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Psicologia, Ciência e Profissão Senso Comum “ Psicólogo vive analisando” “ Todo mundo tem a sua própria Psicologia” Objeto de Estudo A subjetividade Humana O que é a subjetividade humana? A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de vai constituindo conforme se desenvolve e vivencia as experiências da vida social e cultural; É uma síntese que nos identifica, de um lado, por ser única, e nos iguala, de outro lado, na medida em que os elementos que a constituem são experienciados no campo comum da objetividade social. Esta síntese — a subjetividade — é o mundo de idéias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais. A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um. A Psicologia, como área da Ciência Desde 1875, quando Wilhelm Wundt (1832-1926) criou o primeiro Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia, em Leipzig, na Alemanha. Esse marco histórico significou o desligamento das idéias psicológicas de idéias abstratas e espiritualistas, que defendiam a existência de uma alma nos homens, a qual seria a sede da vida psíquica. Como ocorreu a evolução da história da Psicologia? Começa desde os gregos - Filosofia e a arte. O próprio termo psicologia vem do grego psyché, que significa alma, e de logos, que significa razão. Os filósofos pré-socráticos (assim chamados por antecederem Sócrates, filósofo grego) preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Discutiam se o mundo existe porque o homem o vê ou se o homem vê um mundo que já existe. Oposição entre os idealistas (a idéia forma o mundo) e os materialistas (a matéria que forma o mundo já é dada para a percepção). Sócrates (469-399 a.C.) A Psicologia na Antiguidade ganha consistência. Sua principal preocupação era com o limite que separa o homem dos animais. Desta forma, postulava que a principal característica humana era a razão. A razão permitia ao homem sobrepor-se aos instintos, que seriam a base da irracionalidade. Platão (427-347 a.C.), Discípulo de Sócrates. Esse filósofo procurou definir um “lugar” para a razão no nosso próprio corpo. Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem. Aristóteles (384-322 a.C) Discípulo de Platão, foi um dos mais importantes pensadores da história da Filosofia. Sua contribuição foi inovadora ao postular que alma e corpo não podem ser dissociados. Para Aristóteles, a psyché seria o princípio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta ossui a sua psyché ou alma. Império Romano. Uma das principais características desse período é o aparecimento e desenvolvimento do cristianismo — uma força religiosa que passa a força política dominante - Igreja Católica Santo Agostinho (354-430) Santo Agostinho, inspirado em Platão, também fazia uma cisão entre alma e corpo. A alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma manifestação divina no homem. A alma era imortal por ser o elemento que liga o homem a Deus. E, sendo a alma também a sede do pensamento, a Igreja passa a se preocupar também com sua compreensão. São Tomás de Aquino (1225-1274). São Tomás de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e existência. Como o filósofo grego, considera que o homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua existência. Idéias Renascentisitas René Descartes (1596-1659), um dos filósofos que mais contribuiu para o avanço da ciência, postula a separação entremente (alma, espírito) e corpo, afirmando que o homem possui uma substância material e uma substância pensante, e que o corpo, desprovido do espírito, é apenas uma máquina. A Psicologia como Ciência Outra contribuição muito importante nos primórdios da Psicologia científica é a de Wilhelm Wundt (1832-1926). Wundt cria na Universidade de Leipzig, na Alemanha, o primeiro laboratório para realizar experimentos na área de Psicofisiologia. Por esse fato e por sua extensa produção teórica na área, ele é considerado o pai da Psicologia moderna ou científica. Wundt desenvolve a concepção do paralelismo psicofísico, segundo a qual aos fenômenos mentais correspondem fenômenos orgânicos. Por exemplo, uma estimulação física, como uma picada de agulha na pele de um indivíduo, teria uma correspondência na mente deste indivíduo. Para explorar a mente ou consciência do indivíduo, Wundt cria um método que denomina introspeccionismo. Nesse método, o experimentador pergunta ao sujeito, especialmente treinado para a auto-observação, os caminhos percorridos no seu interior por uma estimulação sensorial (a picada da agulha, por exemplo). AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA NO SÉCULO 20 Psicologias no Século XX O Funcionalismo, de William James (1842-1910) O Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927) O Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874- 1949) O FUNCIONALISMO Considerado como a primeira sistematização genuinamente americana de conhecimentos em Psicologia. Uma sociedade que exigia o pragmatismo para seu desenvolvimento econômico acaba por exigir dos cientistas americanos o mesmo espírito. Para a escola funcionalista de W. James, importa responder “o que fazem os homens” e “por que o fazem”. W. James elege a consciência como o centro de suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio. O Estruturalismo Está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno que o Funcionalismo: a consciência. Mas, diferentemente de W. James, Titchner irá estudá-la em seus aspectos estruturais, isto é, os estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso central. Esta escola foi inaugurada por Wundt, mas foi Titchner, seguidor de Wundt, quem usou o termo estruturalismo pela primeira vez, no sentido de diferenciá-la do Funcionalismo. O método de observação de Titchner, assim como o de Wundt, é o introspeccionismo, e os conhecimentos psicológicos produzidos são eminentemente experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório. O Associacionismo O principal representante é Edward L. Thorndike, e sua importância está em ter sido o formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. Sua produção de conhecimentos pautava-se por uma visão de utilidade deste conhecimento, muito mais do que por questões filosóficas que perpassam a Psicologia. O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das idéias — das mais simples às mais complexas. Assim, para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as idéias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo. Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista. De acordo com essa lei, todo comportamento de um organismo vivo (um homem, um pombo, um rato etc.) tende a se repetir, se nós recompensarmos (efeito) o organismo assim que este emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência. E, pela Lei do Efeito, o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes. Por exemplo, se, ao apertarmos um dos botões do rádio, formos “premiados” com música, em outras oportunidades apertaremos o mesmo botão, bem como generalizaremos essa aprendizagem para outros aparelhos,como toca-discos, gravadores etc. Behaviorismo Nasce com Watson e tem um desenvolvimento grande nos Estados Unidos, em função de suas aplicações práticas, tornou- se importante por ter definido o fato psicológico, de modo concreto, a partir da noção de comportamento (behavior). Gestalt Tem seu berço na Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos, realizada pelas tendências da Psicologia científica do século 19, postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. A Gestalt é a tendência teórica mais ligada à Filosofia. Psicanálise Nasce com Freud, na Áustria, a partir da prática médica, recupera para a Psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão. Psicologias em construção Behaviorismo Radical (B. F. Skinner) e do Behaviorismo Cognitivista (A.Bandura e, atualmente, K. Hawton e A. Beck). Psicologia Existencialista. iscute as bases da consciência através dos ensinamentos de Jean Paul Sartre. A Gestalt Terapia. Fundada por Fritz Pearls, trabalha os níveis da conscientização humana com a consciência corporal, nossa consciência do “aqui e agora” Da Psicanálise originaram-se inúmeras abordagens, como a Psicologia Analítica (Carl G. Jung) e a Reichiana (W. Reich) dissidências que construíram corpos próprios de conhecimento; ou a Psicanálise Kleiniana (Melanie Klein) e a Lacaniana (J. Lacan), que deram continuidade à teoria freudiana. Vigotski e a Psicologia Sócio-histórica A Psicologia do desenvolvimento Jean Piaget (1896-1980) refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. A Psicologia, o Fenômeno Psicológico e a Identidade Profissional A PSICOLOGIA A psicologia foi regulamentada no Brasil como profissão no dia 27 de agosto em 1962 a partir da aprovação da Lei n.4119. Desde então, tem sido questionada quanto aos seus modelos de formação, que não mais respondem às necessidades e demandas atuais. Desde 1980, estes modelos estiveram galgados em três grandes áreas: a clínica, escolar e organizacional e os currículos dos cursos voltados para atender estas áreas (FERREIRA NETO, 2004). Pensando na Profissão de forma administrativa, no sentido de compreender o processo de organização desta profissão. história da psicologia divide-se em quatro períodos: pré-institucional até 1833; institucional de 1833 a 1934; universitário de 1934 a 1962; profissional a partir de 1962. Na perspectiva da profissionalização, a psicologia no Brasil até a sua regulamentação seguiu uma trajetória na sua história, divide-se em três períodos: Período pré-profissional; Período sede 1890 e 1906 a 1975, quando se inicia a profissionalização; No terceiro momento, em 1975, a profissão de psicólogo passou a estar organizada e estabelecida. Período pré-profissional Caracterizado pela ausência de profissionalização no Brasil durante o século XIX, compreendendo a criação das faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. Não havia sistematização, institucionalização do conhecimento ou regulamentação da pratica psicológica; Presença era incipiente no mercado de trabalho e nas associações profissionais e de pesquisa. O período de 1890 e 1906 a 1975 Inicio da profissionalização, compreendendo desde a gênese da institucionalização da prática psicológica até a regulamentação da profissão e a criação dos seus dispositivos formais; Reforma Benjamim Constant em 1890; a inauguração dos laboratórios de psicologia experimental na educação em 1906 e a criação do código de ética em 1975; A psicologia passa a ter um conhecimento próprio, institucionalizado e reconhecido, conquistando um mercado de trabalho, ainda compartilhado com a medicina e a educação. No terceiro período, em 1975 A profissão de psicólogo passou a estar organizada e estabelecida, sofrendo fortes alterações socioeconômicas. Proliferação de faculdades de psicologia, lançando no mercado um número crescente de profissionais; O consultório particular passou a ter uma nova proposta menos elitista; Surgem novos espaços de atuação profissional com um olhar mais voltado para o social; apresenta um cenário de novos problemas e disputas profissionais. Como percebe a Psicologia nos cenários atuais? Os Lugares e os Novos Lugares da Psicologia A escolha de uma profissão A Escolha Profissional também tem História Características da Profissão Mercado de Trabalho Habilidades Necessárias para o Desempenho O caminho para se chegar à Profissão Código de Ética Como se configura o nosso código de ética? Atribuições Profissionais Quais são as atribuições profissionais do Psicólogo?
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