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A antiguidade 
 
A escrita surgiu efetivamente na Antiguidade, no Egito e na Mesopotâmia. No 
Egito usavam os hierógrafos, que eram uma mistura de símbolos e sons, só desvendada 
no século XIX (a pedra de Roseta). Parece que um incentivo a esses desenvolvimentos 
foram as constantes disputas pelos limites das terras cultiváveis (registros de posses), 
que ficavam submersas no Nilo uma parte do ano. Já na Mesopotâmia surgiu a escrita 
cuneiforme (um fragmento do código de Hamurabi, um dos primeiros códigos de leis 
escritos, é citado na Bíblia: “Olho por olho, dente por dente”), incentivada, ao que 
parece, por questões práticas de armazenamento da colheita nos palácios/fortes/templos 
durante períodos de guerras e ataques. 
 Na Antiguidade as tribos lutavam pelas áreas férteis. Ao ocupar uma área, 
algumas tribos se uniam para protegê-la, como aconteceu na Mesopotâmia, onde se 
sucederam civilizações dos povos sumérios, caldeus, semitas, babilônicos, entre outros. 
No Egito, os faraós foram muito bem sucedidos nessa tarefa: construíram sistemas de 
irrigação, diques e fortificações, dando estabilidade à vida dos povos que viviam à 
margem do Nilo. Foram divinizados por isso. 
 A arte dos egípcios caracteriza uma das tendências fundamentais do ser humano: 
a de se expressar por símbolos. Seus desenhos também eram subordinados à religião: 
eles acreditavam que a alma precisava de uma representação (morada) no mundo dos 
vivos para não ficar vagando (como uma alma “penada”, como costumamos dizer em 
nossas crenças atuais) perdida e poder desfrutar da vida eterna. Logo, suas 
representações destinavam-se a ser uma moradia do Ka (um dos quatro elementos da 
essência espiritual da sua crença, mas de modo geral, para nossa compreensão, um 
equivalente da alma na dualidade cristã corpo-espírito). Os reis preservavam seus 
próprios corpos (as múmias) com esse objetivo e, como sabiam da possibilidade da 
destruição das múmias, encomendavam também estátuas (apenas parcialmente 
esculpidas à pedra para que não quebrassem). Além disso, ainda eram representados os 
alimentos e as atividades para que não faltassem alimentos e para que essas atividades 
perdurassem na eternidade. As pirâmides (que evoluíram das mastabas e as 
substituíram) eram os túmulos, nos quais tudo isso ficava registrado. 
Mas quando se pedia a um artesão (escriba) para realizar uma estátua do faraó, 
por exemplo, ele não precisava necessariamente de que ele posasse para ele (como um 
modelo faz para a realização de uma pintura acadêmica), porque a representação era 
pensada quase como uma escrita, de forma convencionada, simbólica, segundo uma lei 
muito utilizada pelas crianças: a lei da frontalidade. Consiste em representar as partes 
mais características de cada motivo. Assim, o nariz é sempre feito de perfil, como 
também os pés e ombros. A boca e os olhos eram representados de frente (da forma 
como os visualizamos mentalmente quando pensamos neles). A arquitetura também era 
toda voltada para a religião: templos religiosos, palácios para faraós divinos, mastabas, 
pirâmides ou hipogeus (túmulos escondidos nas montanhas, quando os reis, no Novo 
Império, desistiram de construir pirâmides em razão do histórico de saques) para 
guardarem os corpos mumificados.

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