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AP B - Revisão Pública I
1) Quais as principais normas que regulam o orçamento público e a Contabilidade Pública (CP ou CASP) no Brasil? Indique as entidades emitentes.
Manual de Receita Nacional (MRN), Manual de Despesa Nacional (MDN) e Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) emitidos em portaria conjunta pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e a Secretaria de Orçamento Federal (SOF); as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público (NBCASP) editadas e aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC); e as International Public Sector Accounting Standards (IPSAS) emitidas pelo International Federation of Accountants (IFAC).
2) Qual a principal Lei disciplinadora do direito financeiro no Brasil? Tal lei orienta a elaboração e o controle “do que” e “em qual âmbito” de aplicação estatal?
A principal Lei disciplinadora do Direito Financeiro no Brasil é a Lei 4.320, de
17 de março de 1964. Tal lei estatui normas gerais de direito financeiro, para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.
3) Apresente os conceitos e sintetize as relações entre os termos: Estado, governo, administração pública, serviços públicos e necessidades públicas.
Estado: Organismo político administrativo que, como nação soberana ou divisão
territorial, ocupa um território determinado, é dirigido por governo próprio e se constitui pessoa jurídica de direito público [...] (FERREIRA, 1986) – Dicionário Aurélio
Governo: Sistema político pelo qual se rege um Estado. Pode ser democrático, liberal, republicano, etc. Componente político do Estado.
Administração pública: É “todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços, visando a satisfação das necessidades coletivas”.
Serviços públicos: São os meios do Estado para o atendimento das necessidades
públicas. Prestados pelo estado ou delegados por concessão ou permissão, visando a satisfação de necessidades da comunidade.
Necessidades Públicas: tem por principal característica uma situação de
urgência, cuja melhor solução será a transferência de bens particulares para o domínio do Poder Público.
4) Apresente as definições de “ente público” e de “entidade do setor público”.
Ente Público: Estão compreendidos: o Poder Executivo, o Poder Legislativo (neste abrangidos os Tribunais de Contas), o Poder Judiciário e o Ministério Público; As respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e
empresas estatais dependentes.
Entidade do Setor Público (ESP): São “órgãos, fundos e pessoas jurídicas de
direto público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebem, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades”.
“Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.”
5) Apresente conceitos e/ou definições e exemplos de: administração direta, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista e empresa estatal dependente.
Administração Direta: Constitui os serviços integrados na estrutura
administrativa do órgão superior do Poder Executivo e dos ministérios ou secretarias. Exemplos: Presidência da República, Ministério da Educação e Ministérios Públicos Estaduais.
Autarquia: O Art 5º, inciso I do Decreto Lei nº 200 de 1967 diz que autarquia é“o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receias próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.”. Exemplos: Banco Central, UFSC e INMETRO.
Empresa Pública: Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio e capital exclusivo do ente, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingencias ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. Exemplos: Caixa Econômica Federal, Companhia Nacional de Abastecimento e Correiros.
Sociedade de Economia Mista (SEM): Entidades dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto permaneçam em sua maioria ao ente ou a entidade da administração indireta. Quando a atividade dor submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas ao ente, em caráter permanente. Exemplos: Banco do Brasil, Petrobras e Eletrosul.
Empresa Estatal Dependente (EED): Segundo o inciso III do Art. 2º de Brasil,
2000, é a “empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de
participação acionária”. Exemplos: Companhia Brasileira de Trens Urbanos,
Empresa de Pesquisa Energética e Hospital de Crianças de Porto Alegre.
6) O que é a Atividade Financeira do Estado (AFE)?
Para exercer suas funções, prestando serviços públicos, o Estado precisa de uma estrutura administrativa e demanda recursos. Segundo Deodato (1997, p.6) Atividade Financeira do Estado “é a procura de meios para satisfazer as necessidades públicas”.
