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CCJ0052-WL-B-RA-12-TP Redação Jurídica-Produção de Parecer Conclusão e Autenticação

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
012 
Assunto: 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
Folha: 
1 de 9 
Data: 
05/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-012/WLAJ/DP 
Plano de Aula: Teoria e Prática da Redação Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
Título 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
12. 
Tema 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. 
Objetivos 
●- Produzir a parte final do parecer jurídico; 
●- Relacionar o "entendimento" da ementa com a conclusão; 
●- Compreender a conclusão do parecerista como resposta objetiva ao questionamento requerido pelo 
consultante; 
●- Distinguir a conclusão do parecer (opinião) da conclusão da petição (pedido); 
●- Desenvolver capacidade crítica e de debate. 
Estrutura do Conteúdo 
 
1. "Entendimento" da ementa do parecer e conclusão da peça. 
2. Parecer: peça de consulta. 
3. Petição: peça de pedir. 
4. Parte autenticativa. 
Aplicação Prática Teórica 
 
A conclusão, como parte integrante do parecer, deve ser a síntese da opinião que o parecerista fundamenta 
como resposta a uma consulta. Essa parte da peça deve estar em consonância com a ementa, em que se 
apresentou o entendimento pela expressão "Parecer favorável a...". É importante lembrar que é inoportuno pedir 
na conclusão do parecer, pois esse procedimento deve ser realizado em peças de pedir, como a petição inicial, 
por exemplo. 
Também não é aconselhável "guardar" alguma informação relevante para a conclusão, sem que tenha sido 
exposta na fundamentação. A conclusão não é lugar de informação nova; caso contrário ainda seria 
fundamentação. 
Deve-se apenas retomar, objetivamente, a resposta à consulta realizada. 
A autenticação consiste apenas em datar e assinar a peça. Todos os documentos utilizados na 
fundamentação da tese podem ser juntados. 
 
Caso concreto 
 
Dijanira Baptista foi fumante inveterada por trinta anos. Ela era casada com Mauro Costa e tinha dois filhos: 
Mauro Costa Jr. e Paulo Baptista Costa. Em 28 de setembro de 1999, faleceu em decorrência de câncer 
pulmonar, provocado pelo fumo excessivo do cigarro de marca Hollywood, da companhia Souza Cruz S.A. 
Seus familiares alegam que a companhia de cigarros sempre ocultou informações e dados sobre a 
nocividade do cigarro à saúde. A vítima fumava dois maços de cigarro por dia, cerca de 500.000 cigarros em trinta 
anos, e que tal fato, aliado à falta de informações sobre o produto nocivo, teria sido o responsável pelo 
contraimento da doença. 
Além do mais, só recentemente as companhias são obrigadas a restringir o horário de veiculação de 
propagandas e a emitir comunicado de que o fumo é prejudicial à saúde. Isso, infelizmente, não chegou a impedir 
que Dijanira se tornasse viciada em cigarros, uma vez que era fumante de longa data, motivo pelo qual a família 
pleiteia indenização por dano. 
Após a descoberta do câncer, lutou duramente contra o vício: "Minha mãe tentou parar de fumar, mas as 
crises horríveis de abstinência e a depressão atrapalharam muito. Quando conseguiu vencer o vício, a metástase 
estava diagnosticada". 
Paulo Gomes, advogado representante da Souza Cruz, afirma que a empresa cumpre as determinações 
legais e que seu produto apresenta todas as informações aos consumidores. Em relação às propagandas, sustenta 
que a apresentação de jovens saudáveis em ambientes paradisíacos não é prática apenas da indústria tabagista: 
"Desconheço a existência de publicidade que vincule produtos a modelos desgraciosos ou cenários deprimentes, 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
012 
Assunto: 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
Folha: 
2 de 9 
Data: 
05/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-012/WLAJ/DP 
que causem repulsa ao público-alvo. Ademais, os consumidores têm o livre-arbítrio de escolher o que consumir e 
o quanto consumir". 
Segundo o advogado da família, os estudos comprovam a nocividade do cigarro, que contém mais de 
quatro mil substâncias químicas: "Entre elas está o formol usado na conservação de cadáver, o fósforo, utilizado 
como veneno para ratos e o xileno, uma substância cancerígena que atrapalha o crescimento das crianças. Se o 
cigarro não mata de câncer, há 56 outras doenças causadas por seu uso e exposição. É óbvio que a propaganda é 
indutora de seu consumo". 
 
