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Gabarito-Lista I

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Instituto de Ciência Política 
GABARITO DA LISTA DE EXERCÍCIOS (Unidade I) 
Monitoria de Introdução a Ciência Política: 2/2014 
E-mail: monitoriaicpunb@gmail.com 
 
Gabarito da Lista de Exercícios I 
SCHMITTER 
Questão 01 
a) CORRETA. Philippe Schmitter apresenta, ainda nos primeiros parágrafos de seu texto, a noção 
de que a delimitação da disciplina é um fator primordial para a cientifização de determinado 
assunto (p.31). 
b) CORRETA. O autor cita que, desta forma, a ciência política pode ser dividida em quatro 
matrizes: o estudo do Estado e do Governo, do Poder/Influência/Autoridade, do processo de 
Decision-Making e da política como resolução de conflitos. Estes quatro campos de investigação, 
constituintes da ciência política contemporânea, são os tópicos que justamente delineam a própria 
análise de Philippe Schmitter sobre a disciplina (p.32). 
c) INCORRETA. Schmitter não aborda nenhuma relação de preferência ou de exclusão entre as 
quatro matrizes da investigação científica na política. O autor inclusive menciona que análises 
mais contundentes da Política tendem a vislumbrar pontos de tangência entre as matrizes 
supracitadas, não limitando-se apenas às instituições, aos atores ou ao processo em questão; são 
mais completas as análises que admitem a interconexão de todos estes fatores na concepção da 
política como atividade social. 
d) CORRETA. Philippe Schmitter aponta que, até meados do século XIX, a Política era 
majoritariamente vista como a reunião dos assuntos dos quais se encarregam o Estado e seus 
representantes. O autor frisa, porém, que a descoberta de instituições não-constitucionais levou à 
anexação de outros fenômenos na miscelânea de instituições que abrigam a Política, tais como 
partidos, facções e grupos de pressão (pp.32-33). 
 
 
e) CORRETA. Philippe Schmitter aborda o estudo da ciência política a partir de seus recursos logo 
após tratar do estudo de suas instituições. Estes recursos, como aponta o autor e como iremos 
dissecar logo adiante nesta Lista de Questões, são divididos em três termos muito próximos e 
ligeiramente confundidos: poder, influência e autoridade (p.33). 
Questão 02 
a) CORRETA. Philippe Schmitter apresenta, inclusive, citações de Max Weber e Friederich Engels 
para ilustrar a compreensão de intelectuais acerca da importância da violência para o ato político 
(p.33). 
b) CORRETA. Schmitter demonstra muito brevemente a obra de Robert Dahl para demonstrar 
que, sob a perspectiva da influência política, não basta deter monopólio da força e aplicá-la a seu 
bel-prazer: é necessário também captar recursos e utilizá-los na arena social. 
c) CORRETA. Philippe Schmitter cita o ditado francês "Gouverner c'est faire croire" para ilustrar 
que, além da visão da política como Poder e como Influência, existem os teóricos que a dissecam 
como o exercício de um poderio legítimo, enraizado por uma força oficial e devidamente 
reconhecida por aqueles que acatam a suas decisões (p.34). 
d) INCORRETA. Philippe Schmitter define que, de acordo com a análise do Decision-Making, a 
tarefa da ciência política é justamente a de explicar as linhas de conduta atuantes na formulação 
de Policies (p.35). Para isso, cita não Robert Dahl mas sim David Easton, um outro teórico norte-
americano: compete ao Estado o processo de formular decisões autoritárias ou imperiosas, 
absolutamente nada relacionado ao grau de dominância dos atores ou sua vontade de utilizar 
recursos. A análise de recursos políticos compete à segunda matriz científica desta área, tratada 
nos itens a, b e c desta Questão. Quanto à citação de Robert Dahl sobre os recursos políticos, é 
necessário esclarecer sua teoria: segundo ele, o grau de influência de um ator político em busca de 
sua dominância depende dos recursos disponíveis e da vontade de utilizá-los. 
e) CORRETA. Diferentes autores, em diferentes obras e sob diferenter perspectivas utilizaram 
estes termos. A literatura politista contemporânea divide-se, quando trata da análise de recursos 
 
