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Arteterapia em Educação e Saúde - Osvaldo Theodoro

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Arteterapia em Educação 
Cenas de uma sala de enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osvaldo Theodoro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arteterapia em Educação 
Cenas de uma sala de enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 11 
2 O ADOLESCENTE ................................................................................................................................. 17 
2.1 Adolescência e tanatologia .......................................................................................................... 20 
3 A ARTETERAPIA COMO POSSIBILIDADE DE SABER/FAZER UMA PEDAGOGIA DE 
RESSURREIÇÃO DO CORPO NUMA AULA DE ENFERMAGEM ................................................. 23 
4 PERCORRENDO CAMINHOS DA PERCEPÇÃO DA MORTE .................................................... 33 
a) morte, morrer e dor ................................................................................................................................ 34 
b) A enfermagem e a tanatologia ................................................................................................................ 35 
c) Cultura e tanatologia ............................................................................................................................... 38 
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 41 
NOTAS ........................................................................................................................................................ 45 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................... 49 
Sobre o Autor .............................................................................................................................................. 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este livro 
 
A DEUS, meu ajudador; 
A ADNELMA da Silva Theodoro, 
esposa amada; 
AOS FILHOS queridos: 
Patrícia do Nascimento Theodoro, 
Nilton José Theodoro Neto, 
André Felipe Veiga Theodoro, 
Pedro Thiago Veiga Theodoro e 
Amanda da Silva Theodoro; 
AOS AMIGOS enfermeiros; 
AOS COLEGAS de trabalho; 
À UNISULMA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disse UTNAPISHTIM: 
 
Nada permanece. Será que construímos 
casa para ficar para sempre? Será que 
selamos um contrato que valha em todos 
os tempos? Dividem os irmãos uma 
herança para a guardarem para sempre? 
[...] desde os dias antigos que nada 
permanece. Que semelhantes são mortos 
os que dormem - são como uma morte 
pintada! Que há entre o senhor e o servo 
quando ambos chegarem o seu fim? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
INTRODUÇÃO 
 
O presente livro foi adaptado da monografia apresentada à Universidade Cândido 
Mendes (RJ), à Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisas 
Sócio-pedagógicas, sob a orientação do professor MSc. Marcos Antonio Chaves, para 
obtenção do título de Especialista em Arteterapia em Educação e Saúde, apresentada no mês 
de agosto de 2000. 
Não se pretende aqui esgotar o assunto, mas discutiremos de forma simples e 
aguda as relações dos atores facilitadores e sujeitos da aprendizagem e com toda a nuança que 
o caso requer; entender cenas de uma aula de enfermagem em tanatologia utilizando o 
instrumento da arteterapia. 
Este trabalho não pretende se moldar nos rigores da metodologia da pesquisa, 
contudo, é uma adptação de um trabalho científico e tem o objetivo de trazer para o debate a 
arteterapia como possibilidade de um saber/fazer dentro da sala de aula, contribuindo assim 
para a construção de um profissional de enfermagem crítico e reflexivo. 
A arteterapia como saber/fazer ainda não está introduzida de maneira efetiva, 
salvo melhor juízo, nas instituições educacionais. O mundo está em constante transformação. 
A velocidade da informação é impressionante, e a globalização une o mundo. A produção do 
conhecimento é afetada por essas mudanças. Há um certo “louvor” à produção. É inexorável 
esta cooptação do incentivo à produção e demanda de (pg.11) mercado como fim último dessa 
política neoliberal. Por outro lado, o terceiro milênio aponta para questões voltadas à leitura 
de fenômenos simbólicos. 
A arteterapia possibilita a materialização do símbolo; possibilita usar o corpo e o 
material para harmonizar e humanizar. O símbolo é o que é, É o fenômeno. Não é verdade, 
nem mentira, simplesmente É. A abordagem simbólica aproxima-se da emoção. A expressão 
da imagem é o desvelar do conteúdo humano não racional. Não é o que está velado. A 
arteterapia pode materializar as imagens arquetípicas. Arquétipo é a mente humana pensando 
nela mesma, é disforme, é princípio, é a gênese dos motivos das coisas. O inconsciente 
coletivo é a sede dos arquétipos. 
A prática educacional, de igual modo, e por ser parte integrante do mundo, recebe 
influência dessa política globalizante neoliberal. Como produto dessa mudança, temos a nova 
LDB1 - Leis de Diretrizes e Bases nº 9394/96, que, gestada a partir dessas concepções, procura 
adequar a educação às mudanças provocadas por essa globalização e pela política neoliberal. Há 
mudanças em vários pontos do fazer/saber educacional na questão ensino/aprendizagem. Surge, 
então, a partir dessas concepções, questões inquietantes, indagações pertinentes na busca desse 
saber/fazer para a construção de uma cidadania plástica. Uma construção plástica no tecido 
social que requeira a plasticigenia do humano na ressurreição do corpo oprimido pelo 
conhecimento da coisa e de si mesmo. O que é educar para a vida? Que atitude tomar para ir 
além da educação bancária? A arte como processo terapêutico possibilita que o sujeito tenha 
relação com o próprio corpo? Ou seja, satisfaz o seu desejo? Possibilita uma (pg.12) 
aprendizagem que aflora os instintos? Esse educando tem consciência de si mesmo? É 
autêntico? Sente as próprias sensações? Apesar de anatomizado, anteriorizado, medianizado, 
distalizado... o sujeito da aprendizagem é uno é, hólos (totalidade). 
Fazer arteterapia não é estanque, e holismo, é integrar todos os lados. Em um 
curso técnico de enfermagem onde os alunos são iminentemente adolescentes, alguns aspectos 
merecem destaque e podem ser problematizados: a) Qual a percepção na prática educacional 
do aluno adolescente do curso técnico em enfermagem em sala de aula sobre a morte, morrer 
e a dor? b) Pode a arteterapia contribuir com esses alunos na relação de ajuda para minimizar 
a tensão de contato? 
Assim, pretende-se estudar a arteterapia na prática educacional. Construir 
fazeres/saberes/fazeres (a política neoliberal aponta para a satisfação do deus mercado; isso não é 
ruim, só que é imperativo o produzir para entender) na educação do curso técnico de enfermagem 
através da arteterapia, conhecendo as percepções (signos e significados) dos discentes quanto aos 
aspectos de suas vivências para elaboração de conteúdo disciplinar do Plano de Ação em 
Enfermagem (PAE) do Projeto Político-Pedagógico (PPP). Pretende-se contribuir com esses 
discentes adolescentes com novas práticas educacionais na relação de ajuda para minimizar a 
tensão docontato com a morte, o morrer e a dor, através da arte como processo terapêutico. 
Não se pretende ensinar padrão de excelência no contato com a coisa; apenas 
facilitar caminhos para que o sujeito desabroche sua hominidade arquetípica criadora, sua 
humanidade. (pg.13) 
 A população estudada foram os alunos da disciplina Prevenção em Saúde I da 
Escola Técnica Estadual de Santa Cruz (RJ), disciplina esta da matriz curricular proposta 
pelas professoras enfermeiras Ângela Carlos do Amaral e Danielle de Souza Santos ao curso 
técnico de enfermagem das escolas técnicas estaduais do Estado do Rio de Janeiro 
(SECTEC/FAETEC), escolhidos aleatoriamente e identificados pelas iniciais de seus nomes. 
Tiveram participação voluntária. 
Utilizou-se o método fenomenológico na análise do conteúdo que, segundo 
Trivinõs2 (1987), num primeiro momento representa os processos e produtos elaborados pelo 
pesquisador. Foram analisadas as percepções dos sujeitos sobre a morte, o morrer e a dor. 
Primeiramente, os alunos foram provocados a verbalizar e escrever suas 
percepções e, num segundo momento, os elementos produzidos pelo meio, ou seja, a 
arteterapia e as oficinas usadas na sala de aula como dimensão plástica do sujeito, foi 
realizada a análise dos conteúdos. 
As oficinas foram marcadas pela técnica de relaxamento, pintura, colagem, 
trabalho com argila e possibilidades de escrever as percepções como perspectiva de análise do 
processo e produtos originados pela estrutura cultural e socioeconômica, que nesse caso serão 
representados pela percepção de morte numa cultura neoliberal capitalista. 
O método fenomenológico segundo Capalbo3 (1994), nasceu como reação e ruptura 
do idealismo e do empirismo positivista. Nascido da pena de Edmundo Husserl, tem o seguinte 
lema: “Volta às coisas nelas mesmas... livre de pressupostos interpretativos ... a experiência 
humana vivida é concreta”. (pg. 14) A experiência do profissional de saúde frente a morte não 
deve ser agradável. O que pode significar a morte para quem cuja função primordial é preservar 
a vida? D'Assumpção4 diz que todas as pessoas que trabalham com a saúde sabem da enorme 
resistência que os profissionais, especialmente os médicos, opõe a este tipo de trabalho. 
Capalbo5 (1994) diz que a enfermagem apresenta-se como um movimento de transcendência e 
de imanência. Transcendência, salvo melhor juízo está relacionada aos fatores de estruturação 
do Ser. Está relacionada aos arquétipos do inconsciente coletivo e individual. A imanência é a 
materialização da transcendência, portanto, pode ser o produto da arteterapia. 
A volta da coisa ao ponto de origem. O material toma a forma da vivência e da 
experiência vivida pelo ator. Lopes6 et all (1995) diz que as pesquisas de abordagem 
fenomenológica na enfermagem devem estar centradas em questões que têm sujeito como 
pessoa que vivencia o mundo de modo próprio. Portanto, serão provocadas a humanização e a 
hominização latente, no processo educacional através da arte como terapia aos alunos 
adolescentes enfrentando a morte, o morrer e a dor. Não importa quantas vezes isso acontece, 
porém, como isso acontece. Que impacto impõe aos discentes adolescentes? Um caso é 
absolutamente único. É uma experiência única. A ressurreição desses corpos oprimidos é 
ponto de destaque numa educação para a cidadania, e que olhe os sujeitos da aprendizagem 
holisticamente. A proposta não é ensinar técnica ou história da arte, mas proporcionar espaço 
terapêutico, comunicação rapport e “ressurreição” de corpos oprimidos. Vejamos a seguir 
quem são esses adolescentes em destaque. (pg. 15) 
2 
O ADOLESCENTE 
 
