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Experimentalismo na Arte Brasileira

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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
Aula 9: Experimentalismo na arte brasileira: 
			da arte nacional para a arte internacional
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
Conteúdo Programático:
Apresentar uma breve retrospectiva da história da arte brasileira;
Identificar o desenvolvimento da arte moderna e contemporânea no Brasil ;
Definir o conceito de experimentalismo na arte brasileira e reconhecer as tendências artísticas da arte nacional; e,
Conhecer os grandes artistas do Modernismo e do Neoconcretismo.
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
Arte Colonial
Barroco
Arte Holandesa
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ARTE NO BRASIL
Arte Pré-Histórica
Arte Indígena
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A Pré-História no Brasil:
Escavações feitas no Parque Nacional da Serra da Capivara- Piauí, pela equipe da arqueóloga Niéde Guidon encontraram restos de uma fogueira e pedras lascadas, datadas em mais de 50 mil anos. A comunidade científica internacional se dividiu sobre o tema. A questão por trás dessa briga é a elucidação de qual teria sido a porta de entrada do Iníciom na América. De um lado estão os que acreditam na hipótese da travessia do estreito de Bering, entre 15 mil e 12 mil anos atrás. Mas, a presumida datação em 40 mil anos de fósseis e pinturas dos sertões piauienses, descobertos mais tarde, também é um grande indício de que o Iníciom pode ter vivido aqui, bem antes do que na América do Norte. 
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A Pré-História no Brasil:
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A Arte Indígena no Brasil:
Os estudiosos da humanidade começaram, no séc. XX, a reconhecer os povos nativos como culturas diferentes das civilizações oficiais e vislumbraram contribuições sociais e ambientais deixadas pelos índios. Mas o maior legado que os povos da floresta podem deixar ao homem branco é a prática de ser uno com a natureza interna de si, pensamento bastante presente atualmente, em tempos de grandes preocupações com o meio ambiente e com a sustentabilidade. O jeito do povo indígena viver e de contar a sua origem, a origem do mundo e do cosmos mostra como funciona o pensamento nativo e sua relação com a natureza. Os antropólogos denominam “esse jeito de pensar” de mito, e algumas dessas histórias de lendas. 
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A arquitetura indígena no Brasil consiste em tabas (aldeias), ocas (abrigos coletivos sem divisões internas) e ocaras (praças).
As pinturas corporais e a arte plumária, realizada pelas índias em seus filhos e homens, são manifestações artísticas muito especiais porque estão associadas à busca da beleza e à proteção dos indivíduos contra o sol, insetos e maus espíritos. 
Os trançados e as cerâmicas contam, no Brasil, com uma infinidade de matérias-primas. A cerâmica destacou-se principalmente pela sua utilidade, e também pela busca da beleza e da perfeição dos utensílios. 
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AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A Arte Colonial no Brasil:
Portugal transformou o Brasil em sua colônia, após tomar posse do território descoberto por Cabral, em 1500. Primeiramente, foram construídas as feitorias, porque os portugueses temiam ser atacados pelo índios. Preocupado com a invasão das terras brasileiras por outros povos, o rei de Portugal enviou, em 1530, uma expedição comandada por Martim Afonso de Sousa para dar início à colonização. Ele fundou a vila de São Vicente (1532), no litoral paulista, e instalou o primeiro engenho de açúcar, iniciando o plantio de cana, que se tornaria a principal fonte de riqueza produzida no Brasil. Após a divisão das terras em capitanias hereditárias, houve a necessidade de se construir moradias para os colonizadores que aqui chegaram, entre outras coisas.
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A arquitetura colonial no Brasil era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Tais construções eram conhecidas por tejupares, palavra que vem do tupi-guarani (tejy=gente e upad=lugar). Com o tempo os tejupares dariam lugar a casas de taipa (construção feita de varas, galhos, cipós entrelaçados e cobertos com barro, que para maior consistência e melhor resistência à chuva, era misturado com sangue de boi e óleo de peixe).
Com essa evolução começam a aparecer as capelas e os centros das vilas. Nas capelas havia o crucifixo, a imagem de Nossa Senhora e a de algum santo, trazidos de Portugal.
A arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo jesuíta Francisco Dias.
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A escultura colonial no Brasil surgiu a partir dos ensinamentos dos jesuítas aos índios e aos negros. Os jesuítas ensinaram o alfabeto, a religião e o artesanato com barro, madeira e pedra.