7) Qual é o principal instrumento da ação estatal na economia? Quais os três objetivos da política orçamentária, propostos por Richard Musgrave e expressos por funções?
O principal instrumento da ação estatal econômica é o Orçamento Público. Os três objetivos da política orçamentária propostos por Richard Musgrave são expressos por funções Alocativa, Distributiva e Estabilizadora.
Função Alocativa: Visa promover ajustamentos na alocação de recursos. É derivada da ineficiência do sistema de mercado e se dá de duas formas: Investimentos em Infraestrutura; e Fornecimento de Bens.
Função Distributiva: Visa promover ajustamentos na distribuição de riqueza. Atua na correção de falhas do mercado na distribuição de renda; busca níveis justos; o orçamento público é o principal instrumento viabilizador da distribuição de renda; auxilia o processo de retirar de alguns para melhorar a situação de outros. Isto acontece de duas formas: com tributos progressivos (onerar rendas maiores) ou por concessão de subsídios e sobretaxas (bens populares X bens supérfluos).
Função Estabilizadora: Visa manter a estabilidade econômica. Está associada aos objetivos macroeconômicos: manutenção do alto nível de emprego; estabilização dos níveis de preços; equilíbrio na balança de pagamentos; razoável taxa de crescimento econômico. Atuação sobre a demanda por meio das despesas públicas e do poder aquisitivo dos servidores, tem efeitos sobre a Carga Tributária, taxa de juros e emissão de moeda para o controle da inflação e câmbio, importações e exportações.
8) Explique três das características que diferenciam o setor público estatal do setor privado.
O setor público trabalha em prol da coletividade, buscando o bem comum, o benefício para comunidade, já o setor privado é competitivo e busca o interesse
particular (lucro). As empresas privadas podem agir livremente segundo suas
metas e objetivos, desde que não sejam proibidos por lei, enquantoo administrador público deve seguir os padrões autorizados pela legislação.
9) Explique por que o orçamento público é um ato “preventivo”, “autorizativo” e de “legitimação” da vontade popular.
É o plano de trabalho dos gestores públicos, ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza aos Poderes Executivo, Judiciário e ao próprio Legislativo, as
despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins
indicados pela política econômica do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei aprovadas por gestores eleitos democraticamente pelo povo.
10) Quais títulos, capítulos, seções e artigos da Constituição Federal de 1988 e da Constituição do Estado de Santa Catarina de 1989 que tratam dos orçamentos públicos?
Na Constituição Federal de 1988: Título VI – Da Tributação e do Orçamento /
Capítulo II – Das Finanças Públicas / Seção II – Dos Orçamentos / Artigos 165 a
169.
Na Constituição do Estado de Santa Catarina de 1989: Título VII – Das Finanças
Públicas / Capítulo II – Dos Orçamentos / Artigos 120 a 124.
11) Quais capítulos/seções e artigos da Lei n.º 4.320/1964 e da LRF
tratam dos orçamentos públicos?
Art 2º da Lei 4.320/1964
Art 165 da CF/88
Art 34 da Lei 4.320/1964
Arts. 48 e 49 da LRF.
12) Quais as etapas do ciclo orçamentário na visão de Giacomini e/ou de Kohama? Sintetize cada uma.
1) Elaboração
2) Estudo e aprovação (Discussão, votação e aprovação) 3) Execução
4) Avaliação (Controle de avaliação da execução).
13) Quais os princípios orçamentários abordados no MCASP/PCO? Cite todos e explique dois deles. Escolha outros dois princípios orçamentários tratados apenas na literatura especializada (doutrina) e explique-os.
Princípios orçamentários abordados no MCASP/PCO:
- Unidade ou totalidade
- Universalidade
- Anualidade ou periodicidade
- Exclusividade
- Orçamento bruto - Obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções. Não deduzir das receitas os valores que serão repartidos por meio de despesas (cotas): IR, ICMS, etc.