políticos, nestas três sub-matrizes: Poder, Influência e Autoridade; não traça nenhuma ordem entre 
elas ou inclina-se na direção de uma em detrimento de outra. 
Questão 03 
I) CORRETO. Todo ato político deve ser controverso, ou seja, indicar um potencial conflito social. 
Esta é a condição necessária para que um fenômeno adquira a natureza política (p.36). 
II) CORRETO. Segundo Schmitter, "a política pode simplesmente 'desarmar' o conflito, canalizá-
lo, tranformá-lo em formas não-destrutivas" (p.36). 
III) CORRETO. Para Schmitter, a análise funcionalista da política prevê que os atores devem 
reconhecer reciprocamente suas limitações nas reivindicações de suas exigências para que seu ato 
social se torne político. Assim, os conflitos todos ocorrem em um Framework de restrições mútuas. 
Estes impedimentos contrapostos acabam por exigir uma interação cooperativa entre as partes 
(p.36). 
IV) Incorreto. A restrição mútua, como cita Schmitter ao abordar o funcionalismo, também opera 
por meio de um possível medo da retaliação do oponente e não somente quando há confiança 
mútua. A apreensão quanto à reação do imigo do conflito social também pode construir a 
autolimitação de que precisa o ato político (p.36). 
V) Em primeiro lugar, Schmitter não afirma ser o funcionalismo o grande pai da ciência política 
contemporânea, mas sim um amálgama das quatro diferentes matrizes investigativas apresentadas 
em seu texto. Em segundo lugar, o autor apresenta um dualismo entre conflito e integração quando 
aborda a natureza de um ato político. Para Schmitter, atores políticos são heterogêneos e 
encontram-se tanto em conflito quanto sob interdependência. Isto significa que não basta à Política 
conter-se na definição de estabilidade ou de conflito, mas sim colocar-se como um produto do 
reconhecimento do conflito e suas variantes para então contê-los dentro de um quadro social 
comum (p.37). 
RESPOSTA: Alternativa D. 
 
 
 
WEBER 
Questão 04 
a) CORRETO. Nesse caso, assiste-se profunda devoção ao líder que, alegando ser o enviado de 
Deus na Terra, produz discursos de impacto e de natureza sobrenatural. Dessa forma, a confiança 
depositada em características consideradas pelos integrantes como prodigiosas é que garantem sua 
condição como chefe da comunidade. Para mais detalhes sobre os três tipo de dominação, consultar 
página 57. 
b) CORRETO. Para mais informações, consultar a página 57. 
c) INCORRETO. É problemático associar um contexto de eleições democráticas ao caso de 
Canudos, já que a existência de um estatuto legal no cenário atual é que permitiu a eleição do ex-
presidente Lula, ou seja, por vias de estatuto legal. A forma de dominação predominante, apesar 
dos elementos carismáticos, é a racional-legal. Para mais detalhes, consulte a página 57 e 58. 
d) INCORRETO. O item omite que, para Weber, o Estado contemporâneo reivindica para si o 
monopólio do uso legítimo da violência, não sendo reconhecido a qualquer outro grupo ou 
indivíduos o direito de fazer uso desse recurso. Ou seja, é reconhecido ao Estado o status de fonte 
única do “direito” à coação física. Para mais detalhes, consultar página 56. 
e) INCORRETO. Os homens que se entregam à política podem aspirar à consecução de outros 
fins, sejam eles ideais ou egoístas, e não somente à obtenção de prestígio. Esse político, entretanto, 
deve estar consciente de que entregar-se à política significa concretizar tarefas pelo uso da 
violência e enfrentar dilemas éticos o que, para Weber, não torna a atividade política campo ideal 
para aqueles que pretendem salvar suas almas. Para mais detalhes, consultar páginas 57 e 120. 
a) Somente os itens I, II e III estão corretos;b) Somente os itens I, II, III e IV estão corretos; 
c) Somente os itens I e II estão corretos; 
 
