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Fases do Neoplasticismo na Arte e Arquitetura

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Fases do Neoplasticismo 
 
Na primeira fase há um predomínio da pintura, da escultura e a polêmica 
cultural. A arquitetura surgirá a partir dos anos de 1920 com Rietveld. Ele 
também desenhou a cadeira vermelha e azul que é notável não só pelo uso de 
cores primárias em conjunção com uma armação linear preta (cores que 
somadas ao branco cinza e amarelo seria a escala cromática do movimento), 
mas também por sua articulação arquitetônica aberta. 
 Suas peças de mobiliário elementar foram construídas quase inteiramente 
na base de elementos retilíneos puros, não malhetados (sem encaixes) e presos 
por tarugos (espécie de parafusos). Em seu projeto para o gabinete do Dr. 
Hartog, todo o mobiliário é elementarizado e seu efeito sugeria uma série infinita 
de planos no espaço, tanto horizontal quanto verticalmente. Seguiu-se a 
construção da cadeira de Berlin (peça de mobiliária totalmente assimétrica, que 
provocou o surgimento de toda uma série de peças assimétricas durante os dois 
anos seguintes). 
 O grupo foi sofrendo alterações e quatro dos sete membros do grupo 
original já tinham se afastado. El Lissitzky e o cineasta Hans Richter entraram 
para o movimento, imprimindo novos rumos. 
A segunda fase é marcada pela visita de Doesburg à Alemanha, onde 
instala um ateliê do lado da Bauhaus, a mais famosa escola de arte moderna, 
fundada em 1919 por Walter Gropius, e pioneira na prática do design industrial e 
da arquitetura moderna. Ele começa a dar aulas opondo-se a orientação 
individualista, expressionista e mística dada por Johannes Itten. Walter Gropius 
proíbe seus alunos de assistirem aulas com Doesburg, o que acirrou a luta, até a 
partida de Doesburg para Paris, em 1923, objetivando estabelecer novo centro 
de trabalho. O resultado será a demissão de Itten em 1923, com Gropius 
redirecionando a orientação de autoexpressão artística, para um envolvimento 
objetivo no design socialmente útil. 
A influência de Lissitzki será marcante na arquitetura com a conjunção do 
elementarismo suprematista (seu mentor fora o suprematista Malevich), e o 
elementarismo neoplástico. 
 Apesar do sucesso da exposição de Doesburg (junto ao arquiteto Cor van 
Esteren e incluindo o projeto da Casa Rosenberg) em Paris, foi com a produção 
de trabalhos arquitetônicos que o estilo neoplástico se cristalizou. 
 
 
A terceira fase, de 1925 a 1931, marca um desenvolvimento seguido da 
desintegração do grupo. Mondrian rompe com Doesburg (quando ele introduz a 
diagonal em seus trabalhos) em 1924, e este último nomeia Brancusi para o seu 
lugar. 
Doesburg foi afetado pelos conceitos construtivistas antiarte das esquerdas, nas 
quais, como já vimos, as forças sociais e os meios de produção técnica são vistos 
como forma determinante em que todas as outras formas secundárias devem 
contribuir, independente do mundo formal idealizado de harmonia universal. 
Diante das contradições de se aplicar uma arte idealizada em uma sociedade 
real, ele elaborou o ensaio “Rumo a uma Construção Coletiva”, que embora 
pouco consistente traz influências da antiarte: “Estabelecemos o verdadeiro lugar 
da cor em arquitetura, e declaramos que a pintura, sem construção arquitetônica 
(isto é, a pintura de cavalete) não tem mais razão para existir”. Sua última obra 
 
 
 
 
 
 
 
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importante foi seu interior do Café L’Aubette, em 1928, com a colaboração de 
Hans Arp, concebida como uma “distribuição” suprematista e antiperspectivada 
dos tradicionais elementos De Stijl e de mobiliário simples e sóbrio e sem peças 
elementaristas De Stijl. Estava integrado ao programa Prown-Raum lissitzkiano, 
onde todo o complexo realiza a integração através de um tratamento estético 
diferenciado dos objetos em diferentes escalas: uma lei a respeito do espaço em 
bloco e uma outra aplicável às instalações. 
 Rietveld, que teve pouca associação direta com Doesburg depois de 1925, 
também desenvolveu seu trabalho para soluções mais objetivas, resultantes das 
novas técnicas (encostos curvos e mais resistentes e confortáveis, por exemplo) 
em lugar da demonstração de equilíbrio universal neoplástico.

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