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MECANISMO DO PARTO - FASES CLÍNICAS DO PARTO - CONTRAÇÕES UTERINAS - ESTÁTICA FETAL

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1 Módulo 7 – Problema 3 – Arilson Lima da Silva MED3 
1) Compreender o mecanismo do parto e suas 
fases. 
CONTRATILIDADE UTERINA 
INTRODUÇÃO 
• No decorrer de um parto normal, o estudo da 
contratilidade uterina tem sua maior importância em 
3 situações: 
♥ Inibição de contrações no trabalho de parto 
prematuro; 
♥ Indução do trabalho de parto; 
♥ Período pós-parto para o miotamponamento 
e para regressão do útero. 
• Classicamente, participam da mecâninca do parto o 
conteúdo uterino em si, ou seja, o feto e seus anexos, 
a passagem materna representada pela bacia 
obstétrica e o motor, representado pelas contrações. 
• O evento da contratilidade com ritmo só é possível 
por ser precedido por notáveis modificações na 
estrutura miometrial, as quais determinam hipertrofia 
e hiperplasia das células. 
• A unidade geradora de contração uterina é formada 
por um complexo proteico (actina-miosina) disposto 
em fuso dentro do citoplasma. Assim, essas fibras são 
dispostas em feixes e envoltas por tecido conjuntivo 
com colágeno, afim de facilitar a transmissão das 
forças contráteis geradas pelos feixes. 
ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA DAS 
CONTRAÇÕES UTERINAS 
• Uma maneira simples de avaliar o trabalho uterino 
durante o parto é por meio da atividade uterina 
expressa pelo produto entre a intensidade e o número 
de contrações em 10 minutos, cuja unidade de medida 
é denominada UNIDADE MONTEVIDÉU 
(mmHg/10min) 
• TÔNUS UTERINO: a menor pressão entre 2 
contrações; 
• INTENSIDADE: dada pela elevação que ela determina 
na pressão amniótica acima do tônus uterino; 
• FREQUÊNCIA: número de contrações num período de 
10 minutos. 
• As contrações são percebidas pela palpação quando 
sua intensidade é maior que 10mmHg. Assim, o 
início e o fim das ondas não podem ser percebidos, o 
que determina uma subquantifiação clínica. 
• A duração clínica da contração (em média 70 
segundos, variando de 40-100 segundo) é mais curta 
que a duração real (200 segundos). 
• Tornam-se dolorosas quando a intensidade é maior 
que 15mmHg, valor suficiente para dilatar e distender 
o útero, moldando, de forma indireta, o canal do 
parto. 
• A gênese do trabalho de parto não pode ser 
considerada apenas em termos de contratilidade 
miometrial. É preciso incluir as alterações 
bioquímicas no tecido conjuntivo, que determinam o 
amadurecimento e o esvaecimento cervical. 
DURANTE A GESTAÇÃO 
• Durante a gestação, o miométrio apresenta 
crescimento constante e, em virtude do bloqueio 
progestagênico, há baixa frequência de contrações. 
• Até por volta de 28 semanas de gestação, as 
contrações são as do TIPO A , quando então as do TIPO 
B tornam-se mais requentes, atingindo força máxima 
antes do início do parto. 
• Ambos tipos de contrações são sujeitos ao bloqueio 
progestagênico e essas contrações não são dolorosas, 
cuja função parece que estimula a circulação fetal. 
• Nas últimas semanas de gravidez, as contrações de 
BRAXTON HICKS (tipo B) apresentam número maior 
e, em consequência, ocorrem distensão do segmento 
inferior do útero e pequeno grau de encurtamento 
cervical, o que justifica a percepção de diminuição do 
volume abdominal nessa fase (QUEDA DO VENTRE). 
• Queixas frequentes de incômodos por causa dessas 
contrações, a conduta é simplesmente administrar 
antiespasmódicos (escopolamina, por exemplo) e 
repouso. 
• A principal diferença entre essa contração fisiológica 
de uma possível patológica é que, além da sensação 
dolorosa, é a ausência de ritmo nas contrações de 
Braxton Hicks e sua cessação com a tomada de 
uterolítico ou com repouso. 
CONTRAÇÕES DURANTE O PARTO 
• O diagnóstico de trabalho de parto se firma diante de 
contrações uterinas regulares e da modificação 
cervical progressiva. 
• O início desse trabalho é considerado quando a 
dilatação atinge 2 cm, estando a atividade uterina 
entre 80 e 120 Unidades Montevidéu. 
• As contrações se iniciam na parte superior do útero, 
local em que são mais intensas, e se propagam com 
intensidade até atingir o segmento inferior. 
• Essas 3 características da contração intraparto são 
chamadas de TRÍPLICE GRADIENTE DESCENDENTE 
• Durante a fase de dilatação, a frequência das 
contrações é de 2 a 3 em 10 minutos, com 
intensidade próxima de 30 mmHg. 
• No momento expulsivo pode chegar a 5 em 10 
minutos, com intensidade de 50 mmHg. Nessa fase, 
soma-se às contrações uterinas a contração voluntária 
da musculatura abdominal, denominada PUXO, cuja 
função é aumentar a pressão abdominal e facilitar a 
expulsão do feto. 
• A cada contração, no trabalho de parto, são 
impulsionados do território placentário cerca de 300 
mL de sangue, aumentando retorno venoso ejetado 
na sístole. Somado a isso, após a expulsão do feto, há 
 