d) Somente os itens II, III e V estão corretos; 
e) Somente os itens I, II e III estão corretos; 
Questão 05 
a) CORRETO. Para mais informações, consulte a página 113. 
b) INCORRETO. Apesar da difícil conciliação entre as éticas, estas acabam por se complementar, 
ou seja, não são mutuamente exclusivas ou hierárquicas. Em exemplo prático, tem-se um 
governante que, por convicção pessoal, promove uma campanha de redução de impostos, que na 
época de sua eleição se apresentavam como pesarosos à população. Esse governante, chegando ao 
poder, se depara com um dilema ético, já que o governo está escasso de recursos que necessitam 
serem investidos em áreas como as de saúde, educação e segurança. Para busca dos conceitos 
colocados, consulte as páginas 113, 114 e 115. Para estudar com mais detalhes a 
complementaridade das éticas, consulte a página 122. 
c) INCORRETO. O item estaria correto não fosse o enquadramento no contexto moderno. Essa 
diferenciação entre políticos que vivem da política dos que vivem para a política é anterior ao 
desenvolvimento moderno da função pública que, agora, passa a exigir um corpo cada vez mais 
especializado de funcionários, que preza pelo sentimento de honra corporativa. Para mais 
esclarecimentos, consulte a página 65 e 69. 
d) INCORRETO. O item está todo correto, exceto pelo trecho em que levanta que o senso de 
proporção perde efeito se acrescido o elemento da paixão. A devoção por uma causa deve superar 
mais do que uma ambição frívola, constituindo numa devoção sincera para a causa. Essa paixão 
pela causa, todavia, só se desenvolve em proporções adequadas se é sabido como adquirir o hábito 
do recolhimento. Para mais informações, consulte a página 106. 
e) INCORRETO. É verdade que a vaidade torna nulo o sentimento de responsabilidade dentro de 
uma causa, mas acaba por comprometer, também, a devoção e a capacidade de recolhimento, o 
que implica ataque à paixão e ao senso de proporção. Essas três características, sendo 
complementares, reforçam o domínio contra a vaidade, inimiga constante do homem político, além 
de permitir o exercício pleno da atividade política. Para mais informações, consulte a página 107. 
 
Questão 06 
a) CORRETO. Para mais informações, consulte a página 59 e 60. 
b) CORRETO. A dominação racional-legal, por ser fundada no princípio de legitimidade pelas leis 
e, sendo o líder escolhido a partir de um estatuto legal, serve a fins mais eficientes e racionais que 
os outros dois tipos. Isso não pressupõe, todavia, que esse tipo sempre se encontrará puro na 
realidade concreta. O mesmo se refere a encontrar em formas puras com relação às qualidades do 
homem político e de ação fundada nas duas éticas trazidas pelo autor. É importante entender que 
Weber elabora sua teoria a partir de tipos ideais. Para mais detalhes, consulte a página 58. 
c) CORRETO. Para mais detalhes, consulte a página 108. 
d) CORRETO. Para mais informações, confira a página 119. 
e) INCORRETO. Para Weber, o poder consiste numa dominação do homem sobre o homem, 
sendo a ideia explicitada no enunciado de outra autora, Hannah Arendt. O próprio Estado consiste 
nessa relação de dominação, fundando o instrumento de violência legítima e tornando possível a 
obediência por parte dos homens. Para mais informações, confira a página 57. 
ARENDT 
Questão 07 
a) INCORRETA. Hannah Arendt discorda desse paradigma, pois acredita que o corpo político e 
suas leis não sejam estruturas meramente coercitivas, e seu funcionamento não depende da 
violência (p. 31). 
b) INCORRETA. A força, comumente definida como violência/meio de coerção, indica a energia 
liberada por movimentos físicos e sociais. Logo, por se afastar de definições que associam poder 
e violência, Arendt concorda que os termos são distintos. (pp. 32 e 37). 
c) CORRETA. Nenhum homem pode ser tomado como responsável nesse domínio de um 
sistema intrincado de departamentos. Desta forma, no “domínio de ninguém”, o governo não 
presta contas a respeito de si mesmo e não há ninguém que responda pelo que está sendo feito (p. 
 
