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Aula 1 Estatuto da Terra.pdf

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Disciplina: 
Política e legislação agrária 
Profª Anna Karyne Costa 
 
 
Parauapebas/2018 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
Campus – Parauapebas 
Espaço Agrário Brasileiro 
Rural e Agrário 
Qual a diferença? 
É comum lermos ou ouvirmos por aí as expressões “rural” e “agrário”, muitas 
vezes tratadas como sinônimos. Mas, afinal, qual a diferença entre elas? 
 
A diferença entre o rural e o agrário encontra-se não somente nas paisagens, 
mas principalmente nas atividades desempenhadas. 
 
 
Rural e Agrário 
Qual a diferença? 
O rural, ou, mais precisamente, o meio rural, é um termo mais amplo que envolve todo o 
espaço não constituído por cidades. Ele envolve práticas agrárias e não agrárias. 
 
O meio agrário é aquele em que se realizam práticas econômicas e sociais 
eminentemente relacionadas sobretudo com o setor primário, sejam elas agrícolas, 
pecuárias ou extrativistas. 
 
Rural e Agrário 
Qual a diferença? 
O espaço rural é composto por paisagens que, nem sempre, são humanizadas, envolvendo 
áreas de reservas florestais não ocupadas ou não diretamente transformadas pelas 
atividades humanas. Assim sendo, podemos dizer que nem todo o meio rural é um espaço 
geográfico, ou seja, aquele espaço composto pelas sociedades e suas práticas. 
Rural e Agrário 
Qual a diferença? 
Podemos dizer então que o espaço agrário é apenas uma parte do meio 
rural? 
Nem sempre. Existem algumas práticas agrárias que se manifestam no espaço urbano, 
embora isso seja cada vez mais raro. 
Um exemplo é o cultivo de hortaliças em um bairro urbanizado ou a existência de uma 
chácara – ou até um conjunto delas – em uma zona urbana. Essas são práticas e 
constituições agrárias no espaço das cidades. 
Além disso, existem práticas urbanas no meio rural. 
No atual momento do capitalismo, a urbanização do meio rural é cada vez mais 
frequente. Isso é possível graças aos avanços dos transportes e das comunicações, que 
permitem o rápido contato entre o espaço das cidades e as localidades mais afastadas. 
Diante disso, conclui-se que o rural vem se tornando cada vez mais uma mera extensão 
das cidades, estando diretamente vinculado e subordinado a elas. 
As atividades agropecuárias. 
 Existem três modos de classificar as atividades 
agropecuárias: 
 
1. Quanto à finalidade: qual é o destino da produção; 
 
1. Quanto à técnica: recursos empregados da produção; 
 
2. Quanto à mão de obra: ligadas as relações trabalhistas durante a 
produção. 
1. Produção quanto à finalidade. 
Tipo de produção Característica 
 
 
Agricultura de subsistência. 
 
Produção voltada para o consumo do 
agricultor. O excedente é comercializado. 
(Produção familiar). 
 
 
Agricultura comercial. 
(Agronegócio) 
 
Produção voltada para a comercialização de 
alimentos com a população local (mercado 
interno) e global (mercado externo). 
(Produção familiar e empresarial). 
2. Produção quanto a técnica. 
Tipo de produção Característica 
 
Agricultura tradicional 
Poucos recursos técnicos; muita mão de 
obra e baixa produtividade. 
 
Agricultura moderna 
Alto emprego de recursos tecnológicos; 
grande integração com o mercado; e alta 
produtividade. 
 
Agricultura orgânica 
Produção sustentável; técnicas naturais de 
adubação, produção de sementes; baixa 
produtividade. 
3. Produção quanto à mão de obra 
Tipo de produção Característica 
 
Agricultura patronal 
Empresas agrícolas que atuam em regime 
assalariado. 
 
Agricultura familiar 
Produção em família voltada para o 
mercado ou como forma de subsistência. 
 
Cooperativismo 
União de pequenos produtores para competir 
com o agronegócio. 
 
