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Diretoria de Política Econômica Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores Risco-País Atualizado em junho de 2010 com dados até abril de 2010 Perguntas mais Freqüentes S é r i e Risco-País Este texto integra a série “Perguntas Mais Frequentes” (PMF), editada pela Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin) do Banco Central do Brasil, abordando temas econômicos de interesse da sociedade. Com essa iniciativa, o Banco Central do Brasil vem prestar esclarecimentos sobre diversos assuntos da n ossa realidade, buscando aumentar a transparência na condução da política econômica e a eficácia na comunicação de suas ações. 5 Sumário 1. O que é o risco-Brasil? ......................................................................................... 7 2. O que é o EMBI+? ............................................................................................... 7 3. O que é o EMBI+Br? ........................................................................................... 7 4. Qual é a carteira utilizada para calcular o EMBI+Br? .......................................... 7 5. Como é calculado o EMBI+? ............................................................................... 7 6. Qual a atual constituição do EMBI+? .................................................................. 8 7. Quais os critérios de inclusão e de exclusão de papéis no cálculo do EMBI+? ... 8 8. Qual é a diferença entre o EMBI+ e o EMBI Global? .......................................... 9 9. O que são os bradies? ........................................................................................... 9 10. Quando o risco Brasil aumenta, aumentam as despesas do País com o pagamento de juros da dívida externa? ....................................................................... 9 11. Qual a relação entre o risco-Brasil e a taxa de câmbio? .................................... 10 12. O que é o Credit Default Swap (CDS)? ............................................................... 11 13. Por que o CDS pode ser usado como uma medida do risco Brasil? ................. 11 14. Como é feito o pagamento ao comprador do CDS em caso de insolvência? ... 11 15. Quais são os principais investidores do mercado de CDS? ............................... 12 16. O CDS é usado apenas como proteção para o risco de crédito? ...................... 12 17. O prêmio do CDS do Brasil deve ser igual ao spread medido pelo EMBI+Br? . 12 18. O que é um rating de um país? .......................................................................... 12 19. Quais são as principais agências internacionais de ratings? E qual é a escala de classificação dos ratings? ............................................................................................ 13 20. Existe mais de um tipo de rating ? ...................................................................... 14 21. Qual a metodologia adotada pelas agências para atribuir ratings aos países? .... 15 22. Rating soberano é a mesma coisa que risco país ? ............................................. 15 6 23. Qual foi o impacto da crise financeira de 2008 sobre o risco Brasil?................. 15 24. Onde posso obter mais informações sobre o risco país e sobre ratings soberanos? ................................................................................................................. 17 Apêndice .................................................................................................................... 18 7 Risco-País 1. O que é o risco-Brasil? O risco-Brasil é um conceito que busca expressar de forma objetiva o risco de crédito a que investidores estrangeiros estão submetidos quando investem no País. No mercado, os indicadores diários mais utilizados para essa finalidade são o EMBI+Br e o Credit Default Swap (CDS) do Brasil. 2. O que é o EMBI+? O EMBI+ (Emerging Markets Bond Index Plus), calculado pelo Banco J.P. Morgan Chase, é um número-índice que mede o retorno que os títulos que compõem uma carteira hipotética asseguraram ao investidor desde a sua composição até o presente, ou até a data de referência. Para a maioria das carteiras, a data base (um número-índice igual a 100) é 31 de dezembro de 1993, quando foi iniciado o cálculo do EMBI+. O rendimento da carteira em determinado período corresponde à variação do índice entre a data inicial e a final. 3. O que é o EMBI+Br? O EMBI+Br é um índice que reflete o comportamento de títulos da dívida externa brasileira. A variação do índice entre duas datas permite calcular o retorno de uma carteira composta por esses títulos. O spread do Embi+Br é o valor normalmente utilizado pelos investidores e público em geral como medida do risco-Brasil e corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, que são considerados livres de risco. Esse prêmio de risco é chamado no jargão de mercado como spread over Treasury desta carteira. 