33). 
 d) INCORRETA. Segundo a autora, o instinto de obedecer e ser dominado por um líder forte 
normalmente é superior à vontade de poder (p.33). 
 e) INCORRETA. O poder não precisa de justificação, pois não necessita remeter a um fim que jaz 
no futuro. Porém, necessita da legitimidade surgida no passado, já que o poder deriva de seu 
surgimento em um momento histórico anterior (p.41). 
Questão 08 
a) INCORRETA. O poder não é uma propriedade individual; pertence a um grupo, que empossa 
alguém para que represente seu interesse. A capacidade individual de impor a vontade é 
designada pelo vigor (pp. 36 e 37). 
b) INCORRETA. A autoridade é caracterizada pelo reconhecimento inquestionável por aqueles 
a quem se pede que obedeçam, dispensando o uso da violência. Com o uso da violência, admite-
se que não há autoridade plena. (p. 37). 
c) INCORRETA. O Estado pode fazer o uso da violência como coerção, já que em um conflito 
da violência contra a violência a superioridade do governo tem sido absoluta. Entretanto, essa 
superioridade só dura enquanto a estrutura do poder estiver intacta. “Onde os comandos não são 
mais obedecidos, os meios da violência são inúteis...” (p. 39). 
d) INCORRETA. O poder sempre depende dos números, enquanto a violência, até certo ponto, 
pode operar sem eles, porque se assenta em implementos (p. 35). 
e) CORRETA. Onde o poder se desintegrou, as revoluções são possíveis, mas não necessárias. 
Com o declínio da estrutura de poder, o uso da violência como meio coercitivo se torna inútil, 
deixando o governo vulnerável (p. 39). 
Questão 09 
a) INCORRETA. Jamais existiu governo exclusivamente baseado nos meios da violência. 
Mesmo o domínio totalitário, cujo principal instrumento de dominação é a tortura, precisa de 
 
uma base de poder (p. 40). 
 b) INCORRETA. A violência funciona como último recurso do poder contra criminosos ou 
rebeldes, indivíduos singulares que se recusam a ser subjugados pelo consenso da maioria 
(p. 40). 
 c) INCORRETA. A violência sempre pode destruir o poder; do cano de uma arma emerge o 
comando mais efetivo, resultando na mais perfeita e instantânea obediência, que acabará assim 
que a ameaça for destituída. O que nunca emergirá daí é o poder (p. 42). 
 
d) CORRETA. O poder é a essência de todo governo, não a violência. O poder tem um fim em 
si mesmo, não precisa de justificação e busca legitimidade em sua origem. A violência é por 
natureza instrumental, depende de orientação e da justificação em um fim futuro para ser 
operada e não possui legitimidade (p. 41). 
e) INCORRETA. Com a perda de poder, torna-se uma tentação substituí-lo pela violência. 
Entretanto, poder e violência são opostos; onde um domina absolutamente, o outro está ausente. 
A violência aparece onde o poder está em risco, mas ela conduz ao desaparecimento do poder. 
A violência pode destruir o poder, mas ela é absolutamente incapaz de cria-lo (pp. 43 e 44). 
BOBBIO 
Questão 10 
a) ERRADO. Segundo Bobbio, a teoria platônica das formas de governo não se encaixa no 
pensamento cíclico da Antiguidade, uma vez que considera a degeneração como parte de 
uma decadência linear e não alternada. “Não há assim, uma alternância, mas uma 
decadência contínua, gradual, necessária, um movimento de cima para baixo até atingir o 
ponto inferior extremo...” (p. 47) 
b) ERRADO. Não é apenas Aristóteles que considera a democracia como uma forma má de 
governo. A justificativa dada no item refere-se à teoria de Platão. ”O mal será a discórdia– princípio da desagregação da unidade. Da discórdia, nascem os males da fragmentação 
da estrutura social...”(p.51). 
 
