
atos jurídicos stricto sensu e negócio jurídico. Observem que são assuntos 
extremamente importantes para a prova de vocês, e justamente por isso, que 
estou insistindo em várias questões nesse padrão e estilo. 
 
Alternativa “A”: No ato jurídico em senso estrito a eficácia decorre da 
vontade do agente. É ato ex voluntate. 
Errada – Como já vimos algumas vezes acima, temos que: 
 
Ato jurídico stricto sensu ��� há manifestação de vontade humana, mas seus 
efeitos jurídicos são determinados pela lei e não pelas partes. Existe uma 
determinação prévia da lei, não existindo para o agente a escolha dos efeitos 
jurídicos. 
 
 
 
 
 
 
Alternativa “B”: Os atos jurídicos em senso estrito consistem em 
simples declarações de vontade que produzem efeitos estabelecidos 
em lei. 
Correta – Essa alternativa vai de acordo com o que vimos acerca dos atos 
jurídicos stricto sensu. 
 
Alternativa “C”: O ato jurídico em senso estrito é a realização da 
autonomia privada, porque é instrumento de realização da vontade. 
Errada – O erro dessa alternativa está no mesmo ponto da alternativa “A”. No 
ato jurídico stricto sensu, não existe a realização da vontade do agente. 
DICIONÁRIO JURÍDICO 
ex voluntate ��� Segundo o desejo, de acordo com a 
vontade. 
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O negócio jurídico é que consiste na declaração de vontade privada com 
finalidade negocial. Visa-se a aquisição, conservação, modificação ou extinção 
de direitos, implicando declaração expressa da vontade.Alternativa “D”: O ato jurídico stricto sensu e o negócio jurídico são, 
ambos, manifestações de vontade, não se diferindo quanto a sua 
estrutura, a sua função e a seus efeitos. 
Errada – Acabamos de ver que são conceitos diferentes. No ato jurídico stricto 
sensu, as consequências do ato são pré-estabelecidas pela lei. Por outro lado, 
no negócio jurídico, a declaração da vontade privada é previamente 
manifestada pelo agente. 
 
Gabarito: “B” 
 
13. (EJEF/ Juiz – TJ - MG / 2006) Conforme dispõe o Código Civil, 
quanto aos defeitos que podem levar à anulação do negócio jurídico é 
CORRETO afirmar que: 
a) o erro de indicação da pessoa ou da coisa a que se referir a 
declaração de vontade viciará o negócio, ainda que, por seu contexto e 
pelas circunstâncias, possam ambas ser identificadas; 
b) o erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de 
vontade; 
c) a coação exercida por terceiro não vicia o negócio, em qualquer 
circunstância; 
d) o dolo do representante legal de uma das partes obriga o 
representado a responder civilmente por todas as perdas e danos à 
parte ludibriada. 
 
Comentário: Essa questão apesar de abordar temas interessantes de nossa 
matéria, exige apenas o conhecimento direto do CC, aparecendo em todas as 
alternativas a cópia fiel da lei. 
 
Alternativa “A”: o erro de indicação da pessoa ou da coisa a que se 
referir a declaração de vontade viciará o negócio, ainda que, por seu 
contexto e pelas circunstâncias, possam ambas ser identificadas; 
Errada – O art. 142 do CC, afirma que: 
 
Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se 
referir a declaração de vontade, NÃO VICIARÁ o negócio 
QUANDO, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder 
identificar a coisa ou pessoa cogitada. 
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Alternativa “B”: o erro de cálculo apenas autoriza a retificação da 
declaração de vontade; 
Correta – Essa alternativa reproduz fielmente o contido no art. 143 do CC. 
Vejamos: 
Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da 
declaração de vontade. 
 
Alternativa “C”: a coação exercida por terceiro não vicia o negócio, em 
qualquer circunstância; 
Errada - Art. 154. VICIA O NEGÓCIO JURÍDICO a coação exercida por 
terceiro, SE DELA TIVESSE OU DEVESSE TER CONHECIMENTO A PARTE A 
QUE APROVEITE, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e 
danos. 
 