2 Módulo 7 – Problema 3 – Arilson Lima da Silva MED3 
diminuição da pressão exercida pelo útero gravídico 
sobre a veia cava inferior. 
• Esses fenômenos são importantes, sobretudo em 
pacientes cardiopatas ou com síndromes 
hipertensivas graves, pois o aumento súbito do 
retorno venoso pode predispor a quadro de edema 
pulmonar agudo. 
CONTRAÇÕES NO PUERPÉRIO 
• Após a expulsão fetal, o útero continua a apresentar 
contrações rítmicas cuja função é propiciar a 
dequitação fisiológica. 
• São contrações indolores e, após 2 ou 3 contrações, 
a placenta é impelida para o canal de parto. 
• Esse primeiro momento do SECUNDAMENTO 
constitui o chamado tempo corpóreo e dura entre 6 
a 10 minutos. 
• Caso dure mais de 30 minutos, faz-se uma CURAGEM 
UTERINA (retirada da placenta manualmente) 
• Há 2 tipos de secundaento: 
♥ BAUDELOQUE – SHUTZ (fase fetal, mais 
comum, sangue após saída da placenta e 
formato de “guarda-chuva”). 
♥ BAUDELUQUE – DUCAN (fase materna, 
muito sangue ao mesmo tempo da dequitação 
e situada no “canto”) 
• Essas contrações no puerpério imediato têm função 
em auxiliar a dequitação e a hemostasia. Esse 
fenômeno de miotamponameno determina a 
“laqueadura viva” dos vasos uterinos, o que faz com 
que o útero fique devidamente contraído. 
• Decorridas as primeiras 12 horas pós-parto, registra-
se uma contração em 10 minutos, e nos dias 
subsequentes, sua intensidade e frequência 
diminuem. 
OBS) durante as mamadas, a sucção do leite 
determina liberação de ocitocina, o que causa 
aumento na frequência das contrações e 
ocasionalmente pode provocar desconforto na 
puérpera (dor de tortos) – dor no vente. 
FASES CLÍNICAS DO PARTO 
PARTURIÇÃO 
• O parto é caracterizado por contrações das fibras 
miometriais, cujas principais funções são a dilatação 
cervical e a expulsão do feto por meio do canal de 
parto. 
• Os processos fisiológicos que regulam as 
modificações uterinas não possuem marcos bem 
definidos como as fases clínicas do parto, mas pode 
ser dividido em 4 etapas: 
♥ QUIESCÊNCIA (FASE 1): relativa ausência de 
resposta a agentes que determinam a 
contratilidade uterina. Inicia-se com a 
implantação do zigoto e perdura por quase toda 
gestação. Apesar de poucas contrações, elas não 
modificam a estrutura cervical nem causam 
dilatação do colo uterino. 
♥ ATIVAÇÃO (FASE 2): prepara o útero e o canal 
cervical para o trabalho de parto e dura 
aproximadamente 6 a 8 semanas. 
♥ ESTIMULAÇÃO (FASE 3) : dividido, clinicamente, 
em 3 períodos (dilatação, expulsão e dequitação) 
e cujo fenômeno mais importante são as 
contrações uterinas efetivas. 
♥ INVOLUÇÃO (FASE 4): retorno ao estado pré-
gravídico (puerpério). Seu início ocorre após a 
dequitação e é caracterizado por uma contração 
persistente que promove a involução uterina. 
• Faz-se importante aprofundar-seno conhecimento 
sobre a fase de estimulação da parturição (fase 3): 
♥ Dilatação (1º período) 
♥ Expulsão (2º período) 
♥ Dequitação (3º período) 
• Tradicionalmente, são considerados 3 períodos, 
porém, alguns autores denominam a 1ª hora do 
puerpério como sendo o 4º período, a fim de 
destacar a necessidade de maior vigilância, pois é 
nessa fase que ocorrem as principais complicações 
hemorrágicas do pós-parto. 
DILATAÇÃO 
• Inicia-se com as primeiras contrações dolorosas, cuja 
principal ação é a modificação da cérvix. Logo, esse 
período começa com as primeiras modificações 
cervicais e termina com a dilatação completa do 
colo uterino (10 cm). 
• Essas modificações abrangem 2 fenômenos 
(esvaecimento cervical e a dilatação propriamente 
dita) 
• Nas primíparas, ocorrem nessa ordem, 
sucessivamente: primeiro o esvaecimento, de cima 
para baixo, e depois a dilatação do orifício externo; 
já nas multíparas, são simultâneos. 
• A dilatação do orifício externo do colo tem como 
principal finalidade ampliar o canal de parto e 
completar a continuidade entre útero e vagina. 
• À medida que a dilação cervical progride, surge um 
espaço entre o polo cefálico e as membranas ovulares 
(âmnio e cório), no qual ficará coletado o líquido 
amniótico (bolsa das águas), cuja função é auxiliar as 
contrações uterinas no deslocamento do istmo. 
• A bolsa das águas se forma no polo inferior do ovo 
no decorrer do trabalho de parto, e sua rotura causa a 
saída parcial do seu conteúdo líquido, ocorrendo, via 
de regra, no período em que a dilatação cervical é 
maior que 6cm. 
• Mas essa rotura pode ser precoce (no início do 
trabalho de parto). 
• A rotura das membranas ovulares antes do trabalho 
de parto (RPMO, também chamada amniorrexe 
prematura) é denominada, de forma equivocada, 
como “bolsa rota”, visto que esse termo deve ser 
 
