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Questões - Lista I

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Instituto de Ciência Política 
LISTA DE EXERCÍCIOS (Unidade I) 
Monitoria de Introdução a Ciência Política: 2/2014 
E-mail: monitoriaicpunb@gmail.com 
 
Lista de Exercícios I 
SCHMITTER 
Questão 01 
O autor do texto e acadêmico das ciências sociais, Philippe Schmitter, inicia suas observações 
epistemológicas acerca da ciência política tratando de suas metas para, então, dissecá-la em 
quatro diferentes campos de investigação. Tomando como base a divisão da ciência política em 
quatro matrizes, assinale a alternativa incorreta dentre as postas a seguir. 
a) Ao abordar a identificação de uma área do conhecimento como científica, Schmitter cita que 
não basta neste campo de estudo haver apenas uma mera vontade de produzir conhecimento 
científico: é primordial para que haja ciência, segundo o autor, a delimitação da disciplina. A 
demarcação dos sujeitos, fenômenos e limites do estudo apresentam-se como cruciais para a 
consagração de um estudo como verdadeiramente científico. 
b) Para Schmitter, existem diversas formas de se definir a Política. O estudo desta área, para ser 
exato, corre por quatro veias principais: a análise das instituições políticas, dos recursos 
disponíveis e utilizados, dos processos de tomada de decisão política e da própria função da 
Política em si. 
c) Para Philippe Schmitter, é preciso estabelecer uma separação metodológica clara antes de se 
estudar a ciência política: o pesquisador deve analisar a disciplina unicamente de acordo com 
suas instituições, recursos e processos de tomada de decisão. As funções da política envolvem 
conceitos abstratos que, devido à heterogeneidade do cenário social, não podem ser abordados 
pela ciência. 
d) Ao tratar do primeiro dos quatro campos de investigação científica da Política, Philippe 
 
Schmitter aborda a visão da área como um resumo dos assuntos concernentes ao Estado e ao 
Governo. É citado, entretanto, que houve uma evolução neste sentido: a política transbordou dos 
limites oficiais do Estado e passou a ser vista em outras instituições sociais, hierárquicas ou 
independentes. 
e) A delimitação da ciência política como um estudo das instituições operantes em determinado 
sistema permite observar a importância do poder para esta matéria. Responsável por preencher 
sozinho um dos quatro campos de investigação da ciência política, foi amplamente debatido pela 
literatura política através dos séculos e vislumbra três matrizes secundárias: a coação, a 
influência e a autoridade. 
 
Questão 02 
Após introduzir-se à análise de Schmitter sobre as matrizes científicas da Política, o aluno deve 
compreender a relevância dos recursos e do processo de tomada de decisão que estão sempre 
presentes na Política e em sua análise teórica. Com base nas palavras de Schmitter sobre poder, 
influência, autoridade e decision-making, observe as alternativas a seguir e assinale a incorreta. 
a) A Política pode ser vista como um ato de coação, ou seja, de demonstração física e imediata 
de poder. Enérgico ou não, este fenômeno agressivo adquire importância diante da violência. 
Schmitter cita que, para certos teóricos, reside no sentido de Poder toda a natureza política da 
atividade social: a monopolização da força e seu uso para a dominação de determinado contexto 
social constituem passos importantes para o sentido verdadeiro dos recursos políticos. 
b) Schmitter também cita uma corrente teórica que prevê a política como uma arte da influência, 
ou seja, do domínio medido e controlado no contexto social. De acordo com esta perspectiva, a 
violência é apenas uma das formas de domínio político - e não a fundamental, como previam os 
devotos do Poder. O termo Influência, ao contrário do citado anteriormente, prevê a manipulação 
de grupos de pressão para se atingir um determinado objetivo em detrimento da luta de outros 
atores. 
c) Schmitter, ainda tratando da análise da política a partir de seus recursos, apresenta a teoria da 
 
Autoridade. Sob este ângulo de observação da ciência política, é possível inferir que a relação 
política em meio social se dá através de uma obediência voluntária. 
d) O autor do texto levanta a terceira matriz de estudo científico da política ao analisar o 
processo de Decision-Making, ou seja, de formulação de decisões sobre linhas coletivas de 
conduta. Para isso, cita Robert Dahl ao dizer que não importa, ao grau de dominância de um ator 
político, sua vontade de utilizar os recursos disponíveis. 
e) Não existe ordem de importância, para a ciência política, entre as nomenclaturas distintas 
encontradas na análise de seus recursos. Poder, Influência e Autoridade são conceitos distintos 
em natureza mas próximos em metodologia: isto significa que, certamente, não existe uma 
preferência geral por algum deles. 
 