c) CORRETO. Os critérios de Platão e Políbio encontram-se nas páginas 54 e 67.O de 
Aristóteles encontra-se na página 68. 
d) ERRADO. A politia é definida como a forma boa do governo de muitos baseado no 
interesse comum.(p.60). Já a democracia é a degeneração da politia, uma vez que o 
interesse se transfere para a esfera privada.(p.58 e 59) 
e) ERRADO. O poder despótico, apesar de considerado legítimo por Aristóteles, não é 
justificado pelo uso da força. Para o pensador, o déspota tem o poder absoluto, baseado nos 
seus interesses pessoais. A visão aristotélica em relação à escravidão defende a natureza 
servil de alguns povos, que precisariam ser dominados. (p.60) 
Questão 11 
Resposta: alternativa E 
Questão 12 
a) CORRETO. Consulte a pàg 69 para mais informações. 
b) CORRETO. Consulte página 61 
c) CORRETO. Consulte página 70. 
d) ERRADO. Tanto a Politia quanto o governo misto são desejosos de resistir à degeneração. 
Contudo, o equilíbrio social e a conciliação entre os que possuem e os que não possuem é 
parte da teoria de Aristtóteles (p.61). Políbio concentra-se nos mecanismos de poder de 
forma a se atingir um equilíbrio institucional.(p.71) 
e) CORRETO. Consulte página 72 
MIGUEL (MAQUIAVEL) 
Questão 13 
a) INCORRETA. Maquiavel rompe com essa visão, opondo essa moralidade política à política 
de poder, ou seja, política pautada na realidade, desatrelada da esfera religiosa. (Ver 
págs.12,19, 23, 24 e 25) 
b) INCORRETA. Com o enfraquecimento dos Árabes no cenário europeu, ocorreu o 
fortalecimento da França e da Espanha. Essas grandes potências se diferenciavam das outras 
devido ao maior grau de unificação que conseguiram alcançar, centralizando seus poderes e 
 
fazendo a frente na construção do estado moderno. Maquiavel, Florentino, estava atento a esse 
contexto e ao atraso da Itália, que se mantinha dividida e em conflitos, e dirigiu, então, boa 
parte de sua construção teórica ao fim que era a unificação italiana. (Ver págs. 13 a 15) 
c) INCORRETA. A resposta estaria correta caso se modificasse a última sentença para " A 
ascendência moral não possui relevância política, a não ser que se traduza em instrumentos 
efetivos de poder". O fato de se utilizar a moralidade para justificar a política não retira a 
eficácia dos instrumentos de poder. O autor ainda enuncia no capítulo VI de "O Príncipe" que 
"todos os profetas armados venceram e os desarmados fracassaram" e que é necessário 
“providenciar para que, quando [as pessoas] não acreditarem mais, se possa fazê-los crer à 
força". (Ver págs. 19 e 20) 
d) CORRETA. (ver pág 20) 
e) INCORRETA. O príncipe possui, em certos casos, a obrigação de mentir. Para Maquiavel 
quem se dedica à vida política tem como objetivo o bem do estado e como responsabilidades 
o povo e o território, isso gera, muitas vezes, incompatibilidade com a meta da vida privada, 
que seria a salvação pessoal. A maldade do mundo impede a prática do bem, ainda que o 
político queira fazê-lo, já que, caso o faça, será aniquilado pelos maus, abrindo o caminho para 
o domínio do mal. (Ver págs 24 e 25) 
Questão 14 
I. INCORRETA. Nessa situação é preferível ser temido que amado. Para ser temido, basta possuir 
os meios materiais para a punição dos pouco obediente, já ser amado depende de virtudes não só 
do príncipe, mas também dos súditos. Como o homem é mau e egoísta, pode prejudicar a quem 
ama quando os interesses o exigem, mas não a quem teme, por medo da punição. (Ver págs 25 e 
26) 
II. CORRETA. O príncipe deve praticar toda a crueldade necessária para assegurar o poder em um 
único momento, já que a lembrança tende a se apagar, e praticar o bem em pequenas doses, 
alimentando a estima que conquistou dos súditos.( ver pág 26) 
III. INCORRETA. "Alguém pode ser acusado pelas ações que cometeu, e justificado pelos 
resultados destas. E quando o resultado for bom [...] a justificação não faltará. Só devem ser 
 