3 Módulo 7 – Problema 3 – Arilson Lima da Silva MED3 
usado apenas durante o trabalho de parto, quando a 
“bolsa das águas” se forma. 
• A dilatação cervical é representada por uma curva 
sigmoide dividida em fase latente e fase ativa, sendo 
esta última composta, segundo Friedman citado por 
Decláscio e Guariento, de 3 subdivisões: 
♥ ACELERAÇÃO: a velocidade de dilatação 
começa a modificar-se e a curva se eleva. 
♥ DILATAÇÃO OU ACELERAÇÃO MÁXIMA: 
dilatação passa de 2 a 3 cm para 8 a 9 cm. 
♥ DESACELERAÇÃO: precede a dilatação 
completa. 
 
• A FASE LATENTE apresenta como característica 
contrações mais eficazes, sem, contudo, 
determinar modificações na dilatação cervical. 
• Segundo Friedman, a fase latente dura 8 horas, 
porém com variações conforma a paridade e 
mesmo entre gestantes de mesma paridade. A 
dilatação nessa fase é em torno de 0,35 cm/h. 
• A fase latente será considerada prolongada 
quando durar mais de 20 horas em primíparas e 
mais que 14 em multíparas. 
• A FASE ATIVA se inicia com dilatação cervical 
de 4 cm e dura em média 6 horas nas 
primíparas, com velocidade de dilatação de 
cerca de 1,2 cm/h, e 3 horas nas multíparas, 
com velocidade de dilatação de 1,5 cm/h. 
• DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE PARTO: Não 
se deve considerar isoladamente a presença de 
contrações ou quantificar a dilatação cervical, 
mas sim todo conjunto: a presença de 
contrações (pelo menos 2 em 10 min) associada 
a dilatação cervical (pelo menos 2cm), 
esvaecimento cervical e/ou modificações 
progressivas no colo. 
EXPULSÃO 
• Na 2ª fase do parto, denominada expulsão, o feto é 
expelido do útero por meio do canal de parto através 
da ação das contrações uterinas e das contrações 
voluntárias dos músculos abdominais (puxos). 
• Nesse período, ocorre a maioria dos fenômenos 
mecânicos do parto (mecanismo do parto) e o canal 
de parto é completamente formado, ou seja, o 
segmento inferior do útero, o canal cervical 
totalmente dilatado e a vagina formam uma única 
cavidade. 
• Essa fase começa com a dilatação completa e 
termina com a saída do feto. 
• A descida do polo cefálico pelo canal do parto 
compreende 2 fases bem definidas: 
♥ FASE PÉLVICA: dilatação completa do colo 
uterino e pela apresentação acima do plano 
+3 de De Lee. 
♥ FASE PERINEAL: apresenta a cabeça rodada e 
em um plano inferior a +3 de De Lee. 
• A duração do período expulsivo depende da 
proporção cefalopélvica e da eficiência contrátil do 
útero e da musculatura abdominal. Cerca de 30 
minutos nas multíparas e 60 minutos nas primíparas. 
• O período expulsivo pode se prolongar por um tempo 
maior e é considerado prolongado quando passa, em 
primíparas, 3 horas sem analgesia e, em multíparas 2 
horas sem analgesia. 
DEQUITAÇÃO 
• Nesse período, também chamado de secundamento, 
o útero expele a placenta e as membranas (após o 
nascimento do feto). Após descolamento de seu leito 
uterino, a placenta desce através do canal de parto e é 
expelida pela rima vulvar. Tal descolamento, ocorre 
pela diminuição do volume uterino, associada às 
contrações uterinas vigorosas e indolores. 
• Há 2 tipos clássicos de descolamento: 
♥ CENTRAL (BAUDELOCQUE-SCHULTZE):a 1ª 
face placentária visualidade na rima vulvar é 
a face fetal. É mais frequente e apresenta 
sangramento após a dequitação, com 
formação de hematoma retroplacentário. 
♥ MARGINAL (BAUDELOCQUE-DUNCAN): a 1ª 
face placentária visualizada é a face materna. 
É menos comum, tem escoamento de sangue 
antes da total expulsão da placenta. 
• Ocorre entre 10 minutos e 1 hora após o parto. 
Fisiologicamente, sabe-se que ela deve ocorrer dentro 
de 20 a, no máximo, 30 minutos. Mas, em 80% dos 
partos a dequitação se dá nos primeiros 10 minutos. 
• Caso ultrapasse os 30 minutos, faz-se o “parto” da 
placenta, retirando-a manualmente, manobra 
denominada de CURAGEM UTERINA . 
PRIMEIRA HORA PÓS-PARTO 
 