Questão 03 
Para encerrar suas Reflexões sobre o Conceito de Política, Philippe Schmitter comenta a quarta 
matriz da ciência política ao abordar o funcionalismo e, logo depois, ilustra suas conclusões 
sobre o tema. Com base nos dizeres do autor acerca da resolução não-violenta dos conflitos 
sociais, julgue os itens a seguir e assinale a alternativa correta. 
I. O estudo da política a partir de sua função inaugura o que o estudo da política identificou 
como funcionalismo. De acordo com suas premissas, um ato político abrange necessariamente 
um conflito. 
II. O uso do termo Resolução para tratar da natureza funcional da Política implica um sentido 
falso do objeto de estudo, pois muitos dos conflitos a serem enfrentados pela Política são 
permanentes. 
III. Há também uma condição suficiente para que um ato social seja considerado político: não 
basta apenas indicar um conflito, mas deve também exigir uma certa cooperação entre os atores 
envolvidos. 
IV. A autolimitação citada no item acima só pode ser sedimentada sobre uma crença comum nos 
 
atores em conflito, ou seja, para que um ato seja político e nele haja cooperação além de 
oposição, é preciso somente haver confiança entre os envolvidos. É a confiança mútua que sela a 
Política de acordo com a análise funcionalista. 
V. A perspectiva funcionalista, apontada por Schmitter como a matriz da ciência política 
contemporânea, vislumbra a Política somente como um âmbito de estabilidade e de integração. 
a) Todos os itens estão corretos. 
b) Apenas o item I está correto. 
c) Apenas o item V está incorreto. 
d) Apenas os itens I, II e III estão corretos. 
e) Apenas os itens I, II e IV estão corretos. 
WEBER 
Questão 04 
Julgue os itens abaixo e, a seguir, eleja a alternativa CORRETA: 
I. A figura de Antônio Conselheiro é familiar quando se faz referência à comunidade de 
Canudos. Em peregrinação pelo Nordeste, se transformou, aos poucos, em um líder visto por 
muitos como messias e profeta, pois, ao observar o atraso e o descontentamento do povo 
nordestino, decidiu por fundar uma cidadela em que a igualdade fosse força motriz, sendo a 
promoção desse princípio carregada de simbolismos e discursos religiosos. Sabido isso, é 
possível afirmar que a dominação exercida pelo líder é carismática. 
II. A dominação tradicional toma corpo em contextos como os absolutistas, em que o monarca 
exerce o poder pela validez imemorial, ou seja, porque os súditos associam a obediência ao 
costume e à tradição, enraizados nos homens conforme o passar do tempo. Por esse motivo, esse 
tipo de autoridade é também intitulado como de “passado eterno”. 
III. Alguns especialistas atribuem a dominação carismática de Lula à forte identificação das 
 