A percepção da infância como parte do segmento do desenvolvimento humano é 
recente. As crianças na Idade Média eram vistas como adultos em miniatura. Isto pode ser 
pela época onde as crianças são representadas como adultos minimizados (SIC)7. A 
especialização em adolescência, no entanto, é mais recente ainda. São poucas as instituições 
hospitalares que têm especialização para adolescentes. No Hospital Universitário Pedro 
Ernesto existe a antiga UCA (Unidade Clínica de Adolescente), hoje NESA (Núcleo de 
Estudos da Saúde do Adolescente). É possível que essa questão possa de maneira efetiva 
justificar a pouca literatura para essa fase da vida, fase destacada pela mudança do 
comportamento, pela instabilidade do humor e por conflitos. Não são adultos nem crianças. É 
como Talbott8 (1992) define: 
 
A adolescência destaca-se por causa da relatada mudança do comportamento, 
instabilidade do humor e dificuldades de viver, bem como pelos conflitos e 
discussões com as famílias... Estes não são nem crianças, nem adultos, e a definição 
de sua posição na sociedade é a de estarem parcialmente excluídos (grifo nosso) de 
qualquer daquelas comunidades mais dominantes. Um trabalho mais recente tenta 
definir a adolescência como uma subcultura distinta com suas regras. 
(pg.17) 
Talbott9 et all (1992), descrevendo a psicologia da adolescência, relata estudos 
normativos como o de Freud (1905) que descreveu em 1937 a oscilação entre excesso (grifo 
nosso) durante a adolescência. Bettelheim10 (1994) descreve períodos ativos e passivos no 
conto ''A Bela Adormecida”. Em grandes mudanças na vida, como a adolescência, para que as 
oportunidades de crescimento tenham êxito, são igualmente necessáríos períodos ativos e 
passivos (grifo nosso). Portanto, a adolescência, sendo marcada por períodos de tumulto e 
introspecção, que impacto poderia haver quando são confrontados com o paciente à morte? 
Seria pertinente em sala de aula trabalhar essas questões referentes a morte para amenizar o 
enfrentamento desses adolescentes na enfermaria? Ou, por outro lado, isso não é pertinente e 
representa o processo normal que não merece qualquer destaque? Talbott11 (1992) ainda 
cataloga oito temas no processo do desenvolvimento da adolescência: 1) Dependência - 
Independência; 2) Liceusiosidade - Controle Intelectualizado; 3) Família - Grupo de 
Camaradas; 4) Normalização - Privacidade; 5) Idealização - Desvalorização; 6) 
Identidade, papel e caráter; 7) Sexualidade e 8) Rearranjo das defesas e estilo. Destaco 
neste momento o conflito da dependência-independência como atitude sublime do 
crescimento porque pode relacionar-se a essas questões do arquétipo do herói onde o 
adolescente encontra-se no momento do ritual de passagem para a fase adulta; então, pode ter 
grande significação o contato do adolescente com a morte no campo de estágío. Kaplan12 et 
all (1997) dizem que “em muitas culturas, o início da adolescência é claramente assinalado 
por ritos de passagem que, em geral, envolvem testes de força e coragem”. Kaplan13 et all 
ainda (pg.18) relaciona a adolescência à independência financeira, à oportunidade para o 
casamento e à contribuição criativa para a sociedade - todas atitudes do papel de adulto. Com 
todas essas expectativas de vida, a morte para o adolescente, com todos os significados, pode 
ser ainda reforçada pelas representacões sociais que envolvem todo aquele que vive numa 
sociedade capitalista/consumista. Desejo e temor é o que Aberastury14 (1970) relaciona como 
a perda definitiva da condição de criança e a passagem para o mundo dos adultos (ritual de 
passagem): “É o momento crucial na vida do homem e constitui a etapa decisiva de um 
processo de desprendimento que começou com o nascimento”. 
É pertinente o fato em que concordam especialistas com a síndrome da 
adolescência como uma patologia normal. Aberastury15 fala da inevitabilidade desse momento 
de sofrimento, contradição, confusão e transtornos. Quando confrontados com essa questão do 
adolescente frente ao morrer e a morte em nossa cultura, perguntamos: “Qual deveser nossa 
atitude frente aos fatos? “Podemos ter uma atitude passiva contemplativa e pensar que é uma 
fase que logo passará e deixá-los à sorte da compreensão e concepção do fenômeno e que 
encontrará a ruptura para o enfrentamento e conseqüente equilíbrio. Ou aprofundar as 
questões e através de novos saberes/fazeres contribuir para enfeitiçar corpos oprimidos e 
através da arte como terapia (uma verdade) possibilitar que esses corpos renasçam, ressurjam. 
Vejamos a seguir que impacto a morte pode ter na adolescência. (pg.19) 
 