0007423-12.2002.8.19.0042 - APELAÇÃO TJRJ 
DES. MARIO DOS SANTOS PAULO - Julgamento: 01/06/2010 - QUARTA CÂMARA CÍVEL 
1. RESPONSABILIDADE CIVIL. 2. DANOS MATERIAIS E MORAIS. 3. TABAGISMO. USO PROLONGADO DE 
CIGARROS. 4. PROPAGANDA ENGANOSA. 5. ANTES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, NÃO HAVIA 
NORMA LEGAL SOBRE O FUMO, TEMA ENCARTADO NO ART. 220 DA NOVA CARTA POLÍTICA, 
REMETENDO A REGULAMENTAÇÃO PARA LEI ORDINÁRIA, QUE DEVERIA TER SIDO EDITADA EM DOZE 
MESES, CONFORME ART. 65 DO ADCT, MAS QUE SÓ VEIO A LUME EM 1996, SOB O NÚMERO 9294. 6. DE 
LONGA DATA, HÁ DÉCADAS, SÃO CONHECIDOS OS EFEITOS NEGATIVOS DO HÁBITO DE FUMAR, ANTES 
SOCIALMENTE ACEITO E INCENTIVADO. 7. A PARTIR DA VIGÊNCIA DA NOVA CARTA MAGNA OS 
FABRICANTES PASSARAM A DIVULGAR ALERTAS DESTACANDO OS PERIGOS À SAÚDE, E A 
PROPAGANDA NEGATIVA SE TORNOU MAIS INTENSA A PARTIR DAS REGRAS GENÉRICAS DO CÓDIGO 
DE DEFESA DO CONSUMIDOR, INTENSIFICANDO-SE APÓS A LEI ESPECÍFICA, SEMPRE OBEDECIDO O 
ORDENAMENTO JURÍDICO PELAS EMPRESAS DO RAMO. 8. A INDUSTRIALIZAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E 
PROPAGANDA DO TABACO SÃO ATIVIDADES LÍCITAS E REGULAMENTADAS. 9. FUMAR, E MANTER-SE 
FUMANTE, É ESCOLHA PESSOAL, CORRENDO O INTERESSADO OS RISCOS, POSTO QUE 
INSISTENTEMENTE ALERTADO POR FRENÉTICA E PERMANENTE, CAMPANHA CONTRÁRIA. 10. CULPA 
EXCLUSIVA DO CONSUMIDOR, PELOS EVENTUAIS MALEFÍCIOS EXPERIMENTADOS. 11. DE OUTRO 
LADO, AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO EFETIVA DO NEXO CAUSAL, ASSIM COMO DE UTILIZAÇÃO 
EXCLUSIVA DOS PRODUTOS DA RÉ. 12. SENTENÇA QUE MERECE PRESTÍGIO. 13. RECURSO 
IMPROVIDO. 
 