classes populares com o ex-presidente. Tal relação ajudaria a explicar, portanto, o fenômeno em 
que ele se transformou. Dessa forma, tal qual o no caso de Canudos, a dominação 
exclusivamentecarismática se funda nas qualidades exemplares desse líder, que teve trajetória 
semelhante à de milhares de brasileiros. 
IV. A respeito do Estado contemporâneo, Weber traz uma definição completamente equivocada 
quanto ao uso da força. O autor afirma que o Estado, como entidade, reivindica para si o 
monopólio da violência, mas é evidente que no contexto atual o Estado não é o único detentor de 
tal recurso. Coloca-se como exemplo o poder gozado pelos traficantes de drogas em 
comunidades carentes, além da violência desferida por parte de criminosos. 
V. A política, segundo Weber, envolve um conjunto de esforços empreendidos a fim de se 
participar do poder ou influenciar na divisão dele. Os homens que se propõe à política, portanto, 
aspiram ao poder somente para gozar do sentimento de prestígio que ele é capaz de conferir. 
a) Somente os itens I, II e III estão corretos; 
b) Somente os itens I, II, III e IV estão corretos; 
c) Somente os itens I e II estão corretos; 
d) Somente os itens II, III e V estão corretos; 
e) Somente os itens I, II e III estão corretos 
Questão 05 
De acordo com o que foi estudado em Ciência e Política: Duas Vocações, de Max Weber, eleja 
o item CORRETO: 
a) A ética da convicção, em oposição à ética da responsabilidade, diz respeito a um conjunto de 
valores e normas que orientam o comportamento do político na esfera privada e que, não 
resguardado o cuidado do político, acabam por afluir na esfera pública. O político que se guia 
por essa ética, quando comete algum erro, ao invés de tomar a responsabilidade para si, atribui a 
outros agentes. Ademais, essa ética é permeada por uma lógica que, muitas vezes, acaba por 
 
justificar os meios em detrimento dos fins, justiçando políticas de força exacerbadas e 
moralmente questionáveis. 
b) A ética da responsabilidade configura como o tipo ideal a ser adotado pelo político, sendo 
aquela em que, vistas as consequências de um ato equivocado, não se imbui a responsabilidade a 
terceiros. Nesse caso, o próprio agente abraça as consequências de seus atos. 
c) No Estado Moderno, é possível observar duas classes de políticos: aqueles que vivem da 
política e aqueles que vivem para a política. A diferença entre ambos é que, aquele que vive para 
a política já é economicamente independente em relação à atividade, e geralmente adentra nessa 
esfera em defesa de seus ideais ou ideologias. O outro tipo, por sua vez, encara na política a sua 
forma permanente de rendas. 
d) O senso de proporção, qualidade essencial ao homem político, consiste na capacidade de se 
enxergar os fatos alheio às coisas e às pessoas, num exercício de afastamento daquilo que 
comprometa o exercício racional da atividade política. Inclusive, a racionalidade está 
intimamente relacionada ao sentimento de responsabilidade, e por este motivo é que o homem 
sabe exatamente a que causas dedicar-se. Essa qualidade tão prezada ao homem político, todavia, 
perde efeito quando se deixa tomar pela paixão de uma causa. 
e) A vaidade acaba por atacar, dentre a paixão, senso de proporção e o sentimento de 
responsabilidade, excepcionalmente o último. Ao tornar ausente este elemento, o político não se 
deixa animar por qualquer propósito positivo, buscando o poder pelo poder e buscando causas 
em pretexto de exaltação pessoal. 
Questão 06 
Ainda de acordo com o texto de Max Weber, escolha a alternativa INCORRETA: 
a) A dominação organizada, em um contexto de Estado moderno, depende de um estado-maior 
administrativo e de meios materiais de gestão, que tendem a concentrar-se cada vez mais nas 
mãos do Estado. Esse modelo, que reúne nas mãos dos dirigentes os meios materiais de gestão, 
entra em completo oposto aos moldes do estado-maior administrativo anterior, em que os 
funcionários ou magistrados, cuja obediência depende o detentor do poder são, eles próprios, 
 