2.1 Adolescência e tanatologia 
 
A morte é um profundo mistério. Porém, é a única coisa que o homem não pode 
evitar. Mesmo sabendo dessa inevitabilidade, não minimiza a interrogação do porquê da 
morte, segundo escreveu Vidal16 (1981). A preocupação neste momento não é descrever o 
ethos do homem diante da morte. Mas deseja-se destacar de maneira simples e tênue o valor 
que numa sociedade ocidentalista/capitalista/consumista esse impacto pode causar no 
adolescente, e o que o fazer educacional numa escola de enfermagem pode realizar. 
Etimologicamente, tanatologia significa (θάνατος = morte e λογια = estudo ou 
tratado de). O estudo não tem a simplicidade que parece, baseado somente na análise 
etimológica. Numa cultura baseada no sucesso, a morte configura-se como derrota, insucesso. 
Principalmente quando nos deparamos com este estado de globalização onde as mudanças são 
tão rápidas e há um apelo frenético ao consumismo. Quem morrer deixa de ser consumidor. 
Não estamos evidentemente descrevendo o que é, porém, estas percepções são originárias 
desse olhar cósmico sobre a morte. Só sabe o gosto da maçã quem a comer. Para o 
adolescente, essas ideias tornam-se contudo bastante significativas porque eles estão em pleno 
desenvolvimento das potencial idades e começando a participar dessa comunidade 
globalizada consumista-capitalista, uma sociedade voltada para juventude e o progresso, é '0 
que diz D'Assumpção17: 
 
...vivendo numa sociedade capitalista, consumista, tais problemas serão agravados e 
reforçados. Isto porque, (pg.20) para manter esta sociedade, necessita-se de homens 
consumidores... E a morte continuará sendo o tabu, o terror do homem ocidental-
capitalista-consumista. Para isto contribui todo sistema educacional, todas 
programações ditas culturais; todo esquema social. 
 
Outro fato que reforça a idéia do louvor à juventude na sociedade 
capitalista/consumista e a morte como uma impossibilidade ao consumo. Na sociedade 
oriental, o idoso é reverenciado porque está mais próximo da ancestralidade. Por isso, o 
morrer é festa. D’ Assumpção18 mostra isso muito claro. Bem sabemos que existem 
civilizações onde a morte tem um significado bastante diferente do nosso. Ali, ela não é 
encarada como algo triste, mas aceita naturalmente e até mesmo com alegria. Essas 
concepções culturais de maneira efetiva poderão ter grande impacto nesses adolescentes. 
(pg.21) 
 
3 
A ARTETERAPIA COMO POSSIBILIDADE DE SABER/FAZER 
UMA PEDAGOGIA DE RESSURREIÇÃO DO CORPO 
NUMA AULA DE ENFERMAGEM 
 
Pensar o corpo nos faz ler vários corpos. Corpos oprimidos, fragilizados, 
vituperados, excluídos. Corpos não pensantes. Corpos anatomizados, cartesianados. O novo 
milênio aponta com percepções nobres a inaugurar novas relações na prática educacional? As 
mudanças preconizadas pela reforma educacional desejam que tipo de corpo? A arteterapia 
pode contribuir com uma nova prática de reconstrução de um novo homem? A estética e 
sensibilidade podem ser úteis na ressurreição dos corpos oprimidos? Pode existir uma política 
de igualdade dos corpos? Vejamos. 
Baseada na.Lei 9394/96 (Nova Lei de Diretrizes e Bases) em substituição à 
5692/71, o Conselho Nacional de Educação19 desenvolveu as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para Educação Profissional de Nível Técnico. Trata o documento em construir 
questionamentos e desenvolvimentos da educação, trabalho e tecnologia, educação 
profissional no Brasil e medidas que regulamentam a nova LDB. Destaco ainda no relatório 
os princípios gerais que tratam da sensibilidade e da estética, voltados para melhoria dos 
produtos que servem aos consumidores, que talvez possa referir-se em última instância 
utilitária, na busca desses consumidores e adequar-se à (pg.23) filosofia globalizacional. Será 
possível ver no texto que esta competência avança com passos largos para a construção da 
cidadania? É neste contexto que desejamos construir nosso fazer pedagógico da esperança 
(parafraseando Paulo Freire). Nossa viagem cosmo-náutica e cosmo-pedagógica passam pelo 
“planeta luz”, onde não há política da igualdade, onde não há lugar para excluídos concluídos, 
acabados, formados... Nossa utopia nos permite voar pelos campos onde contemplamos iguais 
entre iguais. Queremos uma pedagogia onde os diferentes sejam iguais sendo únicos. Onde 
São (de Ser, de Self). O homem só é autêntico quando É. Esta práxis: estética de sensibilidade 
das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Profissional, busca qualificar o fazer 
humano20, como no texto abaixo: 
 
Antes de ter sentido tradicional de expressão ou produto da linguagem estética, a 
palavra arte diz respeito ao fazer humano, na prática social. A estética, sinônimo de 
sensibilidade, qualifica o fazer humano na medida em que afirma que a prática deve 
ser sensível a determinados valores... A educação profissional pertinente por 
excelência ao âmbito do fazer - seja ele a produção de um bem, de um serviço, um 
conhecimento, um sinal, uma comunicação (grifo nosso), um código... A 
incorporação desse princípio se insere em um contexto mais amplo que é o do 
respeito pelo outro (pg.24) (grifo nosso), e que contribui para expansão da 
sensibilidade, imprescindível ao desenvolvimento da cidadania. 
 
Educar com sensibilidade significa, portanto, possibilitar ao outro a capacidade de 
promoção do Ser (ολος - totalidade); do homem em toda sua plenitude; possibilita ainda 
inaugurar a cidadania e a integralidade. É uma possibilidade de olhar o discente de forma 
holística. Parece tarefa difícil, mas é possível conciliar a globalização da economia e das 
comunicações, que a priori prescreve uma uniformização com a educ ação, que mergulha na 
defesa contemplativa da diversidade, da multiversidade. É possível uma unidade na 
diversidade. 
É possível estar atento às questões nacionais e locais nessa universalidade. 
Gadotti21 diz que: 
 
Vivemos na era da globalização da economia e comunicações, mas também numa 
época de acirramento das contradições inter e intrapovos e nações. Época do 
ressurgimento do racismo e de certo triunfo do individualismo. 
É dentro desse cenário da pós-modernidade que a escola precisa atuar. Um cenário 
que coloca novos desafios para nós: Que tipo de educação necessitam homens e 
mulheres para viver nos próximos vinte anos num mundo tão diverso? Certamente 
necessitam (pg.25) de uma educação para a diversidade. Uma sociedade 
multicultural deve educar o ser humano multicultural, capaz de ouvir, de prestar 
atenção ao diferente, respeitá-lo. 
 