1 Basicamente, o mercado usa o EMBI+Br para medir a capacidade do país honrar os seus compromissos financeiros, ou seja, quanto maior a pontuação do indicador de risco, maior é o risco de crédito do país a que se refere. Assim, para conseguir atrair capital estrangeiro em montante suficiente para o financiamento de sua dívida externa, um país com spread elevado no EMBI+ necessita oferecer altas taxas de juros. 4. Qual é a carteira utilizada para calcular o EMBI+Br? Em 30 de abril de 2010, a carteira do EMBI+Br compreendia 17 papéis emitidos pelo país no exterior, com vencimentos entre 2011 e 2041. 5. Como é calculado o EMBI+? O EMBI+ é construído como uma composição de quatro tipos de instrumentos da dívida dos países emergentes: bradies 2 , eurobônus, mercados locais em dólares e empréstimos externos. Calcula-se inicialmente o retorno diário para cada 1 Alternativamente, o spread de cada título da dívida externa soberana brasileira representa a diferença entre o rendimento desse título e o de um título emitido pelo Tesouro norte-americano, de prazo equivalente. 2 Para saber o que são os bradies, veja pergunta 9. 8 instrumento individual, e a partir daí calcula-se a média aritmética dos retornos diários ponderada pelo valor de mercado para cada tipo de dívida. Finalmente, estima-se a média aritmética dos retornos diários médios dos quatro tipos de instrumentos, ponderada pelos respectivos valores de mercado. O resultado é uma taxa de retorno para o EMBI+ como um todo, que é aplicada ao índice do dia anterior para se chegar ao índice do dia corrente. O cálculo do spread é simplesmente a diferença entre o rendimento de cada papel até o vencimento (o yield to maturity) e o rendimento de ponto correspondente na curva de papéis do Tesouro norte-americano, e é expresso em pontos-base. Considerando-se o spread para o índice como um todo, utiliza-se o mesmo procedimento de cálculo, mas adicionando-se os fluxos de caixa dos papéis que compõem a carteira do índice. Além do EMBI+ total, são divulgados subíndices para cada país, região e tipo de instrumento de dívida (atualmente Bradies e eurobônus). 6. Qual a atual constituição do EMBI+? Em 30 de abril de 2010, o EMBI+ era constituído de eurobônus (88,4%) e bradies (11,6%). Concentrava-se em instrumentos de emissores da América Latina (51,7%), seguida por Europa (30,2%), Ásia (15,7%) e África (2,5%). O Brasil é o país com maior pesono índice, 16,9%. Dentre os demais países que compõem o índice, os de maior peso são Turquia (14,8%), Rússia (13,6%), México (13,4%) e Filipinas (9,8%). A Argentina já foi um emissor importante no EMBI+, mas a queda do valor de mercado dos seus papéis fez com que sua participação no índice caísse a 2,2%. No Apêndice, consta a relação de países e instrumentos que compõem o EMBI+, com as respectivas ponderações, na posição de 30 de abril de 2010. 7. Quais os critérios de inclusão e de exclusão de papéis no cálculo do EMBI+? Cada instrumento individual que compõe o EMBI+ deve atender a quatro critérios: (i) mínimo de US$500 milhões no mercado secundário; (ii) classificação máxima BBB+/Baa1 do rating do país emissor; (iii) mais de um ano até seu vencimento; e (iv) negociabilidade no mercado internacional. Uma vez que esses critérios estejam atendidos, critérios de liquidez são aplicados. As cinco classificações de liquidez do EMBI+ são: L1: mínimo de US$2 bilhões ou equivalente de valor de face no mercado secundário, média bid/ask spread ≤ 3/8 ponto e quotado por todos os interdealer brokers designados L2: mínimo de US$1 bilhão ou equivalente de valor de face no mercado secundário, média bid/ask spread ≤ ¾ ponto e quotado por pelo menos metade dos interdealer brokers designados L3: mínimo de US$500 milhões ou equivalente de valor de face no mercado secundário, média bid/ask spread ≤ 1 1/2 ponto e quotado por pelo menos ¼ dos interdealer brokers designados L4: mínimo de US$500 milhões ou equivalente de valor de face no mercado secundário, média bid/ask spread ≤ 3 pontos e quotado por pelo menos um dos interdealer broker designados 9 L5: mínimo de US$500 milhões ou equivalente de valor de face no mercado secundário, média bid/ask spread > 3 pontos ou não quotado por qualquer dos interdealer broker designados Essa classificação de liquidez é utilizada para determinar quando os instrumentos são incluídos ou excluídos do cálculo do EMBI+. Os instrumentos devem ser classificados como L1, L2 ou L3 para serem incluídos. A inclusão ocorre no fim do primeiro mês no qual atingem classificação L1, no fim do terceiro mês consecutivo em que atingem classificação L2 ou superior, ou no fim do sexto mês consecutivo em que atingem classificação L3 ou superior. Os instrumentos são excluídos no fim do primeiro mês no qual são classificados como L5 ou no fim do sexto mês consecutivo no qual são classificados como L4. Um título somente pode ser adicionado ao EMBI+ se tiver mais de 2,5 anos até seu vencimento. Quando um país recebe rating superior a BBB+/Baa1 das agências de classificação de risco, é excluído do índice. 