reprovadas ações cuja violência tem por objetivo destruir, em vez de reparar". Muitas vezes será 
necessário fazer o mal para alcançar o bem, isso se dá devido à realidade do mundo humano. A 
política não é um "vale-tudo", o mal se dá para promover o bem. Não se justificam as ações 
orientadas para fins indignos. (Ver págs 27 a 30) 
IV. CORRETA. É dado o exemplo do tirano de Siracusa, Ágatoles Siciliano, que apesar de ter 
conquistado e mantido a estabilidade de seu principado, não conseguiu alcançar a glória devido a 
suas ações extremamente cruéis. (Ver págs 30 e 31) 
V. CORRETA. A política querer a manutenção de uma fachada de respeito aos valores morais. 
Como o político não deve ter essa moralidade de base, precisa ser hipócrita e usar bodes expiatórios 
para manter a ficção de sua bondade. ( ver págs. 34 e 35) 
a) II, III, IV e V; 
b) I, II e V; 
c) I, III e IV; 
d) II, IV e V; 
e) Todos os itens estão corretos. 
Questão 15 
a) INCORRETA. Os conceitos de virtú e occasione estão corretos, mas não o de fortuna, já que 
esse não pode se resumir ao acaso. É o que, presente e atuante no mundo dos homens, foge ao 
controle desses. É a resultante das ações não coordenadas de milhares de pessoas que lutam por 
seus objetivos. (Ver págs. 40 a 47) 
b) CORRETA. O pensador, como homem de virtú, reconhecia que era necessário se adaptar à 
fortuna, que nesse momento não era favorável à liberdade. Entretanto, principalmente nos 
Discorsi, exalta a virtude cívica, da coletividade que coloca o interesse egoísta em segundo plano 
e não fica a mercê da sorte, como ocorre mas monarquias, quanto à virtuosidade do 
descendente.(Ver págs. 45 a 52) 
 
c) CORRETA. Maquiavel defende que o povo sempre acerta no particular, ou seja, na eleição dos 
ocupantes de cargos públicos, mesmo que erre na determinação de grandes políticas. Tal 
pensamento é encarado com muito ceticismo atualmente. Considera-se que ele via o povo de forma 
muito romântica. O povo nunca seria mau, apenas estaria perdido, podendo, com o devido 
aconselhamento, voltar só caminho certo. 
d) CORRETA. (Ver págs 52 e 53) 
e)CORRETA. Maquiavel acredita que monarquia, aristocracia e democracia são formas de 
governo instáveis, contendo elementos em si que trazem sua própria ruína. A mescla de tais 
instituições neutralizaria, ainda que não totalmente, os aspectos problemáticos de cada uma das 
formas puras, além de assegurar a liberdade civil. (Ver págs. 51 a 54). 
MACFARLANE: 
Questão 16 
a) INCORRETA. Além de discordarem em relação à formação da sociedade civil, os três autores 
possuem visões diferentes também sobre a condição do homem natural. Hobbes entende que o 
homem natural não é completamente racional, pois se deixa levar por seus desejos, passando por 
cima dos outros - ‘o homem é o lobo do próprio homem’; Locke já compreende o homem natural 
como racional; e Rousseau considera o homem naturalmente bom, apenas se tornando mau por 
influência das instituições existentes na sociedade civil. 
 
