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Leandro Karnal e sua visão sobre ética no trabalho

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Leandro Karnal e sua visão sobre ética no trabalho.
Conhecer a si mesmo e reconhecer a vaidade como um entrave à ética.
O historiador gaúcho propõe uma sociedade menos cínica, individualista e vaidosa de si mesma. A tolerância é o grande valor da ética pessoal, que deve ser exercida com a utilização de expressões como “muito obrigado, com licença e me desculpe”
 https://www.revistaaldeia.com.br/colunista/marcio-couto/etica-de-karnal/
Leandro Karnal nasceu em São Leopoldo, Rio Grande do Sul,
Leandro Karnal é professor Doutor na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) , desde 1996. Graduado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (RS) e Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Possui pós doutorados pela UNAM, México, e pelo CNRS de Paris.
Leia mais em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/biografias/leandro-karnal
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Em suas palestras sobre ética, Leandro Karnal frisa que a ética discute, dentro da História, o campo dos valores com o uso da razão, as regras que fazem a sociedade se tornar racionalmente viável. Dessa forma, evidencia que os valores são sempre históricos, entretanto isso não significa que determinada atitude é correta ou errada. “Ora já foi cultural no Brasil quebrar as mulheres de pancada, já foi cultural a escravidão, já foi cultural executar animais de forma cruel. A ética ensina que mesmo que todos façam e seja tradicional, o fato de ser um gesto homofóbico, racista ou misógino é sempre errado”, declara o professor.
Segundo Karnal, a visão sobre o trabalho no Brasil ainda traz resquícios da época da escravidão. Por este motivo, o trabalhador ainda é visto, mesmo que inconscientemente como um escravo. Como exemplo, cita os direitos do trabalhador industrial terem chegado apenas nos anos 30, e os direitos das empregadas domésticas muito recentemente, em 2015.
Cita que no trabalho, não é correto nem ético, tratar com diferença a pessoas as quais temos alguma relação de amizade ou afins, dar benefícios ou facilitar trabalhos, projetos, provas pelo simples motivo de “gostar da pessoa” ou ser algum familiar.
Em outro momento, trata como semelhantes os deslizes éticos entre um governante que rouba verbas da merenda escolar para construir sua mansão em Miami, e um trabalhador saudável que estaciona seu carro em uma vaga de deficientes. O primeiro é extremamente mais bárbaro que o segundo, porém igualmente tratam-se de falta de ética.
 Leandro Karnal comenta: “Não existem fórmulas para ser ético, são conceitos básicos como respeitar o espaço do outro, não se fixar somente na sua felicidade pessoal, mas sim coletiva, lembrar as regras de etiqueta e utilizar cada vez mais as palavras: por favor, obrigado e desculpe, são atitudes que iniciam e estendem mudanças na vida em coletividade”.

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