8. Qual é a diferença entre o EMBI+ e o EMBI Global? Em 30 abril de 2010, o EMBI+ incluía 110 instrumentos de 15 países emergentes com valor de face de US$201,7 bilhões e valor de mercado de US$228,3 bilhões. O EMBI Global tem menores restrições de liquidez, englobando 223 instrumentos soberanos e quase-soberanos de 39 países, denominados em dólares norte-americanos. Seu valor de mercado totalizava US$362,7 bilhões naquela data. Portanto, o EMBI+ representa conjunto mais seleto e líquido de oportunidades de investimento em mercados emergentes. Não obstante, o EMBI Global e o EMBI+ são altamente correlacionados. 9. O que são os bradies? Os bradies 3 são os títulos criados por ocasião da reestruturação das dívidas externas de países que aderiram ao Plano Brady na década de 1990. No caso brasileiro, a reestruturação da dívida externa ocorreu em 1992, envolvendo a troca da dívida de responsabilidade do setor público por sete novos bônus de emissão da República, cada um com suas peculiaridades. Dentre os bradies, o C- bond (ou Front-Loaded Interest Reduction Bond with Capitalization) foi o título brasileiro mais líquido no mercado internacional. O Tesouro Nacional recomprou todos os bradies negociados no mercado na época. 10. Quando o risco Brasil aumenta, aumentam as despesas do País com o pagamento de juros da dívida externa? Não. Os juros pagos pela República em cada título colocado no mercado internacional foram definidos por ocasião do lançamento desses papéis. Os investidores que adquiriram, por exemplo, o título que o Brasil lançou com juros contratuais de 11% a.a. e vencimento em 2040 será remunerado com juros de 11% a.a. até o vencimento. As alterações de risco refletem tão somente o retorno médio a que novos investidores que comprem esse título no mercado secundário estarão sujeitos. Com a queda do prêmio de risco, o preço do título aumenta. Por exemplo, se o risco estiver em 200 pontos-base e o rendimento das Treasuries estiver em 3% a.a., o preço de mercado para o título com vencimento em 2040 será superior ao valor de face, de tal forma que garanta um retorno de 5% a.a. Caso o risco caia para 100 pontos, o preço de mercado aumentará ainda mais,de forma a assegurar o novo rendimento de 4% a.a. aos investidores que o 3 Maiores detalhes em http://www.tesouro.fazenda.gov.br/divida_publica/downloads/div_r_bib.pdf 10 adquirirem. A despesa do País com os juros, entretanto, não sofre alteração. Cabe lembrar, no entanto, que o indicador do risco serve como referência para novas emissões soberanas e privadas no mercado internacional, ou seja, a queda no risco-País implica custo menor para novos títulos. 11. Qual a relação entre o risco-Brasil e a taxa de câmbio? A simples inspeção visual do Gráfico 1 sugere que o risco Brasil e a taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano são altamente correlacionados. Geralmente, em economias financeiramente abertas, variações da percepção de risco soberano são acompanhadas por variações nas entradas líquidas de capitais, com impacto na taxa de câmbio. A queda no risco-País permite que tanto a República como outros agentes econômicos domésticos acessem o mercado internacional de capitais em condições mais favoráveis ao ampliar a base de investidores internacionais dispostos a financiar títulos de emissores domésticos. Vale lembrar que a taxa de juros das emissões de dívida soberana servem de referência ou benchmark para as emissões de empresas privadas, ou seja, a queda no risco-País possibilita um menor custo de captação externa também para os agentes privados. Como a queda persistente no risco-País reflete a melhor percepção dos investidores em relação às perspectivas macroeconômicas do País, o processo também é acompanhado pelo melhor acesso a capitais de longo prazo, na forma de investimento direto, e investimento em carteira. Tudo isso se traduz em maior oferta de capitais para o País, possibilitando que a taxa de câmbio se desloque no sentido de um real mais forte. Da mesma forma, o aumento persistente no risco- País, ao piorar as condições de acesso dos agentes econômicos domésticos ao financiamento externo, desloca a taxa de câmbio no sentido de um real mais desvalorizado. Gráfico 1 Risco Brasil e Taxa de Câmbio Fontes: Morgan Markets e BCB 1,40 1,60 1,80 2,00 2,20 2,40 2,60 2,80 3,00 3,20 3,40 3,60 3,80 4,00 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 abr 00 nov 00 jun 01 jan 02 ago 02 mar 03 out 03 mai 04 dez 04 jul 05 fev 06 set 06 abr 07 nov 07 jun 08 jan 09 ago 09 abr 10 R$/US$ Embi+ Brasil (esq.) taxa de câmbio (dir.) pontos-base 11 