- Legalidade
- Publicidade
- Transparência - Divulgar o orçamento de forma ampla à sociedade. Publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal. Disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa.
- Não vinculação (não-afetação) da receita de impostos.
Princípios orçamentários tratados apenas na literatura especializada:
- O princípio da clareza estabelece que o orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível (CESPE – AUGE-MG –
2009).
- O princípio da precedência é extraído do que dispõe o artigo 35, § 2º, incisos I, II e III, do Ato de Disposições Constitucionais Transitórias. Implica a necessidade de aprovar-se o orçamento ocorrer antes do exercício financeiro a que se refere.
14) Quais os nomes das três leis que constituem os instrumentos do planejamento estatal? Identifique aquela(s) de caráter estratégico e a(s) de caráter operacional.
As três leis que constituem os instrumentos do planejamento estatal são: Plano Plurianual – PPA; Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; e Lei orçamentária Anual – LOA. O PPA e a LDO tem caráter estratégico e a LOA caráter operacional.
15) Quais os prazos para encaminhamento pelo Presidente da República e para devolução pelo Congresso Nacional dos projetos de PPA, LDO e LOA?
- PPA: encaminhamento até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício do mandato (31 de agosto) e devolução até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro);
- LDO: encaminhamento até 8,5 meses antes do encerramento do exercício (15
de abril) e devolução até o encerramento do 1º período da sessão legislativa (17 de julho);
- LOA: encaminhamento até 4 meses antes do encerramento do exercício (31 de
agosto) e devolução até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro).
16) Apresente conceitos simples, derivados de definições constitucionais, para o PPA, a LDO e a LOA.
- PPA: É um instrumento do planejamento estratégico governamental, de médio prazo, elaborado para um período de 4 anos, onde ordena as ações do governo
que levam ao atingimento de objetivos traçados. Além disso, orienta a elaboração da LDO e da LOA, bem como de outros planos e programas do
governo. Ele começa a produzir efeitos a partir do 2º ano de mandato do
Presidente, Governador ou Prefeito.
- LDO: É um instrumento também do planejamento estratégico, de curto prazo,
ou seja, 1 ano, elaborado em harmonia com o PPA, onde orienta a elaboração e execução da LOA. Estabelece as metas e prioridades da administração para o exercício seguinte.
- LOA: É um instrumento do planejamento operacional, de curto prazo (1 ano), que deve ser compatível com o PPA e a LDO. É uma lei especial (tem prazo de vigência e constitui plano de trabalho). Resumidamente é um rol de receitas e despesas para o ano seguinte.
17) O que são diretrizes, objetivos e metas no âmbito do PPA? Dê um exemplo (real ou inventado) de cada.
- Diretrizes: são as orientações gerais ou princípios que nortearão a captação e o
gasto público afim de alcançar os objetivos. Exemplo: combater o analfabetismo.
- Objetivos: distinção dos resultados que deseja-se alcançar com a execução de
ações governamentais. Exemplo: elevar o nível educacional da população.
- Metas: quantificação física e financeira dos objetivos. Exemplo: construir
2000 salas de aula em todo o país e contratar 3000 professores qualificados.
18) Quais os prazos de vigência do PPA, da LDO e da LOA? Associe os períodos de elaboração e as vigências com os períodos de mandatos dos chefes dos Poderes Executivos.
- PPA: o prazo de vigência do PPA sempre inicia no 2º ano do mandato de um Presidente e é elaborado um novo no 1º ano do seu mandato, para iniciar no seguinte. Assim, o Presidente eleito deverá cumprir o PPA de seu antecessor em seu primeiro ano de mandato. Ele é encaminhado até 4 meses antes do encerramento do 1º exercício do mandato e devolvido até o encerramento da sessão legislativa;
- LDO: o prazo de vigência da LDO é anual, ou seja, ele é elaborado em um ano, para ser executado no próximo. Ele é encaminhado até 8,5 meses antes do encerramento do exercício e devolvido até o encerramento do 1º período da sessão legislativa;
- LOA: o prazo de vigência da LOA também é anual, ou seja, ele é elaborado em
um ano, para ser executado no próximo. Ela é encaminhada até 4 meses antes do encerramento do exercício e devolvida até o encerramento da sessão legislativa.