4 Módulo 7 – Problema 3 – Arilson Lima da Silva MED3 
• Também, indevidamente, denominada 4º período de 
Grennberg, a primeira hora após parto inicia-se após 
a dequitação, sendo, assim, a primeira hora do 
puerpério e não um verdadeiro período clínico do 
parto. 
• Nesse período, ocorrem a estabilização dos sinais 
vitais maternos e a hemostasia uterina. 
• Hora caracteriza-se pela ocorrência de 
miotamponamento, trombotamponamento (segunda 
linha de defesa contra hemorragia e formação de 
trombos), indiferença miouterina e pela contração 
uterina fixa que a segue. 
MECANISMO DE PARTO 
INTRODUÇÃO 
• Dá-se o nome de canismo de parto ao conjunto de 
movimentos e fenômenos ativos e, principalmente, 
passivos do feto durante sua passagem pelo canal de 
parto. 
• Assim, a progressão do trabalho de parto é mais ou 
menos facilitada de acordo com a relação entre as 
características de forma e tamanho da pelve materna 
e as do produto conceptual. 
• As contrações uterinas são as responsáveis em 
impulsionar o feto através da pelve da gestante para 
alcançar a vulva e desprender-se, finalizando o ato de 
nascer. 
• As relações do feto com a bacia e com o útero 
definem a estática fetal. 
• Para cada orientação fetal, há um mecanismo 
específico de descida e uma conduta médica 
adequada no período de dilatação e expulsão. Além 
de que seus conhecimentos possuem importância nos 
procedimentos operatórios obstétricos (fórcipe) 
• A orientação fetal na cavidade uterina é descrita em: 
♥ Situação 
♥ Apresentação 
♥ Atitude 
♥ Posições fetais 
• Sob o ponto de vista do mecanismo do parto, o feto é 
móvel ou objeto, que percorre o trajeto (bacia), 
impulsionado por um motor (contração uterina). 
• Na sua atitude habitual de flexão da cabeça sobre o 
tronco e de entrecruzamento dos membros, que 
também se dobram, o móvel assemelha-sea um 
ovoide – o ovoide fetal 
 
• Esse é composto por 2 segmentos semidependentes: 
o OVOIDE CEFÁLICO (cabeça) e o CÓRMICO (tronco 
e membros). Embora o ovoide córmico seja maior, 
seus diâmetros são facilmente redutíveis, tornando o 
polo cefálico mais importante durante a parturição. 
• O trajeto, ou canal da parturição, estende-se do 
útero à fenda vulvar. Constituído por formações de 
diversas naturezas, PARTES MOLES do canal do parto 
(segmento inferior, cérvice, vagina, região 
vulvoperineal), o canal da parturição é sustentado por 
cintura óssea, também chamada de pequena pelve, 
pequena bacia ou escavação. 
• O mecanismo de parto tem características gerais 
constantes, que variam em seus pormenores de 
acordo com o tipo de apresentação e a morfologia 
da pelve. Em 95 a 96% dos casos, o parto processa-
se com o feto em APRESENTAÇÃO CEFÁLICA 
FLETIDA – apresentação de vértice. De todas as 
apresentações, esta é a menos sujeita a perturbações 
do mecanismo. 
RELAÇÕES UTEROFETAIS 
• Para o estudo do mecanismo do parto, faz-se 
necessário conhecer as relações espaciais entre o 
organismo materno e o produto conceptual, 
utilizando-se nomenclatura e definições 
convencionadas. 
• Tal nomenclatura orienta a documentação do parto e 
a comunicação entre os profissionais para que haja, 
posteriormente, entendimento dos acontecimentos. 
ATITUDE 
• Consiste na relação das diversas partes fetais entre si. 
Assim, a atitude fetal depende da disposição dos 
membros e da coluna vertebral. 
• Na maioria das vezes, o feto apresenta atitude de 
flexão generalizada durante toda a gestação e o parto. 
• Em situação anômalas, pode haver extensão da 
coluna com deflexão do polo cefálico, o que leva às 
apresentações defletidas de 1º, 2º e 3º graus. A 
ausência persistente de flexão de todos os membros é 
anormal e pode significar sofrimento fetal grave por 
perda do tônus muscular. 
• Graças à flexibilidade da coluna vertebral e à 
articulação occiptovertebral, o feto se aloja na 
cavidade uterina em atitude de flexão generalizada, 
isso é, a coluna encurvada no seu todo e a cabeça com 
o mento aproximado da face anterior do tórax, 
acontecendo de forma ovoide. 
• Ao iniciar-se o trabalho de parto, e principalmente 
após a amniorrexe, a atitude do feto se modifica. 
 