12. O que é o Credit Default Swap (CDS)? O CDS é um contrato bilateral que permite ao investidor comprar proteção paracrédito específico contra evento de crédito do emissor de determinado ativo. O emissor é conhecido como entidade de referência. Um evento de crédito (default) inclui ocorrências tais como inadimplência, falha em pagamentos, reestruturação de dívida ou falência do emissor do ativo. Para adquirir essa proteção, o comprador faz pagamentos periódicos ao vendedor, normalmente trimestrais ou semestrais, especificados como porcentagem do principal. Essa porcentagem é conhecida como spread, prêmio ou taxa fixa, e representa, para o investidor em ativo de risco, o custo para a proteção contra um evento de crédito relacionado com o emissor do ativo. 13. Por que o CDS pode ser usado como uma medida do risco Brasil? O prêmio do CDS funciona como medida de risco de crédito da entidade de referência e é cotado em pontos-base. Por exemplo, se um investidor compra proteção contra um evento de crédito para US$100 milhões em ativos soberanos brasileiros por 5 anos (CDS 5Y do Brasil), com prêmio anual de 200 pontos-base, fará pagamentos periódicos de US$2 milhões ao vendedor da proteção. Esses pagamentos são feitos até o vencimento do contrato ou a insolvência do emissor – o que ocorrer antes. Se não houver insolvência, o contrato se encerra no seu vencimento sem troca de fluxo de caixa. No caso de insolvência, o vendedor da proteção paga ao comprador um montante que compense as perdas resultantes do evento, imunizando o risco de crédito. Quanto maior a probabilidade de falência, maior será o prêmio do CDS, funcionando como medida de risco de crédito da entidade de referência. 14. Como é feito o pagamento ao comprador do CDS em caso de insolvência? O contrato de CDS deve especificar como será o pagamento no caso de insolvência, que pode ser feito em dinheiro ou fisicamente (a mais comum). No pagamento com dinheiro, o comprador de proteção mantém o ativo após o evento de crédito, mas é recompensado pelo vendedor pela perda incorrida, que representa a diferença entre o valor ao par e o valor do ativo pós-falência, usualmente expresso em porcentagem do total e conhecido como taxa de recuperação ou recovery rate. A principal dificuldade da liquidação em dinheiro é essa determinação do valor do ativo após o default, pois a liquidez desses títulos sofre grandes prejuízos após o evento de crédito. Já com a liquidação física, o comprador entrega o bônus especificado, ou a ser escolhido em uma cesta de ativos da entidade de referência, e recebe o valor financeiro total do principal (ao par, ou 100% do valor de face). Na hipótese de default da entidade de referência, caso o comprador da proteção não tenha os papéis em sua carteira, mesmo com a deterioração das condições de liquidez, esses ativos podem ser adquiridos no mercado secundário com grandes deságios, por exemplo, ao preço de apenas 25% do valor de face. A diferença entre o valor de mercado do ativo em default e o preço de entrega ao vendedor da proteção, representa a compensação financeira do comprador da proteção. Uma vantagem dessa opção para o comprador de proteção é que, dada a dificuldade em se precificar o ativo após a insolvência, é mais fácil entregá-lo ao vendedor. O tipo de contrato mais comum é aquele com a possibilidade de escolha do bônus dentre uma cesta de ativos. Para os vendedores, a liquidação física pode ser a opção mais interessante, dada a 12 possibilidade de reestruturação de dívida pelo emissor no futuro (por exemplo, a empresa pode negociar o pagamento da dívida, por meio do reescalonamento dos fluxos de pagamentos, que contemple a postergação de montantes vincendos no curto prazo e/ou deságios no principal devido, ou ser adquirida por outra empresa que assuma a dívida) e o ativo pode recuperar parte do valor, no longo prazo. 15. Quais são os principais investidores do mercado de CDS? Quem mais utiliza o CDS são os bancos, tanto comprando como vendendo proteção, as companhias de seguro, corretoras, hedge funds, fundos de pensão, empresas, fundos mútuos e agências governamentais. 16. O CDS é usado apenas como proteção para o risco de crédito? Não. O CDS é usado também para outros fins como, por exemplo, assumir posições em risco de crédito. Por exemplo, se um investidor tem perspectivas negativas para uma empresa, pode comprar proteção por meio de um CDS. Com uma piora na qualidade de crédito desse ativo, o custo de proteção deve aumentar, acompanhando a probabilidade de insolvência, e o investidor pode vender a proteção e realizar lucros. Um aspecto que contribui para essa utilização do CDS é que esse é um instrumento sintético e não tem emissão limitada, ao contrário dos bônus, o que facilita seu uso nos momentos de estresse. 