19) A partir da edição da LRF, qual o principal instrumento para uma gestão orçamentária equilibrada? Justifique.
O principal instrumento para uma gestão orçamentária equilibrada é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), pois orienta a elaboração e execução da LOA e estabelece as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capital para o exercício seguinte.
20) Conceitue e distinga receitas orçamentárias de ingressos extraorçamentários. Dê três exemplos de cada.
A receita pública é todo o ingresso financeiro nos cofres do Estado. Ela é registrada como Receita Orçamentária – RO (quando representam
disponibilidades de recursos para o erário) ou Receita Extraorçamentária –
REO (quando representam apenas entradas compensatórias).
A receita orçamentária são disponibilidades de recursos financeiros que
ingressam durante o exercício orçamentário e constituem elemento novo para o patrimônio público. Pela regra, deve estar prevista na LOA.A receita extraorçamentária são ingressos de recursos financeiros de caráter temporário e não integram a LOA. Exemplos: Depósitos em caução, fianças,
operações de crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO), emissão
de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.
21) Conceitue e distinga receitas efetivas e por mutação patrimonial. Dê dois exemplos de cada.
Despesas Efetivas: constituem elemento novo e positivo no patrimônio que
geram o aumento do Saldo Patrimonial ou do Patrimônio Líquido. Exemplos:
impostos e taxas.
Receitas por Mutações Patrimoniais: constituem simples entradas ou alterações
compensatórias nos elementos patrimoniais, oriundas de mutações quenada acrescem ao Saldo Patrimonial ou ao Patrimônio Líquido. Exemplos: alienação de bens, amortização da dívida (recebida).
22) Quais as bases normativas e os níveis de desdobramento das receitas orçamentárias conforme a natureza?
A discriminação legal da RO na forma prevista nos artigos 2º, 8º e 11 da Lei n.º
4.320/1964.
C-O-E-R-AA-SS que significam Categoria Econômica – Origem – Espécie –
Rubrica – Alínea – Subalínea.
23) Quais as etapas e estágios das receitas orçamentárias conforme o
MCASP/PCO?
Etapa 1 – Planejamento
Etapa 2 – Execução
Etapa 2 – Estágio 1 – Lançamento
Etapa 2 – Estágio 2 – Arrecadação Etapa 2 – Estágio 3 – Recolhimento Etapa 3 – Controle e Avaliação
24) Qual o critério de reconhecimento/realização das receitas orçamentárias sob o enfoque orçamentário da Lei n.º 4.320/1964? Explique o estágio a que se vincula este critério e como se distingue do enfoque patrimonial de reconhecimento das receitas.
O estágio em que se vincula o reconhecimento das receitas é no momento da arrecadação e decorre do enfoque orçamentário, conforme a Lei nº 4320/1964.
25) Conceitue e distinga despesas orçamentárias de dispêndios extraorçamentários. Dê três exemplos de cada.
Despesa orçamentária – é despesa pública no sentido restrito, são autorizadas anteriormente pelo Poder Legislativo, fazem parte das autorizações da LOA e de
leis de Créditos Adicionais, abrangem desembolsos e encargos assumidos e podem ou não diminuir a situação líquida. Exemplos: juros e amortização de
dívidas; material de consumo; obras; aquisição de ações.
Despesa extra-orçamentária – são simples saídas (desembolsos) de valores de terceiros, não pertencem ao Estado, são pagas sem haver orçamento e autorização, não constam na LOA ou nas leis de Créditos Adicionais e são decorrentes de prévias Receitas extra-orçamentárias. Exemplos: devolução de depósitos e cauções; pagamento de restos a pagar; resgate de operações de ARO.