 
b) INCORRETA. Primeiramente, Hobbes e Locke não possuem a mesma visão em relação ao 
Estado de Natureza. O apresentado no item corresponde ao Estado de Natureza como Hobbes o 
entendia, e não Locke. Este compreendia o Estado de Natureza como ‘um lugar onde os indivíduos 
gozam de liberdade perfeita para agir e dispor de seus corpos da maneira que lhes aprouver’, que 
no item foi apresentado como posicionamento de Rousseau. Por último, Rousseau se afastava 
ainda mais de seus colegas e não entendia o Estado de Natureza como um momento específico, e 
sim como um processo de mudança gradual para a sociedade estável. 
 
c) INCORRETA.Ainda que a visão de Hobbes acerca do Estado de Natureza seja justamente essa, 
ele não considera o homem naturalmente mau. O Estado de Guerra decorre da falta de 
racionalidade do homem, que é guiado por seus desejos e aversões (que são diferentes para cada 
indivíduo, causando conflitos). A caracterização do homem natural para Rousseau está correta no 
item. 
 
 
d) CORRETA. Para mais informações específicas sobre os modelos de contrato e de formação da 
sociedade civil, veja as páginas: 
 
e) INCORRETA. Locke discorda da interpretação de que o contrato precisa ser consentido apenas 
uma vez. Para o autor, o consentimento tem que ser constantemente renovado, pois o homem não 
pode impor a seus filhos um acordo feito por ele. Ele acredita que os súditos devam 
voluntariamente concordar com a obediência, o que não seria o caso em um acordo prévio. 
Questão 17 
a) I - 1 - m - x 
 II - 2 - n - y 
 III - 3 - o - z 
 
b) I- 2 - n - z 
 II - 1 - m - y 
 III - 3 - o - x 
 
c) I -1 - m - x 
 II - 3 - n - z 
 III - 2 - o - y 
 
d) I - 2 - n - z 
 II - 1 - m - y 
 III - 3 - o - x 
 
e) I - 2 - o - y 
 II - 3 - n - z 
 III - 1 - m - x 
Questão 18 
a) CORRETA. Rousseau estabelece uma relação entre os dois, em que amour propre seria a 
degeneração do amour de soi. Isso porque, mais do que ser um interesse egoísta de auto-
preservação, o amour de soi, aliado à compaixão (faculdade natural humana), se torna uma virtude 
social positiva, fazendo com que o homem se identifique com toda a espécie humana. O abismo 
entre essas duas qualidades faz com que os homens passem a ser mais egoístas e busquem não 
mais satisfazer suas necessidades e sim superar seus semelhantes. 
 
b) CORRETA 
 
 
c) CORRETA. Isso se dá devido às parcialidades humanas, o desejo de defender seus interesses 
pessoais. 
 
d) INCORRETA. Para Hobbes, para que exista o estado de guerra basta a disposição para a luta, 
não necessariamente a luta em si. Locke, diferentemente, se assemelha à definição apresentada no 
item, com guerra declarada. Rousseau vê o estado de guerra de maneira semelhante a Hobbes, mas 
em momentos distintos; para o autor, o estado de guerra é posterior a uma convivência social, 
ainda que primitiva e anterior ao contrato. 
 
e) CORRETA. Ainda sobre isso, Hobbes coloca que aquilo que é objeto de desejo é considerado 
bom, e o objeto da aversão é considerado mau. Essa avaliação é, entretanto, subjetiva e individual, 
e a diferença de percepção entre os homens é um dos motivos do constante estado de guerra no 
momento anterior à sociedade civil. 
 