0121082-93.2000.8.19.0001 - APELAÇÃO TJRJ 
DES. MARIA AUGUSTA VAZ - Julgamento: 02/03/2010 - PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL 
TABAGISMO 
MORTE DA VÍTIMA 
NEXO CAUSAL NÃO CONFIGURADO 
ATIVIDADE LÍCITA 
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 
RESPONSABILIDADE CIVIL. TABAGISMO E MORTE DO CONSUMIDOR. AUSÊNCIA DE NEXO DE 
CAUSALIDADE ENTRE COMERCIALIZAÇÃO E FATO DANOSO. LAUDO PERICIAL NESSE SENTIDO. 
ATIVIDADE LÍCITA E EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR. 
Não se pode reconhecer o liame de causalidade entre o hábito do tabagismo e o óbito do fumante, como, aliás, 
expressamente o afirmou o laudo pericial. Tendo a morte ocorrido logo após a vigência do CDC, todas as práticas 
comerciais de publicidade e fornecimento abusivo de cigarro pela ré, suscitadas pela autora e que supostamente 
teriam causado o óbito do seu marido, ocorreram antes do advento desse diploma legal, remetendo-se o juízo de 
Responsabilidade Civil ao Código Civil de 1916, em vigor á época de todos os acontecimentos. Não há dúvidas 
sobre os efeitos nefastos do consumo de cigarro sobre a saúde dos consumidores, mas a sociedade e, 
principalmente, o legislador constitucional (artigo 220, §4º da CRFB) e infraconstitucional (Lei 9294/96) 
reconhecem a legitimidade e a licitude da fabricação, comercialização e publicidade do cigarro. As atividades 
comerciais e industriais ligadas ao cigarro são lícitas no Brasil, configurando objeto de extensa regulamentação e 
disciplina, nos quesitos de precificação, propaganda, tributação, exportação e informação ao consumidor. Não há 
ato ou fato ilícito na industrialização e venda de cigarros, o que define a atividade da ré como exercício regular de 
um direito, nosmoldes e limites impostos pelo ordenamento jurídico. Como bem sabido e expresso no artigo 5º, II, 
da CRFB, inexiste obrigação de fazer ou de se omitir que possa ser imposta sem que haja previsão em lei para 
tanto. Não cumpre ao magistrado fazer juízo de moralidade, custo-benefício e justiça social da política sanitária, 
criminal e de saúde nacional, sob pena de travestir-se em legislador, mas sim respeitar e impor a vontade 
legislativa que, em princípio, reflete a da população. E nesse tocante, a livre iniciativa deve ser respeitada, pois 
não está ultrapassando qualquer limite imposto pelo ordenamento jurídico. Em última instância, a escolha pelo 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
012 
Assunto: 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
Folha: 
3 de 9 
Data: 
05/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-012/WLAJ/DP 
hábito de fumar não é de ninguém a não ser do consumidor, que inaugura a conduta por sua livre a desvinculada 
escolha. Sentença que se confirma. 
 
Ementário: 23/2010 - N. 19 - 17/06/2010 
Precedente Citado : TJRJ AC 2003.001.22442, Rel. Des. Horácio Ribeiro Neto, julgada em 14/10/2003; AC 
2003.001.03822, Rel. Des. Laerson Mauro, julgada em 12/08/2003; AC 2003.001.04184, Rel. Des. Galdino 
Siqueira Netto, julgada em 30/04/2003 e AC 2002.001.09153, Rel. Des. Murilo Andrade de Carvalho, julgada 
em 26/09/2002. 
 
Código Civil: 
 
Art. 186: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
Art. 187: Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites 
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
Art. 188: Não constituem atos ilícitos: 
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido. 
 
Código de Proteção e Defesa do consumidor: 
 
Art. 4 - A Política Nacional de Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos 
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a 
melhoria de sua qualidade de vida, bem como a transferência e harmonia das relações de consumo, atendidos os 
seguintes princípios: 
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; 
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: 
a) por iniciativa direta; 
(...) 
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, 
durabilidade e desempenho; 
 
Art. 6 - São direitos básicos do consumidor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de 
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade 
de escolha e a igualdade nas contratações; 
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de 
quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; 
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem 
como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; 
(...) 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; 
(...) 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no 
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, 
segundo as regras ordinárias de experiências; 
 
Art. 8 - Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança 
dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fiuição, 
obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu 
respeito. 
Parágrafo único - Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se 
refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto. 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
012 
Assunto: 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
Folha: 
4 de 9 
Data: 
05/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-012/WLAJ/DP 
Art. 9 - O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá 
informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da 
adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. 
 
Art. 10 - O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber 
apresentar alto grau de nocividade ou pericu10sidade à saúde ou segurança. 
 
QUESTÃO 
 
Debata o caso concreto oralmente em sala, a partir das fontes apresentadas e de outras que julgar 
pertinentes, e redija uma resposta formal a uma consulta quanto à possibilidade de uma empresa tabagista ser 
responsabilizada civilmente pela reparação aos danos causados à saúde de seus consumidores. 
 
RESPOSTA: VER. VER. 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (WALDECK LEMOS) 
 
12ª AULA – Parecer Completo 
 
Produção de Parecer Completo 
 
-Ementa: Resumo do Parecer. 
-Relatório: Passado, 3ª Pessoa, Narrativa Simples, Cronologia, no final colocar a expressão “É o Relatório”. 
-Fundamentação: Argumentos, 3ª Pessoa. 
-Conclusão: 1ª Pessoa => Emito parecer favorável à .... 
-Parte autenticativa: Data, Assinatura e Número da Carteira funcional do Especialista. 
 