26) Conceitue e distinga despesas efetivas e por mutação patrimonial. Dê dois exemplos de cada.
Despesas efetivas – sua realização diminui a situação líquida do ente. Fato contábil modificativo diminutivo. Geralmente corrente. Ex: despesas com pessoal; juros e encargos da dívida.
Despesas por mutação patrimonial ou não efetivas – sua realização não afeta a situação líquida do ente. Fato contábil permutativo. Geralmente de capital. Ex: investimentos que entram no ativo; inversões financeiras.
27) No âmbito da classificação funcional e programática, distinga os seguintes termos: função, subfunção,programa, projeto e atividade. Função – é “o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público”. Quase sempre se relaciona com a missão institucional do órgão.
Subfunção – representa uma partição da função, visando agregar determinado
subconjunto de despesa do setor público. Poderão ser combinadas com funções diferentes a que estejam vinculadas na forma do anexo das portarias. Exemplo: Programa – instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no Plano Plurianual.
Projeto – instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação do governo.
Atividade – instrumento de programação para alcançar o objetivo de um
programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizem de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo.
28) O que representa a função “encargos especiais”? Dê exemplos de “operações especiais”, no âmbito da estrutura programática da despesa.
Engloba as despesas em relação às quais não se pode associar um bem ou
serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações, representando então uma agregação neutra. Exemplos: amortização e encargos; aquisição de títulos; pagamento de sentenças judiciais; transferências; fundos de participação; operações de financiamentos; participações acionárias.
29) Quais as bases normativas e os níveis de desdobramento das despesas orçamentárias conforme a natureza?
Bases normativas: Portaria Interministerial nº 163, de 04 de maio de 2001, com atualizações.
Desdobramento das despesas orçamentárias: C G MM EE DD: Categoria
Econômica, Grupo de Natureza da Despesa, Modalidade de Aplicação, Elemento de Despesa e Desdobramento.
30) O que representa e qual o tratamento classificatório da “reserva de contingência” na LOA?
Destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, inclusive a abertura de créditos adicionais. Sua classificação, bem como da “Reserva do Regime Próprio de Previdência Social”, será identificada com o código “9.9.99.99”, conforme art. 8º da Portaria 163. Representa dotação global permitida no Decreto-Lei nº 200/1967 (na União) e atos em outras esferas.
Identificada nos orçamentos pelo código “99.999.9999.xxxx.xxxx”:
classificações por função e subfunção e estrutura programática (o “x” representa
a codificação da ação e o respectivo detalhamento).
31) Quais as etapas e estágios das despesas orçamentárias conforme o MCASP/PCO?
Etapa 1 – Planejamento
Estágio 1.1 – Fixação da Despesa
Estágio 1.2 – Descentralizações de créditos orçamentários
Estágio 1.3 - Programação Orçamentária e Financeira Estágio 1.4 - Processo de Licitação e Contratação Etapa 2 – Execução
Estágio 2.1 – Empenho Estágio 2.2 – Liquidação Estágio 2.3 – Pagamento
Etapa 3 – Controle e Avaliação
Estágio 3.1 – Fiscalização
32) O que são e quais os tipos de empenhos? O que é uma nota de empenho?
Empenho consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico. É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição. A realização de uma despesa é vedada sem prévio empenho. O empenho pode ser: ordinário,
estimativo ou global.
Nota de empenho é o documento emitido representando um contrato ou compromisso. Para cada empenho é extraído uma nota de empenho, que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.
33) O que são receitas e despesas derivadas de operações intraorçamentárias? Quais portarias tratam de tais operações?
São operações que resultem de despesas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamentode impostos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo.
A portaria que trata tais operações é a Portaria Conjunta nº 338/2006 (STN/SOF, 2006).