O índio era muito hábil na imitação, mas também muito rústico na execução. O negro adaptou-se mais facilmente e era notável no desenho, na arte, no talhe e nas lavras, afinal os escravos negros eram oriundos de povos da África, com história e culturas bastante antigas e significativas. Sob direção dos religiosos e de mestres, vindos além-mar, o índio e o negro esculpiram muitos trabalhos, que são a base para a arte Barroca, em auge na Europa e que chegaria à colônia em breve...
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A Arte Holandesa no Brasil:
Os portugueses defenderam o Brasil dos invasores ingleses, franceses e holandeses. Porém, os holandeses resistiram e se instalaram no nordeste do país, por volta de 1624.
O Conde Maurício de Nassau trouxe à “Nova Holanda” artistas e cientistas que se instalaram em Recife. Embora fosse comum a presença de artistas nas expedições enviadas à América, Maurício de Nassau chegou a ter à sua disposição seis pintores no Brasil, entre os quais Frans Post e Albert Eckhout. 
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A pintura holandesa no Brasil era obra de pintores holandeses, flamengos (norte da Bélgica), alemães, enfim, que por não serem católicos, dedicaram-se a temas profanos, o que não era permitido aos portugueses. Por isso, foram os primeiros artistas no Brasil e na América a abordar a paisagem, os tipos étnicos, a fauna e a flora como temática de suas produções artísticas, livres dos preconceitos e das superstições
presentes nas representações pictóricas que apresentavam temas americanos, até então.
Foram verdadeiros repórteres do século XVII. 
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A pintura holandesa no Brasil:
Frans Post 
Albert Eckhout
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
O Barroco no Brasil:
O período barroco no Brasil vai do século XVIII até o início do século XIX. O barroco brasileiro é também associado à religião católica. Duas linhas diferentes caracterizam o estilo barroco brasileiro: - nas regiões enriquecidas pelo comércio de açúcar e pela mineração, encontramos ricas igrejas, com trabalhos em relevos feitos em madeira - as talhas - recobertas por finas camadas de ouro, com janelas e portas decoradas com detalhados trabalhos de escultura. Já nas regiões mais pobres, as igrejas apresentam talhas modestas e os trabalhos foram realizados por artistas menos experientes e famosos do que os que viviam nas regiões mais ricas.
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
O ponto culminante do Barroco no Brasil surge da integração entre arquitetura, escultura, talha e pintura que aparece em Minas Gerais, a partir dos trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, extraordinário arquiteto e decorador de igrejas, e incomparável escultor. 
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
E, Manuel da Costa Ataíde, cujas principais obras foram as pinturas em tetos das igrejas, que seguiam as características do estilo barroco, e aliavam-se perfeita-mente às esculturas e arquitetura de Aleijadinho. Os pintores da época faziam suas próprias tintas com pigmentos e solventes naturais aqui da terra. Talvez por isso é que se diz que não existe, no mundo inteiro, um colorido como o das cidades mineiras da época do barroco. 
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A Missão Francesa no Brasil:
No início do século XIX, os exércitos de Napoleão invadiram Portugal , obrigando D. João VI, sua família e sua corte a virem para o Brasil. O rei de Portugal, preocupado com o desenvolvimento cultural do Brasil, trouxe para cá, entre outras coisas, um grupo de artistas franceses (1816) encarregado da fundação da Academia de Belas Artes (1826), na qual os alunos poderiam aprender as artes e os ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão Artística Francesa. Os artistas da Missão Artística Francesa pintavam, desenhavam, esculpiam e construíam à moda europeia, obedecendo ao estilo neoclássico, e influenciando, dessa forma, toda a produção artística nacional, naquele momento.
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A Missão Francesa no Brasil:
Jean-Baptiste Debret foi chamado de "a alma da Missão Francesa". Thomas Ender, pintor austríaco e Johann-Moritz Rugendas, alemão, também destacaram-se na Missão Artística Francesa.
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
A Pintura Acadêmica no Brasil:
Em meados do século XIX, o Império Brasileiro prosperava economicamente, por conta da cultura do café, e vivia uma estabilidade política, depois que Dom Pedro II assumiu o governo e controlou as rebeliões que agitaram o Brasil até 1848. Além disso, o imperador procurava dar ao país um desenvolvimento cultural mais sólido, incentivando as letras, as ciências e as artes, sob modelos clássicos europeus. Tinha lugar então a pintura acadêmica nacional, que seguia os padrões da Academia de Belas Artes, ou seja, tentava recriar a beleza ideal em suas obras, por meio da imitação dos clássicos, principalmente os gregos, na arquitetura e os renascentistas, na pintura. 