CARNOY 
 
Questão 19 
 a) INCORRETA. O sucesso e a centralidade do modelo soviético de Lenin e Stalin, junto com 
uma aberta repressão ao pensamento marxista no Ocidente até a década de 1950, fizeram essas 
teorias experimentarem pouca pluralidade e desenvolvimento na primeira metade do século XX 
(p. 63 e 64). 
 
b) INCORRETA. Marx não desenvolveu uma única e coerente teoria da política ou do Estado, o 
autor construiu seu pensamento com base nas críticas ao modelo de Hegel e na análise de 
conjunturas históricas específicas (p. 65). 
 
c) INCORRETA. Os primeiros escritos de Marx se deram em uma Prússia de governo pré-
capitalista e economia burguesa, o que de início levou o autor a entender que o Estado é um braço 
autônomo da sociedade, concordando com Hegel. Só posteriormente, na Alemanha unificada e 
industrializada, foi que Marx elaborou sua teoria do Estado como reflexo das relações de produção 
(p. 67 e 68). 
 
d) CORRETA. Ver página 68. 
 
 
e) INCORRETA. Não se deve deduzir do pensamento de Marx que o Estado é um “complô de 
classe”, mas sim um produto e consequência das relações de produção que serve principalmente à 
classe dominante como instrumento para mediar as contradições entre os indivíduos e a 
comunidade (p. 68 e 69). 
 
Questão 20 
 
a) CORRETA. Lenin faz em sua obra uma análise detalhada do Estado burguês que serviria de 
justificativa para as ações que empreendeu como líder revolucionário e governante (p. 78 e 79). 
 
b) INCORRETA. A primeira parte da afirmação está correta, mas negociações com a burguesia 
não fazem parte da estratégia de transição ao comunismo proposta por Lenin. Para ele, o novo 
Estado proletário deveria ser ditatorial e a resistência da burguesia deposta deveria ser combatida 
coercitivamente (p. 80 e 81). 
 
c) CORRETA. Ambos encaravam a democracia burguesa como inconciliável com os reais 
interesses da classe trabalhadora, defendendo que essa estrutura fosse abolida e substituída pelo 
Estado proletário (p. 79 e 84). 
 
d) CORRETA. Lenin acabou centralizando o poder nas mãos de poucos por entender que o 
governo do proletariado precisava de condutores intelectuais específicos, enquanto Rosa 
Luxemburgo acreditava na criatividade e autonomia de pensamento das massas (p. 84, 85 e 86). 
 
e) CORRETA. Ver páginas 82 e 83. 
 
Questão 21 
I. CORRETA. O estabelecimento de um segmento armado da população legitimado para 
reprimir violentamente os demais é uma característica do Estado que serve para a preservação de 
uma ordem que não seria possível se a população toda pudesse se armar espontaneamente (p. 
70). 
 
II. INCORRETA. Diferentemente do pensamento de Lenin, Marx entende que as formas 
democráticas do Estado burguês são tanto um instrumento da burguesia quanto um perigo para ela, 
já que o proletariado tem reais chances de dotar essa estrutura de pautas do seu interesse (p. 71 e 
72). 
 
III. INCORRETA. Uma maior luta entre as classes ocorre quando nenhuma delas tem poder 
suficiente para dominar o Estado e, como consequência, os agentes deste acabam tendo maior 
autonomia de ação, como Marx analisa no caso da França de Luís Bonaparte (p. 74 e 75). 
 
IV. CORRETA. Os integrantes do Estado tendem a ser parte da classe dominante ou a ela estarem 
ligados. Tanto é verdade que a classe que emerge economicamente (burguesia) acaba se tornando 
a classe governante na maior parte dos países da Europa (p. 73). 
 
V. CORRETA. Se o Estado tenta contrariar os interesses da classe dominante dos meios de 
produção, esta pode facilmente pressioná-lo a voltar atrás por meio de “greves de investimento” 
dos recursos que detém (p. 73). 
 
a) I, III e IV 
b) II, IV e V 
c) I, III e V 
d) I, IV e V 
e) I, II, IV e V

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