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Taísa Vliese - UNESA Desenvolvimento Integral do bebê Taísa Vliese Noções de desenvolvimento integral - o desenvolvimento da criança é resultado das experiências que ela tem no seu grupo social ou em outros grupos sociais com os quais convive. Concepção Interacionista - O conhecimento e o desenvolvimento são resultado da interação entre fatores endógenos e sócio-culturais. Não há predeterminismo genético, pois esses processos acontecem de acordo com a interação social. A criança ao nascer, é inserida numa vida social e cultural, a partir da qual começa a aprender e desenvolver uma série de conhecimentos, habilidades e comportamentos, através das relações com as pessoas. A linguagem exerce um papel fundamental no desenvolvimento, pois o pensamento e todas as funções psicológicas (tipicamente humanas) são construídos a partir da linguagem. Fatores responsáveis pelo desenvolvimento humano Desenvolvimento psicomotor de acordo com Jean Piaget 1) Estágio Sensório-motor (0-18 meses de idade) forte dependência física e afetiva do bebê com as pessoas que dele cuidam. Reflexos inatos para assegurar maiores chances de sobrevivência. Cerca de 75% do desenvolvimento neurológico e psicomotor da criança ocorre nos primeiros 18 meses de vida. Depois disso, considera-se que há apenas um aperfeiçoamento desses sistemas. Daí a importância de o bebê receber estímulos de todo tipo (corporais, visuais, auditivos e principalmente afetivos) desde cedo. Deixar a criança engatinhar, tocar nos objetos, ouvir música e historias, rádio e ver figuras coloridas são formas simples de colaborar para seu desenvolvimento. Mas o bebê quer também segurança e isso inclui estabilidade física e do ambiente. Os movimentos bruscos, as brincadeiras muito agitadas, os sons altos e os gritos não são recomendáveis. Nesta fase há uma evidente conquista do universo prático através da percepção e dos movimentos, inteligência prática e reações circulares. Aos poucos, a criança vai percebendo o mundo e a cultura que a recebeu. Por isso, é fundamental promover interações sociais e afetivas intensas, pois a criança começa a conhecer as pessoas, os objetos, os sabores e odores. Não diferencia fantasia de realidade. Há a construção das categorias de objeto permanente (permanência deste mesmo fora do campo de visão da criança), espaço (seu corpo e o meio), causalidade (causa e efeito) e tempo (antes e depois), construção da subjetividade (noção de quem ele é). Crise 1 ano de idade - A marcha e a linguagem representam uma revolução no desenvolvimento das crianças. Nesta fase, as principais atividades psicomotoras envolvem várias formas de locomoção, preensão, sensações com diferentes partes do corpo. Proporcionar a Shantala até o 4 mês de vida diariamente, e nos meses subseqüentes, quantos dias na semana for possível fazer. A massagem promove um envolvimento muito especial entre o bebê e quem a pratica. A criança começa a ter interesse por objetos e brinquedos estimulantes. Quer conhecer o mundo que a rodeia, por isso, é importante começar a dar independência para algumas atividades diárias: comer, se vestir, se higienizar e fazer outras atividades diárias com nossa orientação e supervisão. Notem que só podemos dar independência se isto não significar perigo de acidentes. Nesta fase, nada é mais importante que carinho verdadeiro, pois ele confere segurança à criança. É preciso estimular a linguagem, pois a criança só construirá o pensamento e a inteligência a partir dela. Músicas e histórias são muito bem recebidas. Exemplos de brinquedos apropriados para estimulação: � Móbiles Piões visuais e auditivos Instrumentos musicais Utensílios e brinquedos para areia Bolas Argolas Caixas para empilhar Dados Livros de pano Bonecos de pano Jogos de encaixe entre outros � Uma atenção especial para a linguagem: Afeto e linguagem A comunicação que se estabelece entre mãe e filho logo nos primeiros contatos, quando ele ainda está longe de poder falar, é um dos fenômenos mais profundos e complexos da condição humana. Mas não é totalmente misterioso: já se sabe que a mãe, durante a gravidez, passa por transformações hormonais e psicológicas que aguçam sua intuição e a preparam para cuidar do filho, interpretando suas reações. O bebê, por seu lado, nasce com uma carga genética que o torna capaz de se comunicar cada vez com mais clareza, até chegar à linguagem verbal. Essa comunicação pode ser muito enriquecida e facilitada se a mãe ou a babá está atenta às manifestações do bebê e se oferece a ele os estímulos adequados, que ajudam seu desenvolvimento. O bebê nasce com predileção pela voz feminina. Desde o nascimento, a criança fixa com a mãe ou com quem a cuida regras de comunicação por meio dos contatos cotidianos', é o chamado diálogo tônico, uma comunicação corporal que só é inteligível entre o bebê e os parceiros mais próximo de interação. Passo a passo do desenvolvimento da linguagem A criança começa a se comunicar pelo olhar' e por movimentos descoordenados. Estes passam a ser traduzidos por quem cuida do bebê, pois ele consegue compreender a mensagem transmitida. Com 2, 3 meses, o bebê ri e emite barulhos, chamados de gorjeios. Depois, quando ouve vozes ou música, tenta imitar os sons,', Por volta dos 5, 6 meses, ele manifesta expressões de desagrado, além do choro. Aos 7 meses, inicia a silabação: o 'pá-pá-pá', o 'dá-dá-dá', que no início não querem dizer nada, mas que ganham significado ao receber o reforço dos adultos: 'Falou papai!', 'Está pedindo tal coisa!' Quando faz 1 ano, a criança começará a falar pequenas frases. Mas o bebê se comunica com todo o rosto, que é