17. O prêmio do CDS do Brasil deve ser igual ao spread medido pelo EMBI+Br? O spread de crédito de um bônus compensa o comprador desses ativos pelo risco de insolvência. Se o bônus é negociado ao par, a perda máxima no caso de insolvência é a diferença entre o valor ao par e a taxa de recuperação. Da mesma forma, o spread do CDS também é o valor da proteção contra a insolvência, onde o ganho é o valor ao par menos a taxa de recuperação. Com isso, seria de se esperar que o prêmio do CDS tivesse valor semelhante a esses spreads, mas isso nem sempre ocorre devido a fatores como, por exemplo, liquidez e maturidade efetiva, que podem variar entre os dois instrumentos, principalmente em momentos de crise. 4 18. O que é um rating de um país? O rating é uma nota ou classificação de risco atribuída a um país emissor de dívida de acordo com a avaliação, por instituição especializada na análise de crédito, sobre a capacidade e a disposição para que esse país honre, pontual e integralmente, o serviço de sua dívida. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião independente a respeito do risco de crédito da dívida do país analisado. Com a globalização, o rating se apresenta como linguagem universal que aborda o grau de risco de qualquer título de dívida. 4 Para uma análise comparativa dos spreads do CDS e do EMBI+Br ver http://www4.bcb.gov.br/pec/GCI/port/focus/X20071031- Análise%20Comparativa%20de%20Duas%20Medidas%20de%20Risco-Brasil.pdf 13 19. Quais são as principais agências internacionais de ratings? E qual é a escala de classificação dos ratings? As principais agências internacionais de classificação de risco de crédito são a Standard & Poor´s (S&P), a Fitch Ratings e a Moody´s. Na Tabela 1, encontra-se a escala de classificação dos ratings por essas agências. As classificações são ordenadas pela avaliação de risco de crédito em ordem decrescente. As classificações de risco de AAA/Aaa até no mínimo BBB-/Baa3 são consideradas como grau de investimento (investment grade), enquanto as abaixo são consideradas como de grau especulativo (speculative grade). De uma forma geral, a atribuição de grau de investimento a um país habilita novas classes de investidores a adquirir papéis desse país como, por exemplo, fundos de pensão estrangeiros, que são aplicadores de enorme vulto e que têm restrições para aplicar em países avaliados como especulativos pelas agências de risco. Tabela 1 Escala de Classificação das Agências de Rating Moody's S&P Fitch Aaa AAA AAA Aa1 AA+ AA+ Aa2 AA AA Aa3 AA- AA- A1 A+ A+ A2 A A A3 A- A- Baa1 BBB+ BBB+ Baa2 BBB BBB Baa3 BBB- BBB- Ba1 BB+ BB+ Ba2 BB BB Ba3 BB- BB- B1 B+ B+ B2 B B B3 B- B- Caa1 CCC+ CCC Caa2 CCC CC Caa3 CCC- C Ca CC DDD C SD DD D D Categoria de Investimentode Risco Categoria de Investimento Fontes: Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch Ratings. A Tabela 2 apresenta as classificações dadas pelas agências em 30 de abril de 2010 a um grupo selecionado de países e também um indicativo de perspectiva para essas economias – os chamados outlooks (positivo, negativo ou estável). Importante salientar que essas classificações possuem abrangência global, isto é, não estão restritas apenas às economias emergentes, e são revistas periodicamente, já que a qualidade de crédito (ou risco de inadimplência) do país pode se alterar de um período ao outro. 14 Tabela 2 Rating de Longo Prazo para Emissões em Moeda Estrangeira Classificação Perspectiva Classificação Perspectiva Classificação Perspectiva África do Sul A3 Estável BBB+ Negativa BBB+ Negativa Argentina B3 Estável B- Estável RD nd Brasil Baa3 Positiva BBB- Estável BBB- Estável Bulgária Baa3 Positiva BBB Estável BBB- Negativa Chile A1 Positiva A+ Estável A Estável China A1 Positiva A+ Estável A+ Estável Colômbia Ba1 Estável BB+ Estável BB+ Estável Coréia do Sul A1 Estável A Estável A+ Estável Egito Ba1 Estável BB+ Estável BB+ Estável Equador Caa3 Estável CCC+ Estável CCC nd Estados Unidos Aaa Estável AAA Estável AAA Estável Filipinas Ba3 Estável BB- Estável BB Estável Hong Kong Aa2 Positiva AA+ Estável AA Estável Índia Baa3 Estável BBB- Estável BBB- Estável Japão Aa2 Estável AA Negativa AA Estável Malásia A3 Estável A- Estável A- Estável Marrocos Ba1 Estável BBB- Estável BBB- Estável México Baa1 Estável BBB Estável BBB Estável Paraguai B3 Estável B Estável nd nd Peru Baa3 Estável BBB- Estável BBB- Estável Polônia A2 Estável A- Estável A- Estável Reino Unido Aaa Estável AAA Negativa AAA Estável Rússia Baa1 Estável BBB Estável BBB Estável Turquia Ba2 Estável BB Positiva BB+ Estável Ucrânia B2 Negativa B- Positiva B- Estável Uruguai Ba3 Estável BB- Estável BB- Positiva Venezuela B2 Estável BB- Estável B+ Estável nd: não disponível. País Moody's S&P Fitch Fontes: Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch Ratings. 