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Oclusão Dental: Contato entre Dentes

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Oclusão dental 
Oclusão = Quando a elevação da mandíbula através dos músculos elevadores promove o 
contato entre os dentes antagonistas. 
Como isso ocorre? 
1. TODOS os dentes de um arco devem ocluir com dois dentes do arco oposto. Um deles 
é o antagonista principal, que é o dente homônimo (ex: o 13 oclui com o 43). O outro é 
o antagonista acessório, dente imediatamente mesial no maxilar ou distal na 
mandíbula (ex: o 13 oclui com o 43, 12 e 44). EXCEÇÂO: incisivos centrais inferiores e 
terceiros molares superiores ocluem unicamente com seus homólogos antagonistas. 
2. Nos dentes ANTERIORES, o terço incisal da face vestibular dos inferiores deve ocluir 
com o terço incisal da face lingual dos superiores. Inclui a cúspide do canino inferior 
cuja a porção distal deve ocluir com a porção mesial da cúspide do canino superior. 
3. Nos dentes POSTERIORES, as pontas das cúspides vestibulares dos dentes inferiores 
devem ocluir nas fossetas centrais dos dentes superiores. E as cúspides linguais do 
dentes superiores devem ocluir nas fossetas centrais dos dentes inferiores, são as 
cúspides de suporte ou de carga. As vestibulares dos dentes superiores e as linguais 
dos inferiores são chamadas cúspides de proteção ou de contenção. 
4. IMPORTANTE: Ao fazer o movimento de fechamento da boca, é necessário que haja 
contatos dos dois lados de maneira simultânea, e ausência de contatos prematuros, 
para que no momento do fechamento não haja um toque unilateral e este faça 
mandíbula desviar para encontrar os toques subsequentes. 
 
Movimentos Mandibulares: 
 
✓ Relação Cêntrica: é uma posição craniomandibular, fisiológica, reproduzível, 
praticamente imutável, independente de contato dental e de extrema importância 
para avaliação, diagnóstico e tratamento de problemas oclusais. Posição dos côndilos 
na cavidade glenóide e independe da existência de dentes. De acordo com Dawson, 
define-se como a posição mais superior e anterior que os côndilos podem assumir na 
cavidade glenóide, apoiados no disco articular e estabilizados pelos músculos e 
ligamentos. Sendo independente de dentes, É de fácil reprodução e de conforto ao 
paciente, a posição fisiológica da ATM, que causa menos transtornos, a partir da qual 
devem ser feitos os trabalhos restauradores e protéticos complexos, normalmente 
durante a deglutição a mandíbula entra em relação cêntrica. 
É a relação mais posterior da mandíbula em relação à maxila, na qual os côndilos se 
situam mais superior e anteriormente nas fossas mandibulares. (Possível verificar 
COLOCANDO A LÍNGUA O MAIS POSTERIOR POSSÍVEL). 
IMPORTANTE: ESSA POSIÇÃO INDEPENDE DE CONTATO DENTÁRIO. 
A relação cêntrica não é nem mais nem menos fisiológica que a Máxima 
Intercuspidação Habitual. 
Técnicas de manipulação para determinar a RC: 
 1.Técnica frontal: Paciente na posição horizontal com a cabeça para trás, para evitar 
a ação muscular com a boca aberta no máximo 1 cm. O polegar direito é colocado na 
região cervical dos incisivos inferiores, enquanto os outros três dedos firmam o mento. 
No arco superior, o polegar e o indicador da mão esquerda apóiam-se na região 
cervical dos caninos, com leve pressão e, com movimentos oscilatórios, manipula-se 
delicadamente a mandíbula para RC, até a observação do primeiro contato. 
 2.Técnica bilateral: Paciente colocado numa posição reclinada na cadeira e deve 
ficar o mais relaxado possível. A cabeça é posicionada entre os braços e o peito do 
operador para oferecer estabilidade. Os polegares são postos sobre o queixo e os 
demais dedos suportam o corpo da mandíbula. Com leve pressão dos polegares para 
baixo e pressão dos dedos para cima, a mandíbula é delicadamente manipulada com 
pequenos movimentos oscilatórios, para a posição de relaxamento cêntrica. O 
paciente relaxado, vai fechando a boca até que o contato inicial seja sentido. 
 
O paciente não deve abrir muito a boca. 
Existem dispositivos que podem atuar como desprogramadores oclusais: JIG de Lucia; 
Espátula de afastar a língua; rolete de algodão; placa de proteção anterior; “Leaf 
Gauge” ou tiras de Long. 
O objetivo da manipulação em rc é verificar se o contato prematuro está sempre 
acontecendo no mesmo local. 
 
✓ Máxima intercuspidação Habitual: É a posição intermaxilar onde ocorre o maior 
número de contatos dentários com os côndilos fora da posição de RC. Ao contrário da 
relação cêntrica, essa é uma posição variável, que pode ser modificada através da 
intervenção do profissional por meio de uma pequena restauração, de uma 
reabilitação total, tratamento ortodôntico, extrusão dental, desgastes dentários, etc. 
Representa a posição mais fechada entre a mandíbula e a maxila quando os dentes 
estão presentes, estando os côndilos fora da RC. É uma posição mutável que pode 
ser alterada por qualquer interferência oclusal (possível verificar no FECHAMENTO 
DA BOCA DE FORMA MAIS NATURAL E CONFORTAVEL POSSIVEL). 
IMPORTANTE: Não é uma posição patológica. 
 