Alternativa “D”: o dolo do representante legal de uma das partes 
obriga o representado a responder civilmente por todas as perdas e 
danos à parte ludibriada. 
Errada - Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o 
representado a responder civilmente ATÉ A IMPORTÂNCIA DO PROVEITO 
QUE TEVE; se, porém, o dolo for do representante convencional, o 
representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. 
 
Gabarito: “B” 
 
14. (VUNESP / Exame de Ordem – OAB (SP)/ 2007) Não comporta 
condição o ato 
 
a) mútuo. 
b) de compra e venda. 
c) de doação. 
d) de aceitação ou de repúdio a herança. 
 
Comentário: Questão bem fácil. Basta para resolvê-la recorrer ao art. 1.808 
do CC. 
 
Art. 1.808. Não se pode ACEITAR OU RENUNCIAR A 
HERANÇA em parte, sob condição ou a termo. 
 
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Gabarito: “D” 
 
15. (VUNESP / Titular de Serviços de Notas e Registros – TJ – SP / 
2011) A declaração de vontade, cujos efeitos são pré-determinados 
pela lei e independem da intenção do agente, é denominada 
 
a) negócio jurídico de disposição. 
b) ato jurídico. 
c) negócio jurídico unilateral. 
d) contrato. 
 
Comentário: Mais uma questão que exige do candidato o conhecimento da 
definição dos termos contidos em nossa aula. Vejamos novamente para 
relembrar: 
 
Ato jurídico ��� é o acontecimento que se origina da vontade humana Este 
subdivide-se em: 
 
• ato jurídico em sentido estrito e negocio jurídico. 
 
• Ato jurídico, em sentido estrito ��� é o acontecimento que se origina da 
vontade humana cujos efeitos jurídicos já estão previamente 
determinados em lei, sendo assim há uma manifestação que gera uma 
adesão a estes efeitos. 
 
• Negócio Jurídico ��� é o acontecimento que se origina da vontade 
humana cujos efeitos jurídicos são criados e pactuados entre as partes. 
 
Somente para conhecimento: 
 
Negócio jurídico unilateral:É aquele que para ser celebrado necessita apenas 
da manifestação de vontade de uma só parte ou de várias pessoas 
manifestando sua vontade no mesmo sentido, logo existindo apenas um pólo 
na relação jurídica. 
 
 
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Exemplos : Testamento, renúncia, promessa de recompensa. 
 
 
Na realidade, seria mais correto a questão apresentar uma alternativa com a 
opção de ato jurídico stricto sensu, mas ato jurídico está correto, visto que o 
stricto sensu é uma subdivisão do ato jurídico. 
 
Gabarito: “B” 
 
16. (IESES / Titular de Serviços de Notas e Registros – TJ - CE / 2011) 
Acerca da validade dos negócios jurídicos pode-se afirmar: 
a) A compra e venda entre ascendente e descendente é anulável, salvo 
se houver consentimento expresso dos demais descendentes e do 
cônjuge do alienante, se o regime de bens não for o de separação. 
b) Não é válida a compra e venda entre cônjuges, ainda que de bem 
excluído da meação. 
c) Para alienar ou gravar de ônus real bem imóvel validamente é 
necessária à outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens do 
casamento. 
d) A doação de ascendente para descendente é anulável, salvo se 
houver consentimento expresso de todos os demais descendentes e do 
cônjuge, se o regime não for o de separação de bens. 
 
Comentário: Essa questão é bastante interessante e importante para a prova 
de vocês, uma vez que explora os detalhes e características da validade de 
negócios jurídicos, tais como: compra e venda, doação, alienação. 
 
Alternativa “A”: A compra e venda entre ascendente e descendente é 
anulável, salvo se houver consentimento expresso dos demais 
descendentes e do cônjuge do alienante, se o regime de bens não for o 
de separação. 
Correta – De acordo com o art. 496 do CC, temos que: 
 
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, 
salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante 
expressamente houverem consentido. 
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Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o 
consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da 
separação obrigatória. 
 