5 Módulo 7 – Problema 3 – Arilson Lima da Silva MED3 
 
SITUAÇÃO 
• Consiste na relação entre o maior eixo da cavidade 
uterina (canal cervical-corpo uterino) e o maior eixo 
fetal (cabeça-nádegas). Essa relação dá origem a 3 
possibilidades de situação fetal: 
♥ LONGITUDINAL: quando os grandes eixos 
coincidem. 
♥ TRANSVERSA: os eixos são perpendiculares; 
♥ OBLÍQUA: os eixos são cruzados. 
• A primeira ocorre em 99,5% das vezes, sua 
predominância é facilmente compreendida, pois o 
feto procura acomodar seu maior eixo ao maior eixo 
uterino; e a última representa fase de transição fetal, 
que no momento do parto se estabilizará em 
longitudinal ou transversa. 
• A situação transversa incide em 0,5 a 1% das 
gestações a termo. Alguns fatores predisponentes a 
esta situação incluem: multiparidade, placenta prévia, 
anomalias uterinas e leiomiomas submucosos. 
APRESENTAÇÃO 
• A região fetal que ocupa a área do estreito superior e 
nela vai insinuar. 
• Para que exista apresentação, é necessário que o 
volume da região fetal seja capaz de encontrar 
obstáculo na sua passagem pelo canal pelvigenital. 
• Assim, não existe apresentação antes do 6º mês ou 
quando a parte fetal é membro, visto que os 
respectivos diâmetros são muito inferiores aos da 
bacia. 
• Em decorrência dos fatores determinantes da 
acomodação fetal, pode-se observar transformação de 
uma apresentação por outra, fenômeno chamado de 
MUTAÇÃO OU VERSÃO , e está ligado à rotação axial 
do feto. Até o 6º mês de gestação a cabeça é 
encontrada no fundo uterino, e depois, graças a essa 
rotação axial, o feto, por “cambalhota”, orienta o polo 
cefálico para as porções inferiores do órgão, e aí se 
mantém. 
• Quando a situação fetal é LONGITUDINAL , há 2 
possibilidades de apresentação: cefálica e pélvica, 
dependendo do polo fetal que ocupa a região inferior 
do útero. 
• Nas situações TRANSVERSAIS, 2 outras 
possibilidades ocorrem, nas quais se distinguem as 
apresentações córmicas ( ou de ombro), em que o 
dorso fetal se apresenta anterior ou posteriormente, 
ou as apresentações dorsais superior e inferior, em 
que o dorso fetal se apresenta superior ou 
inferiormente (nestes casos, o plano coronal fetal é 
perpendicular ao plano coronal materno), 
extremamente mais raras. 
 
 
 