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
BREVES NOÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA
Principais artistas acadêmicos:
Pedro Américo de Figueiredo e Melo, cuja obra mais divulgada é O Grito do Ipiranga, que atualmente está no Museu Paulista.
Vitor Meireles de Lima, que em 1861, produziu em Paris, a sua obra mais conhecida - A Primeira Missa no Brasil. 
José Ferraz de Almeida Júnior, considerado por alguns críticos o mais brasileiro dos pintores nacionais do século XIX. 
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AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
ENFIM, AS IDEIAS DE UMA ARTE BRASILEIRA...
A partir da virada do século XX, um grupo de produtores artísticos se insurgiu contra os interesses ideológicos e políticos do poder imperial, que ignorava as marcas do passado colonial e os estigmas da escravização de indígenas e africanos pelos portugueses. Esses artistas passaram a não mais idealizar a história e o Estado para criar uma arte nacional.
Até então, a legitimação estética e uma afirmação cultural, no interior do campo artístico brasileiro, era representada pelas belas-artes, às quais se contrapôs o conceito de modernismo impresso nas artes visuais a partir da década de 1920. Esse novo conceito começou a ser afirmado com toda a pujança na década de 1930 pelo Estado Novo. Contudo, esse novo pensamento confrontou-se com as estruturas antigas e enfrentou muitas resistências.
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
O MODERNISTA MARIO DE ANDRADE
Mario de Andrade foi um dos intelectuais modernistas que percebiam a defasagem de informação, sobre arte e crítica, no Brasil. Durante o Estado Novo, lutou pela defesa do patrimônio histórico e artístico e pela criação do Serviço do Patrimônio Artístico Nacional (SPAN), pois acreditava, entre outras coisas, que a função dos museus deveria ser didática, isto é, oferecimento ao público de visitas guiadas, conferências, concursos e revistas de críticas de arte que possibilitassem a atualização artística do país. Com Mario de Andrade, teve início as ideias sobre antropofagia, pois para ele a tradição não se podia importar, mas cultura importava-se, e adequava-se para a realidade de um povo e da nação.
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
O INÍCIO DO MODERNISMO NO BRASIL
A arte nacional era composta, no final do século XIX e primeira metade do século XX, por manifestações artísticas inerentes aos poderes públicos, e por artistas de mérito nacional, que deveriam ter passado pelo crivo do Estado.
A arte moderna nacional redescobria o Brasil, através da expressão pictórica da mitologia e da cultura indígena, retomando o mesmo índio que já havia sido idealizado pelo romantismo nacional e que predomina no país quando o Modernismo se consolidava na Europa. Mas, com outro olhar e abordagem.
No Modernismo brasileiro, o neocolonial, o barroco mineiro e as esculturas de Aleijadinho foram
resgatados como expressões da verdadeira cultura e civilização, considerando que essas tendências haviam sido subvalorizadas ou mesmo reprimidas durante o período imperial.
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
O MODERNISMO NO BRASIL
Movimentos artísticos do século XX, como a antropofagia modernista dos anos 20 e o Tropicalismo do final dos anos 60, abordaram criticamente a questão nacional refletida pela mestiçagem. O canibalismo cultural modernista buscou uma síntese entre a nossa cultura regional e a cultura de vanguarda europeia, invocando a necessidade de uma “devoração” antropofágica da tecnologia e da informação dos países superdesenvolvidos, com o objetivo de evitar a dominação cultural brasileira.
O problema crucial do Modernismo era, então, o de integrar a realidade física e humana nacional às linguagens de vanguarda europeias.
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AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
A ARTE NACIONAL E A ARTE INTERNACIONAL
As relações sociais da elite produtora e consumidora de arte brasileira no século XIX e nos anos 20, que ocorria no Brasil moderno, afirmava a persistência de uma concepção aristocrática de cultura advinda do Império, em que ideias e crenças originais foram consideradas, por definição, produto das classes superiores. A cultura popular era vista negativamente, como uma cultura não oficial, como a cultura da não elite ou das classes subalternas. 
