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O MILAGRE ECONÔMICO 
A acumulação de capital e o desempenho industrial 
durante o milagre 
Objetivos 
 Descrever, em grandes linhas, as principais 
características do “milagre” 
 Identificar as principais características do processo 
de acumulação de capital durante o período 
 Depreender destas características algumas das 
fontes de desequilíbrio para o período posterior 
Contexto Geral 
Reformas estruturais do PAEG que o 
transformam em pré condição para o 
Milagre 
Ministro da Fazenda: Delfim Netto 
(15/3/67 a 15/3/74) 
 Presidentes: Costa e Silva (15/3/67 a 
31/8/69) Comite militar 
 
 
Diagnóstico da equipe de 67 
 Aceitável inflação entre 20 e 30% ao ano 
 Expansão de M1 foi de 13,8% 
 IGP aumenta 34,5% 
 Redução de crédito ao setor privado 
 APERTO MONETÁRIO E CREDITÍCIO 
 
INFLAÇÃO É DE CUSTOS 
Mudança de rumo..... 
 Abrandamento do controle monetário e do controle 
de crédito, aumento os gastos do governo. 
 Criação do Conselho Interministerial d ePreços CIP 
(68) – política de controle de preços 
 Produção responde prontamente, pois havia 
capacidade ociosa. 
 
Principais fontes de crescimento 
 Retomada do investimento público em infra-
estrutura, viabilizada pelas reformas 
 Aumento dos investimentos das estatais, resultantes 
da “verdade tarifária” 
 Expansão do crédito ampliou a demanda por bens 
duráveis 
 Crescimento da construção civil 
 
Setor de bens de capital 
 Duas fases: 
 A primeira até 1970 – crescimento modesto já que o 
crescimento industrial baseou-se na ocupação de 
capacidade ociosa 
 A segunda a partir de 1970 – a tx de FBKF superou 
20% do PIB, aumentando a demanda por bens de K 
que, na segunda fase, fosse a maior fonte de 
crescimento a partir de 1971, pressionando por 
importações... 
Outros setores 
 Consumo de bens não duráveis com desempenho mais 
modesto, resultante sobretudo do aumento da massa 
salarial 
 Massa salarial aumenta com o caumento do emprego 
e das exportações de manufaturas tradicionais e de 
produtos agrícolas (modernização conservadora na 
agricultura que cresce a 4,5% a.a.) cuja oferta se 
amplia baseada na ampla concessão de crédito 
subsidiado ao setor 
No caso da agricultura: 
 
 
 
 
 
 
O Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), 
criado nos anos 1960 tinha os seguintes objetivos: 
 financiar parcela do capital de giro à produção e 
comercialização de produtos agrícolas 
 estimular a formação de capital 
 acelerar a adoção de tecnologia moderna 
 beneficiar especialmente pequenos e médios 
produtores 
Concentração dos recursos financeiros 
 
 
 
 
 