detentores dos meios de gestão. 
b) Os tipos de dominação descritos por Weber podem ser enumerados da seguinte forma: em 
primeiro lugar, tem-se s a dominação carismática, que qualifica a autoridade do líder por 
intermédio de dons pessoais, qualidades prodigiosas ou até mesmo heroísmo, sendo essa devoção 
marcada pela fé e reconhecimento por parte de quem obedece Já na dominação tradicional, a 
autoridade é constituída por costumes históricos, costumes e tradições arraigadas. A dominação 
racional-legal, por fim, se estabelece a partir da validez em um estatuto legal, fundado por regras 
racionalmente estabelecidas. A partir dos três tipos supracitados, é possível afirmar que a 
dominação racional-legal é característica da estrutura burocrática do Estado moderno. 
c) Weber defende que, ao se engajar em uma causa, o político deve estar consciente de que, 
inevitavelmente, o resultado final da ação política será diferente da intenção original. O autor 
afirma, todavia, que o conhecimento desse elemento inevitável da História, não pode servir como 
pretexto para que se fuja à dedicação por uma causa já que assim, toda a sua ação na esfera 
política se tornaria incoerente. 
 d) O chefe, não conseguindo ser senhor absoluto de suas ações deve, em primeiro lugar, sopesar 
as exigências dos súditos e estar consciente, também, dos sentimentos que inspiram seus 
partidários, não agindo em completo isolamento. É necessário, portanto, que exista entre os 
partidários pelo menos uma fração em comum com sentimentos que o movem o líder uma causa, 
sendo o seu futuro no cargo dependente dessas duas partes, e não somente de suas características 
e competências individuais. 
e) O poder, para Weber, é a capacidade humana para agir em concerto, não estando restrito 
somente a um indivíduo. Por esse motivo, legitima-se o estado de obediência a uma autoridade, 
que esfarela tão logo o grupo que conserva esse poder se desfaça. 
ARENDT 
Questão 07 
a) Hannah Arendt concorda com a definição clássica de poder de Mills e Weber, em que “a 
violência é tão-somente a mais flagrante manifestação do poder”. 
 
b) O poder pode ser medido pela força de quem domina. 
c) Para Arendt, a forma mais formidável de dominação é a burocracia, que é o domínio de 
ninguém, o mais tirânico de todos; onde não há indivíduo específico que possa ser tomado 
como responsável pelas ações do Estado. 
d) Segundo a autora, o exercício adequado do poder é, por vezes, impedido pelo desejo de 
muitos de exercer poder. 
e) O poder tem um fim em si mesmo e, por isso, não necessita de justificação e 
legitimidade. 
Questão 08 
a) O poder é a propriedade de um indivíduo de impor suas vontades. 
b) O uso da violência é o último recurso utilizado para se manter a autoridade, quando 
ameaçada. 
c) A violência pode sempre ser utilizada pelo Estado como meio coercitivo quando o poder 
está em risco. 
d) Assim como o poder, a violência necessita de números para ser operada. 
e) A perda do poder permite com que as revoluções sejam possíveis. 
Questão 09 
a) Apesar de a violência não criar poder, já existiram formas de governo exclusivamente 
baseadas na violência, como o totalitarismo. 
b) O uso da violência não tem utilidade, ela apenas reduz o poder de quem governa. 
c) Hannah Arendt critica o uso da violência, mas assume que esse recurso pode criar poder 
em situações específicas. 
d) Diferentemente do poder, que é um fim em si mesmo e não precisa de justificação, a 
 
violência depende da orientação e da justificação pelo fim que almeja. 
e) Arendt instrui os governantes a usarem habilidosamente a violência para retomar o poder, 
quando este for ameaçado. 
BOBBIO 
Questão 10 
1. Com base no texto A Teoria das formas de governo, de NorbertoBobbio, assinale a alternativa 
correta: 
a) O autor apresenta visões de diferentes pensadores clássicos acerca das formas de 
governo. Em sua análise, procura responder às questões “Quem governa” e “Como 
governa”, de forma a unir Platão, Aristóteles e Políbio sob um espectro que considera 
o pensamento cíclico de que para cada três formas boas, sucedem três formas ruins. 
b) A classificação da democracia como forma má de governo ocorre apenas em 
Aristóteles, uma vez que essa tem como princípio a convivência entre perspectivas 
políticas dissonantes, o que levaria inevitavelmente à mudança e, consequentemente, 
a degeneração de tal forma. A anarquia é apontada como a pior das consequências 
dessa degeneração. 
c) Violência e Consenso, Legalidade e Ilegalidade são os critérios utilizados por Platão e 
Políbio para distinguir as formas boas das degeneradas, apesar de Bobbio considerar 
os critérios deste último pouco claros.. Já Aristóteles baseia-se no critério do interesse 
comum. 
d) A democracia é definida como a forma de governo de muitos pautada no interesse 
comum, o que a torna menos ruim. Sendo assim, pouco se afasta da sua forma 
degenerada, a politia, o que indica que suas semelhanças e diferenças se permeiam. 
e) O poder despótico, considerado legítimo, é justificado na teoria aristotélica pelo uso 
da força. O déspota é aquele que se utiliza do poder para defender seus interesses 
pessoais. Sua análise em relação à escravidão aborda aspectos históricos e sociais que 
 
levaram o homem à condição servil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão11
 
 
i. A passagem da forma boa para a forma degenerada é pré-determinada por uma visão 
fatalista da História. O encadeamento das formas se dá alternadamente, contudo a 
forma boa precedente é sempre pior que a forma boa anterior. Ao final, quando tem-
se o caso extremo, a oclocracia, há uma tendência em se voltar à primeira das formas, 
à melhor. 
 