Os modernistas, apesar de fazerem parte da elite da época, e sofrendo a resistência do público, estabeleceriam a arte moderna brasileira, resultado da transformação do artista nacional, bastante influenciado pela estética das vanguardas modernistas europeias.
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
MODERNISTAS NO BRASIL
Tarsila do Amaral alcançou a “síntese” oswaldiana entre o regionalismo “primitivo” do indígena nacional com o internacionalismo “tecnológico” do europeu estrangeiro, ao criar imagens bem acabadas de inspiração cubista e expressionista, com claras referências surrealistas.
Abaporu
A Caipirinha
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AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
MODERNISTAS NO BRASIL
O cinema novo dos anos 60 tratou de temas como o indianismo por uma ótica tropicalista, fundindo o nacionalismo político com o internacionalismo estético.
Deus e o Diabo na Terra do Sol, 
de Glauber Rocha
Terra em Transe, de Glauber Rocha
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
A SEMANA DE ARTE MODERNA
“A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro, teve como principal propósito renovar e transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente brasileira, embora em sintonia com as novas tendências europeias, essa era basicamente a intenção dos modernistas.”
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
IMPORTANTES ARTISTAS MODERNOS BRASILEIROS
Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Menotti Del Picchia, o grupo dos cinco da arte moderna brasileira.
Ismael Nery, que usou concepções cubistas, surrealistas e expressionistas.
Anita Malfatti, Portinari, Di Cavalcanti, Oswaldo Goeldi e Flávio de Carvalho, com suas tendências expressionistas.
Alberto da Veiga Guignard que abandona a profundidade do espaço e a perspectiva renascentista. 
Djanira da Mota e Silva, Heitor dos Prazeres e Caribé que se destacam com uma forte produção naif.
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
IMPORTANTES ARTISTAS MODERNOS BRASILEIROS
A partir dos anos de 1950, o público brasileiro passou a se interessar no ingresso definitivo do país na modernidade do século XX, graças principalmente a Oscar Niemeyer.
As bienais internacionais de São Paulo, a partir de 1951, também foram importantes por que passaram a colocar o artista local em contato direto com as produções dos mais relevantes artistas internacionais. 
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
A EXPERIMENTAÇÃO NA ARTE BRASILEIRA
A primeira manifestação articulada de experimentalismo nas nossas artes visuais foi o Neoconcretismo, cujo crítico de arte e mentor intelectual foi Mário Pedrosa.
Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape, através do Neoconcretismo, estabeleceram a aproximação entre arte e vida, e incorporaram a sensualidade das nossas manifestações artísticas populares à arte neoconcreta. 
Tempos depois, a expressividade tropicalista (1960-1970), como enfrentamento da repressão estética e política causada pela ditadura militar que assolou o país, uniu-se ao movimento neoconcreto como manifestação do experimentalismo nas nossas artes visuais.
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
UMA CURIOSIDADE...
Não confundir o Tropicalismo, ou Movimento Tropicalista, com a obra Tropicália, de Helio Oiticica!!!
A obra Tropicália foi um símbolo do questionamento de referências artísticas e culturais. Trata-se de um “penetrável” que dá a sensação de devorar o espectador. Segundo o próprio Oiticica, “era a obra mais antropofágica da arte brasileira”, naquele momento, em uma clara intenção de objetivar uma linguagem brasileira que fizesse frente à imagética pop internacional. Afinal, para anular a condição colonialista era necessário assumir e deglutir os valores positivos dados por essa condição, e não evitá-los como se fossem miragem.
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
HELIO OITICICA E A EXPERIMENTAÇÃO NA ARTE BRASILEIRA
A partir dos anos 60, Oiticica começou a definir qual seria o seu papel nas artes plásticas brasileiras e a conceituar uma nova forma de trabalhar, fazendo uso de maneiras que rompiam com a ideia de contemplação estática da tela. Surgiu aí uma proposta da apreciação sensorial mais ampla da obra, através do tato, do olfato, da audição e do paladar. Para Oiticica, o experimentalismo na arte, significava:
1 – A desintegração da pintura.
2 – A concepção espacial homogênea.
3 – Ruptura com as experiências modernas da cor (nas séries dos “Bólides”, “Penetráveis” e “Parangolés”, a cor relaciona-se com sensações corporais e emoções desestabilizadoras, uma vez que os trabalhos eram “receptáculos abertos às significações”.
4 – Busca Incondicional da liberdade.