Estrutura formal do Parecer 
 
PARECER 
(Pular 2 linhas) 
 
EMENTA 
(Pular 1 linha) 
 
 
 
 
 
 
 
(Pular 2 linhas) 
 
RELATÓRIO 
(Pular 1 linha) 
 
 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
012 
Assunto: 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
Folha: 
5 de 9 
Data: 
05/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-012/WLAJ/DP 
 
 
 
 
 
 
É O RELATÓRIO. 
(Pular 2 linhas) 
 
FUNDAMENTAÇÃO 
(Pular 1 linha) 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Pular 2 linhas) 
 
CONCLUSÃO 
(Pular 1 linha) 
 
 
(Pular 1 linha) 
É O PARECER. 
(Pular 2 linhas) 
 
PARTE AUTENTICATIVA 
Data 
Assinatura 
Nº da Carteira funcional do Especialista 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (PROFESSOR - AULA MAIS - ESTÁCIO) 
 
12ª AULA – Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Professora Alda da Graça Marques Valverde 
Aula 12 
 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
 
Objetivos: 
 
- Produzir a parte final do parecer jurídico; 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
012 
Assunto: 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
Folha: 
6 de 9 
Data: 
05/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-012/WLAJ/DP 
- Relacionar o “entendimento” da ementa com a conclusão; 
- Compreender a conclusão do parecerista como resposta objetiva ao questionamento requerido pelo 
consultante; 
- Distinguir a conclusão do parecer (opinião) da conclusão da petição (pedido); 
- Desenvolver capacidade crítica e de debate.Estrutura do Conteúdo: 
 
1. “Entendimento” da ementa do parecer e conclusão da peça. 
2. Parecer: peça de consulta. 
3. Petição: peça de pedir. 
4. Parte autenticativa. 
 
Objetivo e conclusão da petição inicial 
 
A Petição Inicial tem como objetivo provocar o judiciário a fim de lhe encaminhar um pedido, isto é, a 
pretensão do autor. Tal pedido decorre da conclusão lógica dos fatos narrados na inicial. Sem o pedido, a petição 
será considerada inepta. 
 
A inicial apresenta um pedido mediato e outro imediato: 
 
● Pedido mediato: representa a satisfação do bem reclamado, isto é, a solução do litígio. 
● Pedido imediato: representa a providência jurisdicional solicitada. Esta pode ser declaratória, constitutiva 
ou condenatória. 
 
Esclarecendo... 
 
A sentença será: 
 
a) Declaratória quando se objetiva que “a sentença declare a existência ou inexistência de certa relação 
jurídica.” (PALAIA, 1997, P. 124); 
b) Constitutiva quando se pretende que ela formalize em relação jurídica uma relação que, anteriormente, 
não era reconhecida juridicamente; 
c) Condenatória se pretende que “a sentença condene alguém a dar alguma coisa, fazer ou não fazer 
alguma coisa em cumprimento de uma obrigação, ou pagar certa importância a que se obrigou.” (Idem, 
p. 125). 
 
O juiz deve decidir, em obediência aos artigos 128 e 460 do CPC, de acordo com os limites do pedido, não 
pode decidir além do que ali está formulado. 
 
CPC – Código de Processo Civil - LEI No 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973. 
 
Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de 
questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. 
 
Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem 
como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que Ihe foi demandado. 
 
Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando decida relação jurídica condicional. 
(Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994) 
 
Geralmente, o pedido é apresentado na petição inicial nos seguintes termos: 
 
Exemplo: 
 
 
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Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
012 
Assunto: 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
Folha: 
7 de 9 
Data: 
05/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-012/WLAJ/DP 
Em face do exposto, requer a citação do réu, no endereço acima mencionado para tomar ciência desta 
ação e contestar no prazo legal, sob pena de, não o fazendo, reputarem-se como verdadeiros os fatos 
apresentados pelo autor. 
Requer, ainda, a procedência da presente ação, para decretar a condenação do réu ao pagamento de R$ 
16.000,00 a título de danos morais e materiais. 
Protesta por todos os meios de provas admitidos neste Juizado. 
Dá-se a esta o valor de R$ 16 000,00. 
Nestes termos, 
Pede deferimento 
Rio de Janeiro, 14 de maio de 2012. 
NNNNNNNN 
OAB nº 999999999 
 