Parceria 
União entre empresas agrícolas e 
pequenos produtores locais. 
Propriedades agrícolas no Brasil. 
Estatuto da Terra: lei que define os tipos e os usos das propriedades 
rurais; 
 
Módulo Rural: imóvel rural que garante a possibilidade de progresso social e 
subsistência ao agricultor; 
 
Minifúndio: propriedade com tamanho inferior ao módulo rural; 
 
Latifúndio: área com tamanho de 600 módulos rurais; 
A concentração fundiária. 
Período colonial: Sistema de capitanias hereditárias; 
 
Lei de Terras (1850): institui que a posse de terras só pode ser obtida 
mediante a compra; 
 
Estatuto da Terra (1964): institui a função social da terra; 
 
Função social da terra: a terra gera benefícios sociais por meio de relações 
trabalhistas, ecológicas e produtivas adequadas. 
Capitanias hereditárias. 
ESTATUTO DA TERRA 
INTRODUÇÃO 
 ESTATUTO: 
 
Significa o conjunto de normas jurídicas que disciplinam um Instituto de direito ou os 
deveres de uma classe profissional, de uma entidade pública ou privada, nacional, estrangeira 
ou internacional. 
 
 ESTATUTO DA TERRA: 
 
É a Lei 4.504, sancionada em 30 de novembro de 1964, por Humberto de Alencar 
Castello Branco, então 1º Presidente da República. 
INTRODUÇÃO 
 COMO SURGIU ESTATUTO DA TERRA? 
 
Após as sucessivas tentativas frustradas de aprovação de um “Código Rural” . 
 
Sua criação estará intimamente ligada ao clima de insatisfação predominante no meio 
rural brasileiro e ao temor do governo e da elite conservadora pela eclosão de uma revolução 
camponesa. 
INTRODUÇÃO 
 OBJETIVO DO ESTATUTO DA TERRA: 
 
Adequar a estrutura agrária brasileira às necessidades do desenvolvimento econômico e 
social, girando em torno de duas grandes propostas: desenvolver a economia agrícola e 
promover a reforma agrária. 
Determina medidas de assistência e proteção à economia rural, assistência técnica, produção 
e distribuição de sementes e mudas, criação, venda e distribuição de reprodutores e uso de 
inseminação artificial, mecanização agrícola, o cooperativismo, além de introduzir um plano de 
reforma agrária pautada na consagração de propriedades familiares. 
INTRODUÇÃO 
 ESTRUTURA DO ESTATUTO DA TERRA: 
 
I. Disposições Preliminares: é composto de três Capítulos (Princípios e Definições, Acordos e 
Convênios e Das Terras Públicas e Particulares). 
 
 
II. Reforma Agrária: engloba toda a temática relativa ao assunto em apreço, cuja essência 
permanece em vigor. 
INTRODUÇÃO 
ESTRUTURA DO ESTATUTO DA TERRA: 
 
III. Política de Desenvolvimento Rural: é formado por quatro grandes Capítulos: I Tributação 
da terra; II Colonização; III Assistência e Proteção à Economia Rural e IV Uso ou da Posse 
Temporária da Terra. 
IV. Disposições Gerais e Transitórias: tem como destaque o artigo 103 que ressalta o principal 
objetivo do Estatuto: A aplicação da presente Lei deverá objetivar, antes e acima de tudo, a 
perfeita ordenação do sistema agrário do País, de acordo com os princípios da justiça social, 
conciliando a liberdade de iniciativa com a valorização do trabalho humano. 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Política Agrícola é o conjunto de providências de amparo à propriedade da terra, que se 
destinem a orientar, no interesse da economia rural, as atividades agropecuárias, seja no 
sentido de garantir-lhes o pleno emprego, seja no de harmonizá-las com o processo de 
industrialização do país. 
 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
 A propriedade da terra desempenha integralmente a sua função social quando: 
- Favorece o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam; 
 
- Mantém níveis satisfatórios de produtividade; 
 
- Assegura a conservação dos recursos naturais; 
 
- Observa as disposições legais que regulam as justas relações de trabalhoentre os que a 
possuem e a cultivem. 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 Dever do Poder Público: 
Promover e criar as condições de acesso do trabalhador rural à propriedade da terra 
economicamente útil, de preferência nas regiões onde habita e zelar para que a propriedade da 
terra desempenhe sua função social, estimulando planos para a sua racional utilização, 
promovendo a justa remuneração e o acesso do trabalhador aos benefícios do aumento da 
produtividade e ao bem-estar coletivo. 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 Imóvel Rural: 
É o prédio rústico, de área contínua qualquer que seja a sua localização que 
se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agroindustrial, quer 
através de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa privada. 
 