muito expressivo, e com todo o corpo, A recomendação das especialistas é para que estimulem sempre a criança, conversando constantemente com ela. Também sugerem as brincadeiras de esconder e mostrar o rosto, de fazer e derrubar torres, os toques carinhosos na hora do banho, as canções de ninar, pois tudo isso facilita a comunicação global com o bebê e garante o afeto que ele precisa para crescer. O desenvolvimento da linguagem é um processo longo e trabalhoso, que só termina por volta dos 6 anos, quando a criança já está apta a pronunciar todos os fonemas. As primeiras palavras surgem por volta de 1 ano a 1 ano e meio. "O bebê costuma falar palavras soltas, como mamãe, bola ou o nome de uma comida preferida. E também é capaz de formar pequenas frases, como 'quer água'". O avanço e o amadurecimento da linguagem dependem dos estímulos que a criança recebe do ambiente. Se o filho aponta o objeto que quer e a mãe o atende prontamente, sem que ele tente falar, vai demorar mais para aprender. A melhor maneira de levar a criança a falar direito, portanto, é conversar com ele normalmente. Mesmo que pronuncie errada a palavra, insista no jeito certo. Se ele pede a "dedera", responda que vai preparar a mamadeira Promova o diálogo Aproveite situações do cotidiano para ouvir o que a criança está falando e conversar com ela apresentando o nome das coisas. Assim, as palavras ganham significado e são gravadas com mais facilidade. Na hora das refeições, fale do prato, da colher, das cores e consistência dos alimentos. Aproveite o banho para nomear as partes do corpo e narrar as ações que a criança estiver fazendo: pegar o sabonete, a esponja, jogar água, esfregar a perna. Faça comentários sobre a forma e a textura dos brinquedos. Conte algo do dia com detalhes interessantes para a criança: o momento em que a vovó telefonou, uma coisa que você viu na rua. Leia e conte histórias. Ouçam e cantem juntos músicas e historinhas infantis, pois estas despertam a imaginação e criatividade da criança. 2) Pré-operatório (2 a 7 anos aproximadamente) inteligência representada, linguagem oral, representação, socialização, criação de imagem mental (planejamento e imaginação), função simbólica, imitação, egocentrismo, animismo, antropomorfismo. A criança é egocêntrica pois só admite o seu ponto de vista como correto. Nesta fase ela começa a perceber aexistência do outro. Começa a descobrir a possibilidade de ter amigos. Começa a aprender a direcionar sua agressividade. Começar a fazer sozinha algumas tarefas rotineiras como alimentar-se, vestir-se, colocar sapatos, desde que ensinada, é claro. Guardar os brinquedos e recolher as roupas que usou, quando solicitada. Começar a escolher qual roupa usar, que presente dar entre as opções dadas pelos pais. Começar a aprender a emprestar o que é seu. A criança já está bastante independente, provavelmente já freqüenta escola ou creche e precisa de uma babá que consiga interagir com seu egocentrismo (uma espécie de teimosia e dificuldade de ver a situação de um ponto de vista que não o seu). Nesta fase, ela diferencia fantasia de realidade. Introduzir jogos de regras como dominó e dama darão a noção de regras que existem independentemente de sua vontade. A babá poderá fazer brincadeiras com as várias modalidades de linguagem: a) oral: paródias, trava - línguas, músicas, piadas, charadas; b) dramática: fantoches, dedoches, encenações; c) escrita e pictóricas: desenhos, cartas, cartões, forcas, palavras cruzadas etc e por fim, contar muitas histórias sobre diferentes temas para fazer a criança gostar de ler e escrever. Pode-se continuar a estimular a independência e a cooperação, responsabilidade com seus pertences e seus horários. É importante deixar a criança fazer algumas coisas por si só, mesmo que de forma desajeitada. Cabe aos pais estimulá-la, aceitando as limitações da idade. Assim, a criança se sentirá mais apta e valorizada, o que é essencial para a auto-estima. Crise dos três anos e sete anos de idade - dois fatos farão a criança ter uma revolução em seu desenvolvimento: a consciência de si e a aprendizagem da leitura. A primeira acontece por volta do segundo ano de vida e a segunda por volta do sexto ano. As características da primeira são teimosia, negativismo, birras e uma exacerbação do seu ponto de vista. Já as características da segunda são: desejo de independência, pois já sabem ler e escrever. Nesta fase, além as várias brincadeiras que encantam as crianças, é importante que sejam selecionados os programas de televisão que poderão a ser assistidos e os sites da internet que serão visitados. Mais importante ainda é contribuir para a criança gostar de ler, lendo histórias, contos, gibis e quaisquer outros materiais que sejam adequados para a sua idade. Exemplos de brinquedos indicados: SIMBÓLICO Lápis de cor, cera, marcadores, tinta e cola colorida Massa de modelar Bonecos grande para vestir, pentear, dar banho ... Fantoches e dedoches Disfarces e complemento como capas e tiaras de heróis Marionetes Casa ou tendas de pano Acessórios para brincadeira com bonecos: carros, roupas, armários, panelinhas etc CONSTRUÇÕES � Puzzles e mosaicos Jogos de encaixe Jogos de moldar � REGRAS � Dominó Dama Cartas Memórias Jogos eletrônicos Loto Roleta Alvo com bolas e velcro Xadez Mágicas simples � SENSORIAIS E MANIPULATIVOS � Caleidoscópios Piões � EXERCÍCIOS-MOTORES � Bicicletas Patins Cordas Bolas Aspectos externos - (cultura, religião, aprendizagens, brincadeiras, televisão etc) Aspectos internos - fatotes genéticos ( herança dos pais), maturacionais (sistema nervoso) e intra-uterinos ( gestação)
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