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1. Breve História da Instrumentação 2. Conceitos de Instrumentação 3. Fundamentos de Estatística, Incertezas de Medidas e sua Propagação 4. Conceitos de Eletrônica Analógica e Eletrônica Digital 5. Sinais e Ruído 6. Medidores de Grandezas Elétricas 7. Efeitos Físicos Aplicados em Sensores 8. Medição de Temperatura 9. Medição de Força 9.1. Transdutores de força: são equipamentos eletromecânicos que medem cargas estáticas ou dinâmicas e as convertem em sinais elétricos para posterior análise. Os principais transdutores de força são os strain gauges metálicos, os strain gauges a semicondutores e os transdutores indutivos LVDT. a Medições estáticas: quando os esforços variam lentamente em função do tempo. b Medições dinâmicas: quando os esforços variam rapidamente em função do tempo. c Medições estáticas dinâmicas: quando os esforços variam de forma impulsiva (choques, vibrações). 9.2. Strain gauges metálicos (células extensiométricas ou células de carga): são elementos utilizados para converter deformações mecânicas em sinais elétricos proporcionais, com base na variação da sua resistência elétrica. a Definição e conceitos básicos: Extensometria: método que tem por objetivo a medição das deformações superficiais dos corpos. Deformação: é geralmente expressa em termos relativos: 𝜀 = 𝛿𝐿 𝐿 onde 𝜀 é a deformação relativa (ou específica) longitudinal, 𝐿 o comprimento inicial [m] e 𝛿𝐿 a variação no comprimento [m]. Fig. 9.1 – Elemento deformado longitudinalmente. Tensão: é o quociente entre a força (esforço) 𝐹 [N] desenvolvida dentro de um material por unidade de área 𝐴 [m²]: 𝜎 = 𝐹 𝐴 Lei de Hooke: se um material for isótropo e homogêneo e seu limite elástico não for superado, então se verifica que a relação entre a tensão e a deformação é linear: 𝐸 = 𝜎 𝜀 onde E é denominado módulo de elasticidade longitudinal [N/m²] ou módulo de Young, o qual determina a rigidez do material. Fig. 9.2 – Curva tensão x deformação para um metal característico. Ex: Aço SAE 1020: Módulo de Young: 2,05x105 N/mm² Limite de elasticidade: 3,40x105 N/mm² Módulo de ruptura: 5,40x105 N/mm² Efeito de Poisson: quando solicitado longitudinalmente (eixo x), a deformação de um corpo não se produz somente nesta direção, pois o aumento do comprimento resulta na diminuição da seção transversal (contração nos eixos y e z). 𝜀𝑥 = 𝜎𝑥 𝐸 𝜀𝑦 = −𝜈𝜀𝑥 𝜀𝑧 = −𝜈𝜀𝑥 onde 𝜈 é chamado coeficiente adimensional de Poisson, cujo valor é próximo a 0,3 para os metais mais comuns. Fig. 9.3 – Efeito de Poisson. Experimento de Thomson: quando uma barra metálica é esticada, ela sofre um alongamento em seu comprimento e também uma diminuição da área da seção transversal, com um consequente aumento de sua resistência elétrica. 