6 Módulo 7 – Problema 3 – Arilson Lima da Silva MED3 
• Na gestação a termo, a situação longitudinal do feto 
é muito mais frequente que as situações transversas 
e oblíquas, assim como a apresentação cefálica 
fletida é a mais comum. 
• Esse fato se deve à teoria de acomodação formulada 
por Pajot, em 1870, que infere que “todo sólido de 
superfícies arredondadas e lisas, contido em outro 
que apresente alternativas de contração e resolução, 
procura acomodar-se à forma e às dimensões do 
continente”. 
• Assim ocorre com o feto ao fim da gravidez, ao 
coincidir seu maior eixo com o maior eixo uterino e 
ao acomodar o polo pélvico e os membros inferiores 
fletidos no fundo do útero, de maior volume e 
capacidade, e o polo cefálico no segmento inferior, 
ambos de menores dimensões. 
• Quando uma parte fetal menor (um dos membros, 
por exemplo) se antepõe à apresentação durante o 
trabalho de parto, ocupando a vagina ou mesmo se 
exteriorizando pela vulva, denomina-se procidência 
ou prolapso. 
• Existe ainda a laterocidência, em que a pequena 
parte fetal em questão desce ao lado e junto de um 
dos polos fetais, conceituada como apresentação 
composta 
• A atitude fisiológica da cabeça fetal pressupõe que 
ela esteja flexionada, com o mento aconchegado ao 
esterno, o que se denomina apresentação cefálica 
fletida, de vértice ou de occipício. 
• Pode acontecer que a cabeça se apresente em 
extensão ou defletida, às custas de afastamentos do 
mento em relação ao esterno, de graus variados: 
♥ 1º Grau de deflexão: surge, no centro da área 
do estreito superior, como ponto de 
referência fetal, o bregma (apresentação de 
bregma). 
♥ 2º Grau de deflexão: surge a glabela como 
ponto de referência fetal (apresentação da 
fonte). 
♥ 3º Grau de deflexão: é o mento que surge 
como ponto de referência fetal (apresentação 
de face) 
 
• Nas apresentações pélvicas, a atitude fisiológica do 
polo pélvico pressupõe as coxas fletidas e 
aconchegadas ao abdome, e as pernas fletidas junto às 
coxas. 
• As demais atitudes assumidas pelos membros 
inferiores dão origem às seguintes apresentações 
pélvicas: 
♥ MODO DE NÁDEGAS (OU AGRIPINA): os 
membros inferiores apresentam-se estirados 
e rebatidos de encontro à parede ventral do 
feto. 
♥ MODO DE JOELHOS E DE PÉS: os joelhos e 
pés, por se tratarem de pequenas partes fetais, 
não são capazes de comprimir o colo uterino 
durante o trabalho de parto e, por tanto, são 
considerados procidências ou procúbitos. 
 
POSIÇÃO E VARIEDADE DE POSIÇÃO 
• Relação do dorso fetal com o lado materno. 
• Assim, diz-se que a posição fetal é esquerda (primeira 
posição) ou direita (segunda posição). 
• A finalidade da posição é buscar a melhor localização 
para a ausculta cardíaca fetal durante o trabalho de 
parto, que será psilateral a seu dorso na maioria das 
vezes. 
• A variedade de posição complementa a orientação 
espacial de concepto ao relacionar um ponto de 
referência da apresentação fetal comum ponto de 
referência ósseo da bacia materna. 
• Condicionou-se o emprego de 3 letras como 
nomenclatura definidora de apresentação, posição e 
variedade de posição fetais. 
 
7 Módulo 7 – Problema 3 – Arilson Lima da Silva MED3 
 
• A 1ª letra diz respeito ao ponto de referência da 
apresentação fetal: 
♥ O (occipício) 
♥ B (bregma) 
♥ N (naso) 
♥ M (mento) 
♥ S (sacro) 
♥ A (acrômio) 
• A 2ª letra refere-se ao lado materno para o qual 
está voltado o ponto referencial fetal (posição): 
♥ D (direita) 
♥ E (esquerda) 
• A 3ª letra indica a variedade de posição, 
conforme o feto esteja voltado para o ponto de 
referência óssea da bacia materna: 
♥ A (anterior) – eminência ileopectínea 
♥ T (transversa) – extremidade do diâmetro 
transverso 
♥ P (posterior ou púbis) – sinostose 
sacroilíaca ou púbis. 
♥ S (sacro) – materna. 
• Para avaliação fetal durante o trabalho de parto, 
realiza-se toque vaginal procurando identificar a 
variedade de posição, tendo por base a relação 
entre pontos de reparo maternos e fetais. 
• Pontos de reparo são acidentes ósseos reais; 
• Pontos de referência são convenções para nomear 
os pontos de reparo. 
• Entre os pontos de referência, é muito importante 
diferenciar, ao exame clínico de toque vaginal, a 
fontanela lambdoide (em forma de Y) e a 
fontanela bregmática (em forma de losango) para 
determinar corretamente a variedade de posição. 
• Sutura sagital: cefálicas fletidas 
• Sutura sagitometópica: cefálicas defletidas de 1º 
grau ou bregmáticas. 
• Sutura metópica: cefálicas defletidas de 2º grau 
de fronte. 
• Linha facial: cefálicas defletidas de 3º grau ou de 
face. 
• Sulco interglúteo: pélvicas. 
APRESENTAÇÃO CEFÁLICA FLETIDA 
• Em termos gerias, divide-se o mecanismo de 
parto em 6 tempos. Divisão meramente didática, 
uma vez que esses tempos do mecanismo de parto 
se sobrepõem continuamente, configurando um 
movimento harmônico de espira, segundo 
Briquet. 
INSINUAÇÃO 
• É definida como a passagem do maior diâmetro 
da parte apresentada, perpendicular à linha de 
orientação fetal, pelo estreito superior da bacia 
materna. 
• Assim, nas apresentações cefálicas o diâmetro de 
insinuação corresponde ao biparietal e nas 
apresentações pélvicas, o bitrocantérico. 
• Na maioria das mulheres, quando a parte fetal 
apresentada está insinuada, significa que o ponto 
de referência ósseo fetal está insinuado, significa 
que o ponto de referência ósseo fetal está no nível 
das espinhas isquiáticas maternas (plano 0 de De 
Lee ou 3º plano de Hodge) ou muito próximo 
dele. 
• A ocorrência de insinuação indica que o estreito 
superior é adequado para a passagem do feto, mas 
não permite inferir as características dos esteitos 
médio e inferior. 
 