Nesse rito de passagem para construir a escola cidadã, é necessário que o 
professor desarme-se da arrogância de único detentor do saber e saber-se sujeito que aprende 
com o aluno e com o mundo. Deverá ser criativo e tolerante com o diferente. Continua 
Gadotti22: “Numa época de violência, de agressividade, o professor deverá promover o 
entendimento com os diferentes e a escola deverá ser um espaço de convivência, onde os 
conflitos são trabalhados, e não camuflados”. 
Como diz FRG: 
 
Aprendi a perceber mais as pessoas e me relacionar melhor. 
Essas aulas estão me ajudando muito a me expressarmelhor e a lidar melhor. (FRG) 
 
Essa nova consciência nos impulsiona para novos saberes e fazeres. Nos faz 
pensar e agir como seres transformadores de um mundo coisificado. Nos faz agir, interagir 
com um homem que é além do que é visível, quantificável, palpável. Um homem que É. 
Homem em toda sua plenitude é total, é um cidadão. Talvez o que se esteja falando seja 
apenas desejos internos; o objeto desejado é aquilo que se deseja, são sonhos. Sonhos estes 
que podem ser concretizados na medida em que a prática educacional não contemple a 
exclusão, a discriminação. Há uma manifestação de melhora do nível da (pg.26) auto-estima. 
O aluno é um agente, um cidadão. Participa efetivamente do processo de construção de si 
mesmo e da sociedade. Continua FRG: 
 
Aprendi também a impor os meus pensamentos, mesmo quando alguém acha que é 
errado, aprendi a ser mais humana e a expressar o que sinto; pois muitas vezes 
ficava reprimida por medo ou até mesmo por imaturidade. Pois somos adolescentes 
e nos deixamos influenciar pelo meio. (FRG) 
 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Nível Técnico23 destaca 
esse ambiente terapêutico que supera a discriminação e trabalha a diversidade numa política 
da igualdade. É necessário vencer o medo e discriminação. 
O ponto de partida para a busca de uma política de igualdade é a constatação de 
que todos os seres humanos têm deveres, enquanto cidadãos com direitos iguais à educação... 
ao meio ambiente saudável e a outros benefícios sociais, implicando na superação de todas as 
formas de discriminação. A política da igualdade na educação profissional deve inspirar 
práticas e ambientes de aprendizagem que trabalhem a diversidade entre os alunos, 
assegurando que, independentemente de sexo, raça, credo político ou religioso, todos tenham 
oportunidade de aprender. 
A arte como terapia pode ser ponto de sustentação da estética e sensibilidade e da 
política da igualdade. Philippinil24 (1995) diz que a arte como instrumento terapêutico ainda é 
vista por segmentos mais conservadores com reservas. Contudo, vale ressaltar que a arte pode 
tornar-se imanência (pg. 27) das questões simbólicas e arquetípicas. Ou seja, os símbolos 
materializados. Urrutigaray25 (s/d) diz que “a arte começa sua história juntamente com a do 
homem, quando aquele pela primeira vez imprimiu sua vontade frente a uma matéria e a 
transformou em artefato”. O homem pode materializar, artefatificar suas simbologias e suas 
heranças arquetípicas. A autora ainda faz uma citação de Bolton (1998) que, citando 
Nietzsche, escreve: “A arte transforma reflexões horríveis sobre a terra e o absurdo da 
existência em representações com as quais os homens podem viver”. Continua Urrutigaray26: 
 
A arte possibilita, enquanto fruto do imaginário, que o homem fique a meio caminho 
entre seu lado animal e seu lado divino, sem atrelar-se a nenhum dos dois 
unilateralmente e conseguindo conviver com os dois aspectos irredutíveis de sua 
contingência que é “Ser humano”. 
 
A arteterapia possibilitou estes alunos fundir seus lados divino e animal, 
possibilitou ainda viver a hominidade e humanidade. Perceberam que a morte deve ser tratada 
de modo significativo pelos profissionais de enfermagem. Veja o que RNCS diz abaixo: 
 
aprendemos a ouvir mais as pessoas respeitar sua opiniões, e que também no 
hospital a morte do paciente pode significar muito pr'a gente. (RNCS) (pg. 28) 
 
Eu aprendi bastante, bastante mesmo; amadureci, aprendi a respeitar as pessoas, 
ajudar principalmente na hora da sua morte. Devemos deixar o profissionalismo, e 
deixar o humanismo falar mais alto. E dar uma palavra de conforto. Eu aprendi mais 
sobre a morte. Eu tinha uma outra visão; isso me impressionou muito e eu só digo 
que aprendi muito. Foi muito bom. (VCR) 
 
A morte tem muitas significações e é preciso trabalhar essas questões em sala de 
aula. Na síntese entre o animal e o divino, como percebe Urrutigaray27 no trabalho descrito, a 
arte como terapia pode ser um instrumento pedagógico valioso de irredutibilidade do homem, 
construindo-se num rito de passagem imperioso da mediocridade para auto reconstrução, para 
plasticidade (resumo de uma das aulas de arteterapia do curso de Arteterapia em Educação e 
Saúde da Universidade Cândido Mendes). 
Fazer arteterapia não é estanque, é holismo, é integração de todos os lados. Aquilo 
que não é culturalmente aceito não é necessariamente ruim. Os diversos materiais das mais 
variadas formas de expressão artística podem construir plasticidade que além de reconstruir, 
retransformar, vincam a hominidade e a possibilidade de recomeço. O estado do material tem 
que estar vinculado ao estado Psicológico do cliente. Nesse caso, o material é o outro com 
quem o cliente pode relacionar-se. Arteterapia é abertura para o outro. Tem que ser realizada 
em série. Tem que ser anatomizada, sendo integral numa plasticigenia crescente. O 
neologismo plasticigenia evoca uma gênese na construção do conhecimento. É o barro que vai 
tomando forma, construindo (pg. 29) o sujeito. Ou seja, a arteterapia é a semente desse saber. 
É o que significa esta percepção de EML. 
 
Ter participado das aulas foi bastante interessante. [...] tive até coragem de fazer 
uma brincadeira em sala quando [...] o meu grupo improvisou uma peça para 
apresentar o tema do trabalho e debater. No meu estado normal não faria isso, pois 
me acho super vergonhosa e tímida para lidar com o público a me olhar fazendo 
algo. Me sentia tão descontraída e à vontade que nem sentia quando começava a 
falar e automaticamente a participar dos debates, e além disso não só eu, mas acho 
que a turma inteira [...] coisas que a gente não tem quando só é dada a matéria... 
(EML) 
 
O arteterapeuta não é o ator. Ator é o cliente (aluno). O arteterapeuta é apenas o 
contemplador, o facilitador. Não é o quem tem, mas o que faz nascer o conhecimento. O 
maior dos conhecimentos é o que aluno tem de si mesmo. E perceber que são possibilidades 
de contribuição efetiva para construção de uma sociedade mais justa e fraterna. 
 