𝑅 = 𝜌 𝐿 𝐴 onde 𝜌 é a resistividade do condutor [Ω.m]. b Tipos de strain gauges: Strain gauges de filamento (wire strain gauges): o elemento sensível é um fio condutor metálico disposto em várias dobras e colado sobre um suporte isolante. Fig. 9.4 – Constituição de um strain gauge de filamento. Strain gauges de trama pelicular (foil strain gauges): o elemento sensível é uma película de metal. Fig. 9.5 – Constituição de um strain gauge de trama pelicular. c Coeficiente de sensibilidade (fator gauge): representa a relação entre as variações relativas de resistência elétrica e deformação longitudinal. 𝐾 = 𝛿𝑅 𝑅 𝛿𝐿 𝐿 Lembrando que: 𝑅 = 𝜌𝐿 𝐴 = 𝜌𝐿 𝑦𝑧 𝛿𝑦 = 𝑦𝜀𝑦 = −𝑦𝜈𝜀𝐿 = −𝑦𝜈 𝛿𝐿 𝐿 𝛿𝑧 = 𝑧𝜀𝑧 = −𝑧𝜈𝜀𝐿 = −𝑧𝜈 𝛿𝐿 𝐿 |𝛿𝑅| = | 𝜕𝑅 𝜕𝜌 | |𝛿𝜌| + | 𝜕𝑅 𝜕𝐿 | |𝛿𝐿| + | 𝜕𝑅 𝜕𝑦 | |𝛿𝑦| + | 𝜕𝑅 𝜕𝑧 | |𝛿𝑧| 𝛿𝑅 = 𝑅 𝛿𝜌 𝜌 + 𝑅 𝛿𝐿 𝐿 + 2𝜈𝑅 𝛿𝐿 𝐿 𝛿𝑅 𝑅 𝛿𝐿 𝐿 = 𝐾 = 1 + 2𝜈 + 𝛿𝜌 𝜌 𝛿𝐿 𝐿 Tab. 9.1 – Características de alguns strain gauges comerciais. d Tipos de configurações: Bandas uniaxiais: utilizada quando as deformações se dão em uma única direção. Fig. 9.6 – Exemplo de aplicação de bandas uniaxiais. Bandas biaxiais (strain gauges do tipo roseta): utilizada quando as deformações se dão em duas ou mais direções. Fig. 9.7 – Bandas biaxiais. Fig. 9.8 – Bandas biaxiais para esforços radiais e tangenciais. Fig. 9.9 – Exemplo de aplicação de bandas biaxiais. e Métodos de medição: utilizam-se, em geral, pontes de Wheatstone para medição da variação da resistência elétrica. Método direto: consiste em medir a diferença de potencial nos terminais de saída da ponte. Requer um circuito de amplificação e uma fonte de excitação estável. Fig. 9.10 – Circuito básico para medição direta. Método de zero (ou de oposição): consiste em se estabelecer o equilíbrio na ponte, seja variando as resistências nos ramos da ponte ou por uma tensão oposta à de equilíbrio. Fig. 9.11 – Circuito básico para medição de zero. f Montagens de pontes extensiométricas: Caso I: barra prismática de eixo reto, submetida a esforço de tração simples: Primeira montagem: um gauge ativo, alinhado na direção da força, condicionado em ¼ de ponte e alimentado com tensão constante. Fig. 9.12 – Caso I - primeira montagem. 𝑅𝐺𝑎𝑢𝑔𝑒 = 𝑅 + 𝛿𝑅 𝛿𝑉 = 𝑉𝑎𝑑 − 𝑉𝑎𝑏 𝑉𝑎𝑑 = 𝑅 + 𝛿𝑅 2𝑅 + 𝛿𝑅 𝑈 𝑉𝑎𝑏 = 𝑅 2𝑅 𝑈 = 𝑈 2 𝛿𝑉 = 𝑅 + 𝛿𝑅 2𝑅 + 𝛿𝑅 𝑈 − 𝑈 2 = ( 2(𝑅 + 𝛿𝑅) − (2𝑅 + 𝛿𝑅) 2(2𝑅 + 𝛿𝑅) ) 𝑈 𝛿𝑉 = 𝑈𝛿𝑅 4𝑅 + 2𝛿𝑅 = 𝑈 4 (𝑅 + 𝛿𝑅 2 ) 𝛿𝑅 𝛿𝑅 𝑅 = 𝐾 𝛿𝐿 𝐿 = 𝐾𝜀 𝛿𝑉 = 𝑈𝐾 4 (1 + 𝐾 𝜀 2 ) 𝜀 = 𝑈𝐾 4𝐸 (1 + 𝐾 𝐸 𝜎 2 ) 𝜎 = 𝑈𝐾 4𝐸𝐴 (1 + 𝐾 𝐸𝐴 𝐹 2 ) 𝐹 𝐹 = 4𝐸𝐴 (1 + 𝐾 𝐸𝐴 𝐹 2 ) 𝑈𝐾 𝛿𝑉 Compensação de temperatura: para se compensar os efeitos da temperatura sobre um strain gauge instalado em um corpo submetido a uma