 Propriedade Familiar: 
É o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua 
família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o 
progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e 
tipo de exploração, e eventualmente trabalho com a ajuda de terceiros 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 Módulo Rural: Área fixada nos termos do inciso anterior; 
Área rural fixada afim de atender às necessidades de uma propriedade 
familiar, um imóvel que possa ser diretamente explorado por uma família 
para lhes garantir a subsistência e viabilizar sua progressão 
socioeconômica. Em outras palavras, trata-se de uma unidade de medida 
agrária, expressa em hectares, que busca refletir a interdependência entre a 
dimensão, a situação geográfica do imóvel rural, a forma e as condições do 
seu aproveitamento econômico. 
 
 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 Minifúndio: O imóvel rural de área e possibilidades inferiores às da 
propriedade familiar; 
 Latifúndio: O imóvel rural que: 
a) exceda a dimensão máxima fixada na forma do artigo 46, § 1°, alínea b, 
desta Lei: seiscentas vezes o módulo médio da propriedade rural; ou 
seiscentas vezes a área média dos imóveis rurais, na respectiva zona; 
 
b) não excedendo o limite referido, e tendo área igual ou superior à dimensão 
do módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação às 
possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins especulativos, 
ou seja deficiente ou inadequadamente explorado, de modo a vedar-lhe a 
inclusão no conceito de empresa rural. 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Não se considera latifúndio: 
a) o imóvel rural, qualquer que seja a sua dimensão, cujas características 
recomendem, sob o ponto de vista técnico e econômico, a exploração 
florestal racionalmente realizada, mediante planejamento adequado; 
 
b) o imóvel rural, ainda que de domínio particular, cujo objeto de preservação 
florestal ou de outros recursos naturais haja sido reconhecido para fins de 
tombamento, pelo órgão competente da administração pública. 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 ACORDOS E CONVÊNIOS: 
 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão unir seus esforços e recursos, 
mediante acordos, convênios ou contratos para a solução de problemas de interesse rural, 
principalmente os relacionados com a aplicação da presente Lei, visando a implantação da 
Reforma Agrária e à unidade de critérios na execução desta. 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
 Das Terras Públicas e Particulares: 
 
Dentre as Terras públicas: 
 
I - De propriedade da União, que não tenham outra destinação específica; 
 
II - Reservadas pelo Poder Público para serviços ou obras de qualquer natureza; 
 
III – As devolutas da União, dos Estados e dos Municípios. 
Terras devolutas são terras públicas sem 
destinação pelo Poder Público e que em 
nenhum momento integraram o 
patrimônio de um particular, ainda que 
estejam irregularmente sob sua posse. O 
termo "devoluta" relaciona-se ao conceito 
de terra devolvida ou a ser devolvida ao 
Estado. 
? 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 Terras Públicas e Particulares: 
 
Terras Privadas: 
 
- Seu uso é condicionado ao bem-estar coletivo previsto na Constituição Federal; 
- O Poder Público promoverá a gradativa extinção das formas de ocupação e de exploração da 
terra que contrariem sua função social; 
- O Poder Público facilitará e prestigiará a criação e a expansão de empresas rurais de pessoas 
físicas e jurídicas que tenham por finalidade o racional desenvolvimento extrativo agrícola, 
pecuário ou agroindustrial. 
I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 Terras Públicas e Particulares: 
 
Terras Privadas: 
 
- A implantação da Reforma Agrária em terras particulares será feita em caráter prioritário, 
quando se tratar de zonas críticas ou de tensão social. 
II-REFORMA AGRÁRIA 
 Dos Objetivos e dos Meios de Acesso à Propriedade Rural 
 