Ou seja, vamos supor que Ramiro quer fazer um contrato de compra e venda 
com Júlio, um de seus filhos. A compra e venda será autorizada, entretanto, 
será necessário que se tenha o consentimento de Márcia e José, seus outros 
filhos, além de Carlota, sua esposa, que não casou com Ramiro no regime de 
bens de separação obrigatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alternativa “B”: Não é válida a compra e venda entre cônjuges, ainda 
que de bem excluído da meação. 
Errada – Na situação apresentada na alternativa, SERÁ AUTORIZADA a 
compra e venda entre cônjuges, SOMENTEPARA BENS QUE NÃO FORAM 
INCLUÍDOS NA COMUNHÃO. 
 
Observem o art. 499 do CC: 
Art. 499. É LÍCITA a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens 
excluídos da comunhão. 
 
Alternativa “C”: Para alienar ou gravar de ônus real bem imóvel 
validamente é necessária à outorga conjugal, qualquer que seja o 
regime de bens do casamento. 
Errada - Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos 
cônjuges pode, sem autorização do outro, EXCETO NO REGIME DA 
SEPARAÇÃO ABSOLUTA: 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; 
 
Agora observem o que diz o art. 1.648: 
 
ATENÇÃO 
 
Muita atenção, pois isso pode ser um ponto de pegadinha na 
prova. Se Ramiro e Carlota tivessem casado com separação 
obrigatória de bens, não seria necessário o consentimento de 
Carlota no caso da compra e venda. Já o consentimento dos 
outros filhos será sempre obrigatório. 
 
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Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, 
quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível 
concedê-la. 
 
Ou seja, com exceção do regime de separação absoluta dos bens, será 
necessária a autorização do cônjuge nos atos de alienação dos bens imóveis. 
 
Alternativa “D”: A doação de ascendente para descendente é anulável, 
salvo se houver consentimento expresso de todos os demais 
descendentes e do cônjuge, se o regime não for o de separação de 
bens. 
Errada - Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um 
cônjuge a outro, IMPORTA ADIANTAMENTO DO QUE LHES CABE POR 
HERANÇA. 
 
Se a doação é um adiantamento do que lhes cabe, não é necessário 
consentimento dos demais descendentes ou do cônjuge para que a doação seja 
efetivada. 
 
Gabarito: “A” 
 
17. (CESPE / Promotor de Justiça – MPE – RO / 2010) Com relação à 
representação, assinale a opção correta. 
a) Os poderes de representação podem ser conferidos pelo interessado 
ou pela lei. 
b) É necessária a demonstração de prejuízo para se anular negócio 
jurídico concluído pelo representante em conflito de interesse com o 
representado. 
c) É anulável o negócio jurídico que o representante celebra consigo 
mesmo, ainda que o permita o representado. 
d) A confissão feita pelo representante em nome do representado é 
sempre eficaz. 
e) Admite-se a representação em todos os atos da vida civil. 
 
Comentário: Questão sobre a representação e suas peculiaridades. 
 
Somente para que tenhamos uma noção do que estamos tratando nessa 
questão, vamos relembrar o que vem a ser a representação. 
 
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A representação, como o próprio nome já diz, é quando alguém representa 
outra pessoa em determinada situação. Quem praticar efetivamente o ato é o 
representante, e o indivíduo em nome de quem o representante atua é o 
representado. 
Pode ser classificada em legal e voluntária ou convencional. 
 
 
REPRESENTAÇÃO 
LEGAL 
É conferida para que sejam 
defendidos os interesses das pessoas 
incapazes, e até de capazes, em 
determinadas situações. É conferida 
por lei, e não pela vontade das 
partes. 
Ex: Pais,tutores, 
síndicos. 
VOLUNTÁRIA OU 
CONVENCIONAL 
Ocorre através da vontade e acordo 
das partes 
Ex: Procuração 
 
Vamos verificar agora através das alternativas as principais regras da 
representação: 
 
Alternativa “A”: Os poderes de representação podem ser conferidos 
pelo interessado ou pela lei. 
Correta – Como vimos na tabela acima: 
 
Representação legal ��� Conferida por lei. 
Representação Voluntária ��� Conferida pela vontade do interessado. 
 
Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou 
pelo interessado. 
 
Alternativa “B”: É necessária a demonstração de prejuízo para se 
anular negócio jurídico concluído pelo representante em conflito de 
interesse com o representado. 
Errada - Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em 
conflito de interesses com o representado, SE TAL FATO ERA OU DEVIA SER 
DO CONHECIMENTO DE QUEM COM AQUELE TRATOU. 
Alternativa “C”: É anulável o negócio jurídico que o representante 
celebra consigo mesmo, ainda que o permita o representado. 
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Errada – Se o representado ou a lei conceder a permissão, será autorizado tal 
ato. 
 
Art. 117. SALVO SE O PERMITIR A LEI OU O REPRESENTADO, é anulável o 
negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, 
celebrar consigo mesmo. 
 
Alternativa “D”: A confissão feita pelo representante em nome do 
representado é sempre eficaz. 
Errada - Art. 213. NÃO TEM EFICÁCIA A CONFISSÃO se provém de quem 
não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados. 
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, SOMENTE É 
EFICAZ nos limites em que este pode vincular o representado. 
 
Alternativa “E”: Admite-se a representação em todos os atos da vida 
civil. 
Errada – GENERALIZAÇÕES em provas de concursos sempre 
desconfiem!!!! 
 
Art. 1.691. NÃO PODEM OS PAIS ALIENAR, OU GRAVAR DE ÔNUS REAL 
OS IMÓVEIS DOS FILHOS, NEM CONTRAIR, EM NOME DELES, 
OBRIGAÇÕES QUE ULTRAPASSEM OS LIMITES DA SIMPLES 
ADMINISTRAÇÃO, SALVO POR NECESSIDADE OU EVIDENTE INTERESSE 
DA PROLE, MEDIANTE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO JUIZ. 
Parágrafo único. Podem pleitear a declaração de nulidade dos atos previstos 
neste artigo: 
I - os filhos; 
II - os herdeiros; 
III - o representante legal. 
 
A representação tem seus limites como podemos ver no caput do art. 1.691 do 
Código Civil. 
 
Gabarito: “A” 
 
18. (FCC / Procurador de Estado – PGE - RR / 2006) Haverá nulidade 
absoluta, 
 
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a) se houver lesão contratual e relativa, se a parte celebrar negócio 
jurídico mediante coação. 
b) se o negócio jurídico for celebrado por pessoa absolutamente 
incapaz e relativa, se tiver por objetivo fraudar lei imperativa. 
c) se a parte incidir em erro substancial de direito e relativa, se 
praticado por pessoa relativamente incapaz. 
d) se o negócio jurídico for simulado e relativa, se for celebrado em 
estado de perigo. 
e) no caso de dolo, se o seu autor for a outra parte e relativa, se o seu 
autor for terceiro. 
 
Comentário: Essa questão vai exigir do aluno a diferenciação entre nulidade 
absoluta e relativa. 
 
Para conseguirmos responder essa questão precisamos ter conhecimento da 
diferença entre nulidade absoluta e nulidade relativa. 
 
NULIDADE ABSOLUTA (NULO) NULIDADE RELATIVA (ANULÁVEL) 
Viola norma de interesse 
público/coletividade 
Viola norma de interesse particular 
Reconhecido de ofício pelo juiz Não pode ser reconhecido de ofício 
pelo juiz 
Qualquer pessoa envolvida pode 
alegar, e a qualquer tempo 
Só pode alegar aquele que for 
prejudicado, e dentro do prazo 
estabelecido. 
Não pode ser dada validade para o 
ato posteriormente 
Pode ser dado validade para o ato 
posteriormente 
Ação declaratória Ação Desconstitutiva 
Efeito ex tunc Efeito ex nunc 
 
Temos no art. 166 do CCos casos que tornam o negócio jurídico nulo: 
 
 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
 
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I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for 
ilícito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere 
essencial para a sua validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a 
prática, sem cominar sanção. 
 