ii. A degeneração das formas de governo se dá por ciclos, alternando uma forma boa com 
uma forma má. Assim, as seis formas se organizam da seguinte maneira: monarquia, 
aristocracia, politia, democracia, oliguarquia e tirania. 
 
iii. Fica evidente o que Bobbio apresenta como teoria do retorno indefinido: uma visão 
pessimista em relação às formas de governo, na qual não existe senão a degeneração 
progressiva e inevitável. Na visão apresentada, existem 2 formas ideais, a Monarquia e a 
Aristocracia, sendo as demais consideradas formas reais ou degeneradas. 
 
Os esquemas e as afirmativas que correspondem, respectivamente, às teorias de Platão, 
Aristóteles e Políbio são: 
a) III – i; II-ii; I-ii 
b) II – i; I- ii; III – iii 
c) I – iii; III – ii; II – ii 
d) I – iii; II – ii; III –i 
e) I- iii; II – ii; III – i 
 
Questão 12 
 
1. A partir da leitura do texto e do conceito de governo misto apresentado por Políbio, assinale a 
alternativa ERRADA: 
a) Para Políbio, tanto as formas retas quanto às degeneradas estão fadadas ao vício, pois 
todas apresentam a mesma falha: são constituições simples, o que gera falta de 
estabilidade. 
b) A constituição de um governo misto já é esboçada em Aristóteles a partir de seu 
conceito de Politia, definido pelo pensador helênico como a fusão entre oligarquia e 
democracia. Assim, é possível que de duas formas más resulte uma forma boa. 
c) O governo misto é apresentado por Políbio como uma sétima constituição. Dentro de 
limites prescritos, unificaria as qualidades da Monarquia, da Aristocracia e da 
Democracia, de forma a criar uma vigilância mútua, que em épocas posteriores, se 
consolidará como balança de poder. 
d) Não existe diferença entre os resultados alcançados pela Politia e pelo Governo 
Misto. Ambos desejam resistir à degeneração causada pela própria história e 
encontram no “meio-termo” a solução para o alívio da tensão entre os que possuem e 
os que não possuem. Trata-se do alcance de um equilíbrio social. 
e) A forma mista não é imune às mudanças ocorridas ao longo do tempo. O que a 
diferencia das demais formas é o ritmo e a razão com que se dá essa mudança, sendo 
mais lentos os processos transformativos se comparados com as constituições 
simples. 
 
 
MIGUEL (MAQUIAVEL) 
Questão 13 
De acordo com o texto "O nascimento da política moderna" de Luis Felipe Miguel, assinale a 
alternativa CORRETA: 
 
a) Maquiavel concorda com a visão herdada da teoria política clássica de que o governo é 
um instrumento moral. 
b) A construção teórica de Maquiavel tem como meta política a descentralização do poder 
na Itália, já que os países com maior grau de unificação se mostravam atrasados e frágeis em 
relação aos outros. 
c) Para Maquiavel o que importa, na política, é o poder real. O que vale é a capacidade de 
impor-se aos outros. A ascendência moral não possui relevância política, ainda que se 
traduza em instrumentos efetivos de poder. 
d) Maquiavel tem uma visão mais material do poder, em que a ênfase se dá no controle de 
recursos que podem ser utilizados nas batalhas do poder. Atualmente se tem uma visão mais 
relacional do poder, em que não é a posse de determinados recursos que caracteriza o poder, 
mas sim a capacidade de fazer com que outros indivíduos mudem seu comportamento na 
direção desejada. 
e) O príncipe, para o autor, possui o direito de mentir, mas nunca a obrigação, já que ele não 
deveria ser afastado de sua liberdade de perseguir também a salvação pessoal. 
 