REFORMA AGRÁRIA: Estabelece um sistema de relações entre o homem, a propriedade rural 
e o uso da terra, capaz de promover a justiça social, o progresso e o bem-estar do 
trabalhador rural e o desenvolvimento econômico do país, com a gradual extinção do 
minifúndio e do latifúndio. 
II-REFORMA AGRÁRIA 
 Dos Objetivos e dos Meios de Acesso à Propriedade Rural: 
 
O acesso à propriedade rural será promovido mediante a distribuição ou a redistribuição 
de terras, pela execução de qualquer das seguintes medidas: 
 
 
- Desapropriação por interesse social; 
 
- Doação, compra e venda; 
 
- Arrecadação dos bens vagos; 
 
- Herança ou legado. 
II-REFORMA AGRÁRIA 
 Objetivos e dos Meios de Acesso à Propriedade Rural: 
 
Desapropriação por interesse social tem por fim: 
 
- Condicionar o uso da terra à sua função social; 
- Promover a justa e adequada distribuição da propriedade; 
- Obrigar a exploração racional da terra; 
- Permitir a recuperação social e econômica de regiões; 
- Estimular pesquisas pioneiras, experimentação, demonstração e assistência técnica; 
- Efetuar obras de renovação, melhoria e valorização dos recursos naturais; 
- Incrementar a eletrificação e a industrialização no meio rural; 
- Facultar a criação de áreas de proteção à fauna, à flora ou a outros recursos naturais, a fim de 
preservá-los de atividades predatórias. 
II-REFORMA AGRÁRIA 
 Objetivos e dos Meios de Acesso à Propriedade Rural: 
 
 
 
Para efeito de desapropriação observar-se-ão os seguintes princípios: 
 
a) para a fixação da justa indenização, na forma do artigo 147, § 1°, da Constituição Federal, levar-se-
ão em conta o valor declarado do imóvel para efeito do Imposto Territorial Rural, o valor 
constante do cadastro acrescido das benfeitorias com a correção monetária porventura cabível, 
apurada na forma da legislação específica, e o valor venal do mesmo; 
 
b) o poder expropriante não será obrigado a consignar, para fins de imissão de posse dos bens, quantia 
superior à que lhes tiver sido atribuída pelo proprietário na sua última declaração, exigida pela Lei 
do Imposto de Renda, a partir de 1965. 
 
II-REFORMA AGRÁRIA 
 Distribuição de Terras: 
As terras desapropriadas para os fins da Reforma Agrária , só poderão ser distribuídas: 
- Sob a forma de propriedade familiar, nos termos das normas aprovadas pelo Instituto 
Brasileiro de Reforma Agrária; 
- A agricultores cujos imóveis rurais sejam comprovadamente insuficientes para o sustento 
próprio e o de sua família; 
- Para a formação de glebas destinadas à exploração extrativa, agrícola, pecuária ou 
agroindustrial, por associações de agricultores organizadas sob regime cooperativo; 
- Para fins de realização, a cargo do Poder Público, de atividades de demonstração educativa, de 
pesquisa, experimentação, assistênciatécnica e de organização de colônias-escolas; 
- Para fins de reflorestamento ou de conservação de reservas florestais. 
II-REFORMA AGRÁRIA 
 Financiamento da Reforma Agrária: 
 
 
É criado o Fundo Nacional de Reforma Agrária, destinado a fornecer os meios necessários 
para o financiamento da Reforma Agrária e dos órgãos incumbidos da sua execução. 
II-REFORMA AGRÁRIA 
O Fundo Nacional de Reforma Agrária será constituído: 
- Do produto da arrecadação da Contribuição de Melhoria cobrada pela União de acordo com 
a legislação vigente; 
- Da destinação específica de 3% (três por cento) da receita tributária da União; 
- Dos recursos oriundos das verbas de órgãos e de entidades vinculados por convênios ao 
Instituto Brasileiro de Reforma Agrária; 
- De doações recebidas; 
- Da receita do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária. 
II-REFORMA AGRÁRIA 
É o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária autorizado a: 
 
I - firmar convênios com os Estados, Municípios, entidades públicas e privadas, para 
financiamento, execução ou administração dos planos regionais de Reforma Agrária; 
 
II - colocar os títulos da Dívida Agrária Nacional para os fins desta Lei; 
 
III - realizar operações financeiras ou de compra e venda para os objetivos desta Lei; 
 