Conclusão e autenticação do parecer 
 
A conclusão, como parte integrante do parecer, deve ser a síntese da opinião que o parecerista 
fundamenta como resposta a uma consulta. Essa parte da peça deve estar em consonância com a ementa, em 
que se apresentou o entendimento pela expressão “Parecer favorável a...”. Não acrescente informação nova na 
conclusão. Responda objetivamente à consulta formulada. 
A autenticação consiste, apenas, em datar e assinar a peça. 
 
Exemplo de conclusão de um parecer: 
 
II- Conclusão 
 
Assim, opina o Ministério Público pela reforma da decisão a quo, permitindo-se a alienação do bem 
gravado, atendidas as exigências contidas no item 20 supra. 
 
É o parecer. 
 
Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 1995 
Paulo Cezar Pinheiro Carneiro 
Procurador de Justiça 
 
Análise da fundamentação e da conclusão de um parecer (texto produzido por um aluno, com adaptações 
para esta aula). 
 
Caso concreto, extraído do Plano de Aula de Teoria e Prática da Argumentação Jurídica, com adaptações. 
 
Situação de conflito 
 
Pedro foi denunciado, pelo Promotor de Justiça da comarca de São Paulo, de subtrair, em 1º de julho de 
2009, a importância de R$ 360,00 em dinheiro de Antônio, utilizando-se de um revólver de brinquedo. 
 
Tese 
 
O réu não deve ser condenado pela prática do crime de roubo qualificado. 
 
Contextualização do real 
 
Fatos favoráveis à tese: 
 
- Na referida oitiva com o juiz, o réu não estava acompanhado de seu defensor. 
- A vítima, ao ser ouvida, confirmou o fato e afirmou que não viu o rosto do autor do crime porque estava 
encoberto e, por isso, não tinha condições de reconhecê-lo com segurança. 
- Dois policiais afirmaram que ouviram a vítima gritando que havia sido roubada, mas nada encontraram no 
 
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Teoria e Prática da Redação Jurídica 
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Disciplina: 
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Aula: 
012 
Assunto: 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
Folha: 
8 de 9 
Data: 
05/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-012/WLAJ/DP 
local do crime. 
 
Fatos contrários à tese: 
 
- O Juiz ouviu o réu no dia 5 de setembro de 2009, ocasião em que confessou, com detalhes, a prática 
delituosa, descrevendo a vítima e afirmando que o dinheiro seria utilizado na compra de drogas. 
- O réu foi preso em flagrante, com R$ 360,00 no bolso, a duas quadras do local do crime, por um policial à 
paisana, por estar em “atitude suspeita”. 
- A vítima garante que o réu tem o mesmo porte físico de quem o abordou no ato delituoso e usava roupas 
semelhantes, calça jeans e camiseta branca. 
 
Fundamentação: 
 
É notório que os atuais índices de violência atingem a todos, sem distinção inclusive de classe social. No 
entanto, no intento de coibir atitudes violentas, por vezes nos afastamos do aclamado Estado Democrático de 
Direito, suprimindo direitos e até princípios constitucionais. Pedro, embora provavelmente tenha incorrido em 
condutas descritas em nosso código penal, não deve ser vítima de supressão do processo legal previsto. Sendo 
assim, merecedor apenas e somente de sanções cominadas e provadas dentro do citado processo e respeitando 
princípios basilares, como o principio da presunção de inocência. 
 