✓ Relação de Oclusão Cêntrica: É a posição intermaxilar onde ocorre o maior número de 
contatos dentários com os côndilos posicionados em RC, isto é, a posição maxilo-
mandibular em que a relação cêntrica é coincidente com a máxima intercuspidação 
habitual. Portanto, não há contatos prematuros nesse caso. 
RC coincide com MIH. 
 
✓ Dimensão Vertical: 
1. Repouso: A posição de repouso se concebe fisiologicamente como um estado de 
equilíbrio estático dos tecidos faciais e temporomandibulares, especialmente dos 
músculos elevadores e depressores mantido pelo tônus muscular através dos 
ligamentos articulares. Altura facial que o indivíduo apresenta com a mandíbula 
na posição normal em relação ao crânio, e estando ele em posição ereta com a 
musculatura em seu tônus normal. É menor em pacientes desdentados. 
2. De Oclusão: Altura vertical que estabelece a relação entre maxila e mandíbula 
quando os dentes posteriores estão ocluídos. Raramente diminui, somente 
quando os dentes posteriores estão ausentes ou em casos de atrição destes. Já o 
aumento pode ocorrer de duas maneiras: Na confecção de próteses e placas e 
por extrusão dos dentes posteriores, muito comum em pacientes com mordida 
aberta anterior. 
3. A diferença entre DVR – DVO: ESPAÇO FUNCIONAL LIVRE 
4. Para verificar se há invasão do espaço funcional livre, o clínico pode fazer testes 
fonéticos com sons sibilantes (sons com “S”). Caso o paciente acuse contato 
dentário durante o teste, fica evidente a invasão do EFL. 
 
 
 
 
Movimentos: 
A partir da relação estática entre os maxilares como na posição de máxima intercuspidação, 
podem se iniciar os chamados “movimentos excêntricos”, para a direita ou para a esquerda, a 
fim de triturar os alimentos pela ação das vertentes triturantes que entram em atrito. Se a 
lateralidade for para a direita, este lado será o lado de trabalho, e o esquerdo então será o 
lado de não trabalho ou balanceio. 
• Lateralidade: 
Lado de trabalho: É o lado para o qual a mandíbula se movimenta, onde as cúspides 
com mesmo nome se relacionam. É a direção ao qual a mandíbula se desloca durante 
os movimentos funcionais de lateralidade. 
Lado de balanceio: É o lado oposto ao lado de trabalho onde as cúspides com nomes 
diferentes adotam uma relação de alinhamento. 
• No lado de trabalho podem ser encontrados 2 tipos de guias de desoclusão. 
1. Desoclusão pelo canino: Durante o movimento de lateralidade o canino inferior 
desliza na palatina do canino superior, desocluindo os demais dentes, tanto do 
lado do trabalho quanto do de balanceio. 
2. Desoclusão em grupo ou função em grupo: Em que um grupo de dentes de 
segundo molar até o canino tocam-se, simultaneamente, desde o iníciodo 
movimento, desocluindo os dentes do lado de balanceio. Nesse tipo de função à 
medida que a mandíbula se movimenta vai ocorrendo desoclusão progressiva dos 
dentes posteriores do lado de trabalho. 
3. Protrusão: É o movimento que a mandíbula faz no sentido póstero-anterior. 
4. Guia anterior ou incisiva: Quando no movimento de protrusão, os dentes 
anteriores inferiores (em especial IC) deslizam pela palatina dos dentes anteriores 
superiores (IC), desocluindo os dentes posteriores. 
 
Interferência Oclusal 
São os contatos oclusais que produzem desvio da mandíbula durante o fechamento ou que 
impedem o suave deslizamento mandibular nos movimentos laterais e protrusivos. 
Pode ocorrer em 4 situações: 
1.Contato que desvia a mandíbula de RC -> MIH 
2. Contato prematuro que não promove desvio 
3. Contato prematuro em lateralidade 
4. Contato prematuro em protrusão 
Podem ser fisiológicos: não promovem nenhuma alteração nas estruturas do sistema 
estomatognático. Ou patológicos: Quando ocasiona alterações nas estruturas que compõem o 
sistema. 
Manifestações clínicas e radiológicas de contato prematuro: 
1) Disfunção musculoarticular 
2) Bruxismo 
3) Aumento da mobilidade dentária 
4) Migração dos dentes 
5) Diastemas na região anterior 
6) Facetas de desgastes 
7) Fraturas de raízes, coroas e restaurações 
8) Reabsorção radicular 
9) Pulpite 
10) Necrose pulpar 
11) Relação topo a topo nos anteriores 
12) Mordida cruzada unilateral e anterior 
 
Interferência no lado de balanceio: 
 O desgaste só é recomendado: 
1) O dente possui lesão apical recidivante 
2) O dente apresenta mobilidade aumentada 
3) O dente apresenta faceta de desgaste considerada atípica 
4) Quando o dente possui restauração ampla, sem proteção de cúspide 
5) Quando o paciente estiver sendo submetido a ajuste oclusal prévio ao tratamento 
reabilitador.

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