IV - praticar atos, tanto no contencioso como no administrativo, inclusive os relativos à 
desapropriação por interesse social ou por utilidade ou necessidade públicas. 
II-REFORMA AGRÁRIA 
 Execução e da Administração da Reforma Agrária: 
O Plano Nacional de Reforma Agrária, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Reforma Agrária 
e aprovado pelo Presidente da República, registrará necessariamente: 
- Delimitação de áreas regionais prioritárias; 
- Especificação dos órgãos regionais, zonas e locais, que vierem a ser criados para a execução e a 
administração da Reforma Agrária; 
- Determinação dos objetivos que deverão condicionar a elaboração dos Planos Regionais; 
- Hierarquização das medidas a serem programadas pelos órgãos públicos, nas áreas prioritárias, 
nos setores de obras de saneamento, educação e assistência técnica; 
- Fixação dos limites das dotações destinadas à execução do Plano Nacional e de cada um dos 
planos regionais. 
II-REFORMA AGRÁRIA 
 Execução e da Administração da Reforma Agrária: 
A Comissão Agrária, constituída de um representante do Instituto Brasileiro de Reforma 
Agrária, um representante categorizado de entidade pública vinculada à agricultura e um 
representante dos estabelecimentos de ensino agrícola, é o órgão competente para: 
 
- Instruir e encaminhar os pedidos de aquisição e de desapropriação de terras; 
 
- Manifestar-se sobre a lista de candidatos selecionados para a adjudicação de lotes; 
- Oferecer sugestões à Delegacia Regional na elaboração e execução dos programas regionais de 
Reforma Agrária; 
- Acompanhar, até sua implantação, os programas de reformas nas áreas escolhidas, mantendo a 
Delegacia Regional informada sobre o andamento dos trabalhos. 
II-REFORMA AGRÁRIA 
 Execução e da Administração da Reforma Agrária: 
 
 
Nas áreas prioritárias de reforma agrária serão complementadas as fichas cadastrais elaboradas 
para atender às finalidades fiscais, com dados relativos ao relevo, às pendentes, à drenagem, aos 
solos e a outras características ecológicas que permitam avaliar a capacidade do uso atual e 
potencial. 
III- POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
 TRIBUTAÇÃO DA TERRA 
 
 Critérios Básicos 
 
Art. 47. Para incentivar a política de desenvolvimento rural, o Poder Público se utilizará da 
tributação progressiva da terra, do Imposto de Renda, da colonização pública e particular, da 
assistência e proteção à economia rural e ao cooperativismo e, finalmente, da regulamentação do 
uso e posse temporários da terra, objetivando: 
 
I - desestimular os que exercem o direito de propriedade sem observância da função social e 
econômica da terra; 
III- POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
 TRIBUTAÇÃO DA TERRA 
 
 Critérios Básicos 
 
II. estimular a racionalização da atividade agropecuária dentro dos princípios de conservação 
dos recursos naturais renováveis; 
 
III. proporcionar recursos à União, aos Estados e Municípios para financiar os projetos de 
Reforma Agrária; 
 
IV. aperfeiçoar os sistemas de controle da arrecadação dos impostos. 
III- POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
 TRIBUTAÇÃO DA TERRA 
 
 Imposto Territorial Rural 
 
Dispõe sobre as formas de arrecadação dos impostos rurais permitidos pela união aos 
municípios. 
Art. 49. As normas gerais para a fixação do imposto sobre a propriedade territorial rural 
obedecerão a critérios de progressividade e regressividade, levando-se em conta os seguintes 
fatores: 
I. O valor da terra nua; 
II. A área do imóvel rural; 
III.O grau de utilização da terra na exploração agrícola, pecuária e florestal; 
IV.Grau de eficiência obtido nas diferentes explorações; 
V. Área total, no Pais, do conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário. 
 