20. Existe mais de um tipo de rating ? Sim. Existem duas escalas diferenciadas para os ratings: internacional e nacional. Um rating em escala internacional pode ser tanto em moeda local como em moeda estrangeira e representa medida absoluta da capacidade de pagamento das dívidas denominadas, respectivamente, em moeda local ou estrangeira. Os ratings em escala internacional, sejam em moeda local ou estrangeira, são comparáveis entre países. Já os ratings em escala nacional não são comparáveis em escala internacional. Classificações similares em escala nacional de emissores em países diferentes podem mostrar grandes diferenças na capacidade de pagamento. Por exemplo, um rating AAA na escala brasileira não é comparável com um AAA nas escalas chilena e argentina. Ratings em moeda local medem a probabilidade de pagamento na moeda do país e na jurisdição em questão. Excluem o efeito do risco-país e o risco de transferência, não refletindo a possibilidade de os investidores virem a ter dificuldades para repatriar o recebimento de principal e juros, em decorrência, por exemplo, de uma crise cambial do país em que o emissor está sediado. Entre outros, o objetivo desse rating é permitir ao investidor comparar o risco de emissores de diferentes países isolado de riscos de transferência. As agências também diferenciam os ratings de acordo com o prazo. O rating de curto prazo refere-se à capacidade de pagamento de uma obrigação financeira de até 12 meses. Já obrigações com prazo superior a 12 meses passam a receber classificação de longo prazo. 15 21. Qual a metodologia adotada pelas agências para atribuir ratings aos países? Para a classificação de risco de crédito, as agências de ratings recorrem tanto a técnicas quantitativas, como análise de balanço, fluxo de caixa e projeções estatísticas, quanto a análises de elementos qualitativos, como ambiente externo, questões jurídicas e percepções sobre o emissor e seus processos. Além de a classificação envolver avaliação de garantias e proteções (hedge) contra riscos levantados, também incorpora o fator tempo. Este último influencia a definição do rating, pois maiores horizontes implicam maior imprevisibilidade. Dessa forma, um mesmo país pode apresentar títulos de dívida com diferentes notas, de acordo com as garantias oferecidas, prazos estabelecidos, dentre outras características. Em linhas gerais, a metodologia para classificação de risco soberano está baseada em experiências conhecidas de insolvência ou quase insolvência para identificar um conjunto de indicadores-chave (quantitativos ou qualitativos) que medem a capacidade e intenção de pagamento do serviço das dívidas dos países. A Standard & Poor´s, por exemplo, divide a estrutura analítica dos ratings soberanos em nove categorias: risco político; estrutura econômica e de renda; perspectivas de crescimento econômico; flexibilidade fiscal; endividamento governamental; passivos contingentes; flexibilidade monetária; liquidez externa; e endividamento externo público e privado. 5 A cada uma dessas categorias é atribuída nota, que varia de um (a mais alta – menor risco) a seis, não havendo fórmula exata para se combinar as notas ao se determinar os ratings. As variáveis analíticas são inter-relacionadas e os pesos não são fixos. 22. Rating soberano é a mesma coisa que risco país ? Os conceitos de risco país e de rating soberano são bastante diferentes. Os ratings soberanos refletem os fundamentos macro e microeconômicos de um país no longo prazo e, portanto, tendem a exibir estabilidade maior do que as medidas de risco-país, que sofrem também a influência de fatores de curto prazo. Aspectos conjunturais somente são levados em consideração nos ratings apenas se implicarem mudanças fundamentais e estruturais no longo prazo. No entanto, países com ratings elevados tendem a apresentar risco-país mais baixo, e vice- versa, indicando elevada correlação entre os dois indicadores. 23. Qual foi o impacto da crise financeira de 2008 sobre o risco Brasil? Diferentemente de crises passadas, quando a vulnerabilidade macroeconômica era mais pronunciada, a economia brasileira estava em melhores condições para enfrentar os impactos da quebra do banco de investimentos Lehmann Brothers em 15/9/2008, que desencadeou uma das piores crises financeiras da história mundial. Podemos verificar pelo Gráfico 2 que um ano após a crise a percepção de risco Brasil era 94 pontos-base inferior à do dia da crise e, em termos comparativos, o risco Brasil foi menos afetado que o da maioria dos países emergentes. Essa é uma evidência contundente da melhora de percepção de risco da economia brasileira por parte dos investidores, como resultado da continuidade ao longo de vários anos da política macroeconômica baseada no tripé metas para a inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. 5 Para uma descrição metodológica de cada um desses critérios, ver o relatório Sovereign Credit Ratings: A primer, da Standard & Poor’s, elaborado em 2006. 