Aprender ainda é o caminho mais seguro e certo para a felicidade. Talvez um dia eu 
entenda ainda mais coisas que hoje me confundem. Porém, jamais chegarei ao 
limite, já que minha sedede aprender é ilimitada. (EML) 
 
Gostei muito das aulas, pois [...] nos apresentou um jeito novo de ensino, fazendo 
com que cada um de nós se interessasse mais. (JRLR) (pg.30) 
 
Eu acho que aprendi muito com as aulas. Tive muito proveito porque é um novo 
estilo de aula, mais interessante e estimulante. (ACC) 
 
Gostei muito das aulas [...] pelo simples fato de ter aprendido muito; além de ser 
bastante dinâmica. (DAS) 
 
A arteterapia na sala de aula como terapia pela arte diminui distâncias, 
fraternaliza, hominiza, facilita o cuidar. Valho-me da expressão de Nise da Silveira, no caput 
do texto de Urrutigaray, para sintetizar o pensamento dessa práxis pedagógica. “emoção do 
lidar”. Emoção em ministrar uma aula plástica. Emoção de incluir! Emoção em construir! 
Construir um homem novo! Um novo Ser! Um corpo único! Um corpo ressurreto! 
Foi pela arteterapia que utilizou-se saberes/fazeres em sala de aula para construir 
uma plasticidade edificante e minimizar o impacto que o enfrentamento da morte, o morrer e 
a dor causam em adolescentes no curso técnico de enfermagem. 
Esta é uma possibilidade de ampliar os espaços terapêuticos dentro de uma sala de 
aula, onde o facilitador proporciona os sujeitos dos diversos matizes e matrizes a perceber-se 
construtores de suas próprias possibilidades e assumir definitivamente uma postura mais 
crítica, reflexiva e mais fraterna, resultando assim quealém de técnico, o cuidado seja 
realizado com emoção. (pg.31) 
 
4 
PERCORRENDO CAMINHOS 
DA PERCEPÇÃO DA MORTE 
 
Neste capítulo destacaremos as percepções sobre a morte nos alunos e o impacto 
que pode ocorrer na sua vida profissional e sua referência no meio cultural. No primeiro 
momento procurará descrever os fenômenos centrados no próprio sujeito. A seguir se 
debruçará nos aspectos relacionados ao saber/fazer na relação com o paciente terminal. E por 
último, as percepções que têm como gênese imagens arquetípicas produzidas na cultura. 
Seguindo assim uma metodologia proposta por Trivinos28. 
Neste momento possibilitou-se a expressão através da escrita, da fala, da 
expressão corporal e da pintura. No momento de introdução da dinâmica houve um 
relaxamento e reflexão sobre o significado da morte. Num primeiro momento, os participantes 
foram orientados a descrever no papel na forma de arte e a escrita. As falas do primeiro 
momento que estão em negrito no texto são suas percepções. Num segundo momento, foi lido 
um texto do livro da professora Araci Carmem Pereira, “O ethos da enfermagem”29 - aspectos 
fenomenológicos para uma fundamentação da deontologia da enfermagem (vide anexos). Esse 
texto é uma carta anônima publicada no The Americam Journal at Nursing Company, onde 
uma estudante de enfermagem, em estado terminal, escreve sobre sua angústia por estar 
morrendo numa instituição (pg.33) hospitalar sem a dignidade dos profissionais de saúde. 
Novamente foram orientados a descrever suas percepções na forma de arte e escrita. Esse 
momento foi considerado como ampliação tênue da percepção dos aspectos fenomenológicos 
relacionados com o tema em questão, na possibilidade de manifestação da arte e 
exteriorização das questões arquetípicas. 
 
a) Morte, morrer e dor 
 
A religião é apresentada como ponto de equilíbrio entre a vida e a morte. Talvez 
por descrever a existência da vida após a morte e a perpetuação num lugar especial onde todo 
aquele que crê tem merecimento. A religião minimiza a tensão. E a visão de Deus é 
importante para o conhecimento do fato. 
 
Acho que todos gostam de acreditar em alguma coisa quando o fim é tão eminente. 
Por isso a necessidade de uma religião, alguma coisa em que se agarrar. 
Eu acho que ninguém deve ser indiferente à morte. É impossível. (Sem 
identificação) 
 
[...] Morte é ter certeza da vida eterna em Jesus, pois Ele foi o único que a venceu. 
(Sem identificação) 
 
Me ajudou a compreender como é importante estar perto de alguém, e viver como se 
hoje, ou esse momento fosse o único. 
A visão da eternidade e da existência de que há vida após a morte pela visão do 
paraíso eterno ameniza o medo da morte. (pg.34) 
A morte nada mais é do que um momento de “êxtase”, ou seja, apesar de cada um 
ter o seu ponto de vista, na minha opinião é o maior prazer que o ser humano pode 
sentir. (DSA) 
 
A morte também tem seu lado negativo, porque a pessoa que morreu descansou do 
seu sofrimento, mas quem ficou sofre a dor da perda com muitas saudades e 
lembranças. (Sem identificação) 
 
A morte é uma perda dolorida, mas temos que alcançar forças e superar. (Sem 
identificação) o meu sentimento é o mesmo, porém nós os técnicos de enfermagem, 
enfermeiros, médicos e profissionais de saúde devemos ver o paciente como um ser 
humano e não como um objeto. (Sem identificação) 
 
b) A enfermagem e a tanatologia 
 
A enfermagem edificante busca incansavelmente saberes e fazeres para 
possibilitar desempenho eficaz na assistência de qualidade. O tema em questão é pertinente e 
merece ser discutido de maneira mais intrépida, pois sendo o profissional de enfermagem o 
que permanece nas vinte e quatro horas com o paciente, possibilita de maneira efetiva uma 
relação emocional contundente. Sendo assim, a finitude tem aspecto diferenciado para os 
enfermeiros mais do que para outros profissionais de saúde. Estes ainda são os que preparam 
o corpo após à morte. Isto merece destaque. Para Pereira30 (1981), o relacionamento 
enfermeiro/paciente deve ser (pg.35) um contato mais significativo para ambos, 
principalmente na situação original de proximidade com a finitude da existência biológica. 
Para Figueiredo31 et all (1998), o objeto que mais define a enfermagem é o cuidado: “Para 
nós, o cuidado é o objeto fundamental da prática de enfermagem e acreditamos que é ele que 
dá sustentação à profissão”. Pereira32 (1981) diz que os hospitais raramente atendem às 
carências do ser agonizante, porque são instituições comprometidas com o processo de cura. 
“Se o ambiente hospitalar não favorece o “viver com dignidade”, muito menos o “morrer com 
dignidade.” “O enfermeiro está diante da vida e da morte”. 
 
O meu desenho significa a libertação deste mundo para um mundo melhor [...] na 
minha opinião, morte é uma libertação. (LRO) 
 
[...] acho que os profissionais que lidam com essa experiência deveriam ser 
humanos, não esquecendo do profissionalismo. 
Na minha opinião, a morte não tem fim, pois para os cristãos nunca morremos, 
porém, dormimos. (VCR) 
 
Mudou no aspecto que nós profissionais devemos também chorar com o paciente. 
A morte significa tristeza [...] pela pessoa que morreu não estar mais comigo. 
(LLML) 
Porém com mais união e humanismo. Às vezes é preciso esquecer o 
profissionalismo. (pg.36) 
 
Cuidados é olhar cósmico. Olhar cósmico é cuidado que mostra plasticidade. Ser 
humano é marca primordial e é gênese da existência. Sou profissional porque sou humano. 
Lima33 (1998) escreve artigo onde apresenta sua experiência como docente. Experiência que 
transcende a imanente técnica do cuidar para um transcendente olhar cósmico. Chamo de 
imanente técnica aquele cuidado descompromissado com a plasticidade edificante, já que todo 
cuidado é plástico. O olhar cósmico seria Eu, Tu e as instituições harmoniosamente 
engendradas nesta plasticigenia. Deve haver harmonia tanto em quem é cuidado como em 
quem cuida. O profissional de enfermagem que cuida, se cuida. Continua Lima34 (1998): “[...] 
pois estou certa de que é impossível prestar cuidados a outras pessoas quando estamos 
desarmonizada/os com nosso próprio corpo. 
Vejam as ampliações das falas dos sujeitos após a sensibilização e dos 
envolvimentos com os materiais artísticos em sala de aula: 
 
[...] é horrível estar diante daquele corpo e fazer os procedimentos que nos compete 
e depois dar a notícia aos parentes e até confortá-los com palavras amigas. (RGB) 
 
Devemos ser profissionais excelentes e fazer de tudo pelo paciente que está 
precisando de nós, e antes dele morrer devemos tratá-lo com muito amor e carinho, 
segurar bem a mão para dar um pouco de segurança. (pg.37) 
 
[...] a morte é um descanso ... sofremos muito com doenças. (CSM) 
 
[...] a morte também tem um lado negro. Talvez não para quem vai, mas para quem 
fica. 
 