solicitação, substitui-se um dos resistores da ponte de Wheatstone por um segundo strain gauge, o qual é instalado sobre a superfície de um corpo semelhante ao que esta sendo avaliado, porém não solicitado e submetido às mesmas condições de temperatura. Fig. 9.13 – Montagem de strain gauge com compensação de temperatura. Segunda montagem: dois gauges ativos, em ramos adjacentes da ponte, um deles alinhado na direção da força aplicada e outro em direção perpendicular, acusando o efeito de Poisson, condicionados em ½ de ponte e alimentados com tensão constante. Fig. 9.14 – Caso I - Segunda montagem. 𝑅𝐺𝑎𝑢𝑔𝑒1 = 𝑅 + 𝛿𝑅1 𝑅𝐺𝑎𝑢𝑔𝑒 2 = 𝑅 + 𝛿𝑅2 Lembrando que: 𝛿𝑅 𝑅 𝛿𝐿 𝐿 = 1 + 2𝜈 + 𝛿𝜌 𝜌 𝛿𝐿 𝐿 Considerando 𝛿𝜌 𝜌 = 0, temos: 𝛿𝑅1 = 𝑅(1 + 2𝜈) 𝛿𝐿1 𝐿1 = 𝑅(1 + 2𝜈)𝜀𝐿1 𝛿𝑅2 = 𝑅(1 + 2𝜈) 𝛿𝐿2 𝐿2 = 𝑅(1 + 2𝜈)𝜀𝐿2 Mas como: 𝜀𝐿2 = 𝜀𝑧1 = −𝜈𝜀𝐿1: 𝑅𝐺𝑎𝑢𝑔𝑒1 = 𝑅 + 𝛿𝑅 𝑅𝐺𝑎𝑢𝑔𝑒 2 = 𝑅 − 𝜈𝛿𝑅 𝛿𝑉 = 𝑉𝑎𝑑 − 𝑉𝑎𝑏 𝑉𝑎𝑑 = 𝑅 + 𝛿𝑅 2𝑅 + (1 − 𝜈)𝛿𝑅 𝑈 𝑉𝑎𝑏 = 𝑅 2𝑅 𝑈 = 𝑈 2 𝛿𝑉 = 𝑅 + 𝛿𝑅 2𝑅 + (1 − 𝜈)𝛿𝑅 𝑈 − 𝑈 2 = ( 2(𝑅 + 𝛿𝑅) − (2𝑅 + (1 − 𝜈)𝛿𝑅) 2(2𝑅 + (1 − 𝜈)𝛿𝑅) ) 𝑈 𝛿𝑉 = 𝑈(1 + 𝜈) 4 (𝑅 + (1 − 𝜈) 𝛿𝑅 2 ) 𝛿𝑅 = 𝑈(1 + 𝜈)𝐾 4 (1 + (1 − 𝜈)𝐾 𝜀 2 ) 𝜀 Supondo-se 𝜈 = 1: 𝛿𝑉 = 𝑈 2𝑅 𝛿𝑅 = 𝑈𝐾 2 𝜀 = 𝑈𝐾 2𝐸 𝜎 = 𝑈𝐾 2𝐸𝐴 𝐹 𝐹 = 2𝐸𝐴 𝑈𝐾 𝛿𝑉 Terceira montagem: quatro gauges ativos, dois de ramos opostos para a direção da força aplicada e osdois restantes na direção perpendicular ao efeito de Poisson, condicionados em ponte completa e alimentados com tensão constante. Fig. 9.15 – Caso I - terceira montagem. 𝑅𝐺𝑎𝑢𝑔𝑒1 = 𝑅 + 𝛿𝑅 𝑅𝐺𝑎𝑢𝑔𝑒 2 = 𝑅 − 𝜈𝛿𝑅 𝑅𝐺𝑎𝑢𝑔𝑒3 = 𝑅 + 𝛿𝑅 𝑅𝐺𝑎𝑢𝑔𝑒 4 = 𝑅 − 𝜈𝛿𝑅 𝛿𝑉 = 𝑉𝑎𝑑 − 𝑉𝑎𝑏 𝑉𝑎𝑑 = 𝑅 + 𝛿𝑅 2𝑅 + (1 − 𝜈)𝛿𝑅 𝑈 𝑉𝑎𝑏 = 𝑅 − 𝜈𝛿𝑅 2𝑅 + (1 − 𝜈)𝛿𝑅 𝑈 𝛿𝑉 = 𝑈(1 + 𝜈) 2𝑅 + (1 − 𝜈)𝛿𝑅 𝛿𝑅 = 𝑈(1 + 𝜈)𝐾 2 (1 + (1 − 𝜈)𝐾 𝜀 2 ) 𝜀 Fazendo-se 𝜈 = 1: 𝛿𝑉 = 𝑈 𝑅 𝛿𝑅 = 𝑈𝐾𝜀 = 𝑈𝐾 𝐸 𝜎 = 𝑈𝐾 𝐸𝐴 𝐹 𝐹 = 𝑈𝐾 𝐸𝐴 𝛿𝑉 Caso II: barra prismática de eixo reto, submetida a esforço de flexão simples: neste caso são produzidos esforços iguais e opostos: a superfície convexa (superior) é solicitada por esforço de tração, enquanto a côncava (inferior) é solicitada por compressão. Fig. 9.16 – Viga engastada submetida a esforço de flexão simples e as tensões atuantes. Montagem: quatro gauges ativos, dois a dois em ramos opostos da ponte e submetidos a esforços iguais, porém de sinal contrário, condicionados em ponte completa e alimentados com tensão constante. Fig. 9.17 – Caso 2. 𝛿𝑉 = 𝑈 𝑅 𝛿𝑅 = 𝑈𝐾𝜀 = 𝑈𝐾 𝐸 𝜎 𝜎 = 6𝑙 𝑏ℎ² 𝐹 onde 𝑙 é o comprimento da barra, 𝑏 sua largura e ℎ sua altura. 𝛿𝑉 = 6𝑈𝐾𝑙 𝐸𝑏ℎ² 𝐹 𝐹 = 6𝑈𝐾𝑙 𝐸𝑏ℎ² 𝛿𝑉 Caso III: barra prismática de eixo reto, submetida a esforço de flexão e tração (flexo- tração): neste caso os esforços deixam de ser iguais nas superfícies consideradas. Fig. 9.18 – Viga submetida a esforço de flexão e tração. Montagem: dois gauges ativos, em ramos opostos da ponte, ambos alinhados na direção da força de tração aplicada, condicionados em ½ de ponte e alimentados com tensão constante. Fig. 9.19 – Caso III. 