 
US$ Milhões
Anos Custeio Investimento Comercialização Total
1965 562,40 156,60 54,30 773,30
1966 673,30 252,20 116,40 1.041,90
1967 861,00 267,10 181,10 1.309,20
1968 965,80 313,70 195,10 1.474,60
1969 1.732,70 460,60 1.160,10 3.353,40
1970 2.112,00 666,50 1.112,90 3.891,40
1971 2.446,80 910,60 1.272,90 4.630,30
1972 2.972,90 1.479,90 1.460,80 5.913,60
1973 4.706,90 2.028,70 2.144,20 8.879,80
1974 6.948,10 2.767,30 3.131,80 12.847,20
1975 8.481,90 4.357,80 4.718,30 17.558,00
1976 9.372,40 4.328,40 4.837,50 18.538,30
1977 9.751,60 3.692,30 5.026,10 18.470,00
1978 9.750,70 3.360,40 4.479,20 17.590,30
1979 12.253,00 3.606,90 4.581,90 20.441,80
1980 12.261,20 2.799,20 4.447,90 19.508,30
1981 11.841,20 2.318,60 4.817,70 18.977,50
1982 12.644,70 1.776,90 4.054,10 18.475,70
1983 7.250,20 1.604,80 2.260,30 11.115,30
1984 5.033,80 646,60 1.075,10 6.755,50
1985 6.100,60 800,50 1.438,40 8.339,50
1986 9.127,00 2.978,70 2.146,80 14.252,50
1987 9.885,30 1.740,20 1.954,80 13.580,30
1988 7.736,10 1.643,40 1.852,90 11.232,40
1989 10.897,80 1.236,10 1.304,10 13.438,00
1990 6.546,50 588,20 1.310,00 8.444,70
1991 6.527,20 445,80 776,70 7.749,70
1992 5.149,70 794,70 2.165,90 8.110,30
1993 4.262,80 1.198,80 1.898,20 7.359,80
1994 5.442,10 1.295,60 3.165,60 9.903,30
1995 3.995,30 819,20 1.207,40 6.021,90
1996 3.986,10 571,40 357,80 4.915,30
1997 5.207,06 804,91 799,77 6.811,74
1998 5.809,16 1.578,62 913,35 8.301,13
1999 4.399,88 1.115,64 975,44 6.490,91
2000 4.878,58 1.263,55 1372,84 7.514,97
Tabela 4 - Crédito Rural 
– Financiamentos 
concedidos por categoria 
Fonte: Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento. 
 Nota: Taxa de câmbio: 1 
US$ = 1,83 R$ (média do ano de 
2000). 
Internamente, portanto... 
 Bens de consumo duráveis “puxam” o 
crescimento inicial, graças à 
possibilidade de financiamento das 
famílias. 
 Associa-se como propulsor de 
crescimento a construção civil (créditos 
de longo prazo – BNH – e investimento 
do governo em infra-estrutura: estradas, 
prédios estatais). 
 
No contexto externo 
 Incentivo ao endividamento externo, 
situação mundial favorável (excesso de 
liquidez). 
 Incentivo às exportações (com subsídios). 
 Balança comercial: deficitária a partir de 
1971. 
 
Porém.... 
Endividamento externo significa 
maiores remessas de dívidas por 
conta dos juros 
Endividamento grande das 
famílias e mercado consumidor 
para duráveis e construção civil, 
impõe limites à expansão 
industrial. 
 