Quem fica sofre? Conforma-se? A enfermagem presta cuidados tanto aos clientes 
como aos familiares. 
 
O desenho (uma cruz com um lado escuro e o outro branco) significa a morte em 
dois sentidos, o mau e o bom. O mau, que é o final da vida, tristeza para todos, esse 
é o lado escuro da cruz. O bom é que pode ser fim de um sofrimento de uma pessoa 
que terá seu descanso merecido. (Sem identificação) 
 
Sentimento de morte deve ser uma coisa terrível, mas com a presença de um amigo 
deve amenizar um pouco. 
 
A enfermagem está compromissada com a vida, mesmo tendo que conviver 
constantemente com a morte. O morrer, no entender desses profissionais, não é motivo para 
ganhar o prêmio “ISO 2009”. Será que para os profissionais de enfermagem morte e 
incompetência se confundem?A arteterapia possibilitou a ampliação dos saberes e dos 
cuidados que devem ser prestados ao usuários e aos familiares. 
 
c) A cultura e a tanatologia. 
 
Adolescentes estão no momento de vida, na construção da sua autonomia. Não é 
possível descrever ponto de rupturas da a-nomia, hetero-nomia e da auto-nomia. Porém, o que 
(pg.38) há de concreto nessa discussão é que estão no processo de tornar-se indivíduo, si-
mesmo, descartesianado, desanatomizados. 
 
Eu penso que quando morremos vamos para um lugar alegre colorido e cheio de paz 
e amor, diferente do que temos aqui enquanto estamos vivos, mas com tudo isso eu 
tenho medo de morrer agora. Espero que quando chegar minha vez já tenha 
realizado todos os meus sonhos e objetivos. (ACC) 
 
Os meus pensamentos não mudaram muito, mas acho que todos nós devemos ser 
mais humanos com as pessoas na hora da morte, porque todos somos iguais. (ACC) 
 
Estão no processo de individuação. O arquétipo do herói contrasta indelevelmente 
com a possibilidade de morte eminente. “[...] tenho medo de morrer agora”. O adolescente 
está no processo de individuação. De construção de si mesmo através da força arquetípica de 
superação dos opostos. Não importa o quão terrível é morte, porque no final “todos somos 
iguais''. Figueiredo35 (1998), citando Souzenelle, diz que a dualidade vida-morte, como 
dimensão que faz parte da prática da enfermagem, traz embutida o arquétipo como: “Toda 
vida é arquetípica, a começar pelo homem. Microcosmo, às vezes macrocosmo, unindo o Céu 
e a Terra”. 
O pensamento da morte causa desconforto tanto por expressar e se opor a 
inconsciente coletivo de preservação da espécie e de posicionamento frente ao processo de 
individualização. (pg.39) 
Todo labor no momento de elaborar uma cena de aula de enfermagem no processo 
de morte, morrer e dor, deve o facilitador levar em conta os aspectos arquetípicos. (pg. 40) 
 
5 
CONCLUSÃO 
 
Os professores precisam olhar seus alunos com olhar cósmico. Olhar de ver. Olhos 
padrão integrado. Para Alves36 (2000), os professores precisam se ver nos alunos: “A gente se 
vê no outro. Os espelhos são mágicos. A imagem do outro é a minha imagem. Somos aquilo 
que o outro quer que sejamos. Se nossa imagem for bonita, nossos alunos serão bonitos”. 
As questões abordadas não pretendem ser ruptura da problemática abordada, 
porém, as percepções dos alunos mostram que é possível construir potencialidades e 
possibilidades de superação de obstáculos vencendo “bruxas” e “monstros” através da 
arteterapia. O espaço aberto em sala de aula possibilitou ainda abrir laços fraternos da 
cooperação. Aquele espaço era mágico! Não era ruptura daquela educação bancária. Destarte, 
as aulas não eram aquela “verborréia” que sacaliza e sacraliza a exclusão e imanentiza a 
diferença do inconsciente transcendente, produzida no consciente político/público/privado/ 
neoliberal, que torna ricos em mais ricos e pobres em mais pobres. Não falo aqui da palavra 
conformadora. Alves37 fala da palavra que é falo, que engravida, que dá vida. Falo da palavra 
transformadora, reformadora. Repito, não é “verborréia”! Não é dislalia! Não é lalia! (lalia) 
Não é um palavrório! É o lagos (logoz). Palavra que é, e dá vida. (pg.41) 
É uma semente (semente). São Marcos38 diz que Jesus pregava a palavra às 
multidões. Na parábola, a semente que o semeador semeou foi a palavra. Alves39 ainda diz 
que a palavra pode “seduzir” ou “estuprar”. A língua é fálica. Com ela é possível construir 
uma pedagogia da vida e reconstrutora. O professor pode ser um semeador de vida, de 
cidadania. 
Em sala de aula foi possível construir uma pedagogia reconstrutora. Utilizou-se da 
arte para construir plasticidade. Arte aqui é uma expressão lata. Toda manifestação em sala de 
aula onde pode perceber objetivação de imagem simbólica, reorganização da ordem interna e 
reconstrução da realidade pode ser lida como arte. 
O momento da arte em sala de aula é único. É ímpar e nunca será o mesmo. Não 
merece intervenção, apenas observação. Terapia tradicionalmente é bruxaria. É possibilidade 
de cura. Cura seja pela “porção mágica” que o médico prescreve e o enfermeiro oferece. Não 
estamos falando de CURA, falamos de CARE, que é o cuidado, porém, não é um cuidado 
qualquer, é cuidar com emoção e humanização. 
É esplêndido pensar no conhecimento semiológico e nos métodos de tecnologia 
de ponta para propor um caminho terapêutico. À célula doente, como medida terapêutica, usa-
se o saber da química, física ou cirurgia. Porém, é reduzida a ideia de que estas são as únicas 
possibilidades terapêuticas. Doença é ausência de saúde, mas saúde não é ausência de doença. 
Aquilo que chamamos plano de saúde deveria chamar-se de plano de doença. A doença é o 
referencial de utilização de relações entre interessados. 
Boltanski40 diz que no aspecto social o que interessa não é a doença, mas o 
doente. Aquilo que chamamos de doença (pg. 42) pode ser chamado de adoecimentos. O 
sujeito doente é o ator social que no processo saúde/doença pode saber-se doente e curar-se, 
ele é o objeto do cuidado. 
Arteterapia, portanto, aponta para possibilidades e ações variadas no processo de 
construção do sujeito. A arte é uma possibilidade terapêutica que faz desvelar as questões 
fenomenológicas centradas naquela matriz (arch) que é arquetípica. É a gênese, o início de 
tudo. 
Amancio41 diz que “a ciência de hoje é o lixo de amanhã”, Para Nogueira42, a 
epistemologia de Gaston Bachelard compõe de atitude e esforço para superar o erro. A arte 
como processo terapêutico ainda não é aceito como corpo de conhecimento efetivo na 
academia. A arteterapia possibilita vivenciar os materiais. É criando, descriando e recriando 
que ocorrerá a plasticidade do sujeito e será realidade a inclusão. A arteterapia possibilita 
materializar imagens arquetípicas, repito. 
O profissional de enfermagem, como os demais profissionais de saúde, estão a 
serviço do homem. Além de todas as prerrogativas inerentes aos cidadãos, ainda se ufana 
porque o objeto do trabalho é o homem-doente, aquele sofredor, o doente. Utilizar o 
conhecimento da arteterapia em sala de aula possibilitou perceber a manifestação de corpos 
em processo de construção no conhecimento de si mesmo. 
Muitos caminhos ainda há para percorrer na implantação efetiva da arteterapia nas 
instituições de ensino e de saúde. Contudo, existe “cheiro” de utopia no ar, Muitos óbices há 
que se enfrentar. 
A morte para estes adolescentes, partindo da matriz arquetípica (pg.43) do herói, é 
a condição da não realização da autonomia tão presente nesse período da vida. E ainda está 
em oposição à preservação da integralidade. Esses alunos percebem que como potenciais 
profissionais de enfermagem podem contribuir com o outro sofredor, doente, e para com os 
familiares, e trabalharem também a própria morte. A arteterapia provocou aqueles 
adolescentes a sentir o toque do outro, o calor do corpo, a energia da mão, a luz e a imanência 
do cosmos. Naquela sala de aula não mais prostrados ou sentados em fila, agora plastados 
pelo toque, pela música e pela arte, viram testemunhos de reconstrução. Relaxaram, choraram, 
sorriram, cuidaram e se auto-cuidaram, emocionaram-se. Naquele ambiente mágico, puderam 
trabalhar a sua morte e a morte do outro. 
A educação em arteterapia pôde contribuir para que os discentes cooptados pelo 
ambiente terapêutico desenvolvessem suas potencialidade no processo ensino/aprendizagem. 
O facilitador foi mero incentivador do saber/fazer. 
Em saúde, contribui para conhecimento de si mesmos e o desenvolvimento da 
auto-estima e dos sujeitos cuidados. 
Estas são cenas de uma aula de enfermagem reconstrutora!(pg.44) 
 