𝛿𝑉 = 𝑈 2𝑅 𝛿𝑅 = 𝑈𝐾 2 𝜀 = 𝑈𝐾 2𝐸 𝜎 Caso IV: árvores de transmissão (esforço de torção): Montagem: quatro gauges ativos, dois a dois em ramos opostos da ponte, montados a 45° com as geratrizes. Os gauges registram deformações iguais, porém de sinais contrários, sendo condicionados em ponte completa e alimentados com tensão constante. Fig. 9.20 – Caso IV. 𝛿𝑉 = 𝑈 𝑅 𝛿𝑅 = 𝑈𝐾𝜀 = 𝑈𝐾 𝐸 𝜎 Fig. 9.21 – Desenho esquemático de um transdutor de força a strain gauge. 9.3. Strain gauges a semicondutores: têm como elementos de capitação, semicondutores dos tipos piezo-resistivos e piezelétricos, os quais têm sua resistência elétrica variada, ou uma pequena diferença de potencial gerada, respectivamente, em função do esforço mecânico aplicado. Fig. 9.22 – Constituição de um strain gauge semicondutor. 9.4. Transdutores indutivos LVDT (Linear Variable Differential Transformer): têm como princípio de funcionamento uma bobina interna que possui dois secundários conectados em anti-série e um núcleo móvel. Devido à contraposição em fase das tensões induzidas nos secundários, quando o núcleo estiver em posição central (nenhuma força aplicada sobre ele), a tensão resultante (somada) será nula. Quando uma força é aplicada sobre o núcleo, este se movimenta no interior da bobina, variando a indutância mútua de cada secundário em relação ao primário e a tensão resultante (somada) será proporcional à força aplicada. Fig. 9.23 – Principio esquemático do circuito de um transdutor LVDT. Fig. 9.24 – Desenho esquemático de um transdutor LVDT para medição de força de compressão. a Características gerais dos transdutores de força: variado campo de medidas, elevada rigidez mecânica, boa linearidade, grande faixa de indicação (elevado limite elástico), grande sensibilidade e boa resolução (baixo módulo de elasticidade), baixa histerese com boa capacidade de repetição, trabalho em condições adversas. 9.5. Revisão de Resistência dos materiais: a Solicitações fundamentais: são as forças ou momentos, também chamados cargas ou carregamentos, aplicados externamente em um corpo: Solicitação de compressão/tração: quando uma força é aplicada perpendicularmente à seção transversal de um corpo, tentando comprimi-lo ou estirá-lo. Fig. 9.25 – Solicitação de compressão/tração. Solicitação de corte: quando uma força é aplicada paralelamente à seção transversal de um corpo tentando cortá-lo Fig. 9.26 – Solicitação de corte. Solicitação de flexão: quando um momento é aplicado perpendicularmente ao eixo de simetria de um corpo