• Certamente, o réu foi vitimado pela extrema má condução do seu processo pelos personagens da justiça, 
porque ao confessar o crime não havia a presença de um defensor legal, condição obrigatória conforme o artigo 
261 do código de processo penal, e também não foi reconhecido pela vitima do crime. Além disso, sua autoria 
não passou de uma conclusão intuitiva dos policiais, conclusão essa que beira a leviandade. 
• Ressalte-se que a qualificadora alegada pela promotoria -- uso de arma de brinquedo -- é súmula 
cancelada pelo STJ e a compreensão majoritária atual entende que o emprego de arma de brinquedo não agrava 
a pena no crime de roubo. Portanto, não deve se falar em agravante. 
• Acrescente-se que, embora o réu tenha confessado o crime, sua confissão foi tomada após dois meses do 
suposto fato, fato este cometido sob efeito de drogas. Dessa forma, uma confissão contaminada, sem grande 
relevância e credibilidade. 
• Por fim, nestes tempos de violência generalizada e descrédito nas autoridades competentes, devemos nos 
curvar às normas e aos princípios constitucionais que regem nossa sociedade. De outra forma, seria mais 
coerente rasgarmos nossa Magna Carta e retrocedermos a uma terra sem garantias e segurança jurídica, que 
mais se assemelha aos estados absolutistas dos séculos passados. 
 
Conclusão: 
 
• Em face do exposto, opina-se que o figurino legal objetivado pela promotoria não se encaixa na conduta 
do réu e, por consequência, sua incriminação não procede.• É o parecer. 
 
Rio de Janeiro, 14 de maio de 2012 
XXXXXXXXXXXXXXX 
 
Tarefa 
 
Caso concreto 
 
Dijanira Baptista foi fumante inveterada por trinta anos. Ela era casada com Mauro Costa e tinha dois filhos: 
Mauro Costa Jr. e Paulo Baptista Costa. Em 28 de setembro de 1999, faleceu em decorrência de câncer 
pulmonar, provocado pelo fumo excessivo do cigarro de marca Hollywood, da companhia Souza Cruz S.A. 
Seus familiares alegam que a companhia de cigarros sempre ocultou informações e dados sobre a 
nocividade do cigarro à saúde. A vítima fumava dois maços de cigarro por dia, cerca de 500.000 cigarros em trinta 
anos, e que tal fato, aliado à falta de informações sobre o produto nocivo, teria sido o responsável por ter 
contraído a doença. 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria e Prática da Redação Jurídica 
Prof.: Carlos Kley Sobral 
Disciplina: 
CCJ0052 
Aula: 
012 
Assunto: 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa 
Folha: 
9 de 9 
Data: 
05/11/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0052/Aula-012/WLAJ/DP 
Além do mais, só recentemente as companhias são obrigadas a restringir o horário de veiculação de 
propagandas e a emitir comunicado de que o fumo é prejudicial à saúde. Isso, infelizmente, não chegou a impedir 
que Dijanira se tornasse viciada em cigarros, uma vez que era fumante de longa data, motivo pelo qual a família 
pleiteia indenização por dano. 
Após a descoberta do câncer, lutou duramente contra o vício: "Minha mãe tentou parar de fumar, mas as 
crises horríveis de abstinência e a depressão atrapalharam muito. Quando conseguiu vencer o vício, a metástase 
estava diagnosticada". 
Paulo Gomes, advogado representante da Souza Cruz, afirma que a empresa cumpre as determinações 
legais e que seu produto apresenta todas as informações aos consumidores. Em relação às propagandas, sustenta 
que a apresentação de jovens saudáveis em ambientes paradisíacos não é prática apenas da indústria tabagista: 
"Desconheço a existência de publicidade que vincule produtos a modelos desgraciosos ou cenários deprimentes, 
que causem repulsa ao público-alvo. Ademais, os consumidores têm o livre-arbítrio de escolher o que consumir e 
o quanto consumir". 
Segundo o advogado da família, os estudos comprovam a nocividade do cigarro, que contém mais de 
quatro mil substâncias químicas: "Entre elas está o formol usado na conservação de cadáver, o fósforo, utilizado 
como veneno para ratos e o xileno, uma substância cancerígena que atrapalha o crescimento das crianças. Se o 
cigarro não mata de câncer, há 56 outras doenças causadas por seu uso e exposição. É óbvio que a propaganda é 
indutora de seu consumo". 
 
QUESTÃO 
 
Debata o caso concreto oralmente em sala, a partir das fontes apresentadas e de outras que julgar 
pertinentes, e redija uma resposta formal a uma consulta quanto à possibilidade de uma empresa tabagista ser 
responsabilizada civilmente pela reparação aos danos causados à saúde de seus consumidores. 
 
RESPOSTA: VER. VER. 
 
 
==XXX==

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