 
NOTAS 
1 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto - Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares 
Nacionais Para Educação de Nível Técnico. Estética da sensibilidade. p.28-29. 
2 TRIVINÕS, A. N. S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São 
Paulo: Atlas, 1987. p. 138-140. 
3 CAPALBO, Creuza. Considerações Sobre o Método Fenomenológico e a Enfermagem. Revista de 
Enfermagem da UERJ. Rio de Janeiro - RJ, v. 2, n.2, p. 192-197, out. 1994. 
4 D'ASSUMPÇÃO. Evaldo. Tanatologia e o Doente Terminal. Revista Nacional, BH, p, 22. [Dr. Evaldo A. 
D'Assumpção é cirurgião plástico do Hospital Mater Dei - Belo Horizonte. Professor de Ética Profissional da 
PUC-MG e membro da Academia Mineira de Medicina] 
5 CREUZA, Capalbo. Op cit. 
6 LOPES, Regina Lúcia Mendonça; RODRIGUES, B. M. R. D. & DAMASCENO, M. M. C. Fenomenologia e a 
Pesquisa em Enfermagem. Revista de Enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro - RJ, v.3, n.1, p.49-52, maio 
1995. 
7 SIC - Informações colhidas nas aulas de Pediatria do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do 
Estado do Rio de Janeiro. 
8 TALBOTT, John, HALES, R. E. & YUDOFSKY, S. C. et col. Tratado de Psiquiatria. [Tradução de Maria 
Cristina Monteiro Goulart& Dayse Batistab] Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. p. 85. 
9 Idem. p. 87. 
10 BETTELHEIM; Bruno. Na Terra das Fadas: análise dos personagens femininos [Extraído da obra "A 
psicanálise dos contos de fadas"] Tradução de Arlene Caetano. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. p. 76. 
11 TALBOTT, John et all. Op.cit., p.88. 
12 KAPLAN; HAROLD, I ;SADOCK; B.J. e GREBB; J. A. Compêndio de Psiquiatria. Ciência do 
Comportamento e Psiquiatria Clínica. 7. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas. 1997. p.61. 
13 Idem, p. 69. 
14 ABERASTURY; Arminda; KNOBEL, M. Adolescência Normal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1970. p. 
13.Idem, p. 13. 
15 Idem, p. 13. 
16 VIDAL, Marciano. Moral de atitudes: ética da pessoa. 4. ed. vol. 2. São Paulo: Santuário, 1981. p. 229. 
17 D'ASSUNPÇÃO, Evaldo. op. cit. p. 22 
18 Idem, p.22. 
19 BRASIL Ministério da Educação e do Desporto - Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares 
Nacionais Para Educação de Nível Técnico. Política de Igualdade. p. 31-32. 
20 Idem 
21 GADOTII, Moacir. Escola Cidadã: Uma Escola, Muitas Culturas. In: Construindo a Escola Cidadã: Projeto 
Político-Pedagógico. Brasília: MEC - Secretaria de Educação à Distância. p. 79. 
 