Dados do período: 
 ANO 
 
% PIB 
 
% 
Inflação 
 
% PIB 
Invest/o 
 
Dívida ext. líquida 
(US$ bi) 
 1968 
 
9,8 
 
24,8 
 
18,7 
 
3,5 
 
1969 
 
9,5 
 
18,7 
 
19,1 
 
3,4 
 
1970 
 
10,4 
 
18,5 
 
18,8 
 
4,1 
 
1971 
 
11,3 
 
21,4 
 
19,6 
 
4,8 
 
1972 
 
11,9 
 
15,9 
 
20,2 
 
5,3 
 
1973 
 
14,0 
 
15,5 
 
21,4 
 
6,1 
 
1974 
 
8,2 
 
34,5 
 
22,8 
 
11,9 
 
 queda do crescimento e aumento da inflação. 
ACUMULAÇÃO DE CAPITAL BRASIL 1953-1969
100
150
11
110
124
184
295
440
388
327 317
341 329
411
470
100
123
105 115 112
136
174 168
194
217
174
201
186
252 243
203211
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
19
53
19
54
19
55
19
56
19
57
19
58
19
59
19
60
19
61
19
62
19
63
19
64
19
65
19
66
19
67
19
68
19
69
ind
ice
s 
19
53
=1
00
INV. DECL. Ind FBKF ind
Fonte: Abreu, 1990, Anexo 
Grafico 2. Acumulação de K 1953-1969
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
19
53
19
54
19
55
19
56
19
57
19
58
19
59
19
60
19
61
19
62
19
63
19
64
19
65
19
66
19
67
19
68
19
69
Inv. % do Valor de Transformação Industrial e FBKF % PIB
% VTI % do PIB
Fonte: Abreu, 1990, Anexo 
Interpretando os dados (1) 
 Crescimento de 195% nos investimentos declarados 
entre 53 e 59, taxa média anual de 11,8% 
 Se a acumulação aumentou no período só 74% 
ENTÃO.... 
A diferença entre VTI e o crescimento permite indicar 
o papel dos salários no processo..... 
Indo além dos dados 
 Refletindo sobre expansão do ciclo II (1967-1973) 
comparada à evolução do ciclo I (1956-1961) a 
liderança óbvia é do setor manufatureiro, nos setores de 
bens de consumo duráveis e bens de capital (pós 1971) 
 Bens de consumo duráveis. Por que??? 
 Elevação na concentração de renda com aumento do 
poder de compra de determinadas e específicas 
camadas sociais 
Ainda comparando 
 Crescimento do ciclo II associado a uma acentuada 
abertura estrutural para o exterior. 
 O coeficientede importações (%PIB) se eleva de 
5,4 para 8,6% 
 A disponibilidade interna de produtos industriais se 
eleva de 9,2 para 14,2 
CAPITAL ESTRANGEIRO NO BRASIL
-1500
-1000
-500
0
500
1000
1500
19
59
19
60
19
61
19
62
19
63
19
64
19
65
19
66
19
67
19
68
19
69
19
70
19
71
US
$ 
m
i
TRANSAÇÕES CORRENTES EMPRESTIMOS LIQUIDOS IED
Fonte: Abreu, 1990, Anexo 
O capital externo 
 De 59-62 “relevância” do IED – empréstimos 
servem à amortização de dívidas 
 Entre 63-64, as amortizações superam os novos 
empréstimos e o IED cai a um valor mínimo 
 A partir de 1969 a forma predominante de 
penetração do K externo é através de empréstimos 
e financiamentos 
preocupações 
 grau de comprometimento crescente do processo 
de acumulação com a entrada de recursos 
externos 
 Capital externo trazido para estimular a 
capacidade de acumulação interna 
 
 Manutenção de saldos negativos, neste contexto, 
em transações correntes implica que o valor das 
M tem que crescer tanto quanto as exportações 
MAIS Problemas 
 2º choque do petróleo (1979) 
 Alta dos juros americanos 
 
 Portanto: 
 Acentuam-se desequilíbrios internos 
(principalmente inflação) 
 Aumenta o valor e o montante do endividamento 
externo. 
 Dados: 
 
ANOS 
 
% PIB 
 
% 
Inflação 
 
% PIB 
Investi/o 
 
Dívida ext. líquida 
(US$) 
 1975 
 
5,2 
 
29,4 
 
24,4 
 
17,1 
 
1976 
 
10,3 
 
46,3 
 
25,5 
 
19,4 
 
1977 
 
4,9 
 
38,6 
 
21,4 
 
24,4 
 
1978 
 
5,0 
 
40,5 
 
22,2 
 
31,6 
 
1979 
 
6,0 
 
77,2 
 
23,0 
 
40,2 
 
1980 
 
9,2 
 
110,2 
 
23,6 
 
43,6 
 
1981 
 
-4,3 
 
95,2 
 
21,6 
 
 
 
1982 
 
0,8 
 
99,7 
 
20,0 
 
 
 
1983 
 
-2,9 
 
211,0 
 
17,2 
 
 
 
Conseqüências – primeira aproximação: 
 
 1982: crise da dívida 
 Recessão ou baixo crescimento 
Aumento da inflação 
Crise e falência do setor público 
Próxima sessão.... 
 Aí já é Economia Brasileira 2 
 
 OBRIGADA PELO QUADRIMESTRE! 
 
Referências 
 LAGO, L.A.C. “A retomada do crescimento e as 
distorções do “milagre” in ABREU (1990) A ordem do 
progresso Rio de Janeiro: Campus, 1990p.233-294 
 TAVARES, M.C. & BELUZZO, L.G. “Notas sobre o processo 
de industrialização recente no Brasil” in BELLUZZO, LG.& 
COUTINHO, R. Desenvolvimento Capitalista no Brasil. São 
Paulo: Brasiliense, 1982, pp 122-140 
 
Referências 
 SERRA, J. “Ciclos e Mudanças estruturais na Economia 
Brasileira do Pós-Guerra” in. BELLUZZO, LG.& 
COUTINHO, R. Desenvolvimento Capitalista no Brasil. São 
Paulo: Brasiliense, 1982, pp56-121 
 SINGER, P. A crise do Milagre. Rio de Janeiro: Paz e 
Terra, 1977

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