16 Gráfico 2 Variação do risco país medido pelo spread do CDS no período 15/9/2008 e 15/9/2009 (pontos-base) Fonte: Bloomberg. No Gráfico 3, mostramos os spreads de países que, segundo o mercado, exibiam melhores fundamentos econômicos, com evolução mais favorável nos últimos anos. Gráfico 3 Spread do CDS (pontos-base) Fonte: Bloomberg. -117 -94 -84 -57 -21 -19 -6 41 42 45 140 347669 -200 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 Turquia Brasil Indonésia África do Sul Coréia México Rússia Chile Hungria Polônia Argentina Venezuela Ucrânia 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 jun 07 ago 07 out 07 dez 07 fev 08 abr 08 jun 08 ago 08 out 08 dez 08 fev 09 abr 09 jun 09 ago 09 out 09 dez 09 fev 10 abr 10 jun 10 Argentina Brasil Chile México Venezuela América Latina 17 24. Onde posso obter mais informações sobre o risco país e sobre ratings soberanos? A metodologia de cálculo do índice EMBI+ foi consolidada a partir dos relatórios emitidos pela J.P. Morgan Chase: Introducing the Emerging Markets Bond Plus - EMBI+, de 12 de julho de 1995, e EMBI+/EMBI rules for adding and dropping issues, de 30 de setembro de 1998. Os dados de composição do EMBI+ foram extraídos do relatório EMBI Monitor de 30 de abril de 2010. Esses dados podem ser consultados em www.morganmarkets.com, após solicitação de cadastramento. Os dados diários do EMBI+ podem ser obtidos em provedores de informação por assinatura, como a Thomson Reuters, Bloomberg, e em alguns jornais de circulação diária. Para informações sobre os ratings soberanos, acesse as páginas das agências Standard & Poor’s (www.standardandpoors.com), Moody’s (www.moodys.com) e Fitch Ratings (www.fitchratings.com). 18 Apêndice Quadro 1 Composição do EMBI+ (posição em 30 de abril de 2010) País/Instrumento Valor de Face Valor de Peso Liquidez Spread over Duração Merc. Secund. Mercado no EMBI+ U.S. Treasuries vida média (US$ milhões) (US$ milhões) (%) (bps) (anos) África do Sul 5 000 5 592 2.45 165 7.2 ZA Republic 7 3/8% due 12 1 000 1 097 0.48 L3 124 2.0 ZA Republic 6 1/2% due 14 1 000 1 130 0.49 L3 166 4.1 ZA Republic 6 7/8% due 19 2 000 2 308 1.01 L3 169 9.1 ZA Republic 5 7/8% due 22 1 000 1 057 0.46 L3 169 12.1 Argentina 9 232 5 008 2.19 659 21.8 AR Discount 8.28% due 33 3 918 3 013 1.32 L3 746 18.9 AR Par Step-up due 38 5 313 1 995 0.87 L2 556 24.1 Brasil 30 574 38 567 16.89 196 15.1 BR A bond 2 832 3 363 1.47 L2 106 4.0 BR Republic 10% due 11 667 755 0.33 L3 52 1.3 BR Republic 11% due 12 855 1 021 0.45 L3 32 1.7 BR Republic 10 1/4% due 13 854 1 084 0.47 L3 90 3.1 BR Republic 10 1/2% due 14 731 959 0.42 L3 123 4.2 BR Republic 7 7/8% due 15 1 740 2 081 0.91 L2 131 4.8 BR Republic 6% due 17 2 540 2 827 1.24 L2 139 6.7 BR Republic 5 7/8% due 19 2 280 2 498 1.09 L3 138 8.7 BR Republic 8 7/8% due 19 1 201 1 567 0.69 L3 138 9.4 BR Republic 8 7/8% due 24 1 750 2 344 1.03 L4 155 13.9 BR Republic 8 3/4% due 25 1 791 2 426 1.06 L3 147 14.8 BR Republic 10 1/8% due 27 2 643 4 024 1.76 L3 169 17.0 BR Republic 12 1/4% due 30 712 1 253 0.55 L3 179 19.8 BR Republic 8 1/4% due 34 2 261 2 960 1.30 L3 171 23.7 BR Republic 7 1/8% due 37 3 063 3 571 1.56 L2 168 26.7 BR Republic 11% due 40 3 404 4 626 2.03 L1 384 30.3 BR Republic 5 5/8% due 41 1 250 1 207 0.53 L3 157 30.7 Bulgária 1 271 1 519 0.67 189 4.7 BG Republic 8 1/4% due 15 1 271 1 519 0.67 L3 189 4.7 Colômbia 9 914 11 927 5.22 190 11.0 CO Republic 10% due 12 900 1 051 0.46 L3 69 1.7 CO Republic 10 3/4% due 13 750 935 0.41 L3 100 2.7 CO Republic 8 1/4% due 14 1 000 1 222 0.54 L3 142 4.6 CO Republic 7 3/8% due 17 1 650 1 931 0.85 L2 171 6.7 CO Republic 7 3/8% due 19 2 000 2 317 1.01 L2 188 8.9 CO Republic 11 3/4% due 20 796 1 176 0.52 L3 216 9.8 CO Republic 8 1/8% due 24 1 000 1 240 0.54 L3 204 14.0 CO Republic 7 3/8% due 37 1 818 2 054 0.90 L3 211 27.4 Equador 650 631 0.28 823 5.6 EC Republic 9 3/8% due 15 650 631 0.28 L4 823 5.6 Filipinas 18 024 22 416 9.82 193 12.2 PH Republic 9% due 13 948 1 135 0.50 L3 86 2.8 PH Republic 8 1/4% due 14 1 602 1 915 0.84 L3 141 3.7 PH Republic 8 7/8% due 15 976 1 212 0.53 L3 130 4.9 PH Republic 8% due 16 1 300 1 592 0.70 L3 139 5.7 PH Republic 9 3/8% due 17 822 1 072 0.47 L3 161 6.7 PH Republic 9 7/8% due 19 962 1 305 0.57 L3 182 8.7 PH Republic 8 3/8% due 19 1 500 1 908 0.84 L3 159 8.7 PH Republic 6 1/2% due 20 1 400 1 556 0.68 - 170 9.7 PH Republic 7 1/2% due 24 774 902 0.39 L3 191 13.4 PH Republic 10 5/8% due 25 1 855 2 726 1.19 L3 206 14.9 PH Republic 9 1/2% due 30 2 000 2 744 1.20 L3 224 19.7 PH Republic 7 3/4% due 31 2 385 2 824 1.24 L2 217 20.7 PH Republic 6 3/8% due 32 1 500 1 525 0.67 L3 210 21.7 Indonésia 11 000 13 420 5.88 200 16.3 ID Republic 10 3/8% due 14 1 000 1 245 0.55 L3 164 4.0 ID Republic 6 7/8% due 17 1 000 1 123 0.49 L3 189 6.8 ID Republic 6 7/8% due 18 1 900 2 153 0.94 L3 185 7.7 ID Republic 11 5/8% due 19 2 000 2 934 1.29 L3 191 8.8 ID Republic 