22 Idem, p.80. 
23 BRASIL Ministério da Educação e do Desporto - Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares 
Nacionais Para Educação de Nível Técnico: Política da Igualdade. p. 31-32. 
24 PHILIPPINI, Ângela. Universo Jungiano e Arteterapia: imagens e transformações. RJ: vol. II, n. 2, 
POMAR, agosto 1995. p. 4. 
25 URRUTIGARAY, Maria Cristina. A Arte - A Terapia - A Emoção de Lidar [Apostila utilizada no Curso de 
Arteterapia em Educação em Saúde da Universidade Cândido Mendes], p. 1. 
26 Idem, p. 2. 
27 Ibidem. 
28 TRIVIÑOS, A N. S. loc. cit. 
29 PEREIRA, Araci Carmem. O "Ethos" da Enfermagem: Aspectos fenomenológicos para uma fundamentação 
da deontologia da enfermagem. Rio de Janeiro, 1981. p.86 [Dissertação de Mestrado em Filosofia - Universidade 
Gama Filho]. 
30 Idem. 
31 FIGUEIREDO, Nébia Maria A de; MACHADO, W. C. A; PORTO, I, S. & FERREIRA, M. de A. A Dama de 
Branco Transcendendo para a Vida/Morte Através do Toque. In: Marcas da Diversidade: saberes e fazeres da 
enfermagem contemporânea. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 137-169. 
32 PEREIRA, Araci Carmem. Op.cit. 
33 LIMA, Maria José. Desafio de Hoje: O Desenvolvimento de Profissionais de Enfermagem - Uma Década de 
Trabalho com Criatividade, Sensibilidade e Expressividade. In: Marcas da Diversidade: Saberes e Fazeres da 
Enfermagem Contemporânea. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 103-125. 
34 Idem. p. 103. 
35 FIGUEIREDO, Nébia Maria A. de. et all. p. 139. 
36 ALVES, Rubens. Do Prazer de Ensinar ao Prazer de Aprender. SIC [Informações colhidas no filme de vídeo 
apresentado no curso de Arteterapia em Educação e Saúde da Universidade Cândido Mendes - RJ), na disciplina 
de Pedagogia. Este filme é uma palestra do professor Rubem Alves sobre o tema em questão na Faculdade Abeu 
– RJ] 
37 Ibidem. 
38 Gideões Internacionais no Brasil. Novo Testamento Salmos e Provérbios. São Paulo: s/ed, s/data. p.73-75. 
39 ALVES, Rubens. Op. cit. 
40 BOLTANSKI, Luc. As Classes Sociais e o Corpo. 3. ed. [Tradução de Regina Machado, organização de texto 
de Maria Andréa Loyola Leblond e Regina A. Machado] Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 13. 
41 NOGUEIRA. Roberto Passos. Perspectivas da Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro: Quality Mark, 1994. p. 
141. 
42 AMÂNCIO FILHO, Antenor. O Programa de Vocação Científica da Fundação Oswaldo Cruz (PROVOC) 
como estratégia educacional relevante. História, Ciência e Saúde. [S/loc.], v. VI. p. 181-193. mar/jun. 1999. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABERASTURY; Arminda, KNOBEL, M. Adolescência Normal. Porto Alegre: ArteS 
Médicas, 1970. 
ALVES, Rubens. Do Prazer de Ensinar ao Prazer de Aprender. SIC [Informações colhidas 
no filme de vídeo apresentado no curso de Arteterapia em Educação e Saúde da Universidade 
Cândido Mendes - RJ, na disciplina de Pedagogia. Esta filmagem é uma palestra do professor 
Rubem Alves] 
AMÂNCIO FILHO, Antenor. O Programa de Vocação Científica da Fundação Oswaldo Cruz 
(PROVOC) como estratégia educacional relevante. História, Ciência e Saúde. [S/loc.], v. VI. 
p. 181-193. mar/jun. 1999. 
BETTELHEIM; Bruno. Na Terra das Fadas: análise dos personagens femininos (Extraído 
da obra ''A psicanálise dos contos de fadas"), tradução de Arlene Caetano. Rio de Janeiro: Paz 
e Terra, 1997. 
BOLTANSKI, Luc. As Classes Sociais e o Corpo. 3. ed. (Tradução de Regina Machado, 
organização de texto de Maria Andréa Loyola Leblond e Regina A. Machado) Rio de Janeiro: 
Graal, 1984. 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto - Conselho Nacional de Educação. 
Diretrizes Curriculares Nacionais Para Educação de Nível Técnico: Estética da 
sensibilidade. 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto - Conselho Nacional de Educação. 
Diretrizes Curriculares Nacionais Para Educação de Nível Técnico: Política de Igualdade. 
CAPALBO, Creuza. Considerações Sobre o Método Fenomenológico e a Enfermagem. 
Revista de Enfermagem da UERJ. Rio de Janeiro - RJ, v. 2,n. 2, p. 192-197, out. 1994. 
D'ASSUMPÇÃO. Evaldo. Tanatologia e o Doente Terminal. Revista Nacional, BH, p. 22. 
[Dr. Evaldo A D'Assumpção é cirurgião plástico do Hospital Mater Dei - Belo Horizonte. 
Professor de Ética Profissional da PUeMG e membro da Academia Mineira de Medicina) 
FIGUEIREDO, Nébia Maria A de; MACHADO, W. e. A; PORTO, L S. & FERRElRA, M. 
de A A Dama de Branco Transcendendo para a Vida/ Morte Através do Toque. In: Marcas 
da Diversidade: saberes e fazeres da enfermagem contemporânea. Porto Alegre: Artmed, 
1998. 
GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã: Uma Escola, Muitas Culturas. In: Construindo a Escola 
Cidadã: Projeto Político Pedagógico. Brasília: MEC- Secretaria de Educação a Distância. 
GIDEÕES Internacionais no Brasil. Novo Testamento Salmos e Provérbios. São Paulo: 
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KAPLAN; HAROLD I; SADOCK; B.J. e GREBB; J.A. Compêndio de Psiquiatria: ciência 
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LIMA, Maria José. Desafio de Hoje: O Desenvolvimento de Profissionais de Enfermagem - 
Uma Década de Trabalho com Criatividade, Sensibilidade e Expressividade. In: Marcas da 
Diversidade: saberes e fazeres da enfermagem contemporânea. Porto Alegre: Artmed, 1998. 
LOPES, Regina Lúcia Mendonça; RODRIGUES, B.M.R.D. & DAMASCENO, M. M. e. 
Fenomonogia e a Pesquisa em Enfermagem. Revista de Enfermagem da UERJ, Rio de 
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NOGUEIRA. Roberto Passos. Perspectivas da Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro: 
Qualiry Mark, 1994. 
PHILIPPINI, Ângela. Universo Jungiano e Arteterapia: imagens e transformações. Rio de 
Janeiro: vol. II, n. 2, POMAR, agosto 1995. 
PEREIRA, Araci Carmem. O "Ethos" da Enfermagem: aspectos fenomenológicos para uma 
fundamentação da deontologia da enfermagem. Rio de Janeiro, 1981. [Dissertação para 
obtenção do título de Mestre em Filosofia - Universidade Gama Filho) 
TALBOTT, John, HALES, R. E. & YUDOFSKY, S.C. et col. Tratado de Psiquiatria. 
[Tradução de Maria Cristina Monteiro Goularr & Dayse Batista) Porto Alegre: Artes Médicas, 
1992. 
TRIVIÑOS, A N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em 
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URRUTIGARAY. Maria Cristina. A Arte - A Terapia - A Emoção de Lidar. Apostila 
utilizada no Curso de Arteterapia em Educação e saúde, da universidade Cândido Mendes. p. 
1. 
VIDAL, Marciano. Moral de atitudes: ética da pessoa. 4ed. vol.2. São Paulo: Editora 
Santuário. 1981. p. 229 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O AUTOR 
 
OSVALDO JOSÉ THEODORO NETO é carioca, graduado em Enfermagem pela UERJ, 
casado com a enfermeira Adnelma da Silva Theodoro. Bacharel em Teologia pele Seminário 
Teológico do Sul do Brasil (STBSB) e Faculdade Teológica Seminário Unidos (FATESU) - 
RJ. Pós-Graduado em Arteterapia em Educação e Saúde pela Universidade Cândido Mendes 
(RJ); Saúde Pública - Saúde da Família pela UFMA; Saúde Mental (UFRJ); Ativação de 
Mudança do Ensino Superior dos Profissionais de Saúde (ENSP/FIOCRUZ) e mestrando em 
Educação pela Universidade Lusófona de Humanidades - Lisboa/Portugal. 
Atualmente atua como Diretor do NAISI - Núcleo de Atenção Integral à Saúde de 
Imperatriz (Secretaria Municipal de Saúde), professor de enfermagem da Unidade de Ensino 
Superior Sul do Maranhão - UNISULMA, e do Seminário Teológico Batista Sul Maranhense 
- Imperatriz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
KatMartins - 2014

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