• A insinuação nas apresentações cefálicas fletidas 
varia conforme o tipo de bacia. 
 
8 Módulo 7 – Problema 3 – Arilson Lima da Silva MED3 
• Em 60% das gestantes, o feto orienta-se de tal 
forma a direcionar a sutura sagital no diâmetro 
transverso da bacia; em 18,5%, no primeiro 
oblíquo (articulação sacroilíaca direita a 
eminência ileopectínea esquerda); em 16%, no 
segundo oblíquo (articulação sacroilíaca direita e 
eminência ileopectínea direita); e 5,5% no 
diâmetro anteroposterior. 
• O mecanismo de flexão cefálica é resultante da 
pressão axial do feto. A articulação da cabeça 
com a coluna vertebral representa uma alavanca 
de brações desiguais. 
• Em primigestas a insinuação ocorre, na maioria 
das vezes, por volta de 15 dias antes do parto. Já 
em multíparas, a insinuação pode ocorrer a 
qualquer momento, desde antes do início do 
trabalho de parto até após a dilatação completa do 
colo uterino (segundo período). 
ASSINCLITISMO E SINCLITISMO 
• Considerando que a articulação entre a cabeça e 
a coluna vertebral do feto é bastante móvel, o 
polo cefálico assume não só movimentos de 
flexão anteroposterior como também 
movimentos de flexão lateral. 
 
DESCIDA 
• A descida ou progressão, também considerada 
segundo tempo do mecanismo do parto, é o 
momento definido pela passagem do polo 
cefálico do estreito superior para o estreito 
inferior da pelve materna. 
• Na prática clínica, usa-se o esquema de De Lee, 
com os planos ditos em centímetros, a partir das 
espinhas isquiáticas: 
MÓVEL Acima de -3 cm 
AJUSTADA OU FIXADA -3, -2 ou -1 cm 
INSINUADA 0 cm 
FORTEMENTE 
INSINUADA 
+1, +2 ou +3 cm 
BAIXA _+4 ou +5 cm (já 
aflorando na vulva) 
• O canal de parto é um cilindro regular, possuindo 
uma curvatura em sua porção mais inferior. 
Assim, o feto tem que atravessar esse canal de 
modo a adaptar-se ao cilindro contingente, cujo 
eixo possui forma de “j”. 
• Para isso, ocorrem movimentos de flexão 
(anteroposterior e lateral, para reduzir diâmetros), 
rotação e mecanismos de cavalgamento ósseo. 
• Em primíparas, ainda que a insinuação possa 
ocorrer antes do desencadeamento do trabalho de 
parto, a descida pode não ocorrer até a 
cervicodilatação se completar. 
• Em multíparas, por sua vez, a descida usualmente 
começa com a insinuação. 
ROTAÇÃO INTERNA 
• O objetivo da rotação interna é coincidir o 
diâmetro anteroposterior do polo cefálico com o 
maior diâmetro da bacia materna. 
• Durante a descida do feto, ocorre movimento de 
rotação para locar o polo cefálico sob o púbis. 
Descreve-se assim um movimento de espira. 
• A linha de orientação (sutura sagital) fica 
orientada na direção do maior diâmetro do 
estreito inferior (anteroposterior) ao terminar a 
descida. 
• ROTAÇÃO ANTERIOR (OU PÚBICA): a rotação 
traz o ponto de referência fetal para frente, junto 
ao púbis. 
• ROTAÇÃO POSTERIOR (OU SACRAL): quando o 
feto roda para trás. 
• O grau de rotação varia conforme a variedade de 
posição. Nas apresentações cefálicas fletidas, o 
occipício é o ponto de referência que irá percorrer 
a distância de um arco de circunferência, 
necessária para sua locação no subpúbis. 
• Assim, será observada a rotação, em graus, 
conforme as seguintes variedades: 
 