Questão 14 
Assinale a alternativa em que todos os itens estão CORRETOS, se baseando nas ideias de 
Maquiavel do texto de Luis Felipe Miguel " O nascimento da política moderna: Maquivel, 
Utopia, Reforma" : 
I. Para o governante é melhor ser amado que temido pelo povo quando, como ocorre com 
frequência, se torna impossível conquistar ambos os sentimentos. 
II. Melhor fazer todo o mal de uma só vez, no início, e o bem aos poucos, já que o ser humano 
tem memória curta. 
III. Os fins justificam os meios. 
IV. O "Bem" do político nada mais é do que as promoção da grandeza e da estabilidade do 
 
Estado. O adiamento da inevitável decadência que se abate sobre todas as sociedades humanas. 
No entanto, os estados também são instrumentos de busca pessoal dos grandes homens pela 
glória. Entrar pra história sendo estimado pelas próximas gerações é importante. 
V. O príncipe, mesmo agindo mal, deve parecer bom, já que a divisão entre a moral individual e 
a moral política não é correntemente aceita. Tal tarefa não costuma ser difícil devido à vontade 
de acreditar das pessoas. Os súditos, obstinados na cegueira, são cúmplices da hipocrisia do 
príncipe. 
a) II, III, IV e V; 
b) I, II e V; 
c) I, III e IV; 
d) II, IV e V; 
e) Todos os itens estão corretos. 
Questão 15 
Ainda tendo como base o texto de Luis Felipe Miguel da Unidade I, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
a) Para Maquiavel a fortuna seria o acaso e virtú a capacidade de antecipar o fluxo da fortuna, se 
preparando para reviravoltas, e de se adaptar às circunstâncias, agindo de acordo com o que a 
necessidade existe. Por fim, occasione seria a chance que a fortuna proporciona e que o homem 
de virtú deve saber aproveitar. 
b) Maquiavel prefere a república, que proporcionaria maior perfeição, estabilidade e grandeza ao 
estado, além do fomento à virtude cívica, à busca da liberdade civil . No entanto, devido ao 
momento histórico em que vivia, reconhecia a necessidade um governo forte, um príncipe 
absolutista que fortalecesse e unificasse a Itália. 
c) O autor dos Discorsi acredita que os príncipes são ingratos, pois tem medo de alimentar uma 
ambiçãoao valorizar os méritos de um ajudante; já o povo expressaria com franqueza o 
 
reconhecimento dos que o merecem, mantendo, então, seus serviços. 
d) Para o pensador Florentino, o passado é uma lição importante. Os estudos históricos podem 
ser utilizados para obter conhecimentos que guiem a ação no presente, devido à grande 
quantidade de elementos cíclicos na história humana. Esses ensinamentos seriam um poderoso 
aditivo à virtú, trazendo mais segurança às escolhas do político. 
e) O escritor tem uma concepção de formas de governo parecida com a do autor Políbio. Uma 
visão cíclica da história, atrelada ao seu entendimento sobre a natureza humana. A ambição 
desmedida dos governantes seria sempre o mecanismo de degeneração das formas de governo, e 
a resistência a essa ambição traria a transição à forma subsequente. 
MACFARLANE: 
Questão 16 
De acordo com a leitura do texto ‘Teoria Política Moderna’ de Macfarlane, julgue os itens a 
seguir: 
 
a) O texto apresenta três autores: Hobbes, Locke, Rousseau e suas respectivas teorias 
contratualistas. Ainda que discordem em relação à formação da sociedade civil, os três autores 
enxergam o homem natural (prévio à sociedade civil) da mesma forma: racional e bondoso. 
 
b) Os três autores, ainda que estejam enquadrados dentro de uma mesma corrente filosófica - o 
contratualismo, possuem visões bem diferentes em relação à formação da sociedade civil. 
Enquanto Hobbes e Locke consideram que o Estado de Natureza era um Estado de Guerra, 
Rousseau apresenta o Estado de Natureza como um lugar onde os indivíduos gozam de liberdade 
perfeita para agir e dispor de seus corpos da maneira que lhes aprouver. 
 