No art. 171 do CC é apresentado os casos de anulabilidade, nulidade relativa: 
 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é 
anulável o negócio jurídico: 
 
I - por incapacidade relativa do agente; 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de 
perigo, lesão ou fraude contra credores. 
 
Agora que já sabemos as principais características e os casos de nulidade 
absoluta e relativa, vamos analisar as alternativas da questão. 
 
Alternativa “A”: se houver lesão contratual e relativa, se a parte 
celebrar negócio jurídico mediante coação. 
Errada – Tanto a lesão contratual quanto a coação são casos de nulidade 
relativa, de acordo com o art. 171 do CC. 
 
Alternativa “B”: se o negócio jurídico for celebrado por pessoa 
absolutamente incapaz e relativa, se tiver por objetivo fraudar lei 
imperativa. 
Errada – Nessa alternativa, as duas situações resentadas são casos de 
nulidade absoluta, de acordo com o art. 166, incisos I e VI. 
 
Alternativa “C”: se a parte incidir em erro substancial de direito e 
relativa, se praticado por pessoa relativamente incapaz. 
Errada – Ambos os casos consiste em nulidade relativa. Observem: 
 
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Art. 138. São ANULÁVEIS os negócios jurídicos, quando as 
DECLARAÇÕES DE VONTADE EMANAREM DE ERRO 
SUBSTANCIAL que poderia ser percebido por pessoa de 
diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. 
 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é 
ANULÁVEL o negócio jurídico: 
I - POR INCAPACIDADE RELATIVA DO AGENTE; 
 
Alternativa “D”: se o negócio jurídico for simulado e relativa, se for 
celebrado em estado de perigo. 
Correta – No caso de negócio jurídico simulado será nulidade absoluta, de 
acordo com o art. 167 do CC. 
 
Art. 167. É NULO O NEGÓCIO JURÍDICO SIMULADO, mas 
subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e 
na forma. 
 
E no caso de estado de perigo, conforme art. 171, II, temos que será uma 
nulidade relativa. 
 
 
Alternativa “E”: no caso de dolo, se o seu autor for a outra parte e 
relativa, se o seu autor for terceiro. 
Errada – No caso de dolo teremos a nulidade relativa, de acordo com o art. 
171, II. 
 
Gabarito: “D” 
 
19. (ESAF / Analista de Comércio Exterior – MDIC / 2012) Sobre a 
validade do negócio jurídico, assinale a opção correta. 
a) A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada 
pela outra em benefício próprio, pois aproveita aos cointeressados 
capazes, salvo se for indivisível o objeto do direito ou da obrigação 
comum. 
b) A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que 
visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos 
reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o salário mínimo 
vigente, exceto se a lei dispuser em contrário. 
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c) A validade das declarações de vontade dependerá de forma especial, 
e se atenderá mais ao sentido literal da linguagem do que à intenção 
nelas consubstanciada. 
d) A impossibilidade inicial do objeto invalida o negócio jurídico se for 
relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver 
subordinado. 
e) O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o 
autorizarem, e for necessária a declaração de vontade expressa. 
Comentário: Questão muito recente da ESAF. Observem que a banca cobra a 
literalidade da lei, apresentando em suas alternativas a reprodução do contido 
no Código Civil. 
 
Vejamos: 
 
Alternativa “A”: A incapacidade relativa de uma das partes não pode 
ser invocada pela outra em benefício próprio, pois aproveita aos 
cointeressados capazes, salvo se for indivisível o objeto do direito ou 
da obrigação comum. 
Errada - Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser 
invocada pela outra em benefício próprio, NEM APROVEITA AOS CO-
INTERESSADOS CAPAZES, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do 
direito ou da obrigação comum. 
 