9 Módulo 7 – Problema 3 – Arilson Lima da Silva MED3 
 
• 45º nas anteriores (occipitoesquerda anterior e 
occipitodireita anterior) 
• 90º nas transversais (occipitoesquerda transversa e 
occiptodireita transversa) 
• 135º nas posteriores (occipitoesquerda posterior e 
occipitodireita posterior) 
DESPRENDIMENTO CEFÁLICO 
• O desprendimento cefálico ocorre com a descida final 
da cabeça fetal em posição occipitopúbica, até 
queseja possível a locação do suboccipício no 
subpúbis materno. 
• Como o polo cefálico está em flexão, é necessário que 
ocorra movimento de deflexão ou extensão da cabeça 
para ocorrer exteriorização do maciço frontal. 
• Por meio de 2 forças antagônicas (contração uterina e 
resistência perineal), é feto é impulsionado para baixo 
e para fora do canal de parto. Ao vencer tal 
resistência, a cabeça fetal desfere movimento abrupto 
de extensão, externando os diâmetros 
anteroposteriores do polo cefálico. 
• Ocorre, portanto, a exteriorização do bregma, da 
fronte, do nariz e do mento do feto, sucessivamente. 
 
• Nas rotações posteriores, em que o occipício se 
alinha com o sacro materno, a extensão a ser 
vencida pelo occipício é a parede posterior da 
pelve. Por ess motivo, o desprendimento cefálico 
em posição occipitosacral é lento, por vezes 
precisando de auxílio instrumental com fórcipe. 
 
Desprendimento do ovoide córmico 
• Caracteriza-se pela exteriorização das cinturas 
escapular e pélvica do feto. São mecanismos 
associados porque um segue ao outro. 
• Após a rotação das espáduas, o ombro anteriorfixa-se no subpúbis, apresentando a inserção 
braquial do deltoide como ponto de apoio, e 
desprende-se por movimento de abaixamento. 
• Desprende-se então o ombro posterior por 
movimentação de elevação e, em seguida, 
completa-se a expulsão da cintura escapular. 
 
APRESENTAÇÃO PÉLVICA 
• Apresenta incidência nas gestações a termo de 3 a 
4%. A frequência dessa apresentação é tanto maior 
quanto menor for a idade gestacional. Com 32 
semanas de gestação, por exemplo, 16% dos fetos 
estarão em apresentação pélvica. 
• Existem 3 tipos de apresentações pélvicas: 
♥ APRESENTAÇÃO PÉLVICA COMPLETA : o 
feto permanece em atitude de flexão 
generalizada, com as coxas fletidas sobre o 
tronco e as pernas fletidas sobre as coxas. (5 
a 10%) 
♥ APRESENTAÇÃO PÉLVICA NO MODO DE 
NÁDEGAS OU AGRIPINA : o feto fica com as 
coxas fletidas sobre o tronco e as pernas 
estendidas, de tal forma que os pés se 
 
10 Módulo 7 – Problema 3 – Arilson Lima da Silva MED3 
encontram próximos ao polo cefálico. (50 a 
70%) 
♥ APRESENTAÇÃO PÉLVICA INCOMPLETA OU 
MODO DE JOELHO OU DE PÉ: o feto 
apresenta uma ou ambas as coxas estendidas, 
de tal forma que permanecem um ou ambos 
os joelhos ou pés no estreito superior. (10 a 
40%) 
 
• O mecanismo das apresentações pélvicas em geral é 
o esmo para os diferentes tipos. As manobras de 
extração fetal objetivam evitar complicações e 
assegurar a saúde do recém-nascido. 
• Os tempos do mecanismo do parto nessas 
apresentações diferem das apresentações cefálicas 
por conta da ordem de desprendimento das 
extremidades fetais. 
• Dessa forma, ocorrem insinuação, descida e rotação 
do polo pélvico, desprendimento das espáduas e 
desprendimento da cabeça. 
 
APRESENTAÇÃO CÓRMICA 
• Deriva da situação transversa, em que o maior eixo 
fetal é perpendicular ao maior eixo materno. 
• O parto nas apresentações córmicas é inerentemente 
disócito. É impossível ocorrer a passagem do feto 
pelo canal de parto nos casos de gestação a termo, 
ainda que morto. 
• Os riscos da escolha pela via vaginal são grandes. 
Mesmo em caso de fetos pequenos. Entre 
complicações: prolapso de cordão; asfixia neonatal; 
hipertonia; atonia e rotura uterina; endometrite; e 
óbito materno. 
• Em feto vivo, a indicação de cesária é mandatória 
como via de parto. A versão pélvica interna em 
trabalho de parto reserva-se para feto morto. 
• Preconiza-se a incisão segmentar transversal no útero 
e a extração pélvica do concepto. A via vaginal com 
embriotomia, nos casos de óbito fetal, já não é mais 
utilizada.

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