34) O que são “restos a pagar” e “serviço da dívida a pagar”? O que distingue os restos a pagar “processados” dos “não processados”? Restos a pagar – são as despesas empenhadas e não pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas. A distinção decorre de despesas realizadas e ainda não liquidadas ou pagas.
Serviço da dívida a pagar – é equivalente aos restos a pagar, mas com saldo derivado de despesas empenhadas, e não pagas, como os juros, encargos e amortização da dívida.
35) Explique de modo sintético o enfoque orçamentário do regime contábil das receitas e das despesas públicas. Explique de modo sintético o enfoque patrimonial do regime contábil das variações patrimoniais.
O enfoque do regime orçamentário sobre as receitas é estabelecido sobre o regime de caixa baseado no estágio de arrecadação. Nas despesas é baseado no estágio do empenho e é estabelecido como regime de competência.
Variação Patrimonial é a alteração de valor, de qualquer elemento do patrimônio público, por alienação, aquisição, dívida contraída, dívida liquidada, depreciação ou valorização, amortização, superveniência, insubsistência, efeitos de execução orçamentária e resultado do exercício financeiro.
36) Quais as finalidades da consolidação das contas públicas? Quais as principais normas (seções, artigos ou itens específicos) que orientam a consolidação das contas? A cargo de que entidade está a consolidação nacional das contas públicas?
A consolidação das contas publica tem como finalidade apresentar aos eleitores
o resultado das operações e as posições financeiras e orçamentárias de um grupo de entidades, componentes de um ente ou de todos os entes públicos. Principais normas: Portarias Interministeriais nº 163/2011 e
338/2006;NBCASP: NBC-T 16.7 – Consolidação das DCs; e LRF: artigos 50 e
51.
A LRF exige que o Poder Executivo da União promova a consolidação nacional das contas dos entes relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação.
37) O que são créditos adicionais e quais as suas finalidades, de acordo com os tipos?
Crédito adicional é uma suplementação orçamentária para despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na (LOA), que visa atender à
insuficiência de dotações ou recursos alocados nos orçamentos e a necessidade
de atender situações que não foram previstas, inclusive por serem imprevisíveis,
nos orçamentos. Segundo a lei brasileira 4.320/64, os créditos adicionais se dividem em:
• Créditos Suplementares - destinam-se a reforçar uma dotação já existente no orçamento do exercício financeiro corrente.
• Créditos Especiais - destinam a financiar programas novos, que não possuem dotação específica no orçamento em vigor.
• Créditos Extraordinários - destinam-se a atender despesas imprevistas e
urgentes (calamidade pública, guerra, surtos epidêmicos, etc).
38) Quais as fontes de recursos previstas e as condições para abertura de créditos adicionais?
Consideram-se recursos para o fim de abertura de CA, desde que não
comprometidos:
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; II - os provenientes de excesso de arrecadação;
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de
CA, autorizados em Lei;
IV - o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.
39) Explique por que as “despesas de exercícios anteriores” não se confundem com os “restos a pagar”? Quais os casos de aplicação de cada um.
As despesas de exercícios anteriores não se confundem com restos a pagar pois as DEAs sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados
Casos de aplicação: as despesas para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria; os restos a pagar com prescrição interrompida; ou os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente.
40) Quais normas regulam a elaboração dos Balanços
Orçamentários em seus diferentes modelos?
Balanço Orçamentário entre os Balanços Públicos: Lei n.º 4.320/1964; NBC TSP; Anexos Novos e Atualizados pela STN; MCASP/DCASP da STN após 2012 (até 2014).
Balanço Orçamentário no RREO: Lei Complementar n.º 101 (LRF);modelo no
MDF da STN
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito
financeiro para elaboraçãoe controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm>. Acesso em: 09abril
2015.
BRASIL. Lei Complementar n.º 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal). Estabelece normas de finançaspúblicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm>. Acesso em:
09abril 2015.

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