tentando fleti-lo. Fig. 9.27 – Solicitação de flexão. Solicitação de torção: quando um momento é aplicado paralelamente ao eixo de simetria de um corpo tentando torcê-lo. Fig. 9.28 – Solicitação de torção. b Tensões: são as forças, também chamadas esforços, desenvolvidas internamente nos corpos, por unidade de área. Tensão normal: é a componente de tensão na direção longitudinal ao corpo. São geradas pelas solicitações de compressão/tração e flexão. Tensão cisalhante (tangencial): é a componente de tensão nas direções transversais ao corpo. São geradas pelas solicitações de corte e torção. Fi. 9.29 – Tensões normais e cisalhantes. c Deformações: Deformação longitudinal: é o alongamento/encurvamento do corpo causado pelo aparecimento de tensões normais. Distorção angular: é a variação angular do corpo causado pelo aparecimento de tensões cisalhantes. Fig. 9.30 – Deformações nas estruturas. d Solicitação de flexão: o fenômeno da flexão causa o encurvamento da estrutura, de forma que algumas fibras sofrerão alongamento e outras, encurvamento. A fibra que passa pelo centro de gravidade da seção transversal não sofre deformação, sendo chamada de linha neutra. Observa-se que as forças internas agem na direção do eixo principal, logo as tensões na flexão são normais 𝜎, diretamente proporcionais ao momento fletor 𝑀𝑓 aplicado e à distância 𝑦 da fibra à linha neutra, e inversamente proporcionais ao momento de inércia 𝐼𝑧 da estrutura (rigidez da estrutura): 𝜎 = 𝑀𝑓𝑦 𝐼𝑧 com: 𝜀 = 𝜎 𝐸 onde 𝜀 é a deformação longitudinal relativa e 𝐸 o módulo de elasticidade longitudinal. Fig. 9.31 – Tensões e deformações na flexão. e Solicitação de torção: o fenômeno da torção causa a entorse da estrutura, de forma que as fibras sofrerão escorregamento em relação umas às outras. Observa-se que as forças internas agem paralelamente ao eixo principal, logo as tensões na torção são cisalhantes 𝜏, diretamente proporcionais ao momento torçor 𝑀𝑡 aplicado e à distância 𝑟 da fibra ao centro de giro, e inversamente proporcionais ao momento de inércia polar 𝐼𝑝 da estrutura (rigidez da estrutura): 𝜏 = 𝑀𝑡𝑟 𝐼𝑝 com: 𝛾 = 𝜏 𝐺 onde 𝛾 é a distorção angular relativa e 𝐺 o módulo de elasticidade transversal, o qual relaciona-se com o módulo de elasticidade longitudinal segundo o coeficiente de Poisson: 𝐺 = 𝐸 2(1 + 𝜈) O ângulo de torção 𝜃, por fim, é determinado em função do comprimento 𝐿 do corpo, isto é: 𝜃 = 𝑀𝑡𝐿 𝐼𝑝𝐺 Fig. 9.32 – Tensões e deformações na torção. f Solicitações combinadas (flexo-torção): as tensões oriundas de solicitações compostas são determinadas individualmente, pelas expressões vistas nos itens anteriores.
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