8 1/2% due 35 1 600 2 021 0.88 L3 213 25.4 ID Republic 6 5/8% due 37 1 500 1 567 0.69 L3 201 26.8 ID Republic 7 3/4% due 38 2 000 2 377 1.04 L3 211 27.7 19 Quadro 1 Composição do EMBI+ (posição em 30 de abril de 2010) (cont.) País/Instrumento Valor de Face Valor de Peso Liquidez Spread over Duração Merc. Secund. Mercado no EMBI+ U.S. Treasuries vida média (US$ milhões) (US$ milhões) (%) (bps) (anos) México 26 825 30 626 13,41 155 13,7 MX UMS 7 1/2% due 12 864 971 0,43 L3 44 1,7 MX UMS 6 3/8% due 13 1 191 1 335 0,58 L3 106 2,7 MX UMS 5 7/8% due 14 1 291 1 466 0,64 L2 58 3,7 MX UMS 5 7/8% due 02/14 1 500 1 664 0,73 L3 123 5,5 MX UMS 6 5/8% due 15 1 344 1 527 0,67 L2 137 4,8 MX UMS 11 3/8% due 16 1 691 2 377 1,04 L3 146 6,4 MX UMS 5 5/8% due 17 3 500 3 814 1,67 L2 139 6,7 MX UMS 5.95% due 19 3 000 3 252 1,42 L2 143 8,9 MX UMS 8 1/8% due 19 1 352 1 728 0,76 L3 131 9,7 MX UMS 8% due 22 714 920 0,40 L3 116 12,4 MX UMS 8.3% due 31 1 774 2 303 1,01 L3 175 21,3 MX UMS 7 1/2% due 33 1 269 1 508 0,66 L3 175 22,9 MX UMS 6 3/4% due 34 4 084 4 491 1,97 L3 171 24,4 MX UMS 6.05 due 40 3 250 3 268 1,43 L3 171 29,7 Panamá 6 190 7 478 3,28 170 16,8 PA Republic 7 1/4% due 15 1 471 1 706 0,75 L3 144 4,9 PA Republic7 1/8% due 26 980 1 146 0,50 L3 160 15,7 PA Republic 8 7/8% due 27 975 1 295 0,57 L3 183 17,4 PA Republic 9 3/8% due 29 951 1 321 0,58 L4 187 18,9 PA Republic 6.7% due 36 1 813 2 010 0,88 L3 165 25,7 Peru 7 279 8 934 3,91 168 17,9 PE Republic 8 3/8% due 16 581 714 0,31 L3 125 6,0 PE Republic 7 1/8% due 19 1 000 1 171 0,51 L3 140 8,9 PE Republic 7.35% due 25 2 250 2 686 1,18 L3 163 15,2 PE Republic 8 3/4% due 33 2 246 3 065 1,34 L3 186 23,5 PE Republic 6.55% due 37 1 202 1 298 0,57 L3 163 25,9 Rússia 24 641 30 997 13,58 181 9,0 RU Ministry Fin 11% due 18 3 467 4 978 2,18 L4 168 8,2 RU Ministry Fin 12 3/4% due 28 2 500 4 478 1,96 L3 198 18,1 RU Republic Step-Up due 30 18 674 21 541 9,43 L1 178 7,9 Turquia 29 250 33 774 14,79 225 11,4 TR Republic 9% due 11 750 828 0,36 L3 155 1,2 TR Republic 11 1/2% due 12 1 000 1 181 0,52 L3 143 1,7 TR Republic 11% due 13 1 500 1 847 0,81 L3 173 2,7 TR Republic 9 1/2% due 14 1 750 2 142 0,94 L3 183 3,7 TR Republic 7 1/4% due 15 2 750 3 125 1,37 L3 189 4,9 TR Republic 7% due 16 2 000 2 235 0,98 L3 206 6,4 TR Republic 7 1/2% due 17 2 250 2 609 1,14 L4 210 7,2 TR Republic 6 3/4% due 18 2 250 2 455 1,08 L3 213 7,9 TR Republic 7% due 19 1 500 1 662 0,73 L3 214 8,9 TR Republic 7 1/2% due 19 1 500 1 752 0,77 - 216 9,5 TR Republic 7% due 20 2 000 2 243 0,98 L3 215 10,1 TR Republic 7 3/8% due 25 3 250 3 647 1,60 L3 231 14,8 TR Republic 11 7/8% due 30 1 500 2 447 1,07 L2 244 19,7 TR Republic 8% due 34 1 500 1 743 0,76 L3 253 23,8 TR Republic 6 7/8% due 36 2 750 2 796 1,22 L3 249 25,9 TR Republic 7 1/4% due 38 1 000 1 062 0,47 L3 251 27,8 Ucrânia 2 500 2 565 1,12 449 4,3 UA Republic 6.385% due 12 500 514 0,23 L3 461 2,1 UA Republic 7.65% due 13 1 0001 056 0,46 L3 490 3,1 UA Republic 6.58% due 16 1 000 995 0,44 L3 424 6,5 Venezuela 19 337 14 888 6,52 898 14,0 VE Republic 10 3/4% due 13 1 487 1 459 0,64 L3 1 007 3,4 VE Republic 8 1/2% due 14 1 500 1 318 0,58 L3 999 4,4 VE Republic 5 3/4% due 16 1 500 1 112 0,49 L3 951 5,8 VE Republic 7% due 18 1 000 747 0,33 L3 899 8,6 VE Republic 6% due 20 1 500 985 0,43 L3 855 10,6 VE Republic 9% due 23 2 000 1 574 0,69 L3 945 13,0 VE Republic 7.65% due 25 1 600 1 053 0,46 L3 902 15,0 VE Republic 9 1/4% due 27 4 000 3 161 1,38 L2 850 17,4 VE Republic 9 1/4% due 28 2 000 1 575 0,69 L3 913 18,0 VE Republic 9 3/8% due 34 1 500 1 150 0,50 L3 899 23,7 VE Republic 7% due 38 1 250 752 0,33 L3 797 27,9 Por tipo de instrumento Bradies 27 906 26 549 11,63 348 12,6 Euromercado 173 781 201 791 88,37 254 13,3 Por região América Latina 110 001 118 059 51,70 313 15,0 África 5 000 5 592 2,45 165 7,2 Ásia 29 024 35 835 15,69 196 13,8 Europa 57 661 68 854 30,15 210 9,9 EMBI+ 201 687 228 340 100 265 13,2 Fonte: J.P. Morgan Chase 20 Série “Perguntas Mais Freqüentes” Banco Central do Brasil 1. Juros e Spread Bancário 2. Índices de Preços 3. Copom 4. Indicadores Fiscais 5. Preços Administrados 6. Gestão da Dívida Mobiliária e Operações de Mercado Aberto 7. Sistema de Pagamentos Brasileiro 8. Contas Externas 9. Risco-País 10. Regime de Metas para a Inflação no Brasil 11. Funções do Banco Central do Brasil Diretor de Política Econômica Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo Equipe André Barbosa Coutinho Marques Carolina Frei tas Pereira Mayrink César Viana Antunes de Olivei ra Henrique de Godoy Morei ra e Costa Luciana Valle Rosa Roppa Maria Cláudia Gomes P. S. Gutierrez Marcio Magalhães Janot Coordenação Renato Jansson Rosek Criação e editoração: Secretaria de Relações Inst i tucionais Brasíl ia-DF Este fascículo faz parte do Programa de Educação Financeira do Banco Central do Brasi l
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