c) Rousseau caracteriza o homem natural como bom, cujas maldades são decorrentes da 
influência das instituições políticas da sociedade civil. Hobbes vai na direção contrária, 
considerando o homem naturalmente mau, o que pode ser verificado em sua idéia de que o 
Estado de Natureza - estado em que o homem está o mais natural possível (consequentemente 
mau) - é um estado constante de guerra, do homem contra o homem. 
 
d) Os três autores estudados no texto, os contratualistas, foram muito influentes para a teoria 
política moderna. Ainda que possuam divergências em suas formas de pensar, é possível afirmar 
que os três consideram que a formação da sociedade civil se deu através de um contrato social. 
Esse contrato varia em forma para cada um dos autores, mas a idéia geral de uma relação de 
 
aceitação da sociedade civil é a mesma: os indivíduos percebem que a sociedade civil é benéfica 
para o bem comum 
 
e) O contrato é, para todos os autores, uma abstração, não se trata de um contrato real. Porém 
funciona como um: as partes ‘assinam’ uma vez e isso basta. Dessa forma, o início da sociedade 
civil foi imprescindível para o estabelecimento de determinada forma de governo, não havendo 
necessidade ou possibilidade de ‘revogar’ o contrato - isso levaria de volta ao Estado de Guerra e 
ao Estado de Natureza. 
Questão 17 
Com base nos conhecimentos adquiridos com a leitura com o texto ‘Teoria Política Moderna’ de 
Macfarlane, relacione as colunas e assinale a alternativa correta 
 
 
Autor Homem Natural Estado de Natureza Contrato 
I. Hobbes 1. Livre e racional. m. Processo de 
mudança que tem 
como fim a formação 
da sociedade civil 
x. Ricos trouxeram as 
instituições políticas 
como solução para o 
conflito existente, 
concentrando o poder 
em suas mãos, em 
detrimento do povo. 
Contrato antissocial. 
II. Locke 2.Potencialmente 
racional; guiado pelos 
desejos e aversões. 
Direito irrestrito a 
todas as coisas. 
n. Estado de guerra de 
todos contra todos. O 
homem é o lobo do 
próprio homem. 
y. Consentimento 
racional. Abre-se mão 
da liberdade 
individual para obter 
paz, segurança e 
conforto. O contrato 
deve ser renovado a 
cada geração. 
III. Rousseau 3. Bom, irracional e 
inconsciente das leis 
da natureza. Possui 
dois instintos básicos: 
amour de soi e amour 
propre. 
o. Liberdade perfeita, 
vida familiar. 
Potencial constante 
de entrar em Estado 
de Guerra devido às 
paixões e 
parcialidades. 
z. Homens renunciam 
os direitos pela 
perspectiva de paz. A 
estrutura da sociedade 
civil está pautada nas 
três primeiras leis da 
natureza: 
1. Necessidade de paz 
e direito de defesa 
quando esta for 
 
ameaçada 
(autopreservação); 
2. Abandono do 
direito irrestrito em 
benefício da paz; 
3. O cumprimento 
dos contratos feitos; 
Leviatã 
 
 
A correta relação dos itens é: 
 
a) I - 1 - m - x 
 II - 2 - n - y 
 III - 3 - o - z 
 
b) I- 2 - n - z 
 II - 1 - m - y 
 III - 3 - o - x 
 
c) I -1 - m - x 
 II - 3 - n - z 
 III - 2 - o - y 
 
d) I - 2 - n - z 
 II - 1 - m - y 
 III - 3 - o - x 
 
e) I - 2 - o - y 
 II - 3 - n - z 
 III - 1 - m - x 
Questão 18 
Ainda sobre o texto Teoria Política Moderna’ de Macfarlane, julgue os itens a seguir e assinale o 
INCORRETO: 
 
a) Ao caracterizar o homem natural, Rousseau apresenta dois instintos básicos: o amour propre e 
amour de soi. O primeiro poderia ser explicado como o interesse egoístico, que busca vantagens 
a expensas de outrem, e o segundo como o auto-interesse esclarecido, a ânsia de sobreviver e a 
fonte de tudo que tem valor na vida. 
 
