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FACULDADE EVOLUÇÃO DO ALTO OESTE POTIGUAR – FACEP PROFESSORA: LUCIANA MARQUES DE OLIVEIRA BATISTA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO CURSO: BACHARELADO EM DIREITO PERÍODO LETIVO: 6º COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR DISCENTES: ÉRIKA LOPES HOLANDA CORREIA LUAN EMANUEL DE SÁ DIVANALDO JÚNIOR ANTONIO CEZANILDO PAU DOS FERROS/RN Competência em Razão do Lugar (Foro) A competência em razão do lugar (ratione loci), também denominada de competência territorial, é determinada com base na circunscrição geográfica sobre a qual atua o órgão jurisdicional. Geralmente é atribuída às Varas do Trabalho, que são órgãos de primeira instância da Justiça do trabalho. Sendo que a competência territorial das Varas do Trabalho é determinada por Lei Federal. Cumpre ressaltar, no entanto, que os Tribunais Regionais do Trabalho têm competência para processar e julgar as causas trabalhistas, originariamente (ex.: dissídio coletivo) ou de grau de recurso (ex.: recurso ordinário), dentro do espaço geográfico, cada TRT tem competência territorial limitada a determinada região, que geralmente coincide com a área de um Estado. Já o Tribunal Superior do Trabalho possui competência territorial para processar e julgar originalmente os dissídios coletivos que extrapolem a área geográfica de uma região e em grau recursal as decisões dos TRT’s nos dissídios individuais ou coletivos. Tal tribunal possui competência ratione loci sobre todo o território brasileiro. A previsão legal da competência em razão do lugar está expressa na CLT em seu Art. 651: A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Nos termos do caput do Art. 651 da CLT (com as adaptações impostas pela EC nº 24/1999), a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Em regra geral, a ação trabalhista deve ser ajuizada no último local em que o empregado prestou serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado em outra localidade ou em outro país para prestar serviços no Brasil. Caso o empregado tenha trabalhado em diversos estabelecimentos em locais diferentes, a competência territorial da Vara do Trabalho deve ser fixada em razão do derradeiro lugar da execução do contrato, e não de cada local dos estabelecimentos da empresa no qual tenha prestado serviços. Ao contrário do que dispõe o seu §2º, estão alcançados pela regra geral da competência tanto os empregados brasileiros quanto os estrangeiros, desde que o serviço tenha sido ou esteja sendo prestado no Brasil. Empregado agente ou viajante comercial: a regra geral da competência territorial fixada em função do local da prestação do serviço comporta algumas exceções, é o que dispõe o §1º: primeira regra, será competente a Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado; segunda regra, se não existir agência ou filial, será competente a Vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a Vara da localidade mais próxima de seu domicílio. Empregado brasileiro que trabalha no estrangeiro: aplicação da norma mais favorável aos trabalhadores, que assegura a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, quando mais favorável do que a legislação territorial. O §2º, regulamentado pela Súmula nº 207 do TST que foi cancelada e a lex loci executionis foi substituída pela aplicação da norma mais favorável ao trabalhador. Empresa que promove atividade fora do lugar da celebração do contrato: é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. É o que dispõe o §3º do art. 651 da CLT.
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