Alternativa “B”: A escritura pública é essencial à validade dos negócios 
jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou 
renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes 
o salário mínimo vigente, exceto se a lei dispuser em contrário. 
Correta - Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é 
essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, 
transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor 
superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. 
 
Alternativa “C”: A validade das declarações de vontade dependerá de 
forma especial, e se atenderá mais ao sentido literal da linguagem do 
que à intenção nelas consubstanciada. 
Errada - Art. 107. A validade da declaração de vontade NÃO DEPENDERÁ de 
forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. 
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá MAIS À INTENÇÃO nelas 
consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. 
 
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Alternativa “D”: A impossibilidade inicial do objeto invalida o negócio 
jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a 
que ele estiver subordinado. 
Errada - Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto NÃO INVALIDA o 
negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a 
que ele estiver subordinado. 
 
Alternativa “E”: O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias 
ou os usos o autorizarem, e for necessária a declaração de vontade 
expressa. 
Errada - Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os 
usos o autorizarem, e NÃO FOR NECESSÁRIA a declaração de vontade 
expressa. 
 
Gabarito: “B” 
 
20. (TRT – 2ª REGIÃO (SP) / Juiz do Trabalho – TRT – 2ª REGIÃO (SP)/ 
2011) Nos termos do Código Civil, as condições abaixo invalidam os 
negócios jurídicos que lhes são subordinados, à exceção: 
a) Das condições física ou juridicamente impossíveis, quando 
suspensivas. 
b) Das condições física ou juridicamente impossíveis, quando 
resolutivas. 
c) Das condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita. 
d) Das condições incompreensíveis. 
e) Das condições contraditórias. 
 
Comentário: Boa questão que aborda os casos de invalidação do negócio 
jurídico. 
É necessária uma leitura atenta do enunciado, uma vez que é pedido a exceção 
dos casos que invalidam o negócio jurídico. 
Com certeza, muitos candidatosbem preparados e 
“apressadinhos” iriam tropeçar nessa barreira 
(aproveitando o espírito olímpico do momento), uma vez 
que iriam ler a alternativa A e marcar como correta, 
imaginando que se pedia o caso de invalidade do negócio 
jurídico. Portanto, muito cuidado e atenção na leitura do 
enunciado de qualquer questão, por mais fácil que ela 
possa parecer. 
 
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Vamos lembrar os art. 123 e 124 do CC, que dizem o seguinte: 
 
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são 
subordinados: 
I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando 
suspensivas; 
II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; 
III - as condições incompreensíveis ou contraditórias. 
 
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, 
quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. 
 
Portanto: 
 
Alternativa “A”: Das condições física ou juridicamente impossíveis, 
quando suspensivas. 
INVALIDAM OS NEGÓCIOS JURÍDICOS � Art. 123, I 
 
Alternativa “B”: Das condições física ou juridicamente impossíveis, 
quando resolutivas. 
Errada - Art. 124. Têm-se por INEXISTENTES AS CONDIÇÕES 
IMPOSSÍVEIS, QUANDO RESOLUTIVAS, e as de não fazer coisa impossível. 
 
Alternativa “C”: Das condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita. 
INVALIDAM OS NEGÓCIOS JURÍDICOS � Art. 123, II 
 
Alternativa “D”: Das condições incompreensíveis. 
INVALIDAM OS NEGÓCIOS JURÍDICOS � Art. 123, III 
 
Alternativa “E”: Das condições contraditórias. 
INVALIDAM OS NEGÓCIOS JURÍDICOS � Art. 123, III 
 
Gabarito: “B” 
 
21. (TRT – 2ª REGIÃO (SP) / Juiz do Trabalho – TRT – 2ª REGIÃO (SP) 
/ 2011) Assinale a alternativa incorreta: 
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a) É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se 
dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
b) Haverá simulação nos negócios jurídicos quando aparentarem 
conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais 
realmente se conferem ou transmitem, quando contiverem declaração, 
confissão, condição ou cláusula não verdadeira e no caso de 
instrumentos particulares que forem antedatados, ou pós-datados. 
c) As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do 
negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe 
sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes. 
d) O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, mas 
convalesce pelo decurso do tempo. 
e) O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito 
de terceiro. 
 