 
 
III- POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
 TRIBUTAÇÃO DA TERRA 
 
 Imposto Territorial Rural 
 
 
Art. 50. O valor a ser cobrado da alíquota é proporcional ao número de módulos fiscais. 
Ex. Até 02 módulos a alíquota é de 0,2%; de 02 até 03 módulos a alíquota é de 0,3%; a 
cima de 100 módulos a alíquota é de 3,5%. 
O imposto não incidirá sobre o imóvel rural, ou conjunto de imóveis rurais, de área igual ou 
inferior a um módulo fiscal, desde que seu proprietário, titular do domínio útil ou possuidor, a 
qualquer título, o cultive só ou com sua família, admitida a ajuda eventual de terceiros. 
III- POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
 TRIBUTAÇÃO DA TERRA 
 
 Imposto Territorial Rural 
 
O módulo fiscal de cada Município, expresso em hectares, será determinado levando-se em 
conta os seguintes fatores: 
O tipo de exploração predominante no Município como : 
I - hortifrutigranjeira; II - cultura permanente; 
III - cultura temporária; IV - pecuária; 
 
V – florestal. 
III- POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
COLONIZAÇÃO 
 
Art. 56. A colonização oficial deverá ser realizada em terras já incorporadas ao Patrimônio 
Público ou que venham a sê-lo. 
 
Ela será efetuada, preferencialmente, nas áreas: 
I - ociosas ou de aproveitamento inadequado; 
II - próximas a grandes centros urbanos e de mercados de fácil acesso, tendo em vista os 
problemas de abastecimento; 
III - de êxodo, em locais de fácil acesso e comunicação, de acordo com os planos nacionais e 
regionais de vias de transporte; 
IV - de colonização predominantemente estrangeira, tendo em mira facilitar o processo de 
interculturação; 
V - de desbravamento ao longo dos eixos viários, para ampliar a fronteira econômica do país. 
III- POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
COLONIZAÇÃO 
 
Art. 57. Os programas de colonização têm em vista, além dos objetivos especificados no artigo 
56: 
I - a integração e o progresso social e econômico do parceleiro; 
II - o levantamento do nível de vida do trabalhador rural; 
III - a conservação dos recursos naturais e a recuperação social e econômica de determinadas 
áreas; 
IV - o aumento da produção e da produtividade no setor primário. 
III- POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
ASSISTÊNCIA E PROTEÇÃO À ECONOMIA RURAL 
 
Dentro das diretrizes fixadas para a política de desenvolvimento rural, com o fim de prestar 
assistência social, técnica e fomentista e de estimular a produção agropecuária, de forma a que 
ela atenda não só ao consumo nacional, mas também à possibilidade de obtenção de excedentes 
exportáveis, serãomobilizados, entre outros, os seguintes meios: 
 
I.- assistência técnica; 
 
II.- produção e distribuição de sementes e mudas; 
 
III.- criação, venda e distribuição de reprodutores e uso da inseminação artificial; 
IV.- mecanização agrícola; 
V - cooperativismo; 
III- POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL 
ASSISTÊNCIA E PROTEÇÃO À ECONOMIA RURAL 
VI - assistência financeira e creditícia; 
VII - assistência à comercialização; 
VIII - industrialização e beneficiamento dos produtos; 
IX - eletrificação rural e obras de infraestrutura; 
X.- seguro agrícola; 
XI.- educação, através de estabelecimentos agrícolas de orientação profissional; 
XII - garantia de preços mínimos à produção agrícola. 
Essa lei tem como objetivo ordenar o sistema agrário do brasil, de acordo com os 
princípios da justiça social, conciliando a liberdade de iniciativa com a valorização do 
trabalho humano. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O Estatuto da terra é a lei agrária fundamental, que tem como finalidade garantir acesso à 
terra aos trabalhadores rurais, afim de proteger a mesma conservando seus recursos naturais e 
as relações de trabalho para os que a possuem e cultivam. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
SALIS,C. L. G. Estatuto da Terra: Debates Políticos e as Disputas pela Forma da Reforma Agrária no 
primeiro Governo Militar. Antíteses, v. 7, n. 13, p. 493-516, jan./jun. 2014. 
 
SODERO,F. P. Conceito de Estatuto, o Estatuto da Terra. Justitia, São Paulo,1982. 
 
LIBERATO, A. P. Coletânea de Legislação Ambiental: legislação socioambiental,1°edc, p.151-
179. Cutitiba,2011. 
OBRIGADA!

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