Tema da Apresentação
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
HELIO OITICICA E A EXPERIMENTAÇÃO NA ARTE BRASILEIRA
Bólides
Penetráveis
Parangolés
Tema da Apresentação
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
HELIO OITICICA E A EXPERIMENTAÇÃO NA ARTE BRASILEIRA
Elementos estéticos importantes na obra de Oiticica:
Apropriação
Antiarte: Atitude
que questiona o sistema legitimado da arte
Ambiente ou arte ambiental
O objetivo do Parangolé era dar ao público a chance de deixar de ser público para ser participante na atividade criadora, simbolizando a antiarte por excelência, através da arte e participação corporal, uso da cor, vivência e apropriação de manifestações coletivas. O Brasil já mostrava então, estar finalmente inserido na discussão e pesquisa artística internacional.
Tema da Apresentação
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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
O CONCRETISMO: A ARTE ABSTRATA BRASILEIRA
O Concretismo pode ser compreendido como a introdução da arte abstrata no Brasil, que provocou críticas e resistências entre artistas e intelectuais adeptos de um Modernismo destituído de contestação formal e identificado com uma certa brasilidade.
Os principais artistas concretistas foram Waldemar Cordeiro, Abraham Palatnik, Décio Vieira, Décio Pignatari, Haroldo e Augusto de Campos, Lygia Clark, Lygia Pape e Ferreira Gullar.
O projeto concretista no Brasil fez parte do segundo movimento modernista caracterizado por um momento político, econômico e social, fundado na ideia desenvolvimentista da década de 50. A modernidade das vanguardas, já histórica na Europa, foi aqui reativada em sua plenitude utópica no Rio de Janeiro e São Paulo dos anos de 1950 e 1960.
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
O NEOCONCRETISMO X O CONCRETISMO
Os grupos concretistas do RJ e de SP divergiram após a 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, realizada em 1956-57. O Neoconcretismo, portanto, foi o movimento que em 1957, no Rio de Janeiro, se opôs ao Concretismo paulista. Insatisfeitos com o excesso de racionalismo, alguns artistas aliam ao Concretismo uma dose maior de sensualidade, através do uso mais livre da cor nas obras e da criação de objetos que dependem da manipulação do espectador. O binômio concreto-neoconcreto revelava um avanço crítico das vanguardas no Brasil, simbolizando uma adaptação dos conceitos concretistas importados da Europa à realidade nacional. 
Os principais artistas neoconcretos foram Amílcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Clark, Lygia Pape, Reinaldo Jardim e Hélio Oiticica.
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
A EXPERIMENTAÇÃO DA ARTE BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE
A experimentação na arte brasileira foi, mais tarde, influenciada pela arte conceitual dos anos 70, pela arte pública e pelo neoexpressionismo dos anos 80 e pela arte digital dos anos 90 e 2000. Entre inúmeros artistas de grande significação para a arte brasileira contemporânea, tem-se Antonio Dias, Anna Maria Maiolino, Nelson Leirner, Marcelo Nitsche, Iole de Freitas, Arthur Alípio Barrio, Sérgio Camargo, Cildo Meirelles, Luiz Alphonsus, Rubem Gerchman, Waltércio Caldas, Ivens Machado, Antonio Manoel, José Rezende, Leda Catunda, Paulo Pasta, Chico Cunha, Beatriz Milhazes, Tunga, Regina Silveira, Julio Plaza, Eduardo Kac, Carlos Zílio, entre outros.
Tema da Apresentação
AULA 9 – EXPERIMENTALISMO NA ARTE BRASILEIRA: DA ARTE NACIONAL PARA A ARTE INTERNACIONAL
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
EXPLORANDO O TEMA
Assistam ao trecho da entrevista de Ferreira Gullar, discutindo as transformações referentes, principalmente, às Bienais no Brasil, quando ele analisa a relação entre as instituições brasileiras ligadas à arte e o verdadeiro papel da arte, 
http://www.youtube.com/watch?v=CIQ1ckiTQRw
Tema da Apresentação
AULA1 – ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA
A trajetória da história da arte brasileira;
O desenvolvimento da arte moderna e contemporânea no Brasil ;
O conceito de experimentalismo na arte brasileira e as tendências artísticas da arte nacional; e,
Os grandes artistas do Modernismo e do Neoconcretismo.
AO FINAL DESSA AULA, RELEMBRAMOS: 
Tema da Apresentação

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