Comentário: Mais uma questão sobre nulidade e anulabilidade, que vem a 
complementar o que vimos nas questões acima sobre esse assunto. Essa 
questão é apresentada em formato muito parecido com o que a ESAF vem 
apresentando em suas últimas provas, a literalidade. 
Vejamos: 
 
Alternativa “A”: É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o 
que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
Correta – Reproduz exatamente o contido no caput do art. 167. 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o 
que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
 
Alternativa “B”: Haverá simulação nos negócios jurídicos quando 
aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas 
daquelas às quais realmente se conferem ou transmitem, quando 
contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira 
e no caso de instrumentos particulares que forem antedatados, ou pós-
datados. 
Correta – Ainda no art. 167, em seu §1˚, temos que: 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o 
que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
§ 1˚ Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas 
diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou 
transmitem; 
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II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula 
não verdadeira; 
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-
datados. 
 
Alternativa “C”: As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando 
conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar 
provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento 
das partes. 
Correta – Assim como vimos anteriormente, as nulidade pode ser 
reconhecidas de ofício pelo juiz, bem como qualquer pessoa envolvida pode 
alegar. 
Dentro dessa ideia, observem o parágrafo único do art. 168 do CC: 
 
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser 
alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, 
quando lhe couber intervir. 
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, 
quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as 
encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a 
requerimento das partes. 
 
Alternativa “D”: O negócio jurídico nulo não é suscetível de 
confirmação, mas convalesce pelo decurso do tempo. 
Errada- O NEGÓCIO JURÍDICO NÃO CONVALESCE PELO DECURSO DO 
TEMPO. 
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de 
confirmação, NEM CONVALESCE PELO DECURSO DO 
TEMPO. 
 
Alternativa “E”: O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, 
salvo direito de terceiro. 
Correta - Novamente a cópia fiel da lei. O art. 172 do CC diz o seguinte: 
 
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de 
terceiro. 
 
Gabarito: “D” 
 
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22. (FCC / Defensor público – DPE - SP / 2012) Em relação aos defeitos 
do negócio jurídico, é correto afirmar: 
a) O dolo recíproco enseja a anulação do negócio jurídico e a respectiva 
compensação das perdas e ganhos recíprocos. 
b) O dolo do representante legal de uma das partes obriga o 
representado a responder civilmente perante a outra parte, 
independente do proveito que houver auferido. 
c) O dolo do representante convencional de uma das partes obriga o 
representado a responder civilmente perante a outra parte, até o limite 
do proveito que houver auferido. 
d) A caracterização da omissão dolosa em negócio bilateral exige a 
prova de que sem a omissão o negócio não teria sido celebrado. 
e) O dolo de terceiro enseja a anulação do negócio jurídico, 
independente do conhecimento das partes contratantes. 
 
Comentário: Essa questão versa sobre os defeitos do negócio jurídico, mais 
especificamente do dolo, abordando suas especificidades nas alternativas. 
 
O dolo é quando alguém induz, de forma maliciosa, alguém 
para a prática de determinado ato que lhe será prejudicial, 
mas proveitoso ao autor do dolo ou a terceiro. 
 
 
Professora, erro é a mesma coisa que dolo? 
 
 
Não, esses dois conceitos se diferem no seguinte ponto: 
No erro não existe o ato malicioso de induzir a parte como vimos na definição 
de dolo, a parte se engana por ela mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARA VOCÊ ENTENDER 
O dolo civil ao qual estamos nos referindo em nossa aula, difere 
do dolo criminal, que é quando se pratica um

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