 
b) Hobbes fala de três leis da natureza, a partir das quais se constrói a estrutura da sociedade 
civil. Em resumo, elas falam sobre a busca pela paz, a renúncia do direito a todas as coisas e, por 
último, a necessidade do cumprimento dos contratos feitos pelos homens. 
 
c) Ainda que o Estado de Natureza, para Locke, seja um momento de liberdade perfeita e 
convívio familiar, o autor caracteriza esse estado como maléfico, devido ao constante risco de 
cair em um estado de guerra. 
 
d) O estado de guerra é o mesmo para Locke, Hobbes e Rousseau: um momento de violência 
constante de todos contra todos. Esse estado é o motivo principal para a mudança do estado de 
natureza para a sociedade civil. 
 
e) Hobbes aponta dois tipos de ação do homem natural: as voluntárias e as involuntárias. As 
ações voluntárias são aquelas realizadas a partir de uma previsão de fim, uma idéia de 
consequência. Elas podem ser divididas entre ações movidas no sentido dos estímulos, ações de 
apetite e desejo; ou contrárias aos estímulos, sendo de aversão e ódio. 
 
CARNOY 
 
Questão 19 
De acordo com o texto "Estado e teoria política", de Martin Carnoy, assinale a alternativa 
CORRETA: 
 
 a) As teorias socialistas derivadas do pensamento de Marx e Engels tiveram grande crescimento 
e pluralidade ao longo de todo o século XX. 
b) Assim como Weber, Marx desenvolveu uma sólida teoria da política e do Estado com base 
principalmente em modelos ideais e conceitos consolidados. 
 
c) Foi analisando a realidade vivida em seu país que Marx elaborou a teoria do Estado e da 
sociedade como reflexos estruturais das relações econômicas de produção, estando essa 
formulação presente já em seus primeiros escritos. 
 
d) Para Marx, o Estado não é um ente racional, mas uma estrutura que surge da contradição entre 
os interesses de um indivíduo (ou família) e os da coletividade. 
 
 
e) O Estado se organiza como reflexo das relações econômicas de produção entre uma classe 
dominante e uma dominada, tratando-se de um plano arquitetado pela primeira especificamente 
para essa finalidade. 
 
Questão 20 
Assinale a alternativa INCORRETA sobre as ideias de Marx, Lenin e Rosa Luxemburgo 
apresentadasno texto de Martin Carnoy: 
 
a) Por ter sido figura central na Revolução Russa de 1917, Lenin sustentava uma interpretação do 
socialismo e do marxismo voltada sobretudo para a ação e a estratégia revolucionária. 
 
b) Lenin entende que o Estado burguês deve ser aniquilado e substituído por um Estado 
proletário até que, por meio de negociações com a classe burguesa deposta, o comunismo se 
torne possível. 
 
c) Tanto Lenin quanto Rosa Luxemburgo se opunham ao projeto socialdemocrático alemão, que 
previa a preservação da estrutura política de democracia burguesa. 
d) A principal crítica de Rosa Luxemburgo ao modelo de Lenin era a excessiva centralização do 
poder nas mãos do Comitê Central do Partido Comunista – na visão da marxista polonesa, Lenin 
substituiu uma minoria repressiva por outra e não instituiu o verdadeiro governo proletário. 
 
e) Para Lenin, a estrutura do Estado burguês disfarça suas reais funções de defensor dos 
interesses da classe burguesa em detrimento dos do proletariado apresentando um aparato 
pretensamente democrático, sendo louvado um Parlamento que na realidade é controlado pela 
burguesia e não serve para atender aos interesses da classe trabalhadora. 
 
Questão 21 
Assinale a alternativa que corresponda a características do Estado segundo a obra de Marx e 
Engels: 
 
 
I. O Estado é uma força armada separada e distinta da população civil. 
II. O Estado democrático burguês serve apenas a interesses burgueses. 
III. A autonomia do Estado diminui com uma maior luta entre as classes. 
IV. Membros do Estado tendem a pertencer à classe dominante. 
V. O Estado é muito vulnerável a pressões da classe que domina os meios de produção. 
 
a) I, III e IV 
b) II, IV e V 
c) I, III e V